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quinta-feira, 15 de junho de 2023

Guiné 61/74 - P24401: Louvores e condecorações (14): Ordem da Liberdade, Grande Oficial, para o antigo cap QEO Humberto Trigo de Bordalo Xavier, cmdt da CCAÇ 12 (e também da CCAÇ 14, e antes da CART 3359)

Insígnia da Ordem da Liberdade.
Imagem: Cortesia de
Wikimedia Commons 



1. Por Alvará n.º 12/2023, de 24 de abril de 2023, da Presidência da República, Chancelaria das Ordens Honoríficas Portuguesas, publicado no  Diário da República  n.º 80/2023, II Série, de 2023-04-24, pág. 23, foi agraciado com a Ordem da Liberdade, Grande-Oficial, o major (na reforma) Humberto Trigo de Bordalo Xavier. 

A Ordem da Liberdade, criada em 1976,  destina-se a "distinguir serviços relevantes prestados em defesa dos valores da Civilização, em prol da dignificação da Pessoa Humana e à causa da Liberdade".

 O antigo cap QEO Humberto Trigo Bordalo Xavier começou por ser o comandante da CArt 3359 
Jumbembém, 1971/73), do BART 3844, "Bravos e Sempre Leais" (Farim, 1971/73. Foi depois substituído pelo cap mil inf Francisco Luís Olay da Silva Dias. (QEO é a sigla de Quadro Especial de Oficiais, criado em 1969.)

Foi igualmente, neste período, o 3.º comandante, por ordem cronológica, da CCAÇ 12 (Bambadinca e Xime, 1971/74):

  • Cap Inf Carlos Alberto Machado de Brito
  • Cap Inf Celestino Ferreira da Costa
  • Cap QEO Humberto Trigo de Bordalo Xavier
  • Cap Mil Inf José António de Campos Simão
  • Cap Mil Inf Celestino Marques de Jesus

Mas também comandou a CCAÇ 14:
  • Cap Inf José Luís de Sousa Ferreira
  • Cap Inf José Augusto da Costa Abreu Dias
  • Cap QEO Humberto Trigo de Bordalo Xavier
  • Cap Inf José Clementino Pais
  • Cap Inf Mário José Fernandes Jorge Rodrigues
  • Cap Inf Vítor da Silva e Sousa
  • Alf Mil Inf Silvino Octávio Rosa Santos
  • Cap Art Vítor Manuel Barata
Fonte: CECA, 7.° Volume, Fichas das Unidades, Tomo II, Guiné, 1ª edição, Lisboa, 2002.


2. Sabemos pouco da ação do cap QEO no TO da Guiné.  Natural de Lamego, e tendo frequentado o Curso de Operações Especiais, como oficial miliciano, passou ao quadro de complemento. Continua  a viver em Lamego, mas está infelizmente muito surdo, o que dificulta ao máximo a interação com ele. Alguns dos nossos tabanqueiros, como os antigos "rangers" Eduardo Magalhães Ribeiro e Joaquim Mexia Alves, são alguns amigos ele.

Sabemos que os graduados e especialistas metropolitanos da CCAÇ 12, da chamada 2.ª geração (Bambadinca, 1971/72) tinham (e continuam a ter) uma estima muito especial por este oficial...  É recorrente referirem o seu nome nos convívios anuais (como aconteceu recentemente em Coimbra, no passado dia 27 de maio). Infelizmente há poucas referências (uma meia dúzia) ao seu nome, aqui no blogue. Aguardamos o envio de algumas fotos dele, por parte do Eduardo Magalhães Ribeiro e do Joaquim Mexia Alves.

Recordo aqui o elogio do cap QEO Bordalo Xavier feito pelo saudoso do Victor Alves (1949-2916), que foi fur mil SAM na CCAÇ 12 (Bambadinca, 1971/73) (**)  

(...) Amigo Luís, conforme informámos (...), lá realizámos o nosso habitual encontro (...) o 34.º. Tem causado algum espanto, o facto de se ter começado a realizar, tão cedo, os nossos encontros...

Foram vários os factores que contribuiram para isso. Porém, o grande causador disso terá sido a vinda, para a CCAÇ 12, do Cap Humberto Trigo Bordalo Xavier, oriundo das Operações Especiais, e amigo pessoal de Spínola.

Ele soube muito bem provocar uma aglutinação e consequentemente uma união entre todos, ao ponto de estabelecer uma messe e bar para todos os militares da companhia oriundos da metrópole, sem distinção de posto...

Foi, na minha óptica, eata a principal razão da nossa união. Eu, por exemplo, como vagomestre e sempre que havia uma operação, por exemplo com saída às 4 da manhã, lá estava a dar pequeno almoço, pão quente e café à rapaziada que seguia. Assim como, mal regressassem, por exemplo, às 3 da tarde, tinham sempre a refeição com meio frango ou meio bife com acompanhamento à sua espera...

Foi isso que o Capitão pediu e foi isso que se fez. É evidente, dentro dos limites da guerra. Com fomos todos em rendição individual, nem sempre nos encontros conseguimos reunir todos, alguns já faleceram, outros emigraram e outros não vão porque... não.

