Carlos Vinhal, amigos e camaradas
Este pequeno trabalho que agora trago à vossa consideração tem uma única intenção: alertar os cidadãos de bem, cumprindo ou não cargos institucionais, para o cuidado a terem com aquelas coisas que mexem com a sensibilidade das pessoas, pelo menos de algumas.
A cultura cívica é um bem precioso que nenhuma Nação se pode dar ao luxo de espezinhar. A cidadania assume-se com a prática de bons exemplos e uma responsabilização que cabe a todos nós.
Quo Vadis cidadania?
Na cidade da Horta, Ilha do Faial, na Avenida Marginal, há um monumento de homenagem aos faialenses que tombaram ao serviço da Pátria, na Guerra do Ultramar.
Nas lápides frias daquele monumento estão estampados os nomes daqueles que foram nossos colegas nas escola primárias, nos liceus, nos clubes de futebol, amigos do dia a dia, camaradas que o foram no serviço militar.
No Dia de Portugal prestei a minha homenagem aos Combatentes Faialenses falecidos na Guerra do Ultramar
Em plena Semana do Mar o perímetro envolvente ao monumento foi transformado num sítio de negócio e num caixote de lixo. Numa avenida daquela dimensão, nada justifica tamanha afronta cívica. Aquele local não é sagrado, mas deveria merecer o maior respeito de todos os residentes da Ilha do Faial e das autoridades que comandam os destinos do concelho faialense.
A empresa de telecomunicações, certamente que autorizada, em serviço ou não da Festa do Mar, montou a sua barraca em frente ao Monumento de Homenagem aos Mortos da Guerra do Ultramar do concelho faialense.
Um aspecto do Monumento aos Mortos do Ultramar, na cidade da Horta, encoberto pela barraca da empresa de telecomunicações.
Não acuso, mas calar é consentir.
Deixem que a minha alma chore…
JC
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Notas do editor:
- Negritos da responsabilidade do editor
- O editor apagou propositadamente a referência publicitária à empresa "dona" destas tendas.
Último poste da série de 8 de novembro de 2015 Guiné 63/74 - P15339: (In)citações (77): "O boato fere como uma lâmina", lia-se em cartazes nos corredores da Máfrica... Qual teriam sido, camaradas, os maiores boatos que ouvimos durante as nossas comissões ? (Vasco Pires, ex-alf mil art, cmdt do 23º Pel Art , Gadamael, 1970/72; bairradino na diáspora lusitana do Brasil
14 comentários:
José Câmara
Tens a minha total concordância
Um abraço
Carlos Silva
Olá Camarada
Mais uma vez os ex-combatentes foram desconsiderados.
Que fazer depois da desconsideração consumada?
Haveria que intervir decididamente antes da desconsideração.
Agora...
Um Ab.
António J. P.Costa
São assim os dirigentes do nosso País os ex-combatentes só serviram de bandeira para um certo politico tentar ganhar uns votos.
Um abraço.
"Afortunada Pátria que tais governantes tem".
E mais não digo.
Abraços
JPicado
Caro amigo e camarada José Câmara
A tua indignação é perfeitamente justificável.
Tal situação só é possível porque os 'poderes instituídos' não cuidam dos seus filhos com a devida atenção e consideração.
Muitos de nós também optamos pela indiferença, pelo 'encolher de ombros'.
Tudo considerado, tal como diz António P. Costa, neste momento o mal está feito.
A denúncia da incúria é, de facto, o mínimo que se pode fazer.
E, pelo menos aqui, assim se fez.
Aproveita-se a ocasião para apelar à vigilância e não deixar que estas acções de desprezo ou, no mínimo, de desrespeito, se possam repetir.
Abraço
Hélder S.
Se "eles" não nos respeitam enquanto vivos,porque hão de fazê-lo quando mortos?
Forte abraço.
VP
Olá Camaradas
O meu comentário pode doer, mas acho que quem não se dá ao respeito não é bem respeitado.
Que fizeram os ex-combatentes que ali vivem?
