Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
Guiné 63/74 - P14219: Notas de leitura (677): Do livro "Família Coelho", edição de autor, 2014, de José Eduardo Reis Oliveira (JERO) (5): A Terceira Geração d'Os Coelhos (1)
1. Do livro, Família Coelho,(*) da autoria do nosso camarada José Eduardo Oliveira (JERO) (ex-Fur Mil da CCAÇ 675, Quinhamel, Binta e Farim, 1964/66), aqui fica mais um apontamento, este dedicado à Terceira Geração.
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Nota do editor
(*) Vd. poste de 20 de janeiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14166: Notas de leitura (672): Do livro "Família Coelho", edição de autor, 2014, de José Eduardo Reis Oliveira (JERO) (4): Como era Alcobaça nos tempos dos primeiros Coelhos
Último poste da série de 2 de fevereiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14212: Notas de leitura (676): “Carlos Veiga, Biografia Política”, por Nuno Manalvo, Alêtheia Editores, 2009 (Mário Beja Santos)
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8 comentários:
Jero, obrigado por essas memórias dos anos 20/30/40, do tempo dos nossos pais...
A minha terra, Lourinhã, não era muito diferente de Alcobaça, mais pequena, menos famosa (a não ser pelo depreciativo epíteto de "terra da Loba"), segundo aquilo que eu eu sei, da transmissão de memórias do meu pai, Luís Henriques (1920-2012) e da leitura dos jornais da época.
Também o presidente da câmara era da tropa, o cap Belo, como acontecia com muitas câmaras municipais nas primeiras décadas do Estado Novo...
O muito pouco que se fazia, a nível autárquico, resumia-se às inaugurações de fontenários (o da minha rua é de 1936), empedramento das ruas e algum embelezamento das nossas vilas (belos jardins com coreto...).
Até a escola primária onde estudei era do tempo da monarquia constitucional, c. 1875, construída pelo grande benemérito do séc. XIX, o conde de Ferreira, de Gondomar... A sua herança deu para construir 100 escolas por esse país fora, desde Alenquer a Foz Coa... A minha, infelizmente, foi demolida pelo camartelo camarário...
Tal como tu, também fui jornalista da imprensa regional. Foi a profissão que levei para a tropa, e que consta das minha caderneta militar... Um dia que venhas à Lourinhã, num fim de semana, hei de te mostrar o nosso museu, e algum do nosso património...
Também eu me interesso pelas "histórias de família", pelo que elas nos ajudam a perceber quem fomos e quem somos...
Um abração estremenho. Luis
José Maria Simões Belo... Era capitão e foi presidente do município da Lourinhã na década de 50 do século passado...
Tenho uma vaga ideia dele: era baixote e andava fardado á tropa... Ou era a farda da GNR ?
Não sei de que arma é que era... Nem sei nada dele... Éramos putos, tínhamos medo das fardas... WEu confundia as framas: bombeiros, tropa, GNR... Sei que a GNR ocupava uma parte do antigo convento dos franciscanos e claustros da igreja de santo António (séc. XVI), classificada em 1910 como monumento nacional, ... E havia "guerras" com o pároco (que me batizou) e a GNR...
É estranho... Não sei nada daquele homem que esteve à frente da edilidade da minha terra. Nem os lourinhanenses saberão dizer muito mais... Há o nome dele, numa rua, algures...Há o nome dele num depósito de água e tanques de lavar que inaugurou em 1950 e picos (1956 ? ou 1958 ?) no Moledo, e pouco mais...
Aliás, porque é que o senhor deveria ter nome de rua ?
Vou perguntar ao Zé Belo se era algum parente, próximo ou afastado...
Algum leitor deste espaço sabe onde adquirir este livro e qual o custo?
Boa noite Luís Graça
Obrigado pelos teus comentários que, com agrado meu,te despertaram memórias da tua Lourinhã natal.
Abraço cisterciense do teu amigo, JERO
Em relação à possibilidade de aquisição do livro "FAMÍLIA COELHO" esclareço que é edição do autor. Mais informo que o editor sou eu. Os interessados poderão contactar-me para o telem. 963147683.
José Eduardo Oliveira (JERO)
Caro Luís Graca.
O meu avô paterno foi político activo, no tempo da República...daí que Município na Lourinhä dos anos cinquenta näo seria viável.
Foi Major Médico na primeira Grande Guerra no Norte de Mocambique.
Posteriormente, como arqueólogo e numismático efectuou escavacöes nas ruínas romanas de Centum Cellas (perto de Belmonte),no Dolmen do Zambujal (perto de Torres Vedras) e nas zonas do Cadaval,Monte Junto e Runa,onde foi Comandante e Director Clínico do Asilo Militar.
Vivendo em quinta de família no Maxial (cerca de 10 quilómetros a noroeste de Torres Vedras) acabou por doar toda a sua vasta colecäo particular ao Museu de Arqueologia de Torres Vedras,e alguns imóveis que vieram a servir de base a um centro médico sanitário e a um lar para idosos.
Talvez por estes factos, somados ás suas actividades políticas antes da ditadura,tem hoje o seu nome em uma das ruas de Torres Vedras,e numa outra do Maxial.
(O nome de família "Belo" está bastante espalhado nas Beiras.
Quando Cadete em Mafra tinha no meu Pelotäo mais 4 Cadetes com o nome de família "Belo" sem sermos parentes.
O Pelotäo ficou conhecido como o "beleza".)
Um abraco do José Belo.
Muito obrigado Sr. Oliveira.
E o preço?
Repito o que já referi em comentário anterior.Os interessados poderão contactar-me para o telem. 963147683.
José Eduardo Oliveira (JERO)
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