terça-feira, 7 de março de 2023

Guiné 61/74 – P24125: (Ex)citações (422): Os combatentes, Vietname e Portugal (Tony Borié, ex-1.º Cabo Op Cripto)


1. Mensagem do nosso camarada Tony Borié (ex-1.º Cabo Operador Cripto do CMD AGR 16, Mansoa, 1964/66), com data de 6 de Março de 2023, com um texto onde compara, tanto quanto é possível, a nossa participação na guerra da Guiné, enquanto combatentes, e os americanos na ainda mais sangrenta guerra do Vietname.


Os combatentes, Vietname e Portugal

O companheiro Valdemar Silva, num simpático comentário a um nosso escrito sobre o nome da Guiné, disse entre outras que “gostava de saber o que é que dizem os américas sobre os portugueses terem tido o "seu Vietname" durante mais de uma década nas suas colónias em África”.

É uma pergunta normal e que para muitos de nós antigos combatentes da guerra colonial Portuguesa em África até tem algum interesse em saber e…, é uma resposta que não é de um bilião de dólares. Porquê? Porque ignorando as peliculas de Hollywood e os livros publicados sobre a guerra do Vietname, talvez a maior parte desses combatentes não soubessem porque é que foram combater ao Vietname, porque é que se envolveram naquela maldita guerra e, talvez também não soubessem que existia um país na Europa chamado Portugal, que também andava envolvido numa guerra colonial em África.

Posto isto, e para explicar a nossa experiência na convivência com alguns desses combatentes, teremos que nos posicionar no tempo, na geografia, na dimensão dos continentes e no modelo e área de combate, ou seja, América/Ásia e Europa/África, nas partes e no sentimento da causa envolvida que, vejam lá companheiros, em alguns pontos era quase a mesma.

Por exemplo: Portugal, país Europeu mas colonialista, tinha colónias em África onde começaram a aparecer grupos armados nacionalistas africanos que iniciaram a luta pela libertação do seu território, motivados e auxiliados principalmente por um regime comunista modelado pela União Soviétia e pela China.

E…, a América, país que tinha sido colonizado e se libertou, não tinha colónias para defender na Ásia, no entanto a razão foi quase a mesma, que foi única e simplesmente colocar-se ao lado do Vietname do Sul, lutando contra o Vietname do Norte que pretendia unificar o país sob um regime comunista modelado também pela União Soviética e pela China.

Assim, quando o Congresso Americano aprovou a Resolução do Golfo de Tonkin, autorizando uma ação militar em resposta a um suposto ataque a navios da Marinha dos USA pelas forças norte-vietnamitas, os combatentes americanos desembarcaram em Saigon sem a menor ideia para o que iam nem quando e como regressariam a território americano de novo.

E…, eram quase todas pessoas que se tinham alistado nas forças armadas para terem um emprego e um futuro, porque não viam qualquer futuro nas aldeias e vilas do interior dos Estados de Montana, nas Dakotas do Norte e do Sul, no Wyoming e até em Arizona, Novo México ou no Nebraska. Ali, trabalhavam nas quintas, criando vacas e outros animais, onde o quarto de banho era uma cabana fora da casa onde habitavam, quase junto ao poço que tinha uma roldada que puxava uma corda com um balde amarrado na ponta, onde as galinhas andavam por ali à solta, ou então estavam envolvidos em pequenos negócios familiares, onde alguns nasciam e morriam sem nunca ver o oceano.

Por exemplo, o caso de um companheiro de trabalho oriundo de Ponce, uma região no sul da ilha de Porto Rico, que andava sempre revoltado dizendo mal do presidente Nixon, que o desmobilizou das forças armadas a seguir ao acordo de paz da guerra no Vietname, e agora, tinha de procurar trabalho, trabalhar e cumprir horários, quando o que ele queria era seguir a carreira militar, onde tinha tudo o queria para viver com algum conforto.

