quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Guiné 61/74 - P21386: Memória dos lugares (412): Ponta de Jabadá, na região de Quínara, sentinela do rio Geba, reconquistada ao PAIGC em 29 de janeiro de 1965

 

Foto nº 1


Foto nº 2


Foto nº 3


Foto nº 4


Foto nº 5



Foto nº 6

Guiné > Região de Quínara > 1ª CCAÇ / BCAÇ4612/74 (Cumeré, Jabadá e Brá, 1974) > 1974 > Aquartelamento de Jabadá > Fotos do álbum do ex.fur mil at inf António Rodrigues Pereira (do memso batalhão que o nosso coeditor Edurado Magalhães Ribeiro, fur mil ope esp /ranger da CCS).

Legenda:

Foto nº 1 > Aquartelamento de Jabadá, na margem esquerda do  rio Geba, 1974

Foto nº 2 > Aquartelamento de Jabadá > Edifício das transmissões, camarata do Comandante de Companhia, bar de sargentos e oficiais, cozinha e refeitório, e secretaria,  1974

Fotro nº 3 > Aquartelamento de Jabadá > Emfermaria, central eléctrica, bar dos praças e depósito de géneros, 1974

Foto nº 4 > Aquartelamento de Jabadá > Depósito de água, padaria e cozinha, 1974

Foto nº 5 > S/l (Aquartelamento de Jabadá ou do Cumeré) > Jipe Willis carregado com o Alf Mil Araújo e uma cambada de furriéis milicianos da companhia, 1974

Foto nº 6 >  Aquartelamento de Cumeré > Furriéis Martins, Olo e António Pereira, 1974


Foto (e legenda): © António Rordigues Pereira  (2010). . Todos os direitos reservados. (Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné).


1. Da ocupação da Ponta de Jabadá, em 29 de janeiro de 1965 (*) até à data em que foram tiradas estas fotos (já depois de 25 de abril de 1974), vai quase uma dezena anos.  

Da Ponta de Jabadá, o PAIGC flagelava a navegação do Geba.  Até que esta posição foi conquistada pelas NT, em 29 de janeiro de 1965, e montado lá um destacamento. O Gonçalo Inocentes, no seu livro "O cântico das costureiras"  conta como foi (pp. 76-79) (*). 

 De destacamento passou a aquartelamento: as instalações para o pessoal foram sendo melhoradas pelas sucessivas companhias de quadrícula que por lá passaram. Pertenciam em geral ao batalhão sediado em Tite.   A 1ª CCAÇ / BCAÇ 4612/74 (Cumeré, Jabadá e Brá, 1974) deve ter sido a última  a guarenecer esta posição, muito importante para a defesa da navegação do rio Geba.

A história da Ponta de Jabadá também está por fazer, como muitas outras  "pontas",  da Ponta Varela à Ponta do Inglês... 

Aqui o PAIGC até ao início do ano de 1965 era "rei e senhor", impondo ali o terror à navegação no Geba ?!... Os únicos que lhe faziam frente eram os nossos navios da Marinha (LFG, LDG, LDM)

Quando lá passei, ao largo, em LDG, no dia 2 de junho de 1969 (a caminho de Contuboel, via Xime e Bambadinca e Bafata, até ao Xime de LDG e depois  em coluna), o nosso medo era a Ponta Varela, logo a seguir, passada a foz do Corubal, já no Geba Estreito, antes de se aportar ao Xime... Recordo-me de termos tido cobertura aérea, por um T-6... E os fuzileiros fizeram fogo de morteirete sobre Ponta Varela... Muita malta, desprevenida. atirou-se para o fundo da LDG: foi o seu/nosso batismo de fogo, com 3 ou 4 dias de Guiné...

Os barcos civis, ou "barcos-turra", que prosseguiam até Bambadinca (ou que desciam de Bambadina a Bissau), defrontavam-se, no Geba Estreito, com outro temível ponto de passagem que era o famigerado Mato Cão onde se podia, da margem direita, lançar uma granada de mão para o meio do rio. (***)



Guiné > Região de Quínara > Mapa de Tite (1955) > Escala 1/50 mil > Posição relativa da Ponta de Jabadá, na margem esquerda do Rio Geba, a meia distência entre Bissau e Porto Gole (situados na maregm direita).

