sábado, 24 de outubro de 2009

Guiné 63/74 - P5151: Controvérsias (37): O despertar dos Combatentes (Mário Pinto)


1. O nosso Camarada Mário Gualter Rodrigues Pinto, ex-Fur Mil At Art da CART 2519 - "Os Morcegos de Mampatá" (Buba, Aldeia Formosa e Mampatá - 1969/71), enviou-nos a seguinte mensagem:


Camaradas,

Hoje não abri o meu baú de memórias, mas escrevi este texto com suporte em memórias e actualidades, acerca de uma matéria que tem estado na ordem do dia, todos os dias, que é a triste e lamentável situação e tratamento dado aos ex-Combatentes, que dedico especialmente à nossa juventude e ao qual dei o título:

"O DESPERTAR DOS COMBATENTES"


Pelo que me é dado constatar, ao longo dos últimos 35 anos, pelas análises de vários depoimentos nossos, como ex-Combatentes e dos nossos comportamentos sociais, creio que posso afirmar, sem muita margem de erro que, na generalidade, quando terminamos as nossas comissões em terras de além-mar, interiorizamos e guardamos, reservadamente, a matéria relativa às recordações das nossas comissões, nos nossos “ficheiros” cerebrais do silêncio e do esquecimento.

Um silêncio que permitiu, em muitos casos, o esquecimento de partes, ou num todo, das vicissitudes e agruras dos vários meses de privações, doenças, angústias, receios, medos e, pior que tudo, o sofrimento e a dor, de vermos e sentirmos o sangue derramado pelos nossos mais infelizes Camaradas, que pereceram e ficaram severamente estropiados em combate, nas minas, nos fornilhos, em acidentes, etc.

Valeu-nos sempre, para ultrapassar os piores momentos, os indescritíveis e imortais elos de sã amizade e fraterna camaradagem, que unia os Homens de cada equipa, de cada pelotão, de cada Unidade.

Lentamente, nos últimos tempos, denota-se uma evolução (na minha opinião pessoal muito positiva para todos nós), no despertar das consciências, surgindo aqui e ali a narração dos nossos feitos militares, aqui no blogue, em simples conversas de café, em entrevistas, documentários, livros… as nossas histórias pessoais, daqueles tempos conturbados que agora, com maior ou menor custo, começamos a recordar e a editar.

As gerações mais novas, que felizmente não tiveram que passar pelas provas de maturidade e privações, que nos foi imposta pelo regime de então, chama-nos “cotas”, muitos deles completamente alheios e indiferentes ao nosso passado bélico, graças, fundamentalmente, à fraquíssima qualidade da maioria dos média que temos e ao ostracismo a que fomos votados pelas classes políticas pós “abrilistas” e vigentes.

Numa época de serviço obrigatório militar, sabíamos que o destino da maioria era África, G3 nas mãos, combater os rebeldes (turras na gíria militar da altura), para defendermos o território nacional, que, como portugueses que somos, herdamos de vários séculos de descobrimentos e conquistas dos nossos ousados e valentes antepassados, de que, na generalidade, nos orgulhávamos e nos era ensinado a amar e estimar, desde os bancos das escolas.

Entre nós, também haviam jovens mais politizados, que não concordavam com a política de confronto armado seguida para as ex-Colónias, pelo regime dominante, mas, mesmo assim, lá seguiam integrados em contingentes com destino ao Ultramar, imbuídos de um pensamento: a guerra toca a todos.

Uns tantos, mais convictos, radicais, cobardes e medrosos, fugiam às suas obrigações castrenses, refugiando-se em países, que contestavam politicamente as nossas guerras em África, nada se importando com aqueles seus Amigos e conhecidos que em Àfrica, na guerra, podiam precisar da sua colaboração, tentando sobreviver.

Houveram alguns que, inclusivamente, pactuaram com os nossos inimigos (não os vou agora aqui adjectivar), colaborando em vários aspectos contra nós.

Na guerra, nós vivemos entre a sobrevivência, a confusão e o ódio, passámos, como já tinha dito, momentos de grande sofrimento, dor, angústia, receios e medo, naturais dos nossos 20 e poucos anos de idade e éramos parte de uma sociedade que, embora evitasse grandes conversas sobre pormenores da guerra, nos respeitava e admirava.