Tudo isto, sem se poder ignorar as aldeias e vilas dos estados do Mississippi, Alabama ou mesmo Louisiana, onde existem milhares de comunidades afro-americanas que sempre viram no alistamento nas forças armadas um meio de elevação perante a sociedade e, se tivessem a sorte de fazer um ou dois “tours” ao Vietname e regressassem vivos e não afectados psicológicamente, iriam usar as insígnas de combate no Vietname, que lhe dariam prestígio e a possibilidade de promoção mais rápida no ranking militar.

E também havia o fenómeno dos combatentes de origem hispânica, ou seja aqueles cujos pais viviam perto da fronteira sul ou aí tinham residência e trabalhavam por épocas nos USA, pelo menos na altura das plantações e depois na das colheitas, regressando à sua residência ao sul para lá da fronteira, onde viam uma grande oportunidade de os seus filhos se tornarem cidadãos americanos com todos os benefícios e deveres, depois de se alistarem nas forças armadas e cumprirem com mérito um ou dois “tours” no Vietname.

Adiante que se faz noite, como dizia a nossa saudosa avó…, depois, já decorria o ano de 1969 e os níveis de tropas dos EUA atingiam o pico de mais de 543.000, havendo até aquele momento mais de 33.000 americanos mortos, um total maior do que a Guerra da Coreia. Nesta altura começaram contactos secretos para negociações para a paz, no entanto, houve traições de ambos os lados e o conflito agravou-se. Entretanto, o New York Times dá a notícia dum bombardeio secreto do Camboja. A revista Life exibe fotos das quase duas centenas e meia de americanos mortos no Vietname durante a semana anterior, as fotos têm um impacto impressionante nos americanos em todo o país ao verem os rostos jovens e sorridentes dos mortos.

As manifestações de paz atraiem cerca de 250.000 pessoas em Washington para o maior protesto antiguerra da história dos Estados Unidos. Uma pesquisa de opinião indicam que 71% dos americanos querem a paz. Felizmente não nos atingiu a nós que aqui chegámos no início da década de setenta do século passado, mas tivémos que ir dar o nome e local de residência à sede local das forças armadas, para uma eventual convocação, no entanto, a primeira mobilização geral desde a Segunda Guerra Mundial aconteceu um ano antes da nossa chegada a este continente e é realizada na cidade de Nova York, onde cada dia do ano recebeu aleatoriamente um número de 1 a 365 e, aqueles com aniversários em dias que terminavam com um número baixo provavelmente iriam ser convocados.

No ano seguinte na Kent State University, em Ohio, guardas nacionais atiram e matam quatro manifestantes estudantis e ferem nove. Em resposta a estes assassinatos, mais de 400 faculdades e universidades em toda a América fecharam. Em Washington, cerca de 100.000 manifestantes cercam vários prédios do governo, incluindo a Casa Branca e monumentos históricos. Num impulso, o presidente Nixon sai da Casa Branca e faz uma visita surpresa tarde da noite ao Lincoln Memorial e conversa com jovens manifestantes, possivelmente dizendo-lhes que as conversações para a paz se reiniciaram.

Eram os protestos do povo americano que queriam a paz e…, podíamos continuar com a história do conflito que já é demais conhecido onde mais de 3 milhões de pessoas, incluindo 58.000 americanos, foram mortos e que durou mais de uma década, quando a guerra terminou em 30 de abril de 1975, quando Saigon, a capital da República do Vietname, caiu nas mãos do exército norte-vietnamita, marcando assim o fim do envolvimento americano.

Este é um muito breve resumo do envolvimento dos combatentes americanos na guerra do Vietname. E…, o envolvimento de nós combatentes na guerra colonial também todos sabemos e é demais conhecido, que era também a luta contra o comunismo, defesa da Bandeira, da Pátria Mãe, da honra, do dever de cidadão honrado e honesto, do marchar, marchar, heróis do mar nação valente e… ir prá guerra já e em força e…, matar o inimigo, porque Portugal era só um e não podia ser repartido.