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2020)





A população de Jababá vivia da cultura do arroz, produziido na grande bolanha.  O aquartelamento das NT nunca foi em Jabadá (tabanca, mais a sul) mas na Ponta, que até ao início da guerra era um floresccente entreposto comercial. Por exemplo, o comercinte libanês Jamil Heneni,  com sede em Bafatá, tinha "grandes plantações de arroz em Jabadá «" (e não "Jabanda", gralha tipográfica). (**)

Fonte: anúncio comercial publicado em Turismo - Revista de Arte, Paisagem e Costumes Portugueses, jan/fev 1956, ano XVIII, 2ª série, nº 2.



Guiné > Comando e CCS/BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) > 26 de fevereiro de 1968 > Viagem de regresso a Bissau, atravessando as Regiões de Gabu e de Bafatá, em coluna militar, e depois de barco, a partir de Bambadinca. Até ao Xime e foz do rio Corubal ainda era região de Bafatá. Mato Cão ficava a seguir a Bambadinca, ainda no Geba Estreito (que ia até ao Xime).

A caminho de Bissau. na margem esquerda do rio Geba, no estuário do Geba, já muito depois da Foz do Rio Corubal  ficava Jabadá (foto acima) já na região de Quínara... Não era sítio onde a malta parasse, via.se apenas, de perfil, ao longe...


Foto (e legenda): © Virgílio Teixeira (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




Guiné > Zona Leste > Região de Bafatá > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Subsetor do Xime > A temível Ponta Varela: restos do que parece ser um antigo cais acostável.

 Em 1963/65, ao tempo da CCAÇ 508 existia aqui uma tabanca e um destacamento onde morreram, em 3 de junho de 1965, quatro dos seus homens, a começar pelo seu comandante, o Capitão Francisco Meirelles, em consequência do rebentamento de uma mina. A tabanca e o destacamento foram abandonados, o PAIGC começou a partir dali a atacar a navegação no Geba, até porque em 29/1/1965 tinha perdido a posição da Ponta de Jabadá.

Foto do álbum do José Carlos Lopes, ex-fur mil amanuense, com a especialidade de contabilidade e pagadoria, especialidade essa que ele nunca exerceu (na prática, foi o homem dos reabastecimentos do batalhão).

Foto (e legenda): © José Carlos Lopes (2013). Todos os direitos reservados. (Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné).

(***) Último poste da série > 16 e julho de 2020 > Guiné 61/74 - P21172: Memória dos lugares (411): Sintra, Colares, Praia das Maçãs (Mário Gaspar, ex-fur mil at art, MA, CART 1659, "Zorba", Gadamael e Ganturé, 1967/68)

14 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

É uma pena haver cada vez menos camaradas do tempo do caqui amarelo a escrever as memórias do seu tempo... O Gonçalvo Inocentes merece o nosso vivo aplauso e vai-nos fazer chegar fotos do seu álbum (, reproduzidas no seu livro em miniatura). LG

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Temos duas escassas referências a Jabadá no nosso blogue... E de resto era um aquartelamento pouco conhecido da malta... Ninguém lá ia, a não swr para ficar... Não era sítio de passagem (por terra)...

Quando se descia o rio Geba (a caminho de Bissau), ou quando se subia (a caminho do Xime), Jabadá ficava longe, com o casario pelo camuflado por poilões e outras árvores frondosas que se erguiam na margem...

O barco (civil) ou a embarcação da Marinha (, em geral, a LDG) seguia a meio do rio... Não dava para ver ninguém em Jabadá, muito menos a dizer-nos adeus ou a acenar-nos... De resto, os camaradas de Jabadá tinham mais que fazer, compoetindo-lhes defender-nos as costas...


https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/search/label/Jabad%C3%A1

António J. P. Costa disse...

Olá Camaradas

Estive na Ponta Varela em JUL/AGO72.
Nessa altura, já só havia ao marégrafo, uma régua de cimento vagamente graduada em centímetros destinada a determinar a altura da maré do Geba (ainda não Corubal). Cheguei a pensar em regular a artilharia sobre o marégrafo de modo a aumentar a precisão de tiro.

Um Ab.
António J. P. Costa

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Em Bisssau, ouvia-se quartéis da margem esquerda do rio Geba a "embrulhar", nomeadamente à noite... Logo se dizia que era TIte,,, Se calhar muitas vezes era Jabadá... Nãp sei se foi atacado muitas vezes... Em 1965 era atacado com muita frequência...

Precisamos de testeunhos, malta de Jabadá!... LG

antonio graça de abreu disse...

