domingo, 23 de janeiro de 2011

Guiné 63/74 - P7656: Memória dos lugares (123): O Alf Mil Médico Mário Bravo em Bedanda, na CCAÇ 6 (Dezembro de 1971 / Março de 1972)


Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 > 1971/72>  S/d > Visita do General Spínola... À sua esquerda o Cap Cav Carlos Ayala Botto.



Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 > 1971/72>  Visita do General Spínola (de costas)... À sua frente, à direita,  o Cap Cav Ayala Botto.




Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 > 1971/72> Os Alferes Mil Borges, Mário Bravo e Figueiral [ ou Figueiras ?]...



Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 > 1971/72> Mário Bravo e o seu pelotão de djubis, fazendo a continência...

Fotos: © Mário Bravo (2011). Direitos reservados


1. Mensagem do Mário Bravo, respondendo às minhas perguntas (*) sobre as suas andanças na Guiné, como Alf Mil Médico:

Luís Graça:

Cá vai a resposta às várias questões que me colocas e deste modo dar imagem do meu percurso na Guiné.

(i) Quando cheguei a Bissau, em 20 de Novembro de 1971, fiquei instalado no QG (Quartel General), durante cerca de quinze dias;

(ii) Durante esse tempo fiz estágio em veterinária (no mataoduro), em inspecção alimentar e outras actividades relacionadas com a profissão;

(iii) Embarquei,  num belo dia, num Cesna civil , para Catió e daí para Bedanda, onde fui substituir o Amaral Bernardo (colega do Porto) [que passou 11 meses em Bedanda];

(iv) Pela consulta que fiz a documentos e fotos dessa época, posso dizer que cheguei a Bedanda em Dezembro de 71;

(v) Fui recebido pelo Amaral Bernardo e, como ele diz em determinado momento, também tive o meu baptismo de fogo - um disparo do obus 14 (que estoiro !!);

(vi) Aí, Bedanda, iniciei a minha campanha de médico militar, num local onde as condições não eram as melhoras, mas que eram compensadas com uma entreajuda fora do que se pode imaginar;

(vii) Durante este período, deslocava-me de modo regular aos quarteis de Guileje, Gadamael Porto e também Cacine;

(viii) Lembro-me que em Fevereiro de 1972, fui deslocado para Catió, para substituir o colega que lá estava;

(ix) Fiz uma pesquisa na minha documentação pessoal e acho que, com as devidas reservas, terei estado em Bedanda até Março de 1972;

(x) Foi uma eternidade, atendendo às condições e ruído que de modo constante (ataques repetidos ), nos atormentavam;

(xi) Em resumo, foi um período de tempo curto, mas que me marcou de modo intenso, porque senti a proximidade das pessoas, num ambiente hostil e com todas as dificuldades inerentes.

Gostei de conhecer tanta gente boa. Para completar e tentar ao mesmo tempo chamar ex-militares de Bedanda, vou enviar umas fotos da minha colecção pessoal, pedindo desculpa pela qualidade menos conseguida, mas eram outros tempos do mundo fotográfico.

___________

Nota de L.G.:

Últino poste desta série > 21 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7651: Memória dos lugares (122): Os Adidos (Belmiro Tavares)


3 comentários:

Luís Graça disse...

Uma coisa que eu não sabia, e que me foi confirmada pelo Amaral Bernardo (há dias, ao telefone): foste substituí-lo em Bedanda, onde ele gramou 11 meses... Não era muito habitual um médico ficar tanto tempo num sítio... Ou era ?

Hélder Valério disse...

Caro camarigo Mário Bravo

A tua resposta às questões colocadas é sintética quanto baste e ao mesmo tempo esclarecedora.

Vê-se bem o percurso efectuado, a rapidez relativa com que as coisas mudavam (embora nos parecesse que demoravem uma eternidade).
Ressalta, contudo, e isto é bastante comum à maioria dos nossos relatoa, a lembrança do que se conseguiu em situações difíceis, para não dizer dramáticas, em termos de desempenho, de camaradagem, de tal modo que até hoje perduram e são, na prática, o motor que alimenta este blogue.

Abraço
Hélder S.

Gonçalves disse...

Boas
O Cap Ayala Botto, é o mesmo que em 1990 era Cmdt do Regimento de Cavalaria nº 3 em Estremoz?
Eu fiz tropa em Estremoz no 3º Turno de 90, Fui escriturário da Secretaria Regimental.