Este ano conseguimos trazer mais duas presenças novas o que foi maravilhoso, foram eles o cabo radiotelegrafista Andrade, de Caldas da Rainha, e o cabo cripto Simões, de Lisboa. Isto quer dizer que não nos víamos há 37 anos, portanto foi muito bom.(...)

 

3. Também dele fala, com entusiasmo, o Joaquim Mexia Alves, ex-alf mil op esp, que esteve na Guiné, entre dezembro de 1971 e dezembro de 1973, tendo pertencido à CART 3492 (Xitole), ao Pel Caç Nat 52 (Mato Cão / Rio Udunduma) e à CCAÇ 15 (Mansoa). Nunca esteve sediado em Bambadinca, mas sim no Rio Udunduma e no Mato Cão, destacamentos do Sector L1 (Bambadinca); ia de vez em quando à sede do Batalhão, o BART 3873, 1972/74, a que estava adida a CCAÇ 12:


(...) A sala de que fala o Vitor Alves, frequentei-a muitas vezes, aliás, para mim era a sala que eu frequentava nas minhas visitas a Bambadinca.

O Cap Bordalo Xavier, meu particularissimo amigo, é e foi na Guiné um homem de extraordinárias relações humanas, para além de um fantástico operacional, que conseguiu uma união notável com todo o pessoal, não só da CCAÇ 12 mas de outras unidades, como o meu 52.

Reside em Lamego, é major, obviamente na reserva, e é a alma da Associação de Operações Especiais. Infelizmente há muito que não contacto com ele, mas quero fazê-lo brevemente.

Retenho na memória, há uns anos em Monte Real, eu estava ao fim da tarde a jogar ténis no campo à frente do Hotel das Termas e vejo para um carro e dele sair uma pessoa que me pareceu o Cap Bordalo.

Achei que não podia ser, mas roído pela curiosidade pedi desculpa ao meu parceiro e fui perguntar ao porteiro do Hotel quem era a pessoa que tinha chegado. A resposta deu como certa a minha suposição. Não o via desde a Guiné.

Imediatamente pedi ao porteiro que ligasse para o quarto e pedisse ao capitão para vir à rcepção por um motivo qualquer. Quando nos vimos, literalmente num abraço como que lhe peguei ao colo, (o Cap Bordalo Xavier é bem mais baixo do que eu, o que não é de espantar), e ficámos ali não sei quanto tempo abraçados.

O hall do Hotel estava cheio de gente que ficou muito espantada de me ver assim abraçado a um homem de barbas. Foi dos encontros mais emocionantes da minha vida!!! (...) (***)

(Seleção / revisão e fixação de texto / negritos e itálicos: LG)
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terça-feira, 2 de maio de 2023

Guiné 61/74 - P24277: Efemérides (390): Homenagem aos Combatentes da Guerra do Ultramar da Freguesia de Paus, Concelho de Resende, levada a efeito no passado dia 29 de Abril (Fátima Soledade / Fátima Silva)


1. Mensagem com data de 1 de Maio de 2023 das nossas amigas, Fátima Soledade e Fátima Silva, ambas filhas de antigos combatentes do ultramar, com a reportagem da Homenagem prestada aos Combatentes da Freguesia de Paus, levada a efeito no passado dia 29 de Abril. Nesta cerimónia, o nosso Blogue esteve representado pelo editor Eduardo Magalhães Ribeiro.

Caro editor Carlos Vinhal,
Eu, Fátima Soledade e Fátima Silva, gostaríamos de partilhar, com a equipa que dinamiza tão respeitável blogue, bem como com todos os seguidores, a concretização da Homenagens aos combatentes naturais da freguesia de Paus mortos no Ultramar, falecidos na vida civil e aos que, felizmente, ainda se encontram entre nós, que ocorreu no dia 29 de abril.

Estiveram presentes várias entidades/instituições, familiares e amigos dos combatentes e alguns membros da Liga dos Combatentes de Lamego. A cerimónia teve início com a alocução da Sr.ª Presidente da Junta, onde evidenciou a coragem dos jovens heróis que durante 13 anos foram mobilizados para palcos de guerra, indo ao encontro do desconhecido. Referiu que, desde sempre, ouviu muitas narrativas partilhadas pelo pai, também ele foi prisioneiro de guerra na Índia e que as guarda na memória, apesar de já ter falecido, destacando especial relevo ao legado histórico que lhe deixou.

Num outro momento teve a palavra o ex-Furriel Miliciano Operações Especiais/RANGER da CCS do BCAÇ 4612/74, Eduardo Magalhães Ribeiro, que partilhou a sua experiência em terras da Guiné, transmitindo alguns conhecimentos geográficos, culturais das comunidades nativas e experiências de cariz militar sobre o período decorrido em território da “Guiné portuguesa”.