E…, o regime de então não permitia manifestações de protesto. Era cumprir comer e calar, ou seja, dar o corpo às balas e morrer, porque se vivia num ambiente de desconfiança e medo, onde aquele acolá nos estava a espiar e ia avisar a polícia do estado que batia, torturava, matava ou mandava para o degrêdo do campo prisional do Tarrafal e…, onde tudo isto só terminou quando as próprias forças armadas se revoltaram, ocupando quase pacíficamente a “capital do Império”, acabando de vez com esse governo colonial que dava sinais de já não ter controle no país e de já não governar.

Agora sim, depois de todo este resumo que já vai longo e ocupa demasiado do precioso espaço deste blogue, falamos na resposta ao companheiro Valdemar Silva e à sua inofensiva pergunta.

Claro, falamos daquilo que connosco se passava, ou seja daquilo que sabemos, onde a verdade era simples e é mais ou menos esta quando explicávamos aos nossos companheiros combatentes na guerra do Vietname a maneira como fomos mobilizados, treinados à pressa e equipados com aquelas armas obsoletas, enviados no porão de um navio de carga, navegando rumo ao sul para desembarcar em África, onde se combatia.

Éramos jovens, com uma educação que vinha de pais para filhos à séculos, deixando na Europa a família, as namoradas, noivas e esposas, alguns com filhos, íamos frágeis, desmotivados e com uma alimentação muito fraca e desapropriada, não se podia ter uma higiene primária, não havia uma assistência médica responsável e respectivos medicamentos, passado uns meses o camuflado já estava roto em algumas partes e as botas gastas e…, se um companheiro tinha a infeliz sorte de ser ferido ou morto vitima de uma emboscada na lama perigosa dos pântanos e canais, onde a corrente da água e lama com a subida da maré era forte e sem a possibilidade de ser evacuado, por lá ficava, e eles…, ou ficavam sérios e pasmados ao ouvir-nos, ou então riam-se e alguns respondiam: “Fuck you…, deviam matar o vosso presidente, ele que fosse lutar para lá mais a família dele…, Shit”.

Cremos que não precisam que se traduzam as primeiras e última palavras. No entanto, estas eram algumas das palavras que os tais “américas” nos diziam, isto porque havia muita confiança entre nós, e claro, era uma conversa aberta, sem preconceitos, pois as passagens na guerra fazia parte das nossas conversas quase todos os dias, comparando pequenos casos do dia e às vezes olhávam-nos e diziam, “hó Guinéu…., mas eras tu?. Ainda estás vivo ou és um fantasma”. Éramos um pequeno grupo de três antigos combatentes e todos tínhamos o típico apelido entre nós. Chamavam-me o “Portuguese Guinea”, um afro-americano nascido e criado junto ao rio Mississippi, que sempre dizia que não tinha medo das cobras nem dos alligatores porque em pequeno os caçava e comia, cujo apelido era o “Mississippi” e o outro era um típico américa cowboy, cujo apelido era “Texas Boy”, oriundo de uma pequena povoação fronteiriça no Texas, que também falava um pouco espanhol e durante os muitos anos em que convivemos sempre usou roupa igual, ou seja as botas gastavam-se, comprava outras iguais, o mesmo com as t-shirts, calças ou camisa e chapéu e, além de companheiros de trabalho éramos colegas de universidade, pois juntos e à noite, frequentámos a mesma escola por anos.

Porque estes eram aqueles que queriam usufruir dos benefícios que o governo dava, como escola, assistência médica e constituindo família poder adquirir residência a preço do custo do material de construção sem juros, em novos bairros de casas construídas e mobiladas nas perferias das cidades e outras benfeitorias para ajuda aos antigos combatentes, porque felizmente nos USA, ainda se respeita os antigos combatentes.

No entanto, também havia os outros, aqueles que regressavam traumatizados, onde o declínio no moral e na disciplina com o uso de drogas se tornava por vezes desenfreado, experimentando maconha, ópio ou heroína, que eram fáceis de obter nas ruas de Saigon, e que chegados aos USA, não queriam mais trabalhos com responsabildade e iam para as estações de serviço encher os tanques de gasolina ou para porteiros de bares, casas de alterne ilegais ou qualquer outro trabalho mais simples e que lhes proporcionasse algum dinheiro.