Muitos de nós, provindos dos recantos mais profundos de Portugal, dos meios rurais ou dos bancos das escolas das grandes cidades, éramos sequer dados, ou habituados, a enfrentar situações de violência extrema e morte, como nos exigiam os, por vezes, terríveis e mortíferos confrontos, em terrenos que nos eram completamente estranhos (selvas, tarrafo, bolanhas, etc.), contra os elementos dos movimentos de libertação.

A nossa quase totalidade foi básica e fugazmente instruída, em meia dúzia de meses, por aqui nos quartéis nacionais, e enfiada em barcos e aviões para Angola, Guiné e Moçambique.

As contingências da guerra roubaram-nos preciosos anos das nossas juventudes, que podíamos ter aplicado em outras coisas bem mais úteis e agradáveis, destruindo muitos dos nossos sonhos e tornando muito de nós, antes jovens alegres e divertidos, em “tipos” pouco reintegráveis, que familiarmente, quer amigavelmente, e, ou, incompatíveis com a as filosofias de vida e as práticas da sociedade decorrente.

No passado, tal como no presente, não são as Forças Armadas que decidem participar, ou sair, de uma guerra, mas sim os políticos que gerem esta Nação.

São os políticos que, em nome desta nossa Pátria, resolveram a nossa ida para a guerra, bem como hoje decidem a integração dos nossos militares em missões no estrangeiro, pelo que, lhes deixo aqui colocadas duas simples questões: “Será que os Senhores têm a mesma atitude, ou tratam de igual modo, os soldados que têm regressado com doenças (nomeadamente o pós-stresse traumático), que têm enviado para Timor, Bósnia, Kosovo ou Afeganistão, tal como estão a tratar os ex-Combatentes da Guerra do Ultramar? E aquando da sua passagem à situação de reforma, também será assim?

É que os políticos, não podem, nem deviam, injustiçar e ostracizar, os Homens que, obrigados ou não, se entregaram de corpo e alma, no cumprimento das missões que lhes foram exigidas, em prol do seu semelhante e da sua Pátria.

No mínimo merecem o reconhecimento pelo seu empenho e pelo seu espírito de sacrifício, porque cumpriram!

Os políticos actuais, nesta matéria, estão completamente desenquadrados das filosofias Patrióticas e das suas melhores e adequadas práticas. As suas políticas de gabinete resumem-se ao acomodarem-se às suas infrutíferas vaidades e aos seus bem-estar e luxos pessoais. É uma triste e mesquinha realidade!

Não sou adepto de que somos os “coitadinhos” da Guerra do Ultramar. Somos Homens que, apesar de tudo, cumpriram, o melhor que puderam e souberam, e assumimos o passado com, maior ou menor, orgulho pessoal.

São necessárias, urgentemente, muitas vozes como as dos ex-Combatentes, para informar e despertar as mentalidades das novas gerações, de homens e mulheres, que um dia hão-de surgir na política portuguesa, com outras visões mais solidárias, inteligentes e Patriotas, que prestem o devido e justo reconhecimento à nossa geração.

Um abraço,
Mário Pinto
Fur Mil At Art
____________
Nota de M.R.:

Vd. último poste desta série em:


14 comentários:

MANUEL MAIA disse...

CARO MÁRIO,

JÁ NOS HABITUASTE A TEMAS POLÉMICOS,E DEVO DIZER-TE QUE DA MINHA PARTE SÃO SEMPRE BEM VINDOS.

SÓ QUE AINDA NÃO CONSEGUIMOS MOBILIZAR AS ATENÇÕES NECESSÁRIAS NO SENTIDO DE CONJUGAR VONTADES QUE NOS LEVEM A PEDIR CONTAS A ESTA GENTALHA QUE NOS SUGA O SANGUE,QUAIS VAMPIROS QUE UM DIA O ZECA TÃO BEM CANTOU.

PARTE DELES,PARA QUEM ESSE ÍDOLO DA NOSSA JUVENTUDE TAMBÉM SERVIU DE EXEMPLO,(PELA CORAGEM DE USAR A CANÇÃO COMO CRÍTICA POLÍTICA...)TINHA OBRIGAÇÃO DE TER OUTROS COMPORTAMENTOS E PREOCUPAÇÕES SOCIAIS,MAS HOJE,PODER TOMADO, SÃO BEM PIORES QUE OS QUE CRITICAVAM...

