1. Mensagem de Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, Comandante do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 14 de Outubro de 2009:
Caríssimo Carlos,
Aqui vai a recensão possível dos factos heróicos da Armada, envolvendo Alpoim Calvão.
Enfronhado no quase final do meu livro “Mulher Grande”, voltei à biblioteca da Sociedade de Geografia para consultar pacientemente o Boletim Cultural da Guiné Portuguesa entre 1952 e 1962, época em que a minha heroína viveu na Guiné. Foi uma agradável surpresa encontrar no número de Janeiro de 1954 um artigo intitulado “Breves notas da razão de ser, objectivos e processo de execução do recenseamento agrícola da Guiné” assinado por Maria Helena Cabral e Amílcar Lopes Cabral*.
É uma bela peça de concisão e inteligência, a ver se os envio uma curta notícia.
A minha heroína conviveu com eles, apreciava muito a cultura e fulgor do Amílcar, um homem que nas noites paradas de Bissorã, no início dos anos 50, falava de Alexandre Dumas, Miguel Torga, Stendhal e Unamuno.
Um abraço do Mário
As operações no rio Inxanche, em 1964, 1969 e 1970
Por Beja Santos
O capitão-de-mar-e-guerra Armando da Silva Saturnino Monteiro, membro emérito da Academia de Marinha escreveu “Batalhas e Combates da Marinha Portuguesa” em oito volumes (Livraria Sá da Costa Editora, 1997). No oitavo volume, que abarca acontecimentos entre 1808 e 1970, o historiador aborda duas operações de alto risco no rio Inxanche (fronteira da Guiné-Conacri) que envolveram a Armada, e que obtiveram o sucesso esperado, em 1964 e 1969.
Saturnino Monteiro descreve o equipamento da Armada na Guiné, desde o início das hostilidades: navio-hidrográfico Pedro Nunes, várias LFG’s (lanchas de fiscalização grandes), LFP’s (lanchas de fiscalização pequenas), LDG’s (lanchas de desembarque grandes), LDM’s (lanchas de desembarque médias) e LDP’s (lanchas de desembarque pequenas). No teatro de operações, a Armada contava com algumas companhias de fuzileiros e destacamentos de fuzileiros especiais.
Os navios que efectuavam o transporte do material de guerra utilizado pelo PAIGC tinham sido quase todos capturados aos portugueses no início da subversão, eram de pequenas dimensões. Diz o autor que “Navegavam de Conacri para o norte ao longo da costa até à ilha Tristão, que contornavam por leste até alcançarem o rio Caraxe, do qual passavam para o Inxanche, o que lhes permitia chegar a Kadigné com a máxima segurança. Dali o material era transportado em canoas para as bases do PAIGC, situadas tanto no território da Guiné-Conacri como na Guiné portuguesa (ver mapa).
Logo em 1964, o Comando da Defesa Marítima procurou entravar ou interromper esse tráfego. Logo em Fevereiro desse ano, uma LDM, sob o comando do capitão-tenente Paulo da Costa Santos, penetrou no rio Camexibó, onde travou uma violenta acção de fogo e destruiu quatro canoas. Ficava-se a saber que o PAIGC encontrava-se fortemente implantado na zona. Coube ao primeiro-tenente Alpoim Calvão montar uma emboscada nas imediações de Kadigné a fim de capturar embarcações. No dia 20 de Abril de 1964, largou de Bissau uma força naval que transportou uma força de fuzileiros especiais, força essa que se manteve emboscada durante 33 dias. A lancha que transportava o grupo montou a emboscada no interior do Camexibó onde travou intenso tiroteio com as posições inimigas, tendo ficado gravemente ferido o subtenente Machado Oliveira. O general Arnaldo Shultz entendeu que não se devia repetir este tipo de operações para evitar conflitos internacionais.
