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Guiné-Bissau > Região de Tombali > Farim de Cantanhez > Dezembro de 2010 > A Alicinha (afilhada da Alice Carneiro) e a sua mãe, Cadi.
1. Texto e fotos do nosso amigo Pepito:
Data: 4 de Dezembro de 2010 17:39
Assunto: Aniversário
Amigo Luís
Fiquei comovido com o postal fabuloso do Miguel Pessoa e as mensagens que os amigos lá puseram (*). Porque um homem não chora, as lágrimas caíram-me para dentro. Ninguém as viu. Só eu sei quanto me souberam bem. Mandei o post para duas pessoas em especial: as minhas netas Sara e Clara.
Quando li as mensagens tive uma enorme vontade em estar aí com todos os camaradas do blogue, meus companheiros de sonhos e amores comuns pela Guiné que tanto amamos, por mais partidas que ela nos pregue. Acho que ela até o faz de propósito, para nos juntar mais, para estarmos sempre a pensar nela, como as crianças bulidoras (traquinas) para nos obrigarem a dar-lhes mais atenção.
Estava em Amindara às 8 horas de uma noite escura como o breu, a receber os agradecimentos que as mulheres e os homens faziam à Tabanca Pequena por lhes ter construído um poço, com depósito elevado de água e painéis solares, que lhes permite passar a viver, segundo eles, suma brancu (como brancos).
Nesse dia também estava em Medjo, onde o Régulo Umarú Djaló decidiu vestir o seu melhor traje, para igualmente agradecer à Tabanca Pequena o poço igual ao do de Amindara, dizendo: "agora posso morrer descansado, porque vou ser sempre recordado por ter sido no meu tempo que a tabanca de Medjo passou a ter um poço tão bom e que as mulheres deixaram de ter problemas com o acesso à água".
Estava também em Farim de Cantanhez, tendo nos braços uma linda criança a quem deram o nome de Maria Alice, vestida com roupas enviadas aí de Lisboa pela "vóvó Alice Carneiro", a companheira do nosso Luís e mãe do João que andou por Cantanhez a cuidar da saúde de pessoas que nunca tinham visto um médico.
Foi um dia em que andei, junto convosco, a percorrer os caminhos largos da solidariedade.
Por isso enviei para as minhas netas Sara e Clara lerem mais tarde o vosso post, para conhecerem o valor da amizade e saberem que o melhor mundo em que vivemos é o dos sentimentos e o da generosidade, que é nele que vamos buscar a força para viver de pé. (**)
Pepito
(**) Último poste da série > 12 de Novembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7270: O mundo é pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (31): Achado e perdido, o meu amigo Mulai Baldé (Amílcar Ventura)
Assunto: Aniversário
Amigo Luís
Fiquei comovido com o postal fabuloso do Miguel Pessoa e as mensagens que os amigos lá puseram (*). Porque um homem não chora, as lágrimas caíram-me para dentro. Ninguém as viu. Só eu sei quanto me souberam bem. Mandei o post para duas pessoas em especial: as minhas netas Sara e Clara.
Quando li as mensagens tive uma enorme vontade em estar aí com todos os camaradas do blogue, meus companheiros de sonhos e amores comuns pela Guiné que tanto amamos, por mais partidas que ela nos pregue. Acho que ela até o faz de propósito, para nos juntar mais, para estarmos sempre a pensar nela, como as crianças bulidoras (traquinas) para nos obrigarem a dar-lhes mais atenção.
Estava em Cantanhez no dia 1 quando colocaste o post, por isso não vos agradeci imediatamente.
Estava em Guiledje a preparar a reconstrução do oratório que o Patrício (embaixador dos portugueses em Bissau) já começou a fazer e para o qual o Grupo de Amigos de Guiledje do nosso Blogue decidiu contribuir.
Estava em Amindara às 8 horas de uma noite escura como o breu, a receber os agradecimentos que as mulheres e os homens faziam à Tabanca Pequena por lhes ter construído um poço, com depósito elevado de água e painéis solares, que lhes permite passar a viver, segundo eles, suma brancu (como brancos).
Nesse dia também estava em Medjo, onde o Régulo Umarú Djaló decidiu vestir o seu melhor traje, para igualmente agradecer à Tabanca Pequena o poço igual ao do de Amindara, dizendo: "agora posso morrer descansado, porque vou ser sempre recordado por ter sido no meu tempo que a tabanca de Medjo passou a ter um poço tão bom e que as mulheres deixaram de ter problemas com o acesso à água".
Estava também em Farim de Cantanhez, tendo nos braços uma linda criança a quem deram o nome de Maria Alice, vestida com roupas enviadas aí de Lisboa pela "vóvó Alice Carneiro", a companheira do nosso Luís e mãe do João que andou por Cantanhez a cuidar da saúde de pessoas que nunca tinham visto um médico.
Foi um dia em que andei, junto convosco, a percorrer os caminhos largos da solidariedade.
Por isso enviei para as minhas netas Sara e Clara lerem mais tarde o vosso post, para conhecerem o valor da amizade e saberem que o melhor mundo em que vivemos é o dos sentimentos e o da generosidade, que é nele que vamos buscar a força para viver de pé. (**)
Um abraço muito amigo
Pepito
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Notas de L.G.:
(*) Vd. poste de 1 de Dezembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7364: Parabéns a você (180): Eng Agr Carlos Schwarz, Pepito para os amigos, fundador e director executivo da AD - Acção para o Desenvolvimento (Luís Graça, co-editores e restantes tabanqueiros / Miguel Pessoa / Zé Teixeira / Gilda Brás / António Estácio)
Notas de L.G.:
(*) Vd. poste de 1 de Dezembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7364: Parabéns a você (180): Eng Agr Carlos Schwarz, Pepito para os amigos, fundador e director executivo da AD - Acção para o Desenvolvimento (Luís Graça, co-editores e restantes tabanqueiros / Miguel Pessoa / Zé Teixeira / Gilda Brás / António Estácio)
1 comentário:
E o raio das memórias. Eu que estive no vespeiro de Mejo entre Maio de 67 e Março de 68.
Sinto-me bem. Também tive oportunidade de contribuir para o poço e a bomba que puxa a água. Um dos dois poços de água que existiam à época em Mejo tem uma grande estória. Que a contem o ex-cap. Cadete e dois ex-alferes da sua companhia. Eventualmente algum dos moradores de Mejo também a possam contar.
Um abraço
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