E SÃO-NO DE UMA MANEIRA ATÉ MAIS CONSCIENTE,POIS LIDARAM COM A ARRAIA MIUDA APERCEBENDO-SE DAS SUAS CARÊNCIAS DAS SUAS DIFICULDADES,DAÍ NÃO LHES PODERMOS PERDOAR ESTE COMPORTAMENTO DE "SALTEADORES" QUE INFELIZMENTE TÊM EVIDENCIADO.

PERGUNTAS SE OS MERCENÁRIOS QUE REGRESSAM DOS "POSTOS DE TRABALHO" DA BÓSNIA,AFEGANISTÃO OU OUTROS LOCAIS, NUMA SITUAÇÃO DE STRESS PÓS TRAUMÁTICO, DISPORÃO DO TRATAMENTO QUE NOS TÊM MINISTRADO...

CREIO QUE AINDA NÃO PASSOU TEMPO SUFICIENTE PARA SE QUEIXAREM DESSAS MALEITAS, MAS ESTOU CERTO QUE SE ACONTECER SERÁ NECESSÁRIAMENTE DIFERENTE DO NOSSO CASO.
NÃO PODES ESQUECER QUE OS POLÍTICOS
QUE TÊM OCUPADO AS CADEIRAS DO PODER DESDE ABRIL,SÃO DE QUATRO
TIPOS:
DESERTORES,TRAIDORES,REFRACTÁRIOS,ECOMPLEXADOS...

DOS PRIMEIROS TRÊS GRUPOS JÁ SE DISSE QUASE TUDO.

SOBRE O ÚLTIMO,COMPLEMENTAR-SE-Á AFIRMANDO QUE A SUA FORMA DE ESTAR NA VIDA( RASTEIRA,SUBSERVIENTE, TÍPICA DE "LAMBE BOTAS"...)OS IMPEDE DE DIZER O REI VAI NU...

COM GENTE DESTA COMO SE PODERÁ FAZER UM PAÍS?

VAMOS DEFINITIVAMENTE DIZER-LHES COM QUANTOS PAUS SE FAZ UMA CANOA...

NÃO SERÁ CERTAMENTE COM LÍDERES DO TIPO CONSTANTE NO POST P 5093,DAS LIGAS E ASSOCIAÇÕES SIMILARES COM TRATAMENTOS DE SALAMALEQUES SUBSERVIENTES
ENFEUDADOS AO PODER,QUE CONSEGUIREMOS ALGO...

É URGENTE AVANÇARMOS COM A IDEIA DA MEGA-CONCENTRAÇÃO EM LISBOA.

NÃO NOS DEIXEMOS LEVAR PARA FÁTIMA OU OUTRO QUALQUER LOCAL.

É LÁ,NA CAPITAL,QUE ESTÁ O PODER E A COMUNICAÇÃO SOCIAL.

SEJAMOS DE NOVO OS HOMENS QUE NÃO SE DEIXARAM DOBRAR NA GUINÉ.

AINDA NÃO ESTAMOS MORTOS!
MOSTREMOS A ESSA GENTE QUE AINDA NÃO NOS LIQUIDARAM,PESE EMBORA AS SUAS INSISTENTES TENTATIVAS PARA
O EFEITO...

VOLTEMOS À IDADE JOVEM,SEM MEDO DE NADA.
NÃO PODEM PRENDER MILHARES!

UM ABRAÇO
MANUEL MAIA

Anónimo disse...

