segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Guiné 63/74 - P7011: Álbum fotográfico de António Barbosa (2ª CART / BART 6523, Cabuca, 1973/74) (2): Cabuca e os "abutres de Cabuca"...










































Guiné > Zona Leste > Região de Gabu > Cabuca > 2ª CART / BART 6523 (1972/74) > Aspectos da "vida" em Cabuca... As fotos vieram sem legendas (*)... Mas também estas são falantes...


Fotos: © António Barbosa (2010) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.



Continuação da publicação do álbum fotográfico de António Barbosa (ex-Alf Mil Op Esp,  comandante do 1º Pelotão da 2.ª CART do BART 6523, Cabuca, 1973/74), natural de Santarém (Não confundir com o António Brabosa, de Gondomar). As fotos, embora de fraca qualidade, têm interesse documental. Foram obtidas a partir de "slides". Algumas das imagens estavam demasiados azuladas, pelo que decidimos editadas apenas a preto e branco. Sobre Cabuca, temos muito poucas referências no nosso blogue. Cabuca ficava a sudeste de Nova Lamego, perto do Rio Corubal e da fronteira com a Guiné-Conacri. Era, com Canjadude, um dos dois baluartes de defesa, a sul, de Nova Lamego (onde está sediado o comando do BART 6523/73, unidade que embarcou na Metrópole em 6/7/1973 e regressou em 7/9/1974).  A 2ª CART esteve em Cabuca e  Xime; a 1ª CART em Madina Mandinga e Bambinca; a 33ª CART esteve sempre em Nova Lamego. O Comandante da 2ª CART era o Cap Mil Inf Franquelim  Bartolomeu Viçoso Vaz.

Há um blogue, que se publica desde Maio de 1969, sobre a 2ª CART do BART 6523, que esteve em Cabuca, de 1973/74, e que eram conhecida como os Abutres de Cabuca. O pessoal desta subunidade encontrou-se pela primeira vez em 2008, ao fim de 35 anos, após o regresso. A iniciativa de criação do blogue foi de Vitor Machado, que vive em Penafiel, e a quem mandamos um abraço. Falaremos, com mais detalhe deste blogue, muito oportunamente.

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10 comentários:

José Marcelino Martins disse...

Cabuca era um destacamento a nível de pelotão, da minha CCaç. 5.
Foi o único destacamento da minha unidade, do meu tempo, que nunca visitei, ao vivo, já que o vou visitando em preto e banco e a cores.

Anónimo disse...

Camarigos
O nosso camarada António Barbosa tinha muita sorte, em Pitche e nos aquartelamentos limítrofes nunca apareceu "gado" desta categoria, sómente gazelas e porcos do mato, e a maioria era comprada aos caçadores nativos.
AB
Luís Borrega

Luís Graça disse...

Qual é a designação em português ou em crioulo do animal abatido ? "Rona antelope", em inglês...


http://thewebsiteofeverything.com/animals/mammals/Artiodactyla/Bovidae/Hippotragus/Hippotragus-equinus.html

Luís Graça disse...

Queria dizer "roan antelope"...
E uma espécie de antílope...

Anónimo disse...

Segundo a Wikipedia trata-se da Palanca vermelha.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Palanca-vermelha

João Almeida

Hélder Valério disse...

Caros camaradas

Estas fotos do nosso camarada António Barbosa têm de facto bastante interesse documental pois permitem aos que não conheceram aqules tempos e ambientes ver como era.

Entre todas destaco, para além do animal que não era muito comum, as fotos com a área de duche. A foto permite perceber exactamente como funcionava, descrição já feita pelo Branquinho.

Um abraço
Hélder S.

Luís Graça disse...

Na Guiné a "palanca vermelha" (designação cientíca, "Hippotragus equinus") chama-se "boca grande"...


Leiam o seguinte tercho:

"A Palanca Vermelha

"Embora domesticáveis, até certo ponto, conservam em cativeiro, sempre, o génio bravio e selvagem — não sendo de fiar.

"A palanca vermelha, a mais abundante, como dissemos, distingue-se rapidamente das mais pela cor da pelagem e porque os seus cornos são menos aparatosos em extensão. São também as mais corpulentas. Os machos adultos chegam a medir 1,40m de altura à espádua. pelagem rasa, mas abundante, especialmente nos quartos dianteiros, e de um tom geral que varia, de indivíduo para indivíduo, desde o pardo-claro até ao ruão (de onde lhe vem o nome inglês de «roan-antelope»).

"Cabeça formosamente desenhada e manchada de branco, cinzento e preto, na face, boca e maxilar inferior. Por via destas manchas brancas na boca é conhecida na Guiné sob o nome de «boca branca». A parte inferior do pescoço é revestida por pêlo mais basto, comprido e áspero. Desde as orelhas até à espádua, uma crina crespa de cerca de 7 cm. Os olhos grandes e muito felpudos nos animais novos. Cornos recurvados para trás e cujo comprimento oscila entre 50 e 6o centímetros. Os cornos das fêmeas, além de mais pequenos e delgados, são também menos anelados.

"Vivem em pequenas manadas de seis a doze indivíduos, frequentando as orlas e o interior de matas abertas, próximas da água e dos prados naturais.

"É frequente vê-las isoladas ou em casais". (...)

http://www.portaldascuriosidades.com/forum/index.php?topic=19383.0;wap2

Luís Graça disse...

Nome vulgar: Boca branca, Antílope chevaline, Koba, Dacojo.

Localização: Buruntuma, Rio Mundali (Boé).

Referência: Monard (1938)


http://www.triplov.com/guinea_bissau/mammalia/bovidae.htm

Anónimo disse...

Caríssimos:
O que é não sei, palanca, com “muitos por centos” de certeza, penso que não é. Sobre a palanca, como já foi dito, quer o macho quer a fêmea, ambos apresentam cornos. O macho é mais corpulento, e os seus cornos significativamente maiores. Quanto à palanca negra, animal que nunca presenciei, as suas armaduras são exageradamente maiores. Em 1968, em Angola, era do conhecimento geral que a palanca negra era super protegida e o seu abate sujeito a pesadíssima coima. Em 1968 estimava-se em cerca de 3000 o nr de animais existentes. A corpulência de uma palanca vermelha (macho), assemelha-se à de um cavalo. Quanto aos cornos, e é por isso que digo não se tratar de palanca, saem da cabeça subindo e abrindo progressivamente, sempre arqueando, para trás, quase batendo a meio do corpo. Resumindo, assemelham-se a dois arcos com cerca 1,30 m (+ -) de abertura(?). a separação entre eles, no início é a largura da cabeça, vai aumentando uniformemente atingindo 50 a 70 cm nas pontas. Apresentam nós como os deste animal.
Em Angola há um animal que se assemelha a este, o ângulo da foto não permite dizer se é ou não o mesmo. Desconheço o nome científico, era conhecido como “burro de mato” se calhar, o grande responsável pela alcunha do unimog pequeno. Apenas o macho tem cornos. Estes, sobem na vertical arqueados e, a partir dos 2/3 flectem ligeiramente para a frente.
Um abraço,
António Brandão (Ccaç 2336) Angola 1968/70

antonio barbosa disse...

Tal como o Luis Graça disse atras
o animal em causa era conhecido no
Leste por Boca Branca (nome dado pelos caçadores africanos de etnia
Fula a que está na foto foi abatida
pelo soldado africano que pertencia ao meu pelotão, como é facil de imaginar foi dia de festa.
ANTONIO BARBOSA