sábado, 21 de fevereiro de 2015

Guiné 63/74 - P14281: In memoriam (220): O último adeus ao Amadu Bailo Jaló (1940-2015), na presença de filhos, neta, sobrinho e camaradas, ontem na mesquita de Lisboa (Virgínio Briote)


Mesquita de Lisboa > 20 de fevereiro de 2015 >  O último adeus ao Amadu Bailo Jalo > Da esquerda para a direita, (i) Cor Ferreira A A Silva, (ii) sobrinho e (iii) filho do Amadú  [que vive em Londres], (iv) José António A Pereira (da  38ª CCmds), (v) filho mais do Amadú [que vive em Lérida, Espanha], (vi) neta do Amadu, (vii) Saiegh (do BCCmds Africanos), (viii) Mário Dias, (ix) Virgínio Briote e (x) um outro guineense não identificado.

Foto (e legenda): © Giselda Pessoa (2015). Todos os direitos reservados.



Mesquita de Lisboa > 20 de fevereiro de 2015 > O último adeus ao Amadu Bailo Jalo > > Da esquerda para a direita, Jaquité (fur cmd BCmd), cor cmd Rual Folques,  Amílcar Mendes e José António Pereira, ambos da 38ª CCmds, Virgínio Briote.

Foto (e legendagem): © José Colaço (2015). Todos os direitos reservados. [Edição: LG]


1. Mensagem, mais recente, do Virgínio Briote:


Data: 21 de fevereiro de 2015 às 14:52

Assunto: Amadú bailo Jaló


Caros Camaradas,

Devido aos problemas que se levantaram em relação ao transporte dos restos mortais do Amadú para a Guiné-Bissau, só ultrapassados, aliás, na véspera do embarque, não foi possível prestar as honras militares que lhe estavam preparadas pela Associação de Comandos, que, de resto, apenas teve conhecimento do ocorrido quando eu já regressava da Mesquita. Enfim, problemas que ocorrem e que escapam por vezes ao nosso controle. (*)

Anexo duas fotos, uma tirada pelo José Colaço e outra pela nossa querida camarada Giselda [Pessoa] que se manteve firme as duas horas que nos permitiram estar até se darem início aos preparativos para o encerramento do caixão.

Ainda assim, conseguiram estar presentes, além da Giselda Pessoa, o Cor Folques, Cmdt do BCmds da Guiné, o Jaquité e o Saiegh do mesmo Batalhão, o Mário Dias e o João Parreira, o Amílcar Mendes e o José António Pereira, ambos da 38ª CCmds que fez várias operações com o BCmds da Guiné, e os dois filhos do Amadú, um a trabalhar em Londres, e o mais velho em Lérida (que ainda não viu despachado o seu pedido de naturalização,  apesar de o ter metido há mais de um ano) que se fez acompanhar de uma filha, um sobrinho, já meu conhecido, a trabalhar neste momento em Angola e outras pessoas naturais da Guiné.

Abraço do V Briote
_______________

Nota do editor:

(*) Vd. último poste da série >  21 de fevereiro de  2015 > Guiné 63/74 - P14280: In memoriam (219): Finalmente seguiu para Bafatá, onde vai ficar ao lado do seu pai, o corpo do Amadu Bailo Jaló, "guineense, comando, português" (Virgínio Briote)

6 comentários:

Luís Graça disse...

Penso que muitos de nós, da Tabanca Grande, que conheciam pessoalmente o Amadu e nutriam por ele um especial carinho, gostariam de ter estado presentes nesta cerimónia de despedida... Infelizmente, as informações que fomos recebendo ao longo da semana eram contraditórias...E os restos mortas do nosso amigo e camarada seguiram para a sua terra natal sem direito a honras militares, como esteve inicialmente previsto...

Pessoalmente estive fora de Lisboa, ontem e hoje... Mas penso que a Tabanca Grande esteve bem representada neste último adeus ao Amadu por alguns dos nossos grã-tabanqueiros, de resto todos eles séniores: o Vb, o Mário Dias, o José Colaço, a Giselda (e julgo que o Miguel Pessoa), o Amílcar Mendes, o João Parreira...

Vejo que também esteve o Jaquité, camarada do Amadu na CCAÇ 21 e que fez um importante testemunho, ao Virgínio Briote, sobre as circunstãncias da morte do guerrilheiro caboverdiano do PAIGC, Jaime Mota, morto em combate pela CCAÇ 21, na zona de Canquelifá, em 7 de janeiros de 1974... È mais um testemunho, em primeira mão, importantíssimo paar esclarecer a verdade dos factos... O Jaquité prontificou-se a dar esse testemunho e trazer documentação com ele, num próximo encontro a agendar com o Virgínio Briote.

Torcato Mendonca disse...

Olá Virginio Briote,

Este Saiegh, senão me engano, deve ser irmão do Zacarias Saiegh, Cap.Comando no BComandos. Foi o zacarias fuzilado em 1978 o que é estranho, quatro anos depois.
O Amadu falou-me, quando do almoço anual, de um irmão do Zacarias que trabalhava com o Comandante Alpoim Calvão. O Zacarias esteve no meu tempo no Pel.C.Nat que viria a ser comandado pelo Beja Santos. Antes do Beja fizemos Op.juntos. Regressou a Bissau e ficou no Exercito e mantivemos contacto. Fico por aqui e acrescento só que há muito que devia ser "escrito para memória futura". O livro VB/Amadu, o muito que está aqui neste Blog do LG e muito mais já não apagam. A nossa geração, com comportamento digno, merece respeito. O nossa é extensivel aos africanos,todos, dentro dos parametros atrás indicados. Ab,T.

Luís Graça disse...

Diz-me o Zé Colaço que o Miguel Pessoa não esteve presente nesta cerimónia, por estar em casa a curar uma gripe.

Luís Graça disse...

Não sei se trata do mesmo Jaquité que prestou um depoimento ao Carlos Fortunato em 30 de junho de 2007... Mas presumo que seja. LG

____________

Testemunho do comando Julde Jaquite Semedo (Júlio) – 30/6/2007 elaborado por Carlos Fortunato


(...) Pedi a Julde Jaquite Semedo, (nome de guerra Júlio), furriel da 2ª Companhia de Comandos Africanos, à data da independência, para contar o que lhe aconteceu depois da independência. Apresenta-se a seguir o seu testemunho. (...)

http://destaques.com.sapo.pt/GuineSoldados.html

Anónimo disse...

Virgínio Briote
21 fev 2015 20:34

Boa noite, Luís,

Sim, o Jaquité estava na CCaç 21, foi testemunha presencial da história do Jaime Mota. O Saiegh foi furriel do BCmds e era irmão do capitão Saiegh.

Vai, em anexo, o texto da nota biográfica do Amadú.
Abraço
VB

Anónimo disse...

legenda completa da 2ª foto:
Djáquité Furr CMDS AFR, Cor Cmd Raul Folques, Amilcar Mendes e José António Pereira da 38ª CCmds.