Quando o nome é maior que a pessoa
O talento que põe certas pessoas acima da normalidade apouca a pessoa que o tem.
Beethoven. Einstein e tantos mais se apagam perante a celebridade da sua obra.
Talvez seja o preço que a natureza cobra pela admiração que toda a gente lhes rende.
Pelo privilégio do pedestal.
Prefiro ser mais rasteiro.
Ficar na sombra.
Quanto mais alto se sobe, normalmente, maior a queda.
Abençoados os simples porque deles é o reino dos céus...
Berlim, 16 de Dezembro de 2021
11h
Jlmg
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Os botões caem
Mesmo bem pregados, à máquina ou à mão.
Não ficam para sempre.
Como a gente. Ninguém cá fica.
Nem para a semente.
Para nós há um campo santo.
Que tudo aproveita.
A terra é insaciável.
Não destrói.
Vêm os vermes. Chama-lhes um figo.
Só os ossos. Nada os quer.
Para quê tanta vaidade?...
Berlim, 17 de Dezembro de 2021
9h27m
Jlmg
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De nariz arrebitado
Andar de nariz arrebitado oculta um medo.
E é perigoso.
Olhar para o ar se cai num buraco ou pisa uma silva.
Faz sangrar.
Mais vale andar atento.
Ser normal. Comedido.
Tudo se vê a tempo.
Tudo é lucro.
Jlmg
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Nota do editor
Último poste da série de 12 DE DEZEMBRO DE 2021 > Guiné 61/74 - P22802: Blogpoesia (763): "Rosto alegre"; "Verdes anos" e "A vida não é um concurso", da autoria de J. L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 728
1 comentário:
Tudo bem contigo e família, Joaquim ? Há semanas que não aparecias... E vejo que estes poemas já têm mais de um mês. Estamos habituados à presença todos os domingos... Um bom ano de 2022 para ti. Um abraço fraterno. Luis
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