terça-feira, 24 de abril de 2018

Guiné 61/74 - P18557: Efemérides (274): O 25 de Abril de 1974... visto de Bissau, através de aerogramas enviados por Jorge Gameiro (REP / ACAP / QG / CC) à sua esposa Ana Paula Gameiro e ao seu filhinho Nuno Gameiro... Documentação comprada no OLX, há 5 ou 6 anos (Carlos Mota Ribeiro, Maia) - Parte I






Bissau, 30/4/1974

Minha Paula, meu amor: 

Perdoa-me não te ter escrito ultimamente, mas isto tem andado numa tensão fora de série. Eu ando parvo, quase me custa a acreditar em tudo o que vejo e ouço, ontem pensámos que era o fim com a extinção da D.G.S. [Direção-Geral de Segurança]. Os africanos revoltaram-se, então partiram e despedaçaram tudo, agora já acalmaram, pois todos os detidos foram postos em liberdade. 

E agora não te preocupes, amor, que o problema era só com a D.G.S., queriam devorá-los. Agora, a nós resta-nos aguardar, todos ficamos com uma esperança, por aquilo que está feito até aqui. Uma viva ao gen Spínola e ao nosso Movimento [MFA - Movimento das Forças Armadas],  impõe-se o homem que pode agora realmente mostrar o que era, e que o que realmente fez aqui, foi poderosamente atrofiado pelo Governo então existente.

Daqui para a frente tudo será diferente, verás, amor, pela primeira vez depois de 40 anos se ouve falar em liberdade, a qual sentimos bem dentro de nós, e nos é flagrante [sic]. 

Sindicatos, imprensa, eleições totalmente livres, desaparecimento da inflação, do aumento de custo de vida, será já dentro muito em breve que teremos finalmente bairros modernos com muitas zonas verdes nos arredores de Lisboa, abaixo os caixotes do J. Pimenta, verás, amor, como agora as rendas irão baixar. 

Resta aguardar,  pois tudo o que a Junta de Salvação Nacional se propõe fazer, não é em 2 dias, mas pelo menos já nos podemos congratular pelos nossos filhos, que não conhecerão Portugal minado por um governo fachista [sic].

Por hoje vou terminar, meu amor. Amanhã, agora que isto começa a ficar calmo e acabam as prevenções, já te poderei escrever com mais calma. É verdade, diz ao Carlos que quem está cá comigo é o filho do Mário Pais, uma pessoa que ele conhece muito bem. Beijinhos ao nosso Nuninho, do papá que o adora, do teu Jorge toda a alegria e a certeza de que a nossa vida  a partir de agora ainda será mais facilitada. 

Um milhão de beijos com todo o meu amor. Vitória! Teu, só teu, para sempre. Jorge.



Fotos (e legendas): © Carlos Mota Ribeiro (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


[ Revisão e fixação de texto: Carlos Mota Ribeiro / Luís Graça]




Translation to English

Bissau 30.04.74

My Paula, my love:

Forgive me for not having written to you lately, but this has been going on in an unrelenting tension, I walk silly it almost costs me to believe everything I see and hear, yesterday we thought it was the end, with the extinction of D.G.S. the Africans revolted then left and shattered everything, now they have calmed because all the detainees have already been released, and now do not worry love that the problem was only with the DGS wanted to devour them, now we have to wait , we are all left with a hope, for what is done until a living to General Spinola and our movement is imposed the man who can now really show what he was, and what he has done here has been powerfully atrophied by the government existing, from now on everything will be different you will see love for the first time after 40 years right inside us and it is flagrant. Unions, the press, totally free elections, the disappearance of inflation from the cost of living, it will be very soon that we will finally have modern neighborhoods with many green areas on the outskirts of Lisbon, under the crates of J. Pimenta, you will see love on how now the rents are going to go down, we have to wait for everything that the “Junta de Salvação Nacional” (National Salvation Board) proposes to do, we can congratulate our children, who will not know Portugal undermined by an Fascist Government (Fascist = Dictatorial). For Today I will finish my love tomorrow now that this begins to be calm and ends, the precautions I can already write to you with more calm, it is true tells Carlos that who is here with me is the son of Mário Pais a person whom he knows very well . Kisses to our Daddy's Nuninho who adores your Jorge all the Joy and the certainty that our life from now on will still be made easier.

