Tapada real…
Tenho na frente,
Cercada dum muro,
Uma tapada silente.
Adormece e acorda comigo.
Foi mata real.
Um século a fio.
Mudaram os tempos.
Com eles os reis.
Vieram os tropas,
Tornou-se uma selva,
Preparando a guerra.
Exercícios reais.
A bonança da paz,
Mudou-lhe as cores.
Mudaram os hóspedes.
Um jardim zoológico,
Recreio do povo,
Um espaço de paz.
Bendiz Portugal…
Tapada de Mafra, 31 de Julho de 2016
Amanheceu cinzento
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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Claudio Abado...
Sinto a falta de ver no palco,
este gigante de batuta em punho.
Galvanizando tudo.
Gestos largos. Abraçando todos,
Que bela arte!...
Num repente, nos elevava aos céus.
Incandescente, apegava o fogo.
Uma orquestra a arder.
Se elevava a música,
era tanta a força,
tudo arrastava.
Parava o tempo.
A alma ardia.
Rachmaninov em fogo.
Uma maravilha!
Que pena!
Claudio Abado.
Se quedou para sempre...
ouvindo Rachmaninov, concerto nº 2 piano e orquestra
Bar Caracol, 31 de Julho de 2016
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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Nota do editor
Último poste da série de 24 de julho de 2016 Guiné 63/74 - P16327: Blogpoesia (462): "A mulher de bengala..." e "Densa carapaça de nevoeiro...", por J.L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil da CCAÇ 728
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