Em 1969, Alpoim Calvão regressa à Guiné e insiste com o brigadeiro Spínola para que se retomassem as operações destinadas a capturar os navios que andavam ao serviço do PAIGC. Spínola acede à realização dessa operação. Alpoim Calvão planeou a operação “Nebulosa”, que se iniciou em 15 de Agosto de 1969: Calvão era acompanhado pelo segundo-tenente Rebordão de Brito, dois sargentos e dez fuzileiros especiais e levavam quatro botes de borracha. A 27, quando se aproximou um navio, mais tarde identificado como sendo o Patrice Lumumba, os botes de borracha saíram do esconderijo e foram ao seu encontro. Como tivesse havido reacção, a força comandada por Calvão atacou com granadas lacrimogéneas e tiros de G-3, a que se seguiu um breve combate corpo a corpo. A bordo encontravam-se 24 pessoas, entre as quais 3 elementos do PAIGC (um deles morto durante o assalto), que foram aprisionadas. O Patrice Lumumba, muito danificado, teve de ser abandonado.
Não acabaram por aqui as andanças no rio Inxanche. Em princípios de Março de 1970, chegou a Bissau a informação de que um elemento importante do PAIGC iria deixar Kadigné de regresso a Conacri, no dia 7. Calvão foi encarregado de planear a operação “Gata Brava”, destinada a interceptar o navio. Calvão, o segundo-tenente Barbieri e 6 fuzileiros especiais eram o contingente para o golpe de mão. Emboscaram-se no ilhéu Calebe (ver mapa), e ao anoitecer do dia 6 apareceu o navio Bandim. A força deslocou-se em dois botes em direcção ao navio, entretanto, da ilha portuguesa de Canefaque, controlado pelo PAIGC, fazia fogo uma metralhadora pesada. O Bandim foi atingido em cheio por uma granada bazuca, encalhou num esteiro, toda a gente que ia a bordo fugiu. No convés do Bandim encontravam-se 6 homens mortos. O Bandim foi destruído. Observa Saturnino Monteiro que a perda destes dois navios, em resultado das operações “Nebulosa” e “Gata Brava” forçosamente que afectou, pelo menos temporariamente, as forças do PAIGC. Pelo seu desempenho, Alpoim Calvão recebeu uma segunda Cruz de Guerra e foi agraciado com a Torre e Espada.
Saturnino Monteiro comenta detalhadamente a operação “Mar Verde” (22 de Novembro de 1970), que tem sido profusamente referida aqui no blogue, pelo que se considera não haver mais menção a fazer-lhe. Diz o autor que se deve chamar à atenção para o facto de que o ataque a Conacri foi a única operação realizada pela nossa armada desde a batalha do cabo de São Vicente (1833) com implicações de ordem estratégica, isto é, com possibilidade de alterar o curso da guerra. Foi também a última acção que os portugueses tiraram partido do domínio do mar para tentar ganhar uma guerra.
Resta dizer que o historiador Saturnino Monteiro se revela totalmente crítico pelo regime de Salazar ter empenhado meios militares na defesa da Guiné cujo teatro de operações, escreve ele, apresentava graves desvantagens no campo da acção psicológica: “Durante toda a guerra do Ultramar, o teatro de operações da Guiné foi um cancro que corroeu material e psicologicamente as Forças Armadas Portuguesas até as levar à desagregação e à derrota”.
Para se compreender o teatro de operações da “Nebulosa”, em que Alpoim Calvão e os seus homens se emboscaram no rio Inxanche, e aqui destruíram o Patrice Lumumba, em 27 de Agosto de 1969
Foi novamente no rio Inxanche que Alpoim Calvão e os seus fuzileiros afundaram, em 6 de Março de 1970, o Bandim num golpe de mão cujo sucesso só foi possível devido à coragem, audácia e determinação de todos os que participaram na operação “Gata Brava”
Este volume passa a ser propriedade do blogue.
