Guiné-Bissau > Bissau > Cemitério > Talhão da Liga dos Combatentes > 1 de novembro de 2017 > "Conforme convite da nossa Embaixada, estive presente na homenagem aos nossos mortos. As campas estavam pintadas e arranjadas. Foram benzidas por um padre. Estavam os nossos militares da cooperação militar, adido militar e funcionários da nossa Embaixada, o representante da Liga dos Antigos Combatentes, assim como alguns empresários portugueses que cá exercem a sua actividade." (*)
Foto (e legenda): © Patrício Ribeiro (2017). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. No dia em que, na nossa cultura cristã e ocidental, lembramos os nossos queridos mortos e visitamos as suas campas nos cemitérios, não podemos deixar de evocar aqui os membros da Tabanca Grande, amigos e camaradas da Guiné que este ano "da lei da morte já se foram libertando": foram 14 de um total que já vai em 141 (16% dos 881 membros registados). De aguns, só tardiamente tivemos a notícia do seu falecimento (vão assinalados com #). (#) Só soubemos da sua morte este ano.
- António Branquinho (1947-2023)
- António Cunha (Tony) (c.1950-c. 2022) (#)
- António Eduardo Ferreira (1950-2023)
- Armando Tavares da Silva (1939-2023)
- Carlos Alberto Cruz (1941-2023)
- Carronda Rodrigues (1948-2023)
- Cunha Ribeiro (1936-2023)
- Celestino Bandeira (1946-2021)
- Fernando Costa (1951-2018)(#)
- Fernando Magro (1936-2023)
- José António Paradela (1937-2023)
- José Carlos Suleimane Baldé (c.1951-2022)(#)
- José Marcelino Sousa (1949-2023)
- Manuel Gonçalves (Nela (1946-2019 (#)
2. É dia de lembrar, mais uma vez, e em especial neste dia (**), que há ainda centenas de antigos combatentes, inumados em vários dos antigos teatros de operações da guerra de África, como é o caso do cemitério de Bissau, Talhão Militar Português. Eram cerca de 350 até 2008 (***).
Ver aqui aqui o vídeo do antigo sargento comando Julde Jaquité, do Batalhão de Comandos da Guiné, reproduzido na página do Facebook de Raul Folques (17 de Outubro às 16:34).
Acrescenta o antigo comandante do BCmds da Guiné:
(...) "Este talhão é tratado, graciosamente, pela Associação dos Antigos Combatentes da Guiné que é presidida por Amadu Dhjau. Bem hajam." (...)
Muitos outros antigos camaradas nossos, falecidos em combate, ou por doença ou acidente, ficaram inumados em condições indignas )e que ferem a nossa sensibilidade), em cemitérios "ad hoc" que já foram invadidos pelo mato e pelo crescimento urbano, desde Bambadinca a Catió.
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Notas do editor:
(*) Último poste da série > 2 de novembro de 2017 > Guiné 61//74 - P17925: Bom dia, desde Bissau (Patrício Ribeiro) (4): Homenagem, por iniciativa da Embaixada de Portugal, aos nossos mortos, no cemitério de Bissau, ontem, dia 1 de novembro
(*) Último poste da série > 2 de novembro de 2017 > Guiné 61//74 - P17925: Bom dia, desde Bissau (Patrício Ribeiro) (4): Homenagem, por iniciativa da Embaixada de Portugal, aos nossos mortos, no cemitério de Bissau, ontem, dia 1 de novembro
(**) Vd. poste de 24 de outubro de 2023 > Guiné 61/74 - P24790: Efemérides (408): Já lá vão 55 anos! (Carlos Pinheiro, ex-1.º Cabo TRMS, Op MSG, STM/QG/CTIG)
(***) Vd. poste de 26 de março de 2008 > Guiné 63/74 - P2687: Cemitério militar de Bissau: homenageando os nossos 350 soldados, uma parte dos quais desconhecidos (Nuno Rubim)
2 comentários:
Ver o vídeo é arrepiante
Que o Amadu Dhjau continue a tratar das campas no cemitério de Bissau e se alguém perguntar quem foram estes, responda da minha parte:
Porra, foram jovens que morreram na guerra da Guiné.
Valdemar Queiroz
Nunca me esquecerei
No dia 1 de Novembro de 1965, num dia de morrinha, descia a Rua Morais Soares, que vai do cemitério do Alto de S. João à Pç.do Chile, em Lisboa, quando parei para atravessar a rua de paralelepípedo e a meu lado estava uma menina de mão dada à mãe também para atravessar.
Com vinte anos não esperei que o carro parasse para dar passagem a peões e dei uma repentina corridinha, a menina imitou-me automaticamente largando a mão da mãe.
Com um 'anda cá' da mãe ouve um segundo de hesitação da criança já no meio da rua. Um carro cheio de passageiros vindos do cemitério mesmo travando a fundo, não conseguiu parar atropelando a menina, derrapando com a criança por debaixo do carros uns quarenta metros.
A mãe agarrada à minha gabardina, aos gritos como que enlouquecida, nada pode fazer do que assistir à morte da sua filha, já estava vestida de preto.
Chegaram os bombeiros e eu fui para o Café Corinto ler o "Diário de Lisboa" e fazer as palavras cruzadas.
Valdemar Queiroz
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