Os três militares mortos em combate foram relembrados com base de testemunhos recolhidos junto de familiares, amigos e antigos combatentes. Foram eles:
Amadeu de Oliveira, Soldado de Armas Pesadas da CCAÇ 390/BCAÇ 381, falecido em 29 de janeiro de 1963, em Úcua, encontrando-se ainda sepultado em Pango-Aluquém, Angola;
Joaquim Rodrigues, Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2893, falecido em 15 de novembro de 1970, em Nova Lamego, Guiné, encontrando-se sepultado no cemitério de Benfica, em Lisboa e
Lucídio Rasinhas, Soldado Atirador da CCAÇ 2405/BCAÇ 2852, falecido em 13 de julho de 1969, em Bafatá, Guiné, encontrando-se tumulado no cemitério da freguesia de Paus de onde era natural.

A celebração religiosa esteve a cargo do Sr. Pe. Excelso Ferreira que, de forma singela, dedicada e atenciosa, deu o seu contributo devoto à homenagem aos combatentes do Ultramar.

Como forma de sensibilizar as gerações mais novas, uma neta homenageou o avô materno, prisioneiro na Índia, lendo um testemunho bastante emotivo e saudoso.

O primeiro momento da cerimónia terminou com a participação da cantora Mónica Pires que, com a sua extraordinária voz, cantou e encantou com a letra de uma canção escrita pela mesma em consagração ao pai, antigo combatente em Moçambique, depois de ter falecido. Também houve a intervenção do Sr. Presidente da Assembleia Municipal, tendo presenteado os presentes com um pequeno testemunho pessoal na qualidade de antigo combatente e evidenciado o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelas promotoras, a nível concelhio.

O momento de Louvor, no cemitério, começou com o descerramento de uma lápide alusiva aos três militares mortos em combate e com o canto do Hino Nacional, junto à sepultura do soldado Lucídio Rasinhas por parte da cantora Mónica Pires, tendo-se juntado à sua voz todas as vozes ali presentes.

Por fim, seguiu-se um momento de confraternização e convívio, onde os combatentes tiveram oportunidade de recordar e partilhar experiências vividas no Ultramar.

Foi um dia de muita comoção, mas também de muita alegria. Ambas queremos continuar a contribuir para dar VOZ aos HOMENS que não fora devidamente reconhecido pelo AMOR prestado em prol da PÁTRIA.

Muito gratas pelo apoio prestado. Podem contar sempre connosco.
Fátima Soledade e Fátima Silva


Momento religioso a cargo do Pe. Excelso Ferreira
Ex-Fur Mil Op Esp Eduardo Magalhães Ribeiro e elementos dos Órgão Sociais do Núcleo de Lamego da LC
Intervenção do Ex-Fur Mil Op Esp Eduardo Magalhães Ribeiro
Elementos dos Órgãos Sociais do Núcleo de Lamego da Liga dos Combatentes com Fátima Soledade e Fátima Silva
Descerramento da Lápide pela Presidente da Junta de Freguesia e Presidente da Assembleia Municipal
Lápide que homenageia os Combatentes de São Pedro de Paus caídos em campanha
Canto do Hino Nacional pela cantora Mónica Pires

Fotos: © Gentil José Pereira
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Notas do editor:

Vd. poste de 23 DE ABRIL DE 2023 > Guiné 61/74 - P24244: Efemérides (385): Convite para participação na homenagem aos antigos combatentes da guerra do ultramar da Freguesia de Paus, Concelho de Resende, vivos e caídos em campanha, dia 29 de Abril de 2023, que contará com uma represenção do nosso Blogue

Último poste da série de 1 DE MAIO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24273: Efemérides (389): "Primeiro de Maio", por Adão Cruz, ex-Alf Mil Médico da CCAÇ 1547 / BCAÇ 1887 (Canquelifá e Bigene, 1966/68)

sábado, 18 de março de 2023

Guiné 61/74 - P24151: Efemérides (382): Homenagem aos antigos combatentes da guerra do ultramar da Freguesia de Paus, Concelho de Resende, vivos e caídos em campanha, dia 29 de Abril de 2023, que contará com uma represenção do nosso Blogue

1. Mensagem das nossas amigas Fátima Soledade e Fátima Silva, ambas filhas de antigos combatentes do ultramar, com data de 8 de Março de 2023:

Boa noite:
Venho mais uma vez solicitar colaboração.
Eu e outra colega estamos a preparar mais uma sentida homenagem aos antigos combatentes mortos e vivos. Vai constar também uma homenagem a três falecidos em combate e dois deles falecidos na Guiné, são:
- Joaquim Rodrigues, que nasceu no lugar do Vale, na freguesia de Paus. No dia 15 de novembro de 1969 embarcou para a Guiné, em Lisboa, no cais da Rocha Conde de Óbidos, no Uíge, integrado na 
Companhia de Comando e Serviços (CCS) do Batalhão de Caçadores 2893. Foi mobilizado pelo Batalhão de Caçadores 10 de Chaves. Faleceu no dia 15.11.1970.
- Lucídio Rasinhas que nasceu no lugar de Fazamões, na freguesia de Paus. Foi integrado na Companhia de Caçadores 2405 (CCaç 2405) do Batalhão de Caçadores 2852 (BCaç 2852). Faleceu no dia 13.07.1969.

