sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Guiné 63/74 - P12116: (Ex)citações (226): Não me lembro do Oh! Alexandre... mas é muito natural que ele se lembre de mim: afinal, em dois terços do tempo de comissão, fui eu que comandei a CCAÇ 798... Também se deve lembrar do alf mil Pinheiro, que comandava o destacamento de Ganturé e que foi evacuado com 14 perfurações no corpo, na sequência de uma emboscada na estrada para Gandembel (Manuel Vaz, Gadamael, 1965/67)

1. Mensagem, de 24 de setembro último,  assinada pelo Manuel Vaz (ex-Alf Mil da CCAÇ 798, Gadamael Porto, 1965/67), em comentário ao poste P12083 (*):


Amigo Luís:

O Oh! Alexandre está a dar que falar!... e há razões para isso, mas eu não me lembro dele, o que não é de estranhar.

Quando a minha companhia saiu de Gadamael, o posto sanitário ainda não existia. O que existia era o posto de socorros da Companhia, ao lado das instalações de oficiais. Só em 70/71 é que foi construído entre os dos setores do Aldeamento um posto sanitário. Foi no tempo do Capitão Morais da Silva e deve ter sido aqui que o Oh Alexandre trabalhou.

As recordações que tem de mim resultam do facto de ter passado 2/3 da Comissão a Comandar a Companhia, o que me dava mais visibilidade. No meu tempo em Gadamael não havia população, residia toda no Destacamento, em Ganturé.

O Oh Alexandre também se deve lembrar
do Alf Pinheiro que comandava o Destacamento
[de Ganturé] e foi evacuado com 14 perfurações, quando o Grupo de Combate, juntamente com o Pel Rec 963, caiu numa emboscada na estrada para Gandembel.

Nunca mais voltou à Companhia mas safou-se.

Em Gadamael, quando a CCAÇ 798 saiu, ficou lá uma família de Tandas. Veio-me pedir para ficar lá e logo percebi que era para não ficar junto da restante população que residia em Ganturé.

Um abraço. Manuel Vaz (**)





Guiné-Bissau > Região de Tombali > Iemberém > 2 de março de 2008 > Exibição de um grupo de dançarinos tandas, por ocasião do Simpósio Internacional de Guiledje (Bissau, 1-7 de março de 2008). Os tandas, que são uma minoria étnica do Cantanhez (c. 2 mil), utilizam. para confeção do vestuário de trabalho e de lazer. cascas de árvores da floresta. [Para saber sobre os tandas e outros povos do Cantanhez, clicar aqui]

Fotos (e legenda): © Luís Graça (2008). Todos os direitos reservados

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Notas do editor:

(*) Vd poste de 25 de setembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12083: Notícias dos nossos amigos da AD - Bissau (31): testemunho gravado em Gadamael, a história do Oh! Alexandre, que conheceu o alf mil Manuel Vaz, da CCAÇ 798, bem como o pessoal da CCAÇ 1659, os Zorba

(**) Último poste da série > 26 de setembro de 2013 > Guiné 63/4 - P12090: (Ex)citações (225): O nosso blogue e o último dos nossos direitos como veteranos de guerra e cidadãos, o "jus esperniandi", o direito de espernear... (Vasco Pires, ex-cmdt, 23º Pel Art, Gadamael, 1970/72; e português da diáspora no Brasil)

1 comentário:

Joaquim Ruivo tabanqueiro 598 disse...

Não era este tambem o território do povo FLUPE?