Foto nº 1 A
Foto nº 1 B
Foto nº 1 - Coimbra > CICA (Centro de Instrução de Condução Auto) 4 > 1971 > Camaradas da recruta. Ao meu lado (foto nº 1 A), o Coelho, meu colega de escola (até à 3ª classe), nos Casais da Vestiaria, Alcobaça.
Foto (e legenda) © Juvenal Amado (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Em mensagem de 17 de julho de 2017, o nosso camarada Juvenal Amado (ex-1.º Cabo Condutor Auto Rodas da CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74), enviou-nos um poema de sua autoria, "Tempo" (*), e a seguinte nota:.
"Carlos e Luís, nesta foto tínhamos dias de recruta no CICA4 em Coimbra.
Só me lembro do nome do camarada mesmo ao meu lado direito. Chamava-se Coelho, andamos os dois na escola primária até à 3ª classe, nos Casais da Vestiaria, deixei de o ver quando vim morar para Alcobaça onde fiz a 4ª a classe e me empreguei.
Reencontrei-o na recruta em 1971, depois voltámo-nos a perder de vista nas voltas que a vida dá."
2. Comentário do editor:
Juvenal, está tudo dito no belo poema que escreveste sobre o "Tempo" (*)... Muita da poesia que os poetas escrevem é sobre esta "matéria", o tempo que nos escapa das mãos, como areia do deserto, e as nossas memórias esburacadas e doridas...
O que é será feito do Coelho, teu colega de escola (**) ? Tu foste parar à Guiné, e o Coelho (e outros "filhos dos monges cistercenses de Alcobaça") ? Foi mobilizado, para Angola, Guiné ou Moçambique ? Foi para a peluda ? Regressou "são e salvo" do ultramar ? Emigrou ? Casou, teve filhos ? É vivo ? Se sim, por onde pára ?... É muito pouco provável que conheça o nosso blogue e te/nos descubra... A tua foto tem 46 anos... Mas, mesmo assim, "o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca.. é Grande!",,,
(...) Na neblina julgo ver vultos,
fugazmente vislumbro algo indefinido,
vejo jovens enlaçados que flutuam,
não sabem ainda que a juventude
é um momento fugaz,
é uma pétala que se solta,
que se esmaga entre os dedos
e solta a fragância.
Esse é o aroma do tempo que passa,
e os cemitérios são os nossos fieis depositários (...)
_____________
fugazmente vislumbro algo indefinido,
vejo jovens enlaçados que flutuam,
não sabem ainda que a juventude
é um momento fugaz,
é uma pétala que se solta,
que se esmaga entre os dedos
e solta a fragância.
Esse é o aroma do tempo que passa,
e os cemitérios são os nossos fieis depositários (...)
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Notas do editor:
(*) Vd. poste de 20 de julho de 2017 > Guiné 61/74 - P17604: Blogpoesia (520): Não é possível conservar o tempo (Juvenal Amado, ex-1.º Cabo Condutor Auto)
(**) Último poste da série > 19 de outubro de ee feo2016 > Guiné 63/74 - P16615: O que é feito de ti, camarada ? (6): Carlos Filipe Coelho (ex-Soldado Radiomontador, CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74)... Um resistente, duplamente resistente... Faz hoje anos... Parabéns, amigo, e até sempre! (Juvenal Amado)
1 comentário:
Luís é verdade na altura esperava encontrar qualquer um deles ao virar da esquina. A amizade que tínhamos na altura esbateu-se pela ausência.
Engraçado na mesma escola andei com dois irmãos. Um deles chamava se Augusto e era um bocado torto e o que a minha mãe chamaria mal inclinado. Quando vim de férias a casa viajamos no mesmo avião pois ele era de uma das companhias de comandos que prestavam serviço na Guiné. Bebemos uns Whiskies e também o perdi de vista. Já o irmão via com frequência pois trabalhava em Alcobaça.
Quando for a Alcobaça vou entrar em contacto com o José Lourenço e saber dele
Um abraço
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