Gostaríamos, portanto, de acolher na nossa terra, no dia 29 de abril, para uma breve apresentação sobre a presença dos militares na Guiné, o Carlos Vinhal ou outro elemento do blogue "Luís Graça & Camaradas da Guiné".
Ficar-lhe-íamos muito gratas.

Com os melhores cumprimentos,
Fátima Soledade e Fátima Silva


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2. Comentário do editor:

Como o nosso Editor Luís Graça está, neste momento, a passar dias conturbados por causa de um problema de saúde grave num elemento da sua família, e eu tenho, no mesmo dia, no meu Concelho o Dia do Combatente de Matosinhos, convidei o nosso coeditor Eduardo Magalhães Ribeiro, a representar o nosso Blogue no evento de Resende. O Eduardo não só aceitou, como também se vai fazer acompanhar do nosso amigo e camarada Casimiro Carvalho.
O Casimiro Carvalho falará dos trágicos acontecimentos que viveu em 1973 no leste da Guiné e o Eduardo Magalhães dos últimos dias da presença portuguesa na Guiné-Bissau, que não sendo de violência, foram de grande tensão e emoção.
O nosso Blogue está seguramente bem representado.

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Nota do editor

Último poste da série de 8 DE FEVEREIRO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24046: Efemérides (381): Os 60 anos da formação dos primeiros Comandos, em Zemba, Angola... Convite para a sessão solene comemorativa do encerramento das Comemorações, no auditório do Instituto de Defesa Nacional, Lisboa, 15/2/2023, 17h00 (Associação de Comandos)

sexta-feira, 24 de junho de 2022

Guiné 61/74 - P23381: Convívios (934): 26º Convívio do Pessoal de Bambadinca (1968/71) + CCAÇ 1439 (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67): Caldas da Rainha, 28/5/2022: Fotos - Parte I (José Fernando Almeida)



Foto nº 1 > Caldas da Rainha > 28 de maio de 2022 > 26º Convívio do Pessoal de Bambadinca (1968/71) + CCAÇ 1439  (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67) > Grupo só de ex-combatentes:

Sentados da direita para a esquerda; José Carlos Lopes (BCAÇ 2852); Fernando Sousa (CCAÇ 12); A. Adão (BCAÇ 2852); Beja Santos (Pel Caç Nat 52); João Ramos (CCAÇ 12); Humberto .Reis (CCAÇ 12); Fernando Oliveira (BCAÇ 2852); António F. Marques (CCAÇ 12); Luís Sousa (CCAÇ 12).

De pé; Otacílio Henriques (BCAÇ 2852); Silvino Carvalhal (BCAÇ 2852); Manuel Ferreira (CCAÇ 12); José Mourão (BCAÇ 2852); Joaquim Fernandes (CCAÇ 12); João Crisóstomo (CCAÇ 1439); Manuel Almeida (CCAÇ 12): "Mafra" (CCAÇ 1439); Bernardo Valente (BCAÇ 2852); Carlos Teixeira (BCAÇ 2852, Pelotão Daimler); Monteiro Valente (CCAÇ 12); Fernando Resende (BCAÇ 2852); Fernando Almeida (CCAÇ 12); Carlos Henriques (BCAÇ 2852); Virgílio Encarnação (CCAÇ 12); Francisco Patronilho (CCAÇ12); António Damas Murta (CCAÇ 1); Adelino Fernandes (BCAÇ 2852).


Foto nº 1A > Caldas da Rainha > 28 de maio de 2022 > 26º Convívio do Pessoal de Bambadinca (1968/71) + CCAÇ 1439  (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67) > Grupo só de ex-combatentes (detalhe)... Recomheço, de imediato, na fila de pé, em 6º lugar, o José Fernando Almeida, e na ponta esquerda (11º), o Manuel Calhandra Leitão, o "Mafra, organizador do último encontro do pessoal da CCAÇ 1439, na Ericeira, em 18/5/2019. Em baixo, da esquerda para a direita, sentados, o Sousa (que veio do Funchal), seguido  do Antóno Marques (Cascais) e, em 4º lugar, o Humberto Reis (Alfragide), todos da CCAÇ 12. (Vd. legenda da Foto nº 1.)


Foto nº 1B > Caldas da Rainha > 28 de maio de 2022 > 26º Convívio do Pessoal de Bambadinca (1968/71) + CCAÇ 1439  (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67) > Grupo só de ex-combatentes (detalhe)... Reconheço, de imediato, na fila de pé, logo à esquerda, o João Crisóstomo; e em baixo, sentados, o Mário Beja Santos (Pel Caç Nat 52) e e, em terceiro lugar, o Fernando Andrade Sousa (CCAÇ 12).  Dizem que o Fernando, o nosso valoroso  1º cabo aux enf, e que vive na Trofa, é totalistas dos 26 convívios até agora realizados. (Vd. legenda da Foto nº 1.)