A million kisses with all my love - Victory - your only yours forever: Jorge


[Translation by Carlos Mota Ribeiro]



Carlos Mota Ribeiro... Foto da sua página no Facebook.
1. Mensagem do nosso leitor, Carlos Mota Ribeiro, engenheiro, residente na Maia, com data de 13 de março último:



Assunto : Guiné - Aerograma de Jorge Gameiro

Caro Luís Graça.,

Sou o filho do [Eduardo] Magalhães Ribeiro, teu colega do Blogue [, nosso coeditor]

Há uns anos atrás comprei meia dúzia de aerogramas, no OLX, de um combatente que esteve na Guiné na altura do 25 de Abril de 74, chamado Jorge Gameiro. Envio-te um deles em anexo para analisares.

Gostaria de identificar o combatente em questão e tentar oferecer os aerogramas ao filho Nuno Gameiro (filho do senhor ). Consegues-me ajudar?

Um grande e forte Abraço.,

Carlos Mota Ribeiro



Guiné > Bissau > Primeiros dias a seguir ao 25 de abril de 1974 > As primeiras manifestações da população local, com cartazes de tipo "abaixo a DGS", "Viva o Spínola"... Foto do álbum  de J. Casimiro Carvalho.

Foto (e legenda): © J. Casimiro Carvalho (2013). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

2. Resposta do editor Luís Graça, com data de 14 de março último:

Carlos: 

Fico muito sensibilizado pelo teu gesto... O Nuno Gameiro, filho do Jorge e da Ana, nunca terá, por certo,  lido este e os outros aerogramas do pai... O exemplar que me mandaste tem interesse documental, pelo local e a data (Bissau, 30/4/1974) e pela referência aos acontecimentos pós-25 de Abril em Bissau...  e à expetativas que gerou, nos militares metropolitanos e na população guineense.

O Jorge Gameiro devia ser um alferes ou furriel miliciano, trabalhava na ACAP - Repartição de Ação Psicológica e Apoio às Populações, do QG (Quartel General), em Bissau [REP/ACAP/QG/CC]. E fala no Movimento [das Forças Armadas]. Era, pelo que se deduz, um tipo "politizado". Pelo tipo de letra, desenhada, e pela referência aos famigerados "caixotes do J. Pimenta", poderia ser arquiteto, ou estudante das Belas Artes... (É uma intuição minha).

O prédio nº 5 da Av Mouzinho de Albuquerque, em Lisboa, existe,  corresponde hoje ao código postal 1170-257. Podes ver no Google Map. Pertence à Junta de Freguesia de Penha de França. Quanto ao apelido, conheço alguns Gameiro, aqui em Lisboa, e no Facebook há vários Nuno Gameiro... 

Este jovem que procuras deve ter 40 e picos anos... Mas não será fácil identificar as pessoas em causa, só lá indo bater à porta... Muito provavelmente o casal já não mora lá, e deve ser da idade dos teus pais. Um deles pode ter morrido, ou então o casal pode ter-se divorciado... E o filho terá seguido a vida dele. É possível até que emigrado, ou esteja a trabalhar no estrangeiro, como já te aconteceu a ti...

A quem é que compraste as cartas ? É difícil saber, podem ter ido parar às mãos de um alfarrabista... Outra hipótes é mandares uma carta para este endereço: tens o código postal...

No prédio, ao lado, no nº 5A, há o Centro Fotográfico Manuel dos Santos & Figueiredo Lda [Avenida Mouzinho Albuquerque 5-A, Lisboa], com o telefone nº 218 145 982, código postal 1170-257 LISBOA...  Descobri nas páginas amarelas... Tomei a liberdade de ligar e atendeu-me o dono do centro fotográfico: está lá desde 1974, instalado uma semana antes do 25 de abril !... Infelizmente não conhece ninguém desta família Gameiro. Expliquei o que procurava... Respondeu-me que tem uma senhora, no seu prédio, no 1º andar com um  nome parecido, Ana Paula ou Ana, viúva, de 60 e tal anos, mas que sempre terá vido aqui, neste prédio, o 5A, e não no 5.

