Com a devida vénia ao DN - Diário de Notícias, transcrevemos declarações do actual Ministro da Defesa, proferidas na ADFA durante uma cerimónia evocativa dos 50 anos da Guerra Colonial.
O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, afirmou hoje que Portugal "vive mal" com o tema da Guerra Colonial e defendeu que 37 anos depois do fim do conflito é preciso "fazer a paz com a História".
Por Lusa (Ontem)
"Com razão ou sem razão, a verdade é que parece que temos vergonha da guerra. Vivemos mal com as razões que nos levaram para África, vivemos mal com o que lá se passou e consequentemente com quem por lá passou", disse Aguiar-Branco.
O ministro, que discursava numa cerimónia na Associação de Deficientes das Forças Armadas (ADFA) de evocação dos 50 anos do início da Guerra Colonial, considerou ser responsabilidade do seu ministério "fazer a paz com a História" e assegurou que irá pessoalmente "conduzir o processo" e que nos próximos quatro anos tudo fará "para que isso seja possível".
"Somos todos muito mais filhos da Guerra Colonial do que estamos dispostos a admitir", continuou, apontando a ADFA como "a organização que mais se empenhou em evocar os cinquenta anos da Guerra Colonial". Aguiar-Branco considerou que "a perseverança" desta associação "ao serviço dos combatentes, muitas vezes com a própria inércia do Estado, exige, todos os dias, que estes homens não sejam esquecidos".
O ministro da Defesa defendeu ainda que "a manutenção da isenção das taxas moderadoras e a manutenção dos subsídios aos deficientes das Forças Armadas" é "uma questão de Justiça" e que "o contrário seria sempre imoral".
Já aos jornalistas, no final da cerimónia e depois de ter sido descerrada uma placa evocativa, afirmou que a valorização do papel Forças Armadas na Guerra Colonial se faz realçando o que a instituição "significou no nascimento da nossa democracia" e reconciliando "esse período com os exemplos vivos". Aguiar-Branco reforçou que "serão sempre prioritárias as medidas que puderem ir ao encontro da reparação que estes portugueses merecem". [...]
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Nota de CV:
Vd. último poste da série de 8 de Dezembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9159: Recortes de imprensa (53): Em, A Semana - Opinião, África no tempo das belas Signares, de Arsénio Fermino Pina (Nelson Herbert)
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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1 comentário:
Palavras leva-as o vento.
Falou tanto e nada disse.
A.Almeida
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