Foto nº 2 > Caldas da Rainha > 28 de maio de 2022 > 26º Convívio do Pessoal de Bambadinca (1968/71) + CCAÇ 1439  (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67) >  Todo o grupo de participantes, ex-combatentes, familiares e amigos (1)


Foto nº 2 A> Caldas da Rainha > 28 de maio de 2022 > 26º Convívio do Pessoal de Bambadinca (1968/71) + CCAÇ 1439  (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67) >  Todo o grupo de participantes, ex-combatentes, familiares e amigos (detalhe)


Foto nº 2 B> Caldas da Rainha > 28 de maio de 2022 > 26º Convívio do Pessoal de Bambadinca (1968/71) + CCAÇ 1439  (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67) >  Todo o grupo de participantes, ex-combatentes, familiares e amigos (detalhe)


Foto nº  3 > Caldas da Rainha > 28 de maio de 2022 > 26º Convívio do Pessoal de Bambadinca (1968/71) + CCAÇ 1439  (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67) > Missa na Ermida de São Sebastião... Adjacente à Praça da República (também conhecida como a praça da fruta), é uma capela do séc. XVI, revestida, interiormente, de magníficos painéis setecentistas. Está classificada como imóvel de interesse público.


Foto nº  4 > Caldas da Rainha > 28 de maio de 2022 > 26º Convívio do Pessoal de Bambadinca (1968/71) + CCAÇ 1439  (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67) >  O José Fernando Almeida, a Vilma e o João Crisóstomo.


Foto nº  5 > Caldas da Rainha > 28 de maio de 2022 > 26º Convívio do Pessoal de Bambadinca (1968/71) + CCAÇ 1439  (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67) >  O  Mário Beja Santos.

Fotos (e legendas): © José Fernando Almeia  (2022). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


1. Fotos enviadas em 7 do corrente pelo José Fernando Almeida, o organizador do 26º Convivio do Pessoal de Bambadicna (1968/1), ex-fur mil trms, CCAÇ 2590 / CCAÇ 12 (1969/71), a viver em Óbidos. 

O convívio, que se realizou no passado dia 28 de maio, nas Caldas da Rainha (*), reuniu mais de 7 dezenas de participantes, entre ex-combatentes, familiares e amigos. Estiveram presentes representantes da CCS/BCAÇ 2852 (1968/70), CCAÇ 2590/CCAÇ 12 (1969/71) e Pel Caç Nat 52 (1968/70), entre outras subunidades que estiveram em Bambadinca nesse tempo (por ex., Pel Mort 2206 e 2268; Pel Rec Daimler 2046 e 2206)... Por iniciativa do João Crisóstomo, juntaram-se também a este convívio algumas camaradas da madeirense CCAÇ 1439 (1965/67).

O próximo encontro do pessoal de Bambadinca (1968/71), o 27º convívio, será em Coimbra e será organizado pelo António Damas Murta  (ex-1º cabo cripto, CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71).



Bonito puzzle de brazões de unidades e subunidades que passaram por Bambadinca (Setor L1 da Zona Leste) entre meados de 1968 e meados de 1971. Composição do nosso editor Eduardo Magalhães Ribeiro.

Parabéns aos organizadores destes eventos, pela sua dedicação, generosidade  e camaradagem. De destacar que o José Fernando Almeida e o Fernando Andrade Sousa já realizaram mais do que um encontro (o Almeida já vai em três, nas Caldas da Rainha). E que o António Damas Murta vai também realizar o segundo (de novo em Coimbra, onde reside; um abraço especial para ele que ficou recentemente viúvo). (LG)
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Notas do editor:

(*) Vd. postes de:


17 de março de 2022 > Guiné 61/74 - P23087: Convívios (921): XXVI Convívio do Pessoal de Bambadinca, 1968/71: Caldas da Rainha, sábado, 28 de maio de 2022 (José Fernando Almeida, ex-fur mil trms, CCAÇ 2590 / CCAÇ 12, 1969/71)

(**) Último poste da série > 21 de junho de  2022 > Guiné 61/74 - P23376: Convívios (933): Rescaldo do XVI Almoço/Convívio do pessoal da CART 1742 - "Os Panteras", levado a efeito no passado dia 18 de Junho, em Moreira da Maia (Abel Santos, ex-Sold At Art)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Guiné 61/74 - P22955: O nosso blogue em números (79): Em 2021 publicámos em média 95 postes por mês... e não falhámos um único dia do ano... Palmas, por favor, para a nossa pequena equipa editorial que já pratica o teletrabalho muito antes da pandemia...



Gráfico nº 11 - Nº de postes publicados por mês no ano de 2021(n=1142)

Infografia: Carlos Vinhal (2022)





Quadro nº 1 - Mapa-resumdo do nº de postes publicados por mês e por editor, no ano de 2021 (n»1142)

Infografia: Carlos Vinhal (2022)


Gráfico nº 12 - Nº de postes publicados por mês  e por editor no ano de 2021(n=1142)

Infografia: Carlos Vinhal (2022)


1. É bom que os nossos leitores saibam que este blogue é mantido por uma pequena equipa que funciona à distância, e há muitos anos: neste momento, temos 4 editores, mas na prática, o essencial do trabalho assenta em duas pessoas, o Carlos Vinhal (que vive em Leça da Palmeira, Matosinhos, distrito do Porto), e o Luís Graça (que vive, desde o início da pandemia de Covid-19, em março de 2020, essencialmente na Lourinhã, distrito de Lisboa).  

