segunda-feira, 27 de julho de 2009

Guiné 63/74 - P4747: Estórias do Mário Pinto (2): Uma erecção um tanto inconveniente



1. Mais uma pitoresca e engraçada estória, enviada pelo nosso Camarada Mário Gualter Rodrigues Pinto, ex-Fur Mil At Art da CART 2519 - "Os morcegos de Mampatá", Buba,
Aldeia Formosa e Mampatá - 1969/71:

Camaradas e amigos,

O avivar da memória das nossas recordações e passá-las ao papel, que é como quem diz pelo teclado, começa a ser um hábito sadio e benéfico para o meu já quadragenário stress, por isso cá vai mais uma.

Quando da “descapinação”, ou desmatagem como queiram, do terreno para a construção da nova estrada Buba - Aldeia Formosa, mandaram para MAMPATÁ oriundos de Nhacra, cerca de 900 nativos de raça Balanta, para efectuarem os necessários trabalhos.

Os mesmos usavam sobre o corpo somente uma tanga e eram conduzidos por uns “Sipaios”, como fossem uma manada de gado (desculpem a dureza desta expressão mas não me lembro de outra), levando a efeito a referida tarefa, morosa e desorganizadamente, pois o IN flagelava o local com bastante amiúde e intensidade, apesar do nosso dispositivo de segurança.

Num dado momento um dos nativos, com a sua catana deu um corte profundo no PÉNIS, ficando extremamente aflito, debilitado e dorido.

Por não ser possível tratar o homem ali teve que ser evacuado para MAMPATÁ onde, na altura, se encontrava de serviço o nosso 1º Cabo Enf Lomba, que perante o estranho local do ferimento do sinistrado, agarrou na “massaroca” dele e muito profissionalmente, como era alias a sua obrigação, toca a cozer as partes carnais dilaceradas, causando-lhe uma erecção digna de registo, que logo que detectada originou naturais e gerais gargalhadas do pessoal presente.

O Lomba ainda hoje carrega essa desditosa cruz, pois nos almoços da Companhia lá vem sempre à “maldita” lembrança do pessoal, o relato da curiosa “efeméride” em tom mais ao menos jocoso, conforme oiça a história o Lomba ou o restante pessoal trocista e malicioso.

Depois bebemos mais um copo todos juntos e, se Deus quiser, para o ano lá estaremos todos outra vez, para almoçarmos, confraternizarmos e, porventura, relembrar a história do altivo “instrumento” que foi cozido pelo...

Um abraço amigo,
Mário Pinto
Fur Mil At Art
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Nota de M.R.:
Vd. primeiro poste da série em:

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