Por favor, não nos continuem a martelar os neurónios com a pretensa e falsa superioridade militar do PAIGC, sobretudo os últimos anos de guerra... E entendam,de uma vez por todas, que apesar dos complexos contextos,não íamos ganhar aquela guerra.

Abraço,

António Graça de Abreu

Tabanca Grande Luís Graça disse...

António, não há aqui qualquer apologia da "superioridade militar" (, o termo é teu,) do PAIGC.

Estamos a falar d factos: tu nunca fizeste, que eu saiba, uma "viagem turística" pelo Geba acima ou Geba abaixo...

Havia alguns pontos que metiam "algum respeitimnho", npmeadamente no Geba Estreito... Fiz várias viagens dessas, a primeira em LDG (até ao Xime), outras em "barcos turras"... E também montei segurança, muitas vezes, de manhÃ, à tarde, à noite, à navegação que passava pelo Geba Estrreito... Com apenas 1 grupo de combate... Ora a CCAª 12, ora o Pel CCaç Nat 63, do "alfero Cabral", ora o Pel Caç Nat 52, do "Tigre de Missirá"... A verdade é que a rapaziada do PAIGC tínhamos respeitinho, e em geral evitavam encontrar os nossos bracos soldados de 2ª classe...

Também é verdade que a Ponta Jabadá foi "reconquistada" em 29 de janeiro de 1965 (estava eu a celebrar, tristemente, os meus 18 anos, a alguns milhares quilómetros de distância)... Quem conta isto, não sou eu, é o Gonçalo Inocente, que lá esteve a hastear a bandeira portuguesa... E que é um camarada absolutamente insuspeito de ter qualquer simpatia pelo PAIGC, nem antes, nem durante, nem depois...

Um alfabravo, Luís

Tabanca Grande Luís Graça disse...


Té Zé´, muito me contas... Fiz bastante operações no teu antigo subsetor do Xime, andei por Ponta Varela, mas nunca estive exatamente na margem do rio onde tu dizes que havia um marégrafo... (Era a companhia do Xiem que fazia segurança a POnta Varela, na passagem de barcos...).

Dizes tu: (...) "Estive na Ponta Varela em JUL/AGO72. Nessa altura, já só havia, ao marégrafo, uma régua de cimento vagamente graduada em centímetros destinada a determinar a altura da maré do Geba" (...)

Tinha ideia que aquela estrutura que se vê na foto do meu amigo e camarada José Carlos Lopes (com quem convivi quase um ano, em Bambadinca,entre eados de 1969 e meados de 1970), fosse um antigo caiz acostável...

A foto deve ser do tempo da chegada da CCS/BCAÇ 2852, em meados de 1968... Foi tirada da LDG (que essa altura ia até Bambadinca, ainda não havia o porto fluvial do Xime; oibd e já desemnbarquei no Xime, em 2 de junho de 1969)...

Tenho que esclarecer isto com o Zé Carlos Lopes com o Fernando Calado... Mas, como ele, Zé Carlos, era furriel de reabastecimemntos, também deve ter andado nos "barcos-turra".

Um abração, em fim de vindimas. Luís

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Leia-se:


22 DE SETEMBRO DE 2020
Guiné 61/74 - P21383: Notas de leitura (1309): "O Cântico das Costureiras", de Gonçalo Inocentes (Matheos) - Parte III (Luís Graça): a conquista da Ponta de Jabadá, em 29/1/1965, importante posição na defesa do rio Geba



(...) Jabadá ?... Já ninguém se lembrava em 1969,,,

Explica o autor:

"Depois de várias operações infrutíferas à Ponta de Jabadá, os barcos que navegavam no rio Geba, o que banha Bissau, contibuaram a ser castigados vom fogo do IN a partir dali. Da Ponta." (p. 76)

Foi por isso que os "maiores" de Bissau decidiram ocupar a dita Ponta (que outrora lterá sido uma bela horta de um algum colono cabo-verdiano). Com "um pelotão reforçado" (!), as NT foram mandadas ocupar o "antigo entreposto comercial".

A força era comandada pelo capitão Monroy, e tinha o apoio de uma fragata [, o autor queria dizer:LFG - Lancha de Fizcalização Grande] da Marinha, postada em frente, no Geba. (Este capitão Monroy [Garcia] devia ser o oficial de informações e operações do BCAÇ 599.]