__________
Notas de CV:
(*) Vd. poste de 18 de Outubro de 2009 > Guiné 63/74 - P5127: Historiografia da presença portuguesa (23): Aquela Guiné dos anos 50 (Beja Santos)
Vd. último poste da série de 14 de Outubro de 2009 > Guiné 63/74 - P5104: Notas de leitura (29): Um Amor em Tempos de Guerra, de Júlio Magalhães (Beja Santos)
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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16 comentários:
Saí da Guiné a 20 de Abril de 1974, vindo de um Comando de Operações no sul da Guiné.
Não vi as Forças Armadas portuguesas desagregadas nem derrotadas.Nenhum dos 40.000 militares que estavam então na Guiné viu as "Forças Armadas desagregadas e derrotadas".
Mas o historiador Saturnino Monteiro escreve inverdades (ia a dizer mentiras) que de tão repetidas acabam por ser verdade.
Depois admirem-se de nós, combatentes na Guiné, sermos tão mal tratados pelos poderes instituídos. Nem sequer nos conseguimos aguentar na Guiné, estávamos "desagregados e derrotados".
Isto não são questões de lana caprina, é a verdade histórica, a nossa ´honra e dignidade, como militares e como homens que está a ser posta em causa.
Um abraço ao Beja Santos.
António Graça de Abreu
Primeiro:
Lá vêm os anónimos dizerem coisas sem sentido e que de tão repetidas já causam asco.
Por acaso o Graça de Abreu não estava em Bissau, mas se estivesse isso queria dizer que não podia emitir opinião?
Já agora, as tropas ditas especiais não estavam sediadas em Bissau?
Segundo:
Todos estes livros de suposta "história" e de supostos "historiadores" apontam sempre no mesmo sentido, e este não foge à regra, pelos vistos.
Em nome de ideais politicos interpretam-se as coisas de modo a servirem os objectivos a alcançar.
Isto não é novo e basta ver o que se tem escrito e os documentários e programas realizados para se perceber onde querem chegar.
Neguem tudo, neguem a história, neguem as Forças Armadas Portuguesas, filmem e repitam até à exaustão os vossos objectivos, mas uma mentira não se torna nunca verdade.
Desculpem repetir a expressão, mas para este peditório também já dei!
Abraço camarigo para todos, especialmente ao Beja Santos e ao Graça de Abreu.
O comentário que acabo de eliminar (detesto fazê-lo e dizê-lo...), não obedece às normas editoriais deste blogue: (i) é anónimo, (ii) é provocador e (iii) não respeita verdade dos factos nem o bom nome do nosso camarada António Graça de Abreu.
O António, embora fosse oficial de um CAOP (CAOP1), esteve sempre em zonas de guerra (Teixeira Pinto, Mansoa e Cufar), em contacto permanente com unidades de intervenção e de quadrícula, e que também o seu baptismo de fogo (em Cufar)...
Quem insinua que ele esteve sempre na guerra do ar condicionado de Bissau, é porque não conhece o nosso blogue, não visita regularmente o nosso blogue, nunca leu os escritos (numerosos) do António Graça de Abreu, autor de resto de um notável do Diário da Guiné, já aqui sobejamente falado, citado, discutido,e até trahnscrito (alguns excertos)...
Detesto ter que vir ao "downstairs" eliminar este tipo de comentários... sobretudo sabendo que já se publicaram algumas centenas, senão milhares de comentários, quase todos eles dentro do espírito de liberdade mas também de rigor e de verdade do nosso blogue, que pretende ser, ao mesmo tempo, uma referência na blogosfera em termos de pluralismo, tolerância e respeito mútuo.
A minha solidariedade vai, naturalmente, para o António, que é meu camarada e meu amigo, e um homem das letras, poeta, tradutor e historiador, de grande talento.
Luís Graça, fundador e editor do blogue.
Caro Luís,
Parabéns, bom trabalho.
Sempre em prol da verdade e dos superiores interesses desta comunidade.
Um Abraço
Manuel Amaro
Ó Srº Luis Graça já vi que o Srº é que é o dono do blogue,então que é que os Srs. querem enganar a guerra estava perdida sim sr. eu estive em Pirada de 71/73 e a minha companhia fui conhecida pela agarra há mão, andaram a fugir atrás de nós para nos apanhar, então e Guidaje, depois de lerem também pode jogar este fora.
