1. Mensagem do nosso camarada Manuel Sousa* (ex-Soldado da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4512, Jumbembem, 1972/74, actualmente Sargento-Ajudante da GNR na situação de Reforma), com data de 27 de Julho de 2012:
Envio para todos os meus contactos o link que suporta o livro que acabei de editar, em situação de pré venda na livraria online de www.sitiodolivro.pt.
Em breve estará à venda quer neste site, quer na livraria "Leya na Barata", na Av. de Roma, nº 11, Lisboa.
Vejam a apresentação do livro.
Oportunamente, em breve, enviar-vos-ei uma apresentação mais detalhada do livro em pps.
http://www.sitiodolivro.pt/pt/livro/prece-de-um-combatente/9789892030685/
Cumprimentos
Manuel Sousa
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2. "PRECE DE UM COMBATENTE - Nos Trilhos e Trincheiras da Guerra Colonial"
Sinopse
Pela Pátria…
· Fomos arrancados ao convívio dos entes queridos, interrompendo e adiando promissores projectos de vida;
· Vivemos a pungente despedida do zarpar lento de um navio, pejado à proa de lenços brancos a acenar para outros que se agitavam no cais, pairando a incerteza de, um dia, podermos ali voltar;
· Aportámos em terras de África, cujo clima nos causticou a pele e nos tornou pasto fácil para turbilhões de insaciáveis insectos;
· Estreitámos relações com as populações nativas e as suas crianças que, no dia a dia, nos surpreendiam com os seus rituais, a sua cultura;
· Não resistimos à beleza das bajudas, (raparigas) vivendo com elas romances de “amor em tempo de guerra”;
· Calcorreámos trilhos e picadas, ora sob poeira asfixiante e calor intenso, ora sob chuvas tropicais diluvianas;
· Transpusemos linhas de água e pantanosas bolanhas que quase nos submergiam;
· Passámos fome e sede, bebendo, muitas vezes, a água insalubre das bolanhas;
· Fomos acometidos de doenças tropicais;
· Vimos rebentar minas sob viaturas e companheiros de armas, as quais deixavam rasto de destruição e de morte;
· Rastejámos e irrompemos sob o fogo intenso inimigo, debaixo do arrepiante sibilar das balas e dos estilhaços das granadas, ora a atacarmos, ora a defendermos;
· Como toupeiras impregnadas de pó ou de lama, abrigámo-nos do fogo inimigo nas labirínticas trincheiras dos quartéis, defendendo essas nossas posições;
· Vimos companheiros no campo de batalha a agonizar, balbuciando as últimas palavras que guardamos na alma como fiéis depositários;
· Disparámos para não morrermos;
· Pairaram sobre nós vorazes abutres, atraídos pelo sangue que nos jorrava da carne rasgada;
· Honrámos o nome dos companheiros que tombaram em combate, gravando-os de forma indelével em singelos monumentos, autênticas obras d’arte disseminadas no chão colonial africano;
· Sofremos mazelas físicas e psicológicas que nos vão acompanhar durante o resto da vida;
· Tivemos saudades que desfiámos em longas missivas na troca de correspondência com os familiares, namoradas e madrinhas de guerra, além do célebre “adeus até ao meu regresso”, difundido através da Rádio Televisão Portuguesa na quadra natalícia;
· Fomos irreverentes, brigámos, brincámos, rimos, cantámos e chorámos;
· Finalmente chegámos de regresso ao cais onde ternos abraços de saudade nos cingiram, contrastando com o drama daqueles que não tiveram a mesma ventura de abraçar os nossos companheiros, em cujo navio os seus lugares vieram vazios.
· Enfim, com sublime abnegação, tudo isto foi, por ela,
…LUTAR!
Ficha Técnica:
Editora: Edição do Autor
Colecção:
Data de Publicação: 08-2012
Encadernação: Capa mole - 398 páginas
Idioma: Português
ISBN: 9789892030685
Dimensões do livro: 149 x 210 mm
Capa / Paginação: Marco Martins / Paulo Resende
Depósito Legal: 343300/12
(Com a devida vénia a Sítio do Livro)
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Notas de CV:
(*) Vd. poste de 21 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8310: As Nossas Madrinhas de Guerra (5): Avé-Maria do Soldado (Manuel Sousa)
Vd. último poste da série de 22 de Dezembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9250: Bibliografia de uma guerra (58): Pequenas partes do Lugares de Passagem aqui juntas com algum sentido (José Brás)
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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2 comentários:
Caro Amigo Manuel Sousa
Conhecedora desde o início, deste seu projecto, "hoje realidade", quero manifestar-lhe a minha alegria por o ter concretizado!
Sei que sabe que é sincera a alegria manifesta.
Atingiu com certeza a plenitude do género humano! plantou certamente muitas árvores. tem filhos!? e a obra define-o como ser humano que vivênciou um tempo que descreve...
Venho desejar-lhe o maior sucesso e dizer-lhe que gostáva de ser a primeira pessoa a adquirir a obra.
Diga-me como o posso fazer.
Aceite as minhas felicitações e um abraço fraterno e grato.
Felismina
Meu Caro Amigo & Camarada M Sousa
Bravo pelo teu contributo para a nossa História contemporânea sobre a guerra colonial e para o conhecimento daquele que foi o nosso Sector de Farim onde actuámos e deixámos algo de nós
Um abraço com desejos de bom êxito
Carlos Silva
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