Temos ainda o Eduardo Magalhães Ribeiro (Maia) e o Jorge Araújo (sediado em Almada, mas vivendo neste momento em Abu Dhabi, nos Emiratos Árabes Unidos). 

Até 2009 ainda pudémos contar com a colaboração ativa (e preciosíssima) do Virgínio Briote.  Razões imponderáveis de saúde fizeram  com que ele hoje seja um editor jubilado, mas de cujo conselho nunca prescindimos sempre que a ocasião se oferece: contimua também a estar ao alcance de um clique ou de uma chamada de telemóvel.

O Jorge Araújo devia já estar tecnicamente habilitado a editar os seus próprios postes, e nomeadamente os das séries "Memórias cruzadas...", "(D)o outro lado combate", "Tabanca dos Emiratos"... Na prática, quem é o "editor final" dos seus trabalhos é o Luís Graça. 

2. Em 2021 publicámos 1142 postes: o mês de fevereiro foi o que teve mais postes (n=125) e o mês de agosto o que teve menos (n=80) (Gráfico nº 11). A média mensal andou nos 95. 

No Quadro nº 1 e no Gráfico nº 12, faz-se a distribuição por mês e por editor.  No total de postes editados pelo Luís Graça (n=577) estão contabilizados 17  que são da autoria do Jorge Araújo.

O Jorge Araújo tem passado, desde 2019, algumas temporadas nos Emiratos Árabes Unidos, onde a sua esposa é professora numa prestigiada universidade árabe. Por outro lado, no ano lectivo de 2020/21 ele estava ainda no activo, como professor do ensino superior politécnico, E neste momento continua em Abu Dhabi, a ultimar dois livros, o que lhe deixa pouco tempo livre para alimentar o nosso blogue com os seus postes sempre originais e surpreendentes.

Em 2020  a havia já  mais de meia centena de referências com o marcador "Jorge Araújo". Boa parte tinha a ver com os postes da sua autoria, relacionados com séries como "(D)o outro lado do combate"  ou "Memórias cruzadas" ou ainda "Ensaios"... 

Esses postes eram  enviados diretamente por ele para o blogue, em formato de rascunho. A inserção de fotos e os "acabamentos" ficavam por conta do editor Luís Graça. E como tal eram contabalizados.  Agora está a enviá-los só por email. Continuamos à espera de poder resolver esse problema, com tempo e vagar, e dando assim o seu a seu dono. 

O Magalhães Ribeiro tem-se limitado, nos últimos anos, a editar os postes do José Saúde, que lhos envia diretamente.

3. Como já o dissémos em anos anteriores, uma das  particularidades do nosso blogue é que, quer faça sol, quer faça chuva, seja domingo ou feriado, há sempre alguém a trabalhar e a publicar, todos os dias, um poste ou mais postes... E isso verificou-se ao longo de mais estes doze meses pandemia de Covid-19. Não creio que tenhamos falhado algum dia...

Alguns dos postes que editamos todos os dias podem ficar "agendados" de um dia para o outro (, é o caso, por exemplo,  dos postes da série "Parabéns a vocês", que estão ao cuidado do Carlos Vinhal)... Como se costuma dizer, é comida pronta a usar, que fica no frigorífico de um dia para o outro...

Há uma boa articulação entre os  editores, em especial o Carlos Vinhal e o Luís Graça, que se apoiam mutuamente... Estão de resto, os dois sempre à distância de um clique... tal como o Jorge Araújo (, também reformado de fresco...) e o Eduardo Magalhães Ribeiro (que se reformou já  em 2019).
 
4. Como fazemos todos os anos,  fica aqui, desde já, registado, em letra de forma, um voto de louvor aos nossos coeditores, os dois  do Norte, o Carlos Vinhal e o Eduardo Magalhães Ribeiro, e o outro do sul, o Jorge Araújo: na qualidade de fundador do blogue, eu, Luís Graça, não me canso de louvar a sua lealdade, dedicação, generosidade e competência. 

São valores que não têm preço, a par do forte espírito  de corpo que nos anima há muito. Mas tenho que destacar aqui o nome do Carlos Vinhal que, na realidade, tem sido o pilar do blogue, desde há muito... 

Disse-o o ano passado, e não era exagero: se ele cair, o blogue cai...Por isso rezo todos os dias, aos nossos bons irãs, acocorados no alto do poilão da Tabanca Grande, para nos deem vida e saúde para continuar a poder dar voz aos "amigos e camaradas da Guiné". 

(Infelizmente, para mim, o ano de 2021 foi um "annus horribilis" com problemas de saúde que ainda não superei na totalidade, daqueles que nos tocam a todos à medida que a idade vai avançando... Mesmo assim acho que me aguentei, menos mal!... E continuo  dizer, não sem algum  humor negro, citando  o "meu pai, meu velho, meu camarada": "Mais vale andar neste mundo em muletas do que no outro em carretas"...). 

