sábado, 21 de fevereiro de 2015

Guiné 63/74 - P14280: In memoriam (219): Finalmente seguiu para Bafatá, onde vai ficar ao lado do seu pai, o corpo do Amadu Bailo Jaló, "guineense, comando, português" (Virgínio Briote)



Lisboa > 2009 > O Amadu Djaló no cais do Sodré.


Lisboa > 2009 >  Virgínio Briote e Amadu Jaló...  



Monte Real > Encontro Nacional da Tabanca Grande > 2009 > O Amadu  com o Luís Rainha, o seu 2º Comandante de grupo dos comandos do CTIG (1966)



Lisboa > 2009  > Da esquerda para a direita, o coronel comando ref Raul Folques e o ten general ref Almeida Bruno (os dois primeiros Comandantes do Batalhão de Comandos Africanos da Guiné) e o Amadu Jaló.




Guiné > Bolama > 1962 > O Amadu DEjaló na escola de recutas


Fotos (e legendas): © Virgínio Briote  (2015). Todos os direitos reservados.



1.  Informação de há dois dias, do Virgínio Briote:


Caros Camaradas

Apenas para informação e a quem, eventualmente, interesse: o corpo do Amadú vai amanhã [, dia 20, 6ª feira,]  estar às 10h00 na Mesquita de Lisboa (Pr. Espanha), de onde partirá para o aeroporto de Lisboa, rumo à Guiné e à sua Bafatá.

Abraço

Vb


2. Comentário do editor L.G:

O Virgínio foi mais do que um amigo e um camarada do Amadu... Gastou seguramente um ano a ajudar o Amadu a escrever e a publicar o seu livro de memórias... Por outro lado, procurou estar sempre ao lado do Amadu nos momentos de maior dificuldade, e nomeadamente quando surgiram os seus frequentes e graves problemas de saúde...  Sempre discreto, solícito, solidário, e fora das luzes da ribalta, nada pedindo em troca... Esteve no hospital  militar ao lado do Amadu, tal como outros camaradas dos comandos (, caoso do João Parreira e  do cor Folques),  mas o Amadu já não reconheceu o amigo "tuga"... Acrescente-se por outro que o Amadu gozava de imenso prestígio entre a comunidade guineense, e em particular fula, residente na área da grande Lisboa. 

Enfim, cumpriu-se finalmente a sua última vontade. O seu corpo viajou até à sua terra querida, Bafatá, onde repousam os restos mortais do seu pai. 

Descansa em paz, Amadu, guineense, comando, português!

PS - O 1º volume do livro de memórias do Amadu está esgotado. E há camaradas que o gostaria de o ler. O Virgínio vai fazer esforços para fazer uma reedição. Incentivei, por outro lado,  o Virgínio a publicar, com a autorização da família, o resto das memórias (incompletas) do Amadu, material que deveria fazer parte do II volume, a publicar pela Associação de Comandos, Esse projeto, por várias razões (incluindo os problemas de saúde do Amadu e do próprio Virgínio) não chegou a bom termo. Mas sabemos que o Amadu tem algumas dezenas de páginas onde relata a sua amarga experiência de exílio. Tanto quanto sei, ele viveu no Senegal, em Portugal e na Inglaterra, depois da indepenência da Guiné-Bissau. Uma parte dos seus filhos vive hoje em Inglaterra. A sua família, esposa e filhos, é credora do nosso apreço e admiração. 
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Nota do editor:

Último poste da série > 15 de fevereiro de  2015 > Guiné 63/74 - P14262: In memoriam (218): morreu um "homem grande", o nosso camarada Amadú Bailo Jaló (Bafatá, 1940 - Lisboa, 2015), que fez parte do Batalhão de Comandos Africanos e da CCAÇ 21, um combatente valoroso e um homem de valores (Virgínio Briote)

1 comentário:

Hélder Valério disse...

Independentemente do 'lado onde combateu' o Amadu Jaló é credor de admiração.
Pelo seu percurso de vida, pela sua coerência intrínseca, ao contrário de tantos que 'flutuam' ao sabor das correntes.
E a vida não lhe foi fácil.
E as suas descrições dos episódios que viveu são impressionantes na medida em que não os fantasia e, ao mesmo tempo, não vislumbrei ódio.

Pois que o regresso ao 'seu Chão' o faça 'sentir em casa'.
Em Paz!

E ao Virgílio o que se pode dizer mais a não ser a gratidão por ser assim como é?

Abraço
Hélder S.