Duas exposições (temporárias) de temática colonial para ver em 2022, no Museu do Aljube Resistência e Liberdade, rua de Augusto Rosa, 42 • 1100-059 Lisboa | Telefone: +351 215 818 535 | Email: info@museudoaljube.pt
Transportes Públicos: Elétrico 12 | Elétrico 28 | Autocarro 737 | Metro – Estações da Baixa Chiado e Terreiro do Paço | Acessibilidade: Acessível a pessoas com mobilidade reduzida.
Horário: Aberto de Terça-feira a Domingo das 10h00 às 18h00. Última entrada às 17h30. Encerra segundas-feiras e nos feriados de 1 de janeiro, de 1 de maio e de 25 de dezembro.
13 DE JANEIRO A 20 DE MARÇO DE 2022
Fotografias de Soldados Portugueses
em Angola, Guiné e Moçambique (1961-74)
Durante os anos da guerra, milhares de jovens recrutados para Angola, Guiné-Bissau e Moçambique tiraram fotografias daquilo que os rodeava: os camaradas, os quartéis, as paisagens, o quotidiano, as populações civis, o aparato militar. Estas imagens escaparam à censura do regime, e foram guardadas ou enviadas pelo correio como provas de vida à distância.
Alguns destes homens construíram laboratórios improvisados, outros acederam a laboratórios oficiais. Vários frequentaram lojas de fotografia que floresceram com a procura gerada pela guerra, muitos compraram e trocaram imagens. Assim construíram os arquivos fotográficos de que agora mostramos partes.
Cinquenta anos após o início do conflito, algumas coleções de antigos soldados foram destruídas, como se o passado se pudesse apagar nesse gesto. Outras, com o desaparecimento dos seus donos, ficaram órfãs. Muitas sobrevivem ainda, conservadas em álbuns ou em caixas, analógicas ou digitalizadas, e são mostradas em círculos restritos ou partilhadas nas redes sociais.
A Guerra Guardada explora coleções pessoais de homens que em tempos foram soldados. A maioria foi recolhida através de entrevistas presenciais no quadro de uma investigação etnográfica em curso no ICS-ULisboa. As restantes estão publicadas em diversos sítios e arquivos da internet. Dispersas um pouco por todo o país, retratam um tempo e um espaço distantes, e mostram uma guerra vivida mas também imaginada. Banais ou extraordinárias, revelam os muitos mundos de uma guerra longa e anacrónica que foi mandada combater pela ditadura. Que possam provocar diálogos em democracia.
Durante os anos da guerra, milhares de jovens recrutados para Angola, Guiné-Bissau e Moçambique tiraram fotografias daquilo que os rodeava: os camaradas, os quartéis, as paisagens, o quotidiano, as populações civis, o aparato militar. Estas imagens escaparam à censura do regime, e foram guardadas ou enviadas pelo correio como provas de vida à distância.
Alguns destes homens construíram laboratórios improvisados, outros acederam a laboratórios oficiais. Vários frequentaram lojas de fotografia que floresceram com a procura gerada pela guerra, muitos compraram e trocaram imagens. Assim construíram os arquivos fotográficos de que agora mostramos partes.
Cinquenta anos após o início do conflito, algumas coleções de antigos soldados foram destruídas, como se o passado se pudesse apagar nesse gesto. Outras, com o desaparecimento dos seus donos, ficaram órfãs. Muitas sobrevivem ainda, conservadas em álbuns ou em caixas, analógicas ou digitalizadas, e são mostradas em círculos restritos ou partilhadas nas redes sociais.
A Guerra Guardada explora coleções pessoais de homens que em tempos foram soldados. A maioria foi recolhida através de entrevistas presenciais no quadro de uma investigação etnográfica em curso no ICS-ULisboa. As restantes estão publicadas em diversos sítios e arquivos da internet. Dispersas um pouco por todo o país, retratam um tempo e um espaço distantes, e mostram uma guerra vivida mas também imaginada. Banais ou extraordinárias, revelam os muitos mundos de uma guerra longa e anacrónica que foi mandada combater pela ditadura. Que possam provocar diálogos em democracia.