Cheira-me que se forem descobrir o IP deste anónimo ainda vão ter uma surpresa!
O sujeito esteve em Pirada e deve ter sido o único...
Curiosa é esta expressão "andaram a fugir atrás de nós para nos apanhar" que revela uma ignorância total!!!
Havia uma companhia que era a "agarra à mão" e que era a C. Caç 15 "Taque Tchife" que segundo me explicaram quereria dizer isso mesmo "agarra à mão".
Julgará o anónimo que o Guidage também foi abandonado.
E já agora, porque estou eu a perder tempo com isto!!!!
Abraço para os verdadeiros camarigos
Caro Anónimo
Lamento informar que se sua companhia esteve em PIRADA, quem revela estar PIRADO deve estar o senhor.
Respondo-lhe por esta via, porque o culpado volta sempre ao local do crime: virá novamente aqui para ver se "estragou" alguma coisa, mas é claro que não.
Os seus comentários deverão/serão continuamente retirados, por são eivados de um desconhecimento profundo de como funciona um grupo de camaradas que forjou a sua amizade numa guerra que nos foi imposta.
Continua a haver "Profetas da desgraça" e/ou "Delatores"! Cá, neste cantinho, já temos muitos e, como havia antigamente, poderão aparecer alguns "Senhores Anónimos" a lançar atoardas, porque estão a ser pagos pelo dinheiro dos que honestamente, depois de regressar da guerra, trabalharam para criar riqueza a este País, mas que outros "Patriotas" tentam desvirtuar e destruir.
Faça três favores a si mesmo:
1 - Continue a ler este blogue e vã aprendendo alguma coisa;
2 - Quando pretender comentar, faça-o de forma construtiva e não da forma que usa;
3 - Se pretende continuar nesta blogosfera, faça como todos nós fizemos: apresentamo-nos e demos a cara, pois que, como já deve ter reparado, quando alguém escreve, os editores publicam o rosto dos autores dos textos, sendo a foto actual ou a da altura do serviço militar.
Neste momento, e para finalizar, basta dizer-lhe que é credor de toda a minha comiseração.
José Martins
Vamos lá então comentar o incomentável comentário. Ainda por cima anónimo ! Direi, portanto, que estou a falar para os burros e como vozes de burro não chegam ao Céu ...
Mas como eu não sou o Céu e tenho-me entretido muito mais noutro tipo de reflexões celestiais ( Saramago e a sua prosaica visão do Genesis )vou limitar-me a factores de ordem gramatical para chumbar com 4 valores o ditado do dito anónimo.
1º - " Ó senhor ...."
Correcção - "Ó" neste caso, escreve-se "OH"
2º - ".... então QUE é que os srs. querem enganar ...."
Correcção - Em portugues diz-se : "então QUEM é que os srs querem enganar... " .
Aproveito para lembrar que ao fazer-se uma pergunta, o final da frase deve apresentar um ponto de interrogação, lembra-se ?
3º - " a minha companhia fui conhecida ...."
Correcção - Já mesmo antes do acordo ortográfico se dizia : ".... a minha companhia FOI conhecida ...."
4º - ".... agarra HÁ mão ...."
Correcção - na língua de Camões diz-se " .... agarra À mão...." ( é diferente da mão que Deus pôs no caminho de Maradona, lembra-se ? Aí alguém disse : "aqui há mão !"
5º - "... andaram a fugir atrás de nós ..."
Correcção - a fugir atrás de nós ? Poooooorra !
6º - " ... depois de lerem PODE jogar este fora ...."
Correcção - na instrução primária falava-se numa coisa que era a concordância do sujeito com o perdicado. Já não se lembra, pois não ? De facto Pirada deu-lhe cabo dessa caixa de fusíveis de uma maneira muito violenta !!!! Ficou mesmo pirado !