Uma sugestão minha é publicarmos esta documentação no nosso blogue...Pode ser que alguém da família Gameiro ou um amigo nos leiam... Fiz o tratamento do aerograma e transcrevi, acima, o seu conteúdo... Se concordares, publicamos. È uma pena que esta correspondência de guerra vai parar ao caixote do lixo, como acontece na maior parte dos casos... É um testemunho de uma época e de um camarada nosso que soube tranquilizar a jovem esposa, dando-lhe notícias, reconfortantes, do que se estava a passar em Bissau, à data do 25 de Abril.

Um grande abraço, Luis

3. Resposta do Carlos Ribeiro, no dia seguinte, 15 de março de 2018:

Caro Luís Graça.,

Obrigado por teres partilhado a tua análise comigo, fizeste algumas observações que me tinham passado completamente despercebidas. A tua experiencia de vida e cultural é extraordinária, muito obrigado por teres partilhado essas informações e o teu ponto de vista,  comigo,  sobre o assunto.

Em relação aos aerogramas comprei-os a alguém no OLX, já foi há  uns 5 ou 6 anos e não me recordo do nome da pessoa que mos vendeu, lembro-me que os comprei por terem o sentido histórico do 25 de Abril de 74 e os achei muito interessantes.

Como tenho um colega britânico que se interessa pela Revolução dos Cravos, enviei-lhe as fotos dos aerogramas com a tradução em inglês para ele dar uma leitura e compreender o sentimento que alguns jovens tinham naquela época e naqueles dias conturbados.

Quando estava a transcrever o mencionado no aerograma,  fiquei a pensar no Nuninho (Nuno Gameiro) do aerograma e do carinho daquele pai pelo filho. Por isso entrei em contacto contigo para tentar encontrar o tal Nuninho e lhe fazer chegar a meia dúzia de aerogramas que tenho,  enviados pelo seu pai,  da Guiné Portuguesa para a Metrópole.

É claro que apenas lhos vou oferecer, se o Nuno Gameiro quiser esta recordação dos pais, pode nem querer saber deste assunto ou não dar qualquer valor sentimental aos aerogramas, mas como para mim este tipo de itens tem muito valor e são documentos que considero históricos, guardo-os religiosamente na minha coleção particular sobre o Ultramar Português.

Se concordares,  vamos fazer o seguinte: Vou digitalizar os aerogramas e enviar-tos juntamente com a transcrição que fiz para Word, e tu fazes o favor de os publicar no teu Blogue e vamos assim tentar encontrar o Nuninho. Acho que até é um assunto que podes publicar na altura do 25 de Abril, até seria engraçado…

Um grande abraço, Carlos Ribeiro


4. Resposta do LG, na volta do correio:


Carlos: estamos de acordo... Por volta da data do 25A, fazemos um ou mais postes com esses teus aerogramas... Para se perceber melhor a história, o teu interesse por esta documentação,  podes inclusive mandar, para publicação,  a tua versão em inglês...É possível até que a gente, com sorte, localize,  o Nuno Gameiro, que deve ser um pouco mais velho do que tu, não ?...

Talvez um dia destes eu passe por lá, pela rua, e faça uma discreta investigaçãom de qualquer modo já temos a informação, negativa, do vizinho do centro fotográfco... Outra hipótese era mandares uma carta para este endereço...É muito pouco provável que ainda lá morem os pais do Nuno... O que será feito deles ?... As cartas para terem ido parar ao OLX é porque houve uma contecimento de vida dramático: separação / divórico, falecimento de umdos conjuges (, mais provável..).

Concordo contigo: são testemunhos preciosos de uma época, de um país, de duas gerações, a tua e a do Nuno Gameiro, e a nossa, a da heração que fez a guerra e a paz... Quero que a seguir entres para a Tabanca Grande, apresentado pelo teu pai...ou por mim!... Estou muito grato pelo teu gesto de grande nobreza e sensibilidade... E, de resto, há muito que fazes parte desta grande família que é a Tabanca Grande, a cujos encontros anuais, a alguns, já tens vindo com o teu pai.

Um abração, Luís 

5. Nova mensagem de LG ao Carlos, com data de 21 do corrente:

Carlos: avançamos esses aerogramas por altura do 25 de Abril ? Pode ser que o Nuno ou o pai ou a mãe deem sinais de vida... Grande abraço. Luís

PS - Ficaste de me mandar mais aerogramas...


