sexta-feira, 27 de abril de 2018

Guiné 61/74 - P18570: Efemérides (278): Cerimónia levada a efeito no dia 12 de Novembro de 2017, pela Câmara Municipal de Loures e Núcleo de Loures da Liga dos Combatentes, junto ao Monumento aos Mortos da Grande Guerra (José Martins)




1. Com atraso considerável, mas para memória futura, aqui fica a notícia da cerimónia levada a efeito no dia 12 de Novembro do ano transacto, pela Câmara Municipal de Loures e Núcleo de Loures da Liga dos Combatentes, junto ao Monumento aos Mortos da Grande Guerra, enviada pelo nosso camarada José Marcelino Martins (ex-Fur Mil Trms da CCAÇ 5, Gatos Pretos, Canjadude, 1968/70), nesse mesmo dia.


Com um abraço
No dia 12 de Novembro, a Câmara Municipal de Loures e o Núcleo de Loures da Liga dos Combatentes, levaram a efeito uma cerimónia junto ao Monumento aos Mortos da Grande Guerra.
A cerimónia teve a presença do Presidente da Câmara Municipal e Presidentes de Juntas de Freguesia; representante da Assembleia Municipal, Comandante do Regimento de Transportes, representante dos Bombeiros Voluntários de Loures, Direcção do Núcleo de Loures da Liga dos Combatentes, a que se associaram alguns Lourenses.
As honras militares foram prestadas por uma secção do Regimento de Transportes e os toque da ordenança, pelos clarins da secção de Bandas e Fanfarras do Exército.
Usaram da palavra o Presidente do Núcleo, um combatente e o Presidente da Câmara.
Seguiu-se a homenagem com colocação de coroas de flores junto do Monumento.

José Martins

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Nota do editor

Último poste da série de 25 de abril de 2018 > Guiné 61/74 - P18563: Efemérides (277): Homenagem a minha mãe, Georgina Araújo (1928-2015) e ao 25 de Abril (Jorge Araújo)

4 comentários:

Valdemar Silva disse...

Grande apontamento, José Martins.
Só faltou meia dúzia, vá lá uma dúzia, de palavras sobre Canjadude na Guiné por onde esteve/passou o José Martins.
Eu conheci Canjadude e não me vou esquecer que julgo ser, dos poucos lugares da Guiné, com grandes rochedos/penedos.
Os nossos soldados da CART 11,'Os Lacraus', diziam que os lobos (julgo que se referiam a hienas) que durante a noite andavam por vários quilómetros, incl. até chegarem a Nova Lamego, vinham de tocas dos lados de Canjadude.
Pois, Martins temos o dever de informar/explicar aos mais jovens o que foram as
Guerras e, principalmente, por que os Portugueses por lá passaram e muitos morreram.
Um abraço
Valdemar Queiroz

Anónimo disse...

Também aproveito para apoiai este grande artigo, mais um entre tantos, mas com alma e coração. E venho aqui por duas razões:
- Porque também estive ne sector L3 que apanha Canjadude, e um dia fui numa coluna de Nova Lamego até lá, não sei o que fui fazer, e voltei. Pisei aquele chão. Foi entre 21Set67 até 25Fev68, data em que deixamos - o BCAÇ1933 - NL e partimos para Bissau e daí para São Domingos, lá no cu de Judas, bem na ponta da Guiné, um local mil vezes mais pequeno do que Nova Lamego, enfim, foram uns bons 5 meses nessa zona.
- Em segundo lugar, porque nessa alegoria da história, também há uma mãe de 5 filhos que viu um deles partir em 1967 para a Guiné, esse filho sou eu. Não vou dizer que foi uma grande despedida, pois saí de casa sozinho com um saco a tiracolo e lá fui para Figo Maduro apanhar um DC6 no dia 20Set67 a caminho da Guiné. Não houve despedidas, nem choros, a minha família era de militares de carreira, eu não, fui apenas mobilizado como outro qualquer. Estou a falar nisto com um nó na garganta, pois sou dos poucos que nunca tive ninguém a despedir-se de mim. Como militares, tive pai e irmão, que fizeram a India - os dois - Angola, Moçambique, e Guiné, o meu pai foi um dos últimos a fechar a porta. Não eram de despedidas, mas eu senti-me sozinho em Figo Maduro, não tinha lá ninguém, os outros tinham, eramos apenas 6 militares, que iam à frente do Batalhão, tomar posse e substituir o BCAV1915 que nos passou a pasta.

Mas tudo o que escreveste encheu-me o coração, e daqui vai um grande abraço amigo e camarada José Martins, não sei se alguma vez nos encontramos, sei lá!

Virgilio Teixeira

Anónimo disse...

Voltei a ler o artigo e vi que eras da CCAÇ5, conheci muita malta tinham lá em NL algumas secções, fiz amizades com alguns soldados africanos, tenho fotos deles, mas foi por pouco tempo.
AB,
Virgilio

Bispo1419 disse...

Caro Zé Martins, só agora li este teu "post".
E aqui estou porque não posso deixar de sublinhar o muito que gostei do que li.
Que belo e assertivo texto sobre a guerra!
Um grande abraço

Manuel Joaquim