Não sei de quem é a culpa do sucedido. Terá sido da Câmara Municipal? Se foi, haveria que contactar o presidente ou os vereadores respectivos para que a situação fosse resolvida. Se foi de outra entidade haveria que pressionar os responsáveis. Talvez arranjando um grupo de ex-combatentes através da delegação local da Liga.
Este é um caso típico de falta de respeito e cometido por um poder local que se defronta connosco todos os dias.
Um Ab.
António J. P. Costa
Complementando :
...e ao nos omitirmos,permitimos que isso aconteça (acontecesse).
Forte abraço.
VP
José, "pega" na nossa indignação e fá-la chegar a quem de direito! Diz-lhes qwue a Horta "fica mal na fotografia!... Ab fraterno, Luis.
Amigo José Câmara:
Ausente alguns dias deste meio de comunicação,só agora pude ler o teu texto. Fico igualmente indignado como tu e os camaradas que antes de mim se expressaram pela falta de respeito pela memória dos nossos camaradas do Faial mortos na guerra, como no geral todos os açorianos tão corajosos nos vários teatros de operações militares.
Um abraço. Francisco Baptista
José Alexandre Silveira da Câmara, veterano da CCac3327, meu estimado amigo e camarada-d'armas,
Em momento anterior, no vosso grupo facebook 'Antigos Combatentes Açorianos', expressei a minha solidariedade, que aqui renovo.
Vai mais um abraço transatlântico,
do Abreu dos Santos
Caro camarada temos em comum o memo nome sou de s. miguel emigrado a 43 anos e particular de ser a tua companha que nos rendeu pertenci a 2637 comentando o que se passou na Horta e de facto falta de respeito para com os nossos camaradas mortos ao servico da Patia talvez se fosse um monunento a algum soc.comuna tinha flores todos os dias pagos pela autarquia
um abraco de Toronto
JOSE F.C.Camara
Caro Sr. José Câmara (CCaç 2637),
Muito obrigado pelo seu contacto. Após a vossa saída dos Destacamentos de Teixeira Pinto, apenas tive contacto com o vosso 1°Sargento Rodas, em Bolama, e já promovido a Sargento-Ajudante.
Eu tenho mais um artigo escrito onde refiro a vossa Companhia e a morte do vosso soldado Agostinho.
Sugiro que se mantenha em contacto com este fantástico grupo e, se possível, faça parte do grupo e traga as suas histórias até nós. Aqui são todos bem-vindos.
Um abraço,
José Câmara
CCaç 3327
Caro camrada Camara em resposta ao vosso comemtario pouco tenho a dizer, tenho boas e mas recordacoes da guine,das boas foi que deixei amigos nativos por la,porque tive muito contato
com civis,pelo motivo de ter participado nas coberturas como carpinteiro pela admistracao local das esolas que foram feitas das redondezas de T.Pinto em especial o cinema local
Dos civis o Vitorino,o jovem Crlestino eate o proprio cabo cipaio Vicente contutores da
administracao,enfim muitos durante muito tive contato com o Vtorino mas perdio, quanto ao ajudante Rodas sei que vivia na Horta,ja faleceu tem um filho militar creio que deve ser Corenel na reserva? quanto ao camarada Agostinho,foi daqueles acidentes de azar tudo foi feito
para o salvar ate a Bissau o fomos levar a noite o que no tenpo mobelizou muita gente em seguranca na estrada.das mas recordcoes a minha saude motivo que me deixou emtre a vida e a morte aqui no Canada aoende emigrei logo depois de regressar a casa,foram seis longos meses
internados que me deixaram marqua para o rest da vida,se nao fosse o grande enpenho dos medicos houje nao estaria vivo enfim foi azar meu
vou tentar ler o seu artigo sobre a nossa companhia porque a net nao e o meu forte ,foi mero acaso que li o que escreve do monumento aos nossos camaradas mortos ao servico da Patria houje ninguem tem respeito,a comecar por cima fazem muitos discurcos,aparicoes publicas mas a procura de tacho esta e a minha openiao no fundo eles estao nas tintas para nos, ja la vao muitos anos e o tenpo faz esquecer fico por aqui nao quero ofender ninguem
Terei muito gosto em falar consigo pelo telefone se me der numero
Sem mais um abraco de Toronto com 6 negativos no momento
Jose Camara
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