6 Última mensagem do Carlos Ribeiro,  com data de hoje, às 02:04

Voa noite Luís Graça.,

Espero que esteja tudo bem contigo.

Passei os aerogramas ao meu pai para ele digitalizar e os enviar para ti. Ele estava a tratar disso hoje, ou melhor ontem... Visto já serem duas da manhã.

Grande abraço, Carlos Mota Ribeiro

[O Eduardo Magalhães Ribeiro acaba de  nos mandar o 2º aerograma do Jorge Gameiro, que tem data de 6 de maio de 1974, a publicar no nosso blogue, no próximo poste; vamos ter a agradável presença de ambos, em Monte Real, no nosso XIII Encontro Nacional, a realizar em 5 de maio de 2018; até lá, o Eduardo está "intimado" a apresentar o filho à Tabanca Grande: passará a ter lugar, à sombra do nosso poilão, sob o nº 773]
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Nota do editor:

Último poste da série > 15 de abril de  2018 > Guiné 61/74 - P18525: Efemérides (273): No 24º aniversário da Apoiar - Associação de Apoio aos Ex-Combatentes Vítimas do Stress de Guerra: "Ter que matar para sobreviver", texto de Mário Gaspar, originalmente publicado no jornal Apoiar, nº 2, jul / set 1996

9 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

É uma dor de alma ver os aerogramas e cartas, a intimidade, dos nossos camaradas, em lotes, em maços, atados por cordel, à venda, por tuta e meia, na Feira da Ladra, no OLX...

Cherno Baldé disse...

Caros amigos,

Interessante constatar, no excerto em baixo, que a euforia que se seguiu aos acontecimentos do golpe de 25ABR74 permitia fazer, dos dois lados da barricada, projeccoes fantasistas que se revelaram depois isso mesmo, pura fantasia a que as revolucoes, normalmente, tem o dom de criar no espirito das pessoas ansiosas de mudancas.

"Daqui para a frente tudo será diferente, verás, amor, pela primeira vez depois de 40 anos se ouve falar em liberdade, a qual sentimos bem dentro de nós, e nos é flagrante [sic]. 

Sindicatos, imprensa, eleições totalmente livres, desaparecimento da inflação, do aumento de custo de vida, será já dentro muito em breve que teremos finalmente bairros modernos com muitas zonas verdes nos arredores de Lisboa, abaixo os caixotes do J. Pimenta, verás, amor, como agora as rendas irão baixar". 

O Comandante do PAIGC, por sua vez, nos prometia que, doravante, ninguem mais precisaria de utilizar sua forca de trabalho com enxadas nos trabalhos do campo e que eles trariam tractores, que ja estavam em Boé, para toda a gente, fazendo prever um futuro promissor que, infelizmente, nunca viria a se confirmar, e foi tudo ao contrario.

Como diz a sabedoria popular, a realidade é o cemitério da utopia. Houve depois os bairros modernos em Lisboa, mas a inflação nao desapareceu, assim como o aumento do custo de vida e as rendas.

Com um abraco amigo,

Cherno AB

Tabanca Grande Luís Graça disse...

utopia | s. f.

u·to·pi·a
(latim tardio utopia, palavra forjada por Thomas More para nomear uma ilha ideal em A Utopia, do grego ou-, não + grego tópos, ou, lugar)

substantivo feminino

1. Ideia ou descrição de um país ou de uma sociedade imaginários em que tudo está organizado de uma forma superior e perfeita.

2. Sistema ou plano que parece irrealizável. = FANTASIA, QUIMERA, SONHO


"utopia", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/utopia [consultado em 25-04-2018].

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Cherno, não sei se precisamos de "utopias", precisamos seguramente de "sonhos"... As "utopias" têm-nos levado a profundas mudanças sociais, económicas, políticas, morais, culturais... Mass também têm gerado "perversões totalitárias"...

Até há 150 anos, o fim do esclavagismo nos impérios colonais, de que Portugal foi pioneiro, era uma "utopia"... Até há 100 anos, uma mulher entrar para a universidade e exercer medicina, era uma utopia... Até 1833, na Inglaterra (e depoos na Europa), a proibição do trabalho infantil antes dos 9 anos era uma utopia... O seguro de acidentes de trabalho, o horário das 8 horas de trabalho, a proteção das classes trabalhadores eram impensáveis... Até à II Guerra Mundial, a ideia de "descolonização" era impensável...