Ainda antes de terminar queriamos explicar que a guerra do Vietname era um conflito armado em que o território local mudava de mãos com frequência e, que ao contrário do que as peliculas de Hollywood mostram, foram os brancos de classe baixa ou as minorias que travaram a maior parte dos combates.

Companheiros, perdoem o longo espaço que ocupei e um grande abraço ao companheiro Valdemar Silva por dar origem a este escrito que talvez nos irá ajudar melhor a compreender a diferença entre a guerra do Vietname e a colonial Portuguesa, onde a legenda “a Guiné Portuguesa era o Vietname de Portugal”, se fosse ao contrário não deixaria de fazer sentido…, até talvez mais sentido, pelo menos no sofrimento e na condição de desigualdade em combate, isso nós sabemos.

Tony Borie

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Notas do editor:

Vd. poste de 28 DE FEVEREIRO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24108: (In)citações (232): "Olha o Guinéu português!!!" (Tony Borié, ex-1.º Cabo Op Cripto)

Último poste da série de 26 DE FEVEREIRO DE 2023 > Guiné 61/74 – P24101: (Ex)citações (421): Sim, estou velho! (José Saúde)

5 comentários:

Eduardo Estrela disse...

Pensava eu Tony Borie que os combatentes Portugueses eram os únicos que podiam usufruir de algumas benfeitorias do Governo da Nação.
Mas afinal os tristes dos Americanos também conseguem isso não obstante serem das denominadas classes sociais mais baixas, aqueles que sem saberem ao que iam, deram o corpo ao manifesto na p... da guerra do Vietname. Largámos a pele nas bolanhas e matos da querida Guiné mas continuamos a ser tratados como membros duma geração que convém fazer esquecer e que vai, pela força inexorável das regras da vida perdendo fulgor e desaparecendo.
É por isso que este blogue deve continuar a sua missão de transmitir aos Portugueses mais jovens do que nós os relatos e as vivências do que foi o calvário da defesa da Pátria una e indivisível.
Aos editores do blogue, a quem o municia com material histórico e aos leitores, o meu muito obrigado.
Abraço fraterno
Eduardo Estrela

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Tony, obrigado por trazeres, tardia mas ainda e sempre oportunamente, a questão do eventual paralelismo entre a "nossa" guerra, no T0 da Guiné, e a participação norte-americana na guerra do Vietname...

Eu costumava escrever, no meu diário, "Guiné, far from the Vietnam", Guiné, longe do Vietname... Pura ironia... Como estive numa companhia africana, de intervenção, em que todas as praças eram do recrutamento local, fulas, uma parte deles "meninos de sua mãe", sempre achei que havia alguma paralelismo: as florestas-galerias (nomeadamente ao longo das margens do rio Corubal), o tarrafe, as zona alagadas (bolanhas e lalas), a rede de rios, rias, braços de mar, a chuva, a humidade e o calor, os mosquitos, as formigas, as abelhas, e por aí fora, sem esquecer os combatentes do "outro lado" que também eram valentes e agressivos, e bem armados, nomeadamente quando a gente lhes entrava pela "casa dentro"...

Há quem se irrite quando vê escrito "Guiné,o nosso Vietname"... Só conheci a nossa guerra, não a vou comparar com a do Vietname, só conheço a versão de Hollywood... Mas estou mais interessado em saber, por ti, se há na América, ainda hoje, algum blogue como o nosso em que os antigos combatentes (do Vietname ou de outras guerras) partilham, como nós as suas memórias... Se sim, vê se me indicas os endereços... Nunca fiz umz pesquisa a série sobre este tema...

Olha, Tony, é bom ver-te de volta ao Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné... Um abração. Luís



Hélder Valério disse...

Sempre acompanhei com interesse, e com gosto, os diversos escritos do Tony.

Escrita descomplexada, mas sempre abordando aspetos, situações ou temas que suscitam a nossa (a minha) concordância e admiração.