"Fomos comandados pelo alferes Alcides Pereira e pela primeira vez foi também o médico, dr. Serpa Pinto, e o furriel enfermeiro Machado" (p. 76).

Ficamos a saber que:

"Jabadá era como que uma ilha. Rodeada a Sul pela grande bolanha, e Norte pelo rio Geba" (...).

Mas a fragata [leia-se: LFG] foi chamada a Bissau, para algum assunto mais urgente do que a guerra (, vá-se lá saber o quê e o porquê), e rapaziada passou a ser "bombardeada diariamente ao cair da noite" (p. 77). Jantava-se às 18h e recolhia-se aos "abrigos" às 19h.

Depois foram "40 dias de trabalho intenso", a construir abrigos "à prova de morteiro": com troncos de cibe, terra, e em cima uma camada de adobe. "De dia o trabalho e de noite o infeno"... Virá depois um reforço, um pelotão da CCAÇ 508, comandada pelo alferes Ferreira,

Pormenor delicioso é a foto (, infelizmente em miniatura) do ten cor [Carlos Barroso] Hipólito, comandante do batalhão [BCAÇ 599,] sediado em Tite, a atravessar o tarrafe às costas de um soldado, depois da gloriosa conquista da Ponta de Jabadá, em 29 de janeiro de 1965 (. precisamente no dia em que eu fiz 18 anos e dava o nome para a tropa)...

Em suma, o senhor tenente coronel não podia molhar o pezinho,,, (...)

António J. P. Costa disse...

Olá Camaradas

Através desta roca de posts podemos ver a maneira como as coisas evoluiram.
Nunca a CArt. 3494 ocupou a Ponta Varela para protecção à LDG ou outra embarcação. A protecção era realizada um pouco mais a jusante mais próximo da confluência dos rios Corubal e Geba. E era assim que estava correcto.
Na Ponta Varela encontrei um dongo encalhado no tarrafo e algumas bilhas - moringos - abandonadas. Quem gostou trouxe e eu tenho uma que parece um cantil. O dongo foi-se... claro.
O panorama era muito curioso, sendo a aproximação à margem feita por um túnel de vegetação. Ficava bem uma foto, mas nunca me ocorreu levar uma máquina. Em alguns casos estas fotos até podiam ter interesse militar e, hoje, jornalístico-recordativo.

Um ab.
António J. P. Costa

Valdemar Silva disse...

Se analisarmos as centenas de fotografias publicadas no blogue, verificamos que muitas delas poderiam perfeitamente ser utilizadas pelo IN para ataques certeiros a alvos específicos nos aquartelamentos. Recordo-me das imagens de Bambadinca tiradas, creio, da antena das transmissões e muitas outras da panorâmica da tabanca e instalações militares, até com legenda dos vários edifícios.
Alguém terá conhecimento de ter havido problemas com a PIDE ( a polícia do Estado como diria respeitosamente o José Saúde), a nível de apreensões das fotos e interrogatórios 'estas fotos foram tiradas para quê?', enviadas ou quando no regresso eram mostradas à família ou amigos como testemunho dos locais e dos vários aspectos da guerra.
Ou, inclusive, durante a 'comissão', o próprio Cmdt ter confiscado fotografias por serem perigosas caindo nas mãos do IN.
Estava-mos em tempos de guerra.
Para variar, julgo que este assunto seria interessante ser aqui trazido à conversa.

Ab. e saúde da boa
Valdemar Queiroz

António J. P. Costa disse...

Olá Camaradas

Enviei para Lisboa um rolo de 36 fotos coloridas uma das quais continha uma foto de uma viat. minada.
Não chegou. Foi o único caso que me sucedeu. Admito que estivesse mal embalada.
A censura militar/pidesca nunca foi eficaz. Poderia ser feita por amostragem (não creio) ou "à bruta" (simples apreensão e destruição de uma larga remessa, num dado dia), já que a PIDE, pelo menos na Guiné quanto mais olhava (para as NT) menos via. Já contei um episódio caricato e outro mais sério que revelava o seu alheamento.
Não temos notícias de acção de censura ao nível do SPM. Se existisse seria um segredo de polichinelo. A malta estacionada em Bissau, ou próximo de outros centros de SPM, rapidamente descobriria onde, como e quem a fazia. A análise de um rolo de fotos, naquele tempo, era uma acção que obrigava a meios que o SPM não tinha e julgo que "A Prestigiosa" também não tinha grande capacidade de exercer sobre um grande