(Continua)
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Nota do editor:

(*) Último poste da série > 15 de janeiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22907: O nosso blogue em números (77): em 2021, apesar da dupla fadiga pandémica e bloguística, tivemos uma média de 4,5 de comentários por poste, igual à do ano anterior...


Vd postes anteriores da série:

10 de janeiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22895: O nosso blogue em números (76): Quem nos visita continua a usar o Chrome (38,7%) como navegador, e o Windows (72%) como sistema operativo.

7 de janeiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22885: O nosso blogue em números (75): Globalizados, somos vistos em muitos países, com natural destaque para Portugal (40%), EUA (25%), Brasil (5%), França (5%) e Alemanha (4%)... Pela primeira vez, aparece a Suécia no "Top 10" e a Guiné-Bissau no "Top 20"

4 de janeiro de 2022 > 4 de janeiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22875: O nosso blogue em números (74): em 2021, tivemos 25 "baixas mortais" e 31 novos membros da Tabanca Grande (dos quais 13 a título póstumo)... Somos agora, entre vivos e mortos, 855 grã-tabanqueiros

4 de janeiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22875: O nosso blogue em números (73): em 2021, tivemos 25 "baixas mortais" e 31 novos membros da Tabanca Grande (dos quais 13 a título póstumo)... Somos agora, entre vivos e mortos, 855 grã-tabanqueiros

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Guiné 61/74 - P21819: (In)citações (178): Até já, José Eduardo!... (Joaquim Mexia Alvez, régulo da Tabanca do Centro)

 

Leiria > Monte Real > V Encontro Nacional da Tabanca Grande > 26 de junho de 2010 > O José Eduardo [1940-2021] e o Joaquim Mexia Alves (, dois dos membros da comissão organizadora, juntamente com Belmiro Sardinha, Carlos Vinhal e Miguel Pessoa)

Foto (e legenda): © Eduardo Magalhães Ribeiro   (2010). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


ATÉ JÁ, JOSÉ EDUARDO!

por Joaquim Mexia Alves

Não vou ouvir mais a frase que sempre te ouvia quando te ligava: "Meu amigo Joaquim!"

Sim, não havia um “alô”, um “está lá”, um “estou”, mas “apenas” uma frase com uma inflexão quase como um canto de alegria: "Meu amigo Joaquim!"

E eu respondia-te: "Meu amigo José Eduardo!"

E falavas de uma história, de um concerto, de uma exposição, do “teu” Mosteiro, da política, da amizade, de tudo enfim, para tudo embrulhares sempre no mesmo convite: "Tens que cá vir, para conversarmos, para matarmos saudades. Tenho tanta coisa para te dizer!"

E eu respondia que sim, que íamos marcar, assim que pudéssemos ambos, e tu respondias que também podias vir aqui, que tínhamos de acertar a data.

E fui tantas vezes e tu vieste tantas também!

Mas passear contigo por Alcobaça era “outra louça”!

Era assim como que um orgulho ir ao teu lado e ver que toda a gente te cumprimentava e que tu tinhas uma palavra para todos e todos te respondiam com um sorriso.

Desde que te conheci, por causa da “nossa” Guiné (*), que percebi de imediato o “homem grande” que tu eras, a bondade que em ti se sentia, a sinceridade das palavras, do coração, a preocupação com os outros e o amor inexprimível à família.

Os almoços da Tabanca do Centro assim o iam confirmando todos os meses e a amizade nasceu naturalmente forte.

Tínhamos tantas coisas que nos identificavam!

Uma noite tive um sonho, literalmente um sonho, meu amigo José Eduardo, que me dizia para te convidar para fazeres o Percurso Alpha connosco na paróquia da Marinha Grande.

Hesitei, pensei e repensei se não estaria a entrar na tua esfera mais íntima, mas decidi fazer o convite, pois um não da tua parte nada significava para a nossa amizade.

Mas não foi assim!

Ouvi um sim decidido, dizendo-me que era o tempo certo para fazer esse caminho.

E depois durante 10 semanas, esperava-te à entrada da Marinha Grande para te indicar o caminho para o local onde nos reuníamos.

E, claro, rapidamente fizeste amigos em todos os que ali estavam, como não podia deixar de ser, porque a tua maneira de ser era assim.

E foi um desencadear de coisas novas que descobriste e me foste ajudando a descobrir, uma ansiedade de paz e tranquilidade que me ias dizendo perceberes em ti.

Não me esqueço, meu amigo José Eduardo, no fim de semana do Espírito Santo, depois de eu ter feito a oração de invocação, o abraço que me vieste dar e como chorámos de paz e alegria nos braços um do outro.

E a tua amizade tão cheia de ternura pelo “nosso” Padre Patrício, como sempre o trataste entre nós, a quem ouviste com atenção e dedicação, “apesar” de ser um jovem perto de nós.