Conclusão : 7 erros em 7 pequeníssimas linhas da largura de uma mão travessa é, definitivamente, muito erro para tão literada personagem pelo que me recuso a continuar.
Vou ver se percebo o Saramago ...
Quando li o primeiro comentário do Sr.Anónimo, estive tentada a aconselhá-lo a ler o livro de António Graça de Abreu "Diário da Guiné",para se esclarecer. Agora ao ler o segundo comentário, pergunto, será que seria capaz de o ler e interpretar?
Filomena
Caros camaradas,
Mais uma vez fomos espicaçados por um livro (que não li) que nos dá como derrotados na Guerra da Guiné.
Juntamos a isso um comentário que, para além de mal educado, não debate a teoria do artigo, e opta pelo insulto.
Matar o mensageiro não elimina aquilo que, sem se compreender bem porquê, alguns desses guerreiros do ar condicionado continuam interessados em divulgar: as inverdades da nossa guerra.
As atitude derrotistas de alguns desses senhores ofendem, a avaliar pelos comentários, muitos de nós que nos interessamos por estas coisas.
Então, se nós perdemos a guerra, ou estavamos em vias disso, porque permitiram que nós continuassemos a matar e a morrer depois?
Será que, por isso mesmo, lhes tenho que chamar cobardes e assassínos?
Não o farei porque isso não trará de volta o soldado da minha companhia, único amparo de uma mãe viúva e de uma irmãzinha de dez anois de idade. E, como ele, muitos outros que empaparam com o seu sangue o solo da Guiné.
Não o farei porque isso seria dar importância demais a alguém que, por obrigação e ética militares, tinha o dever de, no mínimo, contar a verdade. É na verdade que está a nossa honra, enquanto filhos de Portugal.
Não, senhores da guerra, se alguém saíu derrotado daquela contenda foram os senhores: porque não nos respeitaram na altura da guerra e, hoje, ofendem-nos.
Todos nós sabemos que um dos grandes problemas que nós tinhamos era a fixação de quartéis fácilnmte identificavéis. As nossas saídas eram vigiadas e, em muitos casos, até seguidas. Para o PAIGC era fácil atacar-nos.
Em contrapartida nós não tinhamos essas possibilidades em relação ao nosso imimig. Tinhamos que trabalhar, e muito, para atingir os nossos objectivos, os nossos sucessos, que foram muitos.
Perguntas legítimas que podemos fazer aos senhores que nos ofendem:
1 - Quantos quartéis nossos foram tomados pelo PAIGC?
2 - De quantas zonas foram as nossas tropas expulsas pelo PAIGC?
Depois, comparem as vossas respostas com aquelas que têm para
as seguintes perguntas:
1 - Quantos acampamentos IN foram tomados, melhor dizendo, passados a pente fino pelas nossas tropas?
2 - Quantas zonas de ação foram limpas pelo PAIGC?
3 - Onde e quando foram as nossas tropas impedidas de actuar no TO da Guiné?
Tenho a certeza que o prato da balança favorece, e de que maneira, o lado das nossas tropas.
Um abraço,
José Câmara
Vasco Augusto R. da Gama disse......
Correndo o risco de colocar um comentário a despropósito neste "post",ainda assim gostaria de,sucintamente, dizer sem querer lançar qualquer tipo de confusão que,no meu entender:
1.TODOS os comentários devidamente assinados devem ser publicados, como TODOS os comentários, abonatórios ou críticos do nosso Blog, se anónimos, devem ser eliminados.Só desta forma se pode respeitar o pluralismo.
2.Há Camaradas que escrevem com erros (muitos) ortográficos. E então? Temos de ser todos doutores de letras? Na Guiné, debaixo de fogo, quem perguntava a quem, as habilitações literárias de cada um?
3.A análise de factores de ordem gramatical, para se criticar uma opinião,parece-me a despropósito. Muitos camaradas, humildes na escrita, foram grandes combatentes e em circunstância nenhuma,os gostaria de ver achincalhados pois, conheço muitos a quem a vida vedou a hipótese de estudos mínimos. Para eles o meu respeito.
