terça-feira, 31 de julho de 2012

Guiné 63/74 - P10214: Blogues da nossa blogosfera (53): Tabanca do Centro - Recordações da memória - O Arraial (Joaquim Mexia Alves)

1. Com a devida vénia ao Blogue da Tabanca do Centro e ao nosso camarada Joaquim Mexia Alves, reproduzimos a publicação de hoje, 31 de Julho, daquele Blogue.


RECORDAÇÕES DA MEMÓRIA - O ARRAIAL

Num almoço da CART 3492 que tivemos em Monte Real há uns anos, o António Azevedo, nosso médico no Xitole, contou-me a seguinte história que tenho a certeza não levará a mal que aqui a reproduza.

Conta ele que quando foi o primeiro ataque ao Xitole estava no exterior da "messe" de oficiais e ao ouvir os sons das saídas de morteiro e canhão sem recuo, começou a olhar para o ar, para ver onde era o "arraial", pensando estar em Viana do Castelo nas festas ou coisa parecida.

Conta também que se sentiu projectado no ar e caiu dentro da vala, comigo por cima.

Tinha sido eu que o tinha "atirado" para a vala ao dar-me conta que ele não percebia o que se estava a passar!

Se fosse hoje, com o meu peso, esmagava-o!!!!

Se a história não for bem assim, peço ao Azevedo que a emende, (se por acaso a ler), e já agora que venha ter connosco numa Quarta feira para saborear o cozido à portuguesa!


"Resultados" na sala do soldado da primeira flagelação ao Xitole em 04.04.1972

Empenagens de granadas de canhão sem recuo recuperadas depois da primeira flagelação ao Xitole em 04.04.1972. Ao fundo vêem-se as valas que utilizávamos durante as flagelações.

Fotos: © Tabanca do Centro, com a devida vénia

Joaquim Mexia Alves
____________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de 18 de Julho de 2012 > Guiné 63/74 - P10164: Blogues da nossa blogosfera (52): Estrada fora... de Gama Carvalho, a viver em Braga, e que esteve em Piche e Buruntuma, no BCAV 8323 (1973/74)

1 comentário:

Anónimo disse...

O primeiro...do teu tempo, queres tu dizer, camarigo.
Muitos outros haviam acontecido antes, naturalmente, e um, curto, apanhei eu também com ele, não sendo ali o meu poiso, tendo ido de Aldeia Formosa até lá num jeep apenas com um condutor, pelo gozo que me dava visitar os malucos que lá viviam. De um me lembro porque andava sempre com uma cobra peçonhenta numa garrafa e eu só me lembrava do acaso de alguém lhe partir o frasco. Ninguém tratava o Capitão por...Capitão mas por Ramalho. Numa noite fui lá com meia dúzia de soldados buscar o médico para acudir a um civil de Aldeia acidentado. Fazíamos cada uma!
Abraço e invejas de cozido
José Brás