1. Em mensagem do dia 11 de Março de 2014, o nosso camarada Mário Vasconcelos (ex-Alf Mil TRMS do BCAÇ 3872), a quem não é demais agradecer a sua disponibilidade e colaboração, fez chegar até nós mais memória do ex-Alf Mil Médico Rui Vieira Coelho [foto actual à esquerda] que esteve integrado nos BCAÇ 3872 e 4518 (Galomaro, 1973/74), dedicada ao belo Arquipélago dos Bijagós:
As minhas cordiais saudações a todos: editores, leitores e camaradas em geral.
Um pouco, no cumprimento do meu antigo cargo, volto às transmissões, enviando o texto/conto, da autoria do nosso ex-Alf. Mil Médico, Dr Rui Vieira Coelho, tabanqueiro n.º 624, BCAÇ 3872 e 4518.
Um alfa-bravo encriptado com amizade.
Mário Vasconcelos
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Nota do editor
Último poste da série de 14 DE FEVEREIRO DE 2014 > Guiné 63/74 - P12717: Os nossos médicos (73): Memórias do Dr. Rui Vieira Coelho, ex-Alf Mil Médico dos BCAÇ 3872 e 4518 (6): Em Bubaque, como subdelegado de saúde
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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2 comentários:
Olá dr V. Coelho
É sempre um prazer ler o que escreve sobre os sítios que eu tantas vezes passei com sol ou chuva.
Curiosamente nessa picada nunca fui de rebenta minas coma minha Berliet pois já tínhamos tido uma mina que escapou aos picadores e rebentou no Unimog do Falé ainda em 1972.
Quando a 3491 ainda estava sediada em Dulombi, cada companhia fazia metade do caminho e não foram poucas as vezes que passei na picada com água acima dos eixos da viatura. Quando atascávamos naquela lama cinzenta que parecia cola, a Berliet assentava as pontes na lama e só cavando debaixo dela a conseguíamos tirá-la dali. Eram assim um numero de rodados paralelos em sítios onde a lama fazia mais estragos. A picada para o Saltinho também tinha essa particularidade, já a de Cancolim não me recordo de ter problemas com lama. Talvez porque o caminho era mais acidentado com subidas e descidas e ter mais pedra que dava uma aderência diferente.
Também me recordo de ir com um pelotão da 3491 juntamente com o PelRec da CCS quase ao fim da tarde arrancar de surpresa para o Dulombi e passarmos lá a noite ocupando vários pontos estratégicos do destacamento.
Quanto ao alferes Farinha que conheci lá muito bem, acabei por o encontrar um dia em Alcobaça.
Só soube da sua morte pelo Luís Dias muitos anos depois, quando nos encontramos aqui nas páginas do blogue.
Olhe dr um abraço e faço conta de o encontrar em Ermesinde brevemente. Um abraço
Rui, aprecio os teus escritos e agradeço ao Mário por servir de "pombo-correio" entre ti e o blogue...
Não é habitual os "nossos médicos" alimentarem o nosso blogue com a generosidade (e o talento para a escrita) com que tu o fazes...
Este teu poste fez-me recordar as "heróicas" colunas logísticas que uns anos antes, em 1969, fiz/fizemos (a CCAÇ 12 e o BCAÇ 2852 e suas unidades de quadrícula) em plena época das chuvas, de Bambadinca até ao Xitole e ao Saltinho... E mais tarde também a Galomaro/Dulombi /(pela estrada a sul de Bafatá), quando a estrada Dulombi/Saltinho ficou interdita...
O nosso percurso ia de Bambadinca ao Xitole, passando por Mansambo, e várias vezes fomos até a2 o Saltinho com abastecimentos para batalhões, o setor L1 (Bambadinca) e o do setor L5 (Galomaro)...
Descreves muito bem o "inferno" que eram essas colunas, no tempo das chuvas... E, no tempo seco, não era melhor, com milhões de partículas de pó, vermelho, a cobrir tudo e todos...
Reabrimos o troço Mansambo-Xitole, ainda no tempo das chuvas... Levávamos viaturas civis, uma coluna com quilómetros. e mobiliziando um batalhão (escolta e segurança lateral)...
Algumas viaturas ficaram lá, por minas, ou avariadas, com os semi-eixos arrancados, pela força brutal dos nossos guinchos...
Rui, temos que nos conhecer um dia destes! Pelo que percebi, vives no Porto aonde vou várias vezes por ano...
Um alfabravo. Luis Graça
PS - Um alfabravo também opara os valentes condutores e "picas" de Galomaro e Dulombi!
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