Tantas conversas, tantas confidências, tantas portas que abrimos das nossas memórias, tantos perdões, tanta paz, tantos conselhos recíprocos que trocámos!

Depois veio o ano terrível que “fechou” os nossos almoços, que “proibiu” os nossos abraços, que “escondeu” os nossos sorrisos, que quis “abafar” as nossas conversas.

Gente como tu, (e como eu, também), que vive de afectos e proximidade, sofre mais com estes tempos de distância forçada.

E como não paras, arranjaste maneira de editar um livro e pediste-me para escrever um posfácio, que tentei recusar por não me sentir capaz, mas tu convenceste-me como sempre.

Quando foi a apresentação do livro pediste-me para me sentar também na mesa e depois, com um sorriso desconcertante, disseste-me que eu teria de dizer umas palavras, também!!!

Respondi que não estava preparado para tal, mas a amizade falou mais alto.

Deixei-me levar pelo coração e foi nesse dia que disse publicamente que nunca mais te tratava por “Jero”, mas sim por José Eduardo.

“Jero” era um pseudónimo e a nossa amizade era muito real, pelo que, para mim, “apenas” podias ser José Eduardo.

E acho que a tua Helena gostou!

E não me esqueço também que te pedi pelo meu filho Pedro, para procurares um emprego, uma ocupação que ele tanto precisava e nesse mesmo dia já me estavas a responder e passado pouco tempo já o Pedro estava a estagiar em Alcobaça, no “teu” jornal, e tu o tomavas sobre os teus braços e o acompanhavas sempre.

Enchias-me de orgulho quando me dizias que o meu Pedro era um “rapaz” extraordinário e que gostavas imenso de falar com ele.

Marcaste-o com uma forte amizade que ele guarda dentro de si.

E a Dona Catarina, José Eduardo?

Sempre que te referias à minha mulher lá vinha o Dona Catarina e eu dizia-te: "Não digas isso José Eduardo, que ela afina!!!"

Lembro-me tão bem daquele almoço de frango na púcara, (tinha que ser, em Alcobaça), com a tua Helena, a minha Catarina e nós os dois.

E lá conseguimos acertar mais uma data e há cerca de um mês, lá fui com o Pedro ter contigo a Alcobaça para comermos um opíparo almoço que eu, (usando de chantagem), te obriguei a deixares-me pagar.

Nesse dia, meu amigo José Eduardo, quando nos despedimos, mandámos “às malvas” as regras e demos um abraço forte e sentido.

Esse abraço fica comigo, está em mim, e nunca mais deixarei de o sentir.

Repousa agora meu amigo, junto de Deus que ambos “redescobrimos” e que com certeza, (é tão bom ver as coisas assim humanamente), ouve deliciado as tuas histórias, com os Monges de Cister sentados à tua volta pedindo-te notícias do seu Mosteiro.

Não chegavam as resmas todas de papel para escrever sobre ti e sobre a nossa amizade, nem para tal tenho eu “engenho e arte”, mas mais importante do que isso é eu saber que estás nos braços de Deus e que vives no meu coração.

Espero um dia, pela graça de Deus, chegar ao Céu também e ouvir atrás de mim alguém dizer uma frase com uma inflexão quase como um canto de alegria: "Meu amigo Joaquim!"

Até já, José Eduardo! (**)

Marinha Grande 28 de Janeiro de 2021

Joaquim Mexia Alves
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Notas do editor:

(*) Vd. postes de:

5 de julho de  2010 > Guiné 63/74 - P6676: V Convívio da Tabanca Grande (15): Caras Novas (Parte IV ): O JERO, aquele rapaz de Alcobaça e de Binta, lembram-se dele ? (Luís Graça)

(...) O JERO ou José Eduardo Oliveira é um dos mais produtivos membros do nosso blogue (já com mais de 60 referências ou marcadores), para o qual entrou há menos de um ano...

Natural de Alcobaça, bancário reformado, director adjunto do jornal local, ofereceu-se de imediato para organizar o V Encontro Nacional da Tabanca Grande. Acabámos por optar por Monte Real, e associá-lo à Comissão Organizadora (de que fizeram parte, além dele, o Carlos Vinhal, o Joaquim Mexia Alves, o Miguel Pessoa e o Belarmino Sardinha).

O JERO é daqueles camaradas que, uma vez apresentados, se tornam, ao fim de cinco minutos, velhos conhecidos, que a gente se apressa a pôr na lista dos amigos favoritos... Ele é a gentileza em pessoa, uma doçura como os licores e doces da abadia à sombra da qual nasceu e cresceu a sua terra. E tem uma qualidade que é rara entre os primatas: pratica a amizade, é gentil, é prestável, é leal, sem quaisquer pretensões de protagonismo, sem intriga, lisonja ou má-língua...

Cara nova ? Sim, é a primeira vez que ele vem a um Encontro Nacional da Tabanca Grande. Razão por que merece este destaque. (...)

(**) Último poste da série > 12 de janeiro de 2021 > Guiné 61/74 - P21762: (In)citações (177): Contra os canhões marchar, marchar... (António Carvalho, ex-Fur Mil Enfermeiro)