Camarada Mário Pinto
Saúdo-te pelas posições explanadas, com as quais concordo.
É um facto que a grande maioria dos ex-combatentes, uma vez de regresso "a casa", o que procurou fazer foi "fechar a sete chaves no porão da memória" o tempo
"perdido" na sua comissão.
Excluindo os profissionais, poucos terão sido os que tiveram interresse em manter vivas as suas recordações, excluindo evidentemente aqueles que por diversos motivos tinham algo que os obrigava a manter presente esses factos.
Talvez por isso mesmo é que todos esses milhares de jovens e menos jovens não se aglutinaram, quando "as liberdades lhes foram dadas", num movimento que "obrigasse" a reconher os seus direitos de quem deu alguns dos melhores anos das suas vidas, por imposição e não por livre escolha.
Mas agora julgo que o barco passou e a corrente não o tráz de regresso.
Apesar deste tardio despertar de consciência, como conseguir algo?
Como chegar às cadeiras do poder para conseguir esse tal reconhecimento?
Não vejo como.
Palavras de um desiludido destes tempos que correm, depois de ter acabado de ler mais umas pérolas de prosa que de que transcrevo apenas "FORTUNAS (portuguesas) ESCONDEM MAIS 9 MIL MILHÕES EM OFFSHORES.
O MONTANTE DO DINHEIRO APLICADO ESTE ANO (SÓ ATÉ AGOSTO) EM OFFSHORES CORRESPONDE A 5,5% DO PIB NACIONAL E REPRESENTA UM CRESCIMENTO DE 47,4% EM RELAÇÃO AO ANO PASSADO."
Crise, dizem eles.
Para quem?
Abraços
Jorge Picado

Anónimo disse...

Camarada Mário Pinto,
solidarizo-me e com a sua posição de fundo e com a inicativa de incitamento à indignação e à revolta, sublinhando a afirmação de que não somos "os 'coitadinhos' da Guerra do Ultramar. Somos Homens que, apesar de tudo, cumpriram, o melhor que puderam e souberam, e assumimos o passado com, maior ou menor, orgulho pessoal."
As contrabandas, a traçar a bandeira de luto, podem todavia ter leitura ambígua se usado o símbolo fora de contexto - careceria a sua honrada proposta de cuidado enquadramento.

S. Nogueira

Anónimo disse...

Caro Mário:
Tinha prometido a mim mesmo que não voltaria aqui...mas tocaste fundo!
Nós DFA´s (os problemas são conhecidos de todos, mas não só nossos), só conseguimos demovê-los-alguns, porque outros preferiram ficar a almoçar com dirigentes desportivos- quando fizemos uma manifestação em frente da AR.
Façamos todos o mesmo.Mas já, porque "ainda" somos muitos.
Abraço
Luis Nabais

Jose Marcelino Martins disse...

Caro Mário e Camaradas

Não podemos calar por mais tempo.
Vamos em frente.
Mas temos de ter cuidado com o simbolo proposto. A Bandeira Nacional para nós é sagrada e jurámos defende-la, apesar de outros a achincalharem.
Como referiu u Jorge Teixeira (Portojo) usemos a barreta da medalha das campanhas do ultramar.
Alem de servir como sinal de luto e de luta. tornar-nos-á identificaveis entre nós e será um indicativo para os outros, que desconhecendo o simbolismo, virão perguntar-nos "o porquê" desse simbolo e nós, os combatentes, diremos da nossa razão.
Chegou a hora. Amanhã poderá ser tarde.
Digamos presente!

José Martins

Anónimo disse...

Caro Mário Pinto,
Estou plenamente de acordo com o que escreveste neste Post, bem como com os comentários dos camaradas Manuel Maia e Jorge Picado.
Já noutros Postes tenho sugerido a data de 13 de Janeiro de 2010, para eles verem como nós comemoramos o primeiro aniversário de semelhante aborto legislativo.
Com uma grande concentração em Lisboa. Mas o mais importante é irmos todos ou quase todos os VIVOS da Guerra do Ultramar, para também representarmos os que infelizmente não poderão ir. Em 13/1/2010, ou na data que melhor entenderem contem comigo!
Um grande abraço para todos do camarada e amigo.
ADRIANO MOREIRA - FUR. ENF. CART. 2412 BIJENE,BINTA, GUIDAGE E BARRO.
1968/70.

Anónimo disse...

Caro Mário,
O José Martins tem razão!

Punhamos um camarada a estudar e a propor uma forma de identificação de Veterano de Guerra, para além da da Liga dos Combatentes e AOE que utilizo em todo o casaco que uso.
Um abraço do tamanho do Cumbijã,

Mário Fitas

Anónimo disse...

Já agora, Mário Fitas, não será de pensar que nós, DFA´s também estaremos a pensar estar presentes?
Afinal somos todos ex-combatentes!
E também temos o nosso emblema.
Ou há algo contra?
Abraço
Luis Nabais

Anónimo disse...