Ainda bem que o Tony reapareceu!

Ah, é verdade, as "comparações" acabam sempre por ser pífias mas também não deixa de se poder encontrar semelhanças, com as devidas proporções, é claro, e pontos de contacto também, e não se deve perder de vista as observações do J.Belo relativamente às classes sociais "empenhadas" nesses referidos teatros de operações.

Abraço

Hélder Sousa

Valdemar Silva disse...

Caro Tony, foi uma resposta tipicamente de americano.
"Fuck you…, deviam matar o vosso presidente, ele que fosse lutar para lá mais a família dele…, Shit”.
Essa gente resolve os assuntos a tiro, por cá, com uma excepção, sempre fomos de brandos costumes.
Mas para os americanos a guerra no Vietname foi como um emprego para muitos deles, para nós a guerra nas colónias, a não ser para militares profissionais, foi um atraso de vida.
Os dois anos e meio em média que os jovens portugueses passavam na tropa obrigatória foi um atraso na sua vida profissional e no desenvolvimento do país.
Deveria ter sido em 1966, para os lados do Café Império, junto da Alameda-Lisboa, apareceram uns marujos americanos de um navio ancorado no Tejo, a palmilhar Av. Alm. Reis acima perderam-se.
No meio da conversa, meteu guerra do Vietname e a nossa nas colónias.
Eu ainda não tinha ido para a tropa, mas os outros dois meus amigos estavam (?) ou já teriam cumprido o serviço militar, e veio à baila as nossas condições e as deles. Não queriam acreditar que o pré de um soldado era de 9$00, pensavam ser 9.000$00 e acharam um bom ordenado, não percebendo a nossa irritação.
Caro Tony, apresentas as tuas argumentações sem rodeios ou tretas à la mode, embora não possa ser de comparações o exército USA e os nossos soldados na guerra que estiveram envolvidos. Os americanos sabiam que se tratava dum conflito abrangente da guerra fria, por cá a salazarada arranjou a defesa das nossas províncias ultramarinas para uso interno e também a questão da guerra fria para uso externo.

Vai enviando mais escritos, são sempre bem recebidos e de leitura interessada.

Abraço e saúde da boa
Valdemar Queiroz

Anónimo disse...

Olá Companheiros.

A todos, agradeço a pachorra de lerem e comentarem este longo escrito que creio nos ajudou a compreender um pouco melhor as possíveis pequenas ou grandes diferenças daquelas horríiveis guerras. Cada vez somos menos, vamos desaparecendo por isto ou por aquilo incluindo a morte pela idade. Os nossos filhos ou netros, alguns com responsabilidades na governação do país, agora sobre uma “democracia um pouco exagerada”, única e simplesmente, IGNORAM-NOS e ENVERGONHAM-SE, porque ainda existimos, incluindo a dita COMUNICAÇÃO SOCIAL.

Bem haja o criador e colaboradores deste original blogue. Dou notícias quando posso e quando não sinto dores no corpo. Quando vivia no norte escrevia em alguns jornais, agora é quase só no meu blogue e sobre a guerra colonial é só às vezes sobre aquilo que entendo que todos devem saber e o que passámos naqueles que deveriam ser os melhores anos da nossa vida e que foram miseráveis!.

Luis, por aqui existem alguns blogues alusivos ao Vietname mas são todos eles “patrióticos”, contam experências, mas quase sempre só dum lado. Se abrires o computador e fores ao Gogle, e colocares “Vietname War”, podes selecionar “The Vietname War History Foundation”, que está entre os 15 melhores blogues daquela maldita guerra, mas como acima dizia é patriótico, mas fazes o teu juízo ao ler. Outro que eu lia quando vivia no norte era o “New Jersey Vietnam Veterans Memorial”. O “Luis Graça & Camaradas da Guiné’ é sem qualquer dúvida o melhor, porque é transversal, envolvendo os diversos lados da guerra e outros temas, incluindo arte.

Um abraço compnheiros, Tony Borie.