quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Guiné 61/74 - P19515: Pelotões Independentes em Gadamael: A Memória (Manuel Vaz, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 798) (6): 3 - Os Pelotões de Artilharia que estiveram em Gadamael (Continuação)




1. Continuação da publicação do trabalho sobre os Pelotões Independentes que estacionaram em Gadamael, da autoria do nosso camarada Manuel Vaz (ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 798, Gadamael Porto, 1965/67).











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Nota do editor

Último poste da série de 7 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19477: Pelotões Independentes em Gadamael: A Memória (Manuel Vaz, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 798) (5): 3 - Os Pelotões de Artilharia que estiveram em Gadamael (Continuação)

11 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Manel, grande trabalho de pesquisa, de rigor, de paizão, de amor à artilharia e à "nossa Guiné"... Não se trata de "saudosismo serôdio", é apenas o nosso "dever de memória", para que os cerca de dois anos que cada de um de nós lá passou não sejam esquecidos, ignorados, escamoteados...

Luís Graça

Antº Rosinha disse...

De facto, estrategicamenten, tanto o PAIGC como os seus «conselheiros» soviéticos e cubanos, copiaram uma guerra aos postos mais fronteiriços da Guiné, que não havia muitos anos os franceses sofreram em Dien Bien Phu.

Embora umas mini Dien Bien Phu, mas com estratégica melhorada, Guidage ou Guilege ou Gadamael, foi uma imitação perfeita, à nossa medida, bem entendido, que "deus-dá-a-roupa-conforme-o-frio".

Posição bem conhecida, perto da fronteira do Laos e da China, (costas protegidas)...imitação perfeita.

E lá se foi o império.

Valdemar Silva disse...

Rosinha
Calhando, não eramos mais que os outros.
(E vá lá, vá lá que sem estar nas conversas do 'Café de Berlim' e com o
Ulisses do nosso lado, lá ficamos com um Império bem melhor que a nossa medida)
Já tinha ido a Indochina Francesa, do Império Colonial da França.
Isto ou isso de ter impérios é sol que só dura nos livros de história.
A França ainda ficou com umas terrinhas no além mar.
Nós ficamos com as nossas saudades.

Ab.
Valdemar Queiroz

Cherno Baldé disse...

Caro Valdemar,

A grande diferença mesmo, Segundo A. Cabral, é que a França podia (e ainda pode) dar-se ao luxo de conceder independencias mantendo as suas dependencias intactas.


Abraços,


Cherno AB

Anónimo disse...

Manuel Vaz, os meus parabéns, gostei imenso deste trabalho que nem imagino como foi possível. Realmente temos gente que não quer deixar a história ao Deus dará. Bem hajam.
O Império foi-se, mas nós ficamos sem nada, não temos o Luxo como diz o Cherno, de uma França poderosa, como diz o outro «à grande e à francesa'

Nós cá vamos à Portuguesa, os enfermeiros lá continuam, e vamos ver como acaba o dia.

Virgilio Teixeira

Antº Rosinha disse...

Amilcar Cabral, que não sendo um português desde Don Afonso Henriques, só depois de Dom Henrique, conhecia tão bem os portugueses tão bem como o Salazar que já vinha desde a fundação do país.

Dizia o Amilcar, Salazar não dá as independências, porque sabe que com as independências Portugal não tem força para manter o neocolonialismo. (dos livros)

Dizia Salazar para De Gaulle (dos livros): A França pode conceder as independências, que será sempre a França.

Mas houve uma grande diferença entre Dien-Bien-Phu e as mini Dien-Bien-Phu de Guidage, Guilege e Gadamael, que não mencionei no outro comentário.

É que em Dien-Bien.Phu, estava lá também a celebérrima Legião Estrangeira, e em Guilege, Guidage e Gadamael, a Legião estrangeira estava do outro lado da trincheira, (fronteira)

Anónimo disse...

Caro Manuel Vaz
Não posso deixar de agradecer-lhe o magnífico texto que ora dá por terminado. Continuo a lê-lo e relê-lo para avivar a memória do meu tempo de Gadamael onde com muito trabalho e sacrifício foi possível reduzir a "fúria" do PAIGC em fins de 70 e 1º trimestre de 71.
Aqui deixo um abraço fraterno para todos os que, em 1973, combateram e morreram em Gadamael impedindo o PAIGC de repetir Guilege.
Os meus parabéns e a minha disponibilidade se dela necessitar.
Abraço
Morais Silva
(ex-cmdt CCaçInd 2796, Gadamael 1970-72)

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Para que dos bravos que morreram em Gadamael, em Guileje, em Guidaje, e por aí fora, possamos dizer que não morreram em vão!... LG

Anónimo disse...

Se, em resultado das conversações com a França para fixação das fronteiras da Guiné(Nov. 1885 - Maio 1886),estas tivessem ficado, a norte no rio Casamansa, e a sul no rio Compony (ou no Rio Nuno), conforme fora o desejo da delegação portuguesa, muito diferentes teriam sido os acontecimentos de que aqui se tem falado.
Era bom, sob vários aspectos, que se conhecesse como decorreram essas conversações.

Armando Silva

Anónimo disse...

Caro Armando Silva,

O acordo de delimitação de fronteiras de 1886 não foi bom, mas pior que isso, em 1960, ja o Senegal era uma republica, a França consegue assinar com Portugal um segundo acordo, onde a Guiné (Portuguesa), perdia metade do seu espaço maritimo com o traçado de uma linha obligua para sul que por pouco não engulia o Arquipélago dos Bijagos. Este é o facto, desconheço as circunstâncias que levaram o Salazar a assinar o acordo.

De qualquer maneira, Portugal não foi o único a perder, porque para quem conhece bem como o mundo funciona, mais valia ter um Portugal, mesmo fraquinho, do que estar no meio de uma alcateia de lobos sem um guardador de rebanhos.

Abraços,

Cherno AB

Hélder Valério disse...

Quanto à excelência do trabalho do Manuel Vaz tudo o que se disser de bem, é inteiramente justo.

Relativamente ao que o Cherno neste comentário anterior diz no segundo parágrafo é de uma enorme clarividência. "...mais valia ter um Portugal, mesmo fraquinho, do que estar no meio de uma alcateia de lobos sem um guardador de rebanhos". Bem visto!

Hélder Sousa