Cabe aos poetas, filósofos, pensadores sociais, ideólogos... "construir" utopias, a partir de experiências concretas de movimentos sociais: nunca haveria fim do esclavagismo, sem a revolta dos escravos; nem descolonização, sem lutas nacionalistas, etc.

O que sabemos, das ciências sociais (história, sociologia, antropologia, psicologia social, ciência política...) é que a mudança (social) não se faz nem por simples determinismo (tecnológico, económico, jurídico, etc.) nem por simples voluntarismo...

Infelizmente, na tua, nossa, Guiné-Bissau, parece ser apropriado poder dizer-se o teu provérbio popular: "a realidade é o cemitério da utopia"... Eu acho demasiado cruel, porque não deixa lugar para o sonho e a esperança. Direi antes que a "semente" da utopia nunca morre, ode ficar a "medrar" anos e anos, debaixo do nosso chão...

Matenhas, Luís

Anónimo disse...

Caro Luis,

Eu aprendi na escola que a explicaçao se encontra nesta formula do pensador Alemao Hegel, amplamente vulgarizada por Marx nas suas obras.

"La dialéctica: Hegel (1770-1831) con su dialéctica pretenderá resolver esa tensión entre finito e infinito introduciendo el concepto, tan caro en la época, de progreso. Para el filósofo idealista, la dialéctica es el devenir mismo de la realidad, gracias al cual lo que es (finito) pasa a ser lo que debe ser (infinito).

Abraços,

Cherno AB

Anónimo disse...

Caro Cherno,
"Como diz a sabedoria popular, a realidade é o cemitério da utopia" bem dissestes! Para ti e muitos outros, por quanto mais tempo???
Jovem que eras na altura, certamente que conseguistes a realiazação de muitos dos teus sonhos familiares e profissionais. Foi obra tua e certamente serás um exemplo para aqueles que conpartilham do teu espaço e ou que consegues tocar. Mas, e o povo da Guiné, os meus camardas-de-armas que aprendi a querer e a respeitar?
A tua presença no meio de nós é aquela Guiné que eu gostaria de ver todos os dias. Bem hajas.
Abraço amigo,
José Câmara

Anónimo disse...

Diana Andringa
24/04/2018

Mandei a informação para o Gameiro que conheço a ver se pode ajudar...
Obrigada pelo envio!
Abraço e até amanhã.

Enviado do meu iPhone

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Falei com o meu amigo Jorge Paradela, arquiteto e urbanista, bem conhecido na praça, já antes mesmo do 25 de Abril... Este nome, Jorge Gameiro, não lhe diz nada... enquanto arquiteto. A minha pista não parece, portanto, levar a lado nenhum... Mas há dois médicos, com o apelido, Gameiro,que eu conheço, aqui em Lisboa... Um deles é das minhas relações...

Abraço, Luís

Anónimo disse...

Silvério Dias, o 1º srgt do PIFAS:

26 ABRIL 2018 15:27

Olá, "Tabanqueiro.mor".

Diz-se nas minhas origens, "toda a carta tem resposta".

Acerca do assunto que veio à baila, acrescento que não conheço a
personagem visada [, o Jorge Gameiro,da REP /ACAP].

Situando.me, ao tempo, e para tua informação, desliguei-me do Exército
em Dezembro de 1973. Condição imposta pelo carismático "Caco Balde", a minha saída
implicaria passar aos quadros do Emissor Regional da Guiné, o que fiz, até à independência.

Em 25 e Abril/74, estava em Lisboa a frequentar estágio para exercer. em Bissau, a função de Delegado de Propagana Médica, pelos Laboratorios Atral/Cipan. Mulher e
filha, à minha espera na capital guineense ... Calcula o susto! Tudo bem, regresso a 6 de
Maio e a vida continuou, sem problemas e muitas estórias até 1976, data em que regressei a
Lisboa, definitivamente..

Com esta "lengalenga", respondi, ao assunto em questão.
Sempre ao vosso lado.

Silvério Dias