terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Guiné 61/74 - P20557: In Memoriam: Os 47 oficiais oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar mortos na guerra do ultramar (1961-75) (cor art ref António Carlos Morais da Silva) - Parte XXXIII: Joaquim Pereira da Silva, maj art (Galegos, Penafiel, 1931 - Pelundo / Jolmete, Guiné, 1970)




1. Continuação da publicação da série respeitante à biografia (breve) de cada um dos 47 Oficiais, oriundos da Escola do Exército e da Academia Militar que morreram em combate no período 1961-1975, na guerra do ultramar ou guerra colonial (em África e na Ásia). (*)

Trabalho de pesquisa do cor art ref António Carlos Morais da Silva [, foto atual à esquerda], membro da nossa Tabanca Grande [, tendo sido, no CTIG, instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá Mandinga, adjunto do COP 6, em Mansabá, e comandante da CCAÇ 2796, em Gadamael, entre 1970 e 1972 ]




Penafiel > Galegos > Novembro de 2006 > Jazigo da família Pereira da Silva > A urna, coberta com a bandeira nacional, contendo os restos mortais de Joaquim Pereira da Silva, um dos três majores que morreram em 20 de Abril de 1970, na sequência da Operação Chão Manjaco. [Vd. poste P1500, de 6 de fevereiro de 2007 (**)].

Foto (e legenda): © Afonso M. F. Sousa (2007). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

2. Sobre a tragédia do Chão Manjaco (em que foram barbaramente assassinados pelo PAIGC, em Jolmete, em 20 de abril de 1970, três oficiais superiores, um alferes miliciano, dois condutores de jipe e um tradutor, nativos, todos desarmados), temos dezenas de referências no nosso blogue. Ver em especial:

Três majores
Major Magalhães Osório
Major Passos Ramos
Major Pereira da Silva

(**) Vd. poste de 6 de fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1500: Dossiê O Massacre do Chão Manjaco (Afonso M.F. Sousa) (5): Homenagem ao Ten-Cor J. Pereira da Silva (Galegos, Penafiel)

3 comentários:

Anónimo disse...

Com recurso à memória retrógrada, evoco a lembrança ténue da véspera ou ante véspera (?) do fatídico assassinato do Major Pereira da Silva. Nessa altura passou por Mansabá onde dialogou comigo e alguns camaradas no bar dos oficiais.
Recordo um homem empático, calmo, de largo bigode, em cujo diálogo se inferia um inteligência acima da média.
Segundo ele estava a ler um livro de Louis Pauwels e Jaques Bergier - O Despertar dos Mágicos.
Paz à sua alma.
Ernestino Caniço

Manuel Luís Lomba disse...

O contexto e o assassinato do Major Pereira da Silva, de outros dois majores, de um alferes , um cabo e um milícia inermes, no teatro da Guerra da Guiné, constituem uma nódoa negra na "ética e honra militar" dos exércitos português e paigcista - daquele, pelo "amadorismo" do General Spínola, deste por perfídia de Amílcar Cabral.
A "spinolândia" contagiava o Alto-comando, em Lisboa.
Por infinitamente menos, o General Patton fora demitido do comando do 3.º Exército aliado e "colocado numa secretaria" e o "massacre de Wirimau" fez apear o General Kaulza de Arriaga de CChefe de Moçambique, colocado na prateleira do seu anterior emprego civil, na Junta da Energia Nuclear.
Memória e paz à alma dos que imolaram as suas vidas pelo país.
Manuel Luís Lomba

Anónimo disse...

Leio
"O contexto e o assassinato do Major Pereira da Silva, de outros dois majores, de um alferes , um cabo e um milícia inermes, no teatro da Guerra da Guiné, constituem uma nódoa negra na "ética e honra militar" dos exércitos português e paigcista - daquele, pelo "amadorismo" do General Spínola, deste por perfídia de Amílcar Cabral."
Nesta triste ocorrência onde está o "amadorismo" do Gen. Spínola?
Desconhecerá Luís Lomba que os 3 majores eram da excelência do Exército, experientes no combate e conhecedores da sua ZA? Alguém duvidará que a sua ida para mais um encontro com forças do PAIGC não foi feita nos moldes que autonomamente decidiram?
O que ocorreu foi um desastre tremendo que não pode ser imputado ao senhor Gen. Spínola.
Não consigo vislumbrar que se estableleça...
"Por infinitamente menos, o General Patton fora demitido do comando do 3.º Exército aliado e "colocado numa secretaria" e o "massacre de Wirimau" fez apear o General Kaulza de Arriaga de CChefe de Moçambique".

Morais Silva