4.Para o Graça de Abreu, homem de letras, poeta, tradutor e historiador de grande talento, o meu abraço sincero.
Vasco A.R.da Gama
Absolutamente de acordo com o Vasco da Gama, o nosso camarigo, que o outro não o conheci...
Se algum dos meus comentários foi por acaso entendido como critica à forma de escrever peço desde já desculpa, pois não era essa a minha intenção.
Devo no entanto dizer que a um anónimo "repetente" me sinto no direito de o criticar como melhor entender.
De resto "tudo como dantes, quartel general em Abrantes"...
Abraço camarigo para todos
Não tinha intensão de entrar novamente nisto!
Mas sinto-me na obrigação de o fazer, após a confirmação como clássico, afirmado como vaidoso e graduado em General do deserto.
Oh caro amigo Beja Santos, eu admiro a tua paciência, disponibilidade e vontade de trazeres tudo de bom aqui para a nossa bela Tabanca. Mas... Por favor acaba com essa forma sub-reptícia de trazeres para aqui a estafada questão da "guerra militarmente perdida"!
Se tens problemas quanto a esse aspecto, eu não tenho, porque essa estória! Sim escrevo estória. É teoria para esconder a borrada política de quem não soube resolver os problemas de Portugal antes e depois do 25 de Abril. Apesar de General graduado não passei de simples furriel miliciano, que ganhou e tem amor reconhecendo o valor que os meus soldados tiveram. Fica aqui o repto! Em vez de colocares nos postes entre aspas as opiniões de outros, responde às minhas perguntas, colocadas da primeira vez que vieste com essa estória da "Guerra militarmente perdida"!
Bolas!... Isto já se vai parecendo com os comentários anónimos.
Um abraço do tamanho do Cumbijã
Mário Fitas
Não será necessário fazer grandes exercícios de interpretação para chegar à conclusão a quem se destina a crítica do Vasco da Gama.
Toda ela, inteirinha, terá a medida da minha carapuça, assim eu a queira enfiar.
Caro Vasco da Gama, também sou 100% favorável à pedagogia que usaste no comentário sobre os factores de ordem gramatical e sou um frevoroso seguidor desse princípio.
Porém, as intervenções anónimas causam-me um tremendo asco ( quem consegue postar um artigo num blog não pode argumentar que é a iliteracia informática que não lhe permite saber onde colocar o nome e assinar o artigo ! ) e reflectem a cobardia da não assumpção das responsabilidades.
Por outro lado, e se não te reconhecesse a idoneidade intelectual que te reconheço, pensaria que estavas a usar de demagogia ao abrires a caixinha de Pandora ( veremos ) às opiniões favoráveis ao teu comentário uma vez que não te será difícil concluir que não foi o achincalhamento do anónimo pela sua incapacidade gramatical que me motivou mas sim, pegando nela, achincalhá-lo sim, por ter sido grosseiro em tratamento anterior.
Um abraço,
António Matos
Vasco A.Rodrigues da Gama disse...
Camaradas,
Peço-vos que não abram a caixinha, nem a boceta de Pandora-origem de todos os males-, pois o Vasco não se alimenta de opiniões favoráveis nem pratica a demagogia. Não cabem,nenhuma delas, na minha dieta espiritual.
Critiquem-se os anónimos,melhor, eliminem-se os anónimos por não terem a coragem de identificarem as suas opiniões.
Partilho com o António de Matos o asco pelos anónimos.
A crítica "gramatical" que fez ao anónimo e só ao anónimo,pode, na minha forma de ver,inibir outros camaradas a emitirem as suas opiniões.
Em resumo, o comentário do camarada António Matos tem apenas e só a ver com os anónimos, enquanto o meu comentário apenas e só pretende esclarecer e animar todos os camaradas, com nome, a comentar o que muito bem entendam independentemente dos seus conhecimentos linguísticos.
Um abraço para Todos os Camaradas do camarada e amigo,
Vasco A.R. da Gama
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