1. Do nosso camarada Juvenal Amado (ex-1.º Cabo Condutor da CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1972/74) recebemos esta ideia de Pátria:
O majestoso Convento de Alcobaça
A NOSSA PÁTRIA
Foi Afonso Henriques
Foi Dinis
Foi João I
Foi Henrique o Navegador
Foi a Cruz
Foi a espada
Foi riqueza
Foi ouro, prata, mirra, canela e pimenta
Foi escravidão
Foi Camões
Foi Fernão Mendes Pinto
Foi ocupada e foi traição
Foi doutrinadora e castigadora
Foi invadida e invasora
Foi libertada e libertadora
Foi opressão e resistência
Foi paixão e abandono
Foi sangue, suor e lágrimas
Foi ausência
Foi partida e foi chegada
Foi Pessoa
Foi Almada Negreiros
Foi Florbela
Foi Pedro e Inês
Será um sonho inacabado?
É este cheiro a terra e mar
É este cheiro a hortelã, salsa e alecrim
É o refrão e a guitarra
A Pátria, é esta saudade permanente em mim
Juvenal Amado
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Notas de CV:
(*) Vd. poste de 18 de Setembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7005: Estórias do Juvenal Amado (31): Desse amor ficou só a nostalgia daquela idade
Vd. último poste da série de 2 de Setembro de 2010 > Guiné 63/74 - P6922: Blogoterapia (157): Ai, Timor (J. Mexia Alves)
9 comentários:
Pois a nossa Pátria / Mátria / Fátria é isso tudo.. Belíssima síntese poética. Os meus parabéns... Sabia que eras um grande contista... mas afinal tens mais talentos... Um Alfa Bravo. Luís
Oh meu camarigo Juvenal
Que dizer-te a não ser que te abraço fortemente e que vou lendo e relendo o que tão bem escreveste!
Um poema que ajuda a superar as grandes distâncias que separam os "exigrados" da sua Pátria. Um grande abraco.
Caro Juvenal
Parecido, mas só parecido, junto um de Antonio Botto, e sem desprimir para o poeta, apenas «pode» completar o teu:
"Ó Pátria mil vezes Santa,
-Meu Portugal, minha terra,
Onde vivo e onde nasci!
Na tua História me perco, e nala tudo aprendi.
Mesmo que fosses pequena
E eu te visse pobre e nua, Ninguem ama a sua Pátria por ser grande,
Mas sim por ser sua!"
CARO JUVENAL,
UM ABRAÇO PELO ESCRITO DE QUE MUITO GOSTEI.
PARABÉNS
MANUELMAIA
Obrigada Amigo Juvenal
Pela sua definição de Pátria!
Ela sempre nos inspira.
Nos orgulha.
Nos agrada.
Hoje, junto à sua voz, a de Pedro Homem de Melo, que nos diz isto:
Pátria
A Pátria não é apenas
Um corpo de bailador
Não são duas mãos morenas
Nem mesmo um beijo de amor
Mais do que os livros que lemos,
Mais que os amigos que temos,
Mais até que a Mocidade,
A Pátria, realidade,
Vive em nós porque vivemos!
in "Eu hei-de voltar um dia"
Caros camaradas
Na verdade eu não sou poeta, mas um contista como Luis me chamou.
Também neste poema conto pequenas estórias, da nossa História, desta nossa Pátria.
Resta-me agradecer a vossa benevolência quanto aos meus dotes e já me sinto muito feliz, por as minhas palavras vos terem trazido a vós e os vossos comentários, bem como os poetas e a poesia que cada um de vós carrega.
Um abraço para todos e muito obrigado
Juvenal Amado
Caro amigo e camarada Juvenal
Deixa-te de 'tretas'!
Sabes bem que temos ditados para quase tudo, como por exemplo um que diz que "todos nós temos Amália na voz", para referir a nossa capacidade colectiva para cantar transmitido o sentimento que emano do "Fado", bem assim como outro que refere que "de poeta e louco, todos nós temos um pouco". Como não és propriamente louco....
Não fiz comentário antes porque não tive oportunidade, mas acho que a revelação desta tua faceta de transmitires os teus sentimentos sem ser em 'escrita corrida' faz-nos ter esperanças em que mais alguém com a capacidade de sentimentos que só os poetas têm se venha a revelar nesse sentido.
Um abraço
Hélder S.
Amigo Juvenal
Peço esculpa de não ter assinado o comentário, onde acrescento o poema de Pedro Homem de Melo, que também achei muito interessante.
Sou com amizade a
Felismina Costa
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