Meu Caro Luís Nabais,

Vós sereis sempre os primeiros.

Como felizmente não sou DAF será essa a razão.

Irei tratar de ser sócio se me for permitido.

Para mim o problema é juntar os esforços de todas as organizações, e já pertenci a algumas.

Uso o da Liga dos Combatentes porque a ela pertenço uso o da AOE porque sou de Oper. Especiais, não há descriminações, antes pelo contrário, e na lapela do casaco cabe sempre uma boa causa.

Tenho por aí muitos amigos.


Um abraço do tamanho do Cumbijã.

Mário Fitas

Anónimo disse...

Caro Mário :Ràpidamente dizer-te que fiquei contente com a tua resposta pronta.Claro que estaremos por lá também (embora, por mail te possa esclarecer algum eventual entrave de alguns".
Darei o mail no fim.
Infelizmente só se pode ser sócio se tiver havido "problemas" durante o tempo de tropa.E olha que muitos nos procuram com intensão igual à tua.
Mas falaremos por mail.E já sabes, qdo vieres a Lisboa, almoças por lá.Fica ao lado do local de trabalho do Luis Graça...rsrsrsque prometeu, mas nunca apareceu.
Pertenço à Direcção de Lisboa.
nabais.luis@gmail.com
(consta na tabanca este e outro, mas prefiro gmail)
Abraço
Luis Nabais

Valentim Oliveira disse...

Por mim confirmo a data de 13 de Janeiro de 2010 e que todos os EX.Combatentes se unam para mostrar-mos a nossa força.
Oliveira

António Matos disse...

Camaradas, peço desculpa mas já me perdi no turbilhão de posts e comentários mas vi a referência ao 13 de Janeiro de 2010 para, penso, uma concentração, será ?
Agradeço alguém me informe.
Obrigado,
António Matos

Anónimo disse...

13 JANEIRO 2010 EM LISBOA

Já aqui foi sugerido por mais de uma vez e parece-me uma data razoável atendendo á distância, no sentido de podermos mobilizar todos os VETERANOS DE GUERRA ex-combatentes, ou os mais que podermos.(profs eram mais de 100mil, não se esqueçam)

Faço referência a VETERANOS DE GUERRA, porque infelizmente já há quem chame ex-combatentes á "maçaricada" que andou ou anda "a brincar ás guerras" na Bósnia,em Timor,etc(diz que estão em mais de 20 países) a ganhar fortunas, á nossa custa e a regressar como autênticos heróis com TV's á mistura,enquanto nós somos desprezados e mal tratados.
Nada de confusões, somos:
VETERANOS DE GUERRA EX-COMBATENTES.

Quanto á identificação, toda a gente tem ou deveria ter a tal BARRETA que faço referência no meu P4417, que o José Martins também refer e é igual para todos.
Uso-a todos os dias.
Emblemas da Liga ou de outras associações, só para quem for sócio, o que não acontece com muitos camaradas, além disso a dita barreta é igual para toda a tropa, quer seja macaca ou especial(de corrida?)quer seja a penantes, de bóia, ou de aérios(€?).

Como alguém de má memória disse:
TODOS E EM FORÇA PARA... LISBOA

Um abraço
cumprim/jteix-veterano de guerra
ex-Furriel Milº Art.
CART2412-68/70 Bigene-Guidage-Barro

Ps: José Martins (mais um Ps?)é de facto Jorge Teixeira,mas só. Portojo é o outro, (o seu a seu dono).Não há que levar a mal, fica tudo em família, que por sinal é camarada e amigo do "Bando dos Furrieis" (café Progresso ás segundas quartas-feiras do mês, para conspirar na tertúlia, aparece quem quer).
Abraços
jt

mario gualter rodrigues pinto disse...

Camaradas e amigos

Saúdoos a todos,e congratúlome com a vossa (minha) convicção que é preciso lutar e marcar uma posição perante quem não nos comprende e nos hostiliza sistemáticamente.

O dia 13/O1/2010, seja o dia que os veteranos se juntem e mostrem a sua força, alguma coisa aprendemos na Guerra, Unidade, Perceverança e Combatividade.

Vamos a eles. ( ERA O GRITO DE GUERRA DA MINHA COMPANHIA)

Um abraço


Mário Pinto