Curadoras
Maria José Lobo Antunes e Inês Ponte
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“A Guerra Guardada” – Visita Orientada pelas curadoras
9 de fevereiro de 2022 - 16H00
Museu do Aljube Resistência e Liberdade
As curadoras Maria José Lobo Antunes e Inês Ponte orientam uma visita à exposição “A Guerra Guardada – Fotografias de Soldados Portugueses em Angola, Guiné e Moçambique (1961-74)” .
Duração aproximada: 1h | Entrada livre, sujeita a inscrição em: inscricoes@museudoaljube.pt
“A Guerra Guardada” – Visita Orientada com Aniceto Afonso
16 de março de 2022 - 16H00
Museu do Aljube Resistência e Liberdade
Uma visita à exposição “A Guerra Guardada – Fotografias de Soldados Portugueses em Angola, Guiné e Moçambique (1961-74)” com Aniceto Afonso, historiador militar.
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16 de março de 2022 - 16H00
Museu do Aljube Resistência e Liberdade
Uma visita à exposição “A Guerra Guardada – Fotografias de Soldados Portugueses em Angola, Guiné e Moçambique (1961-74)” com Aniceto Afonso, historiador militar.
Duração aproximada: 1h | Entrada livre, sujeita a inscrição em: inscricoes@museudoaljube.pt
Último poste da série > 21 de janeiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22926: Agenda cultural (796): Próxima apresentação do último livro do José Saúde ("Aldeia Nova de São Bento"): Beja, Biblioteca Municipal de Beja José Saramago, 3ª feira, dia 25 de janeiro de 2022, pelas 21h00
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Nota do editor:
Último poste da série > 21 de janeiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22926: Agenda cultural (796): Próxima apresentação do último livro do José Saúde ("Aldeia Nova de São Bento"): Beja, Biblioteca Municipal de Beja José Saramago, 3ª feira, dia 25 de janeiro de 2022, pelas 21h00
5 comentários:
A Guerra Guradada: ?
Que guerra tão esquisita!
Ondék foi?
Bom domingo!
TZ
Tó Zé, ainda bem que há leitores, como tu, atentos, domingo de manhã..."Guradada" não existe, no dicionário, mas também podia ser "grudada"... Mas não, as "curadoras" da exposição, chamaram-lhe "a guerra guardada"... Pelo que vejo, ignoram-nos, a nós que já andamos a "desguardar" a guerra há 18 anos... Mantenhas, bom domingo. Luís
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guardado
guardado | adj. | n. m. pl.
masc. sing. part. pass. de guardar
guar·da·do
(particípio de guardar)
adjectivo
1. Protegido ou defendido contra algo ou alguém.
2. Que se conserva para não se deteriorar.
3. Posto de parte (ex.: tem algum dinheiro guardado).
4. Oculto, escondido.
"guardado", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/guardado [consultado em 23-01-2022].
A alguns de nós, já poucos, acusam-nos de não conseguirmos "desgrudar da guerra"... Qualquer dia, manda-nos para o manicómio dos antigos combatentes...
Será o sentido da expressão "a guerra guardada" ? O que não abrem mão dos seus álbuns fotográficos, das suas memórias ?...NO fundo, querem a guerra "só para si"... Há gajos "avarentos", que não gostam de partilhar esses tempos maravilhosos que passámos nos "resorts" turísticos da Guiné...
OK Camarada
Mas afinal como é que se chama a "exposição"?
Se é "Guradada" que não existe, no dicionário, era boa ideia avisar as "(des)curadoras" da exposição de tal facto. Se é "a guerra guardada" ainda posso aceitar. Elas - doutoradas, mestradas e outras coisas - é que sabem. Nós agente que semos o povo, não sabemos nada disto. Elas ék têm os livros.
E mai nada!
Por mim, não visitei a exposição, mas é como se já tivesse ido.
A propósito: fazem descontos aos ex-combatentes ou "os ricos que paguem a crise"!
Um Ab.
António J. P. Costa
Trata-se de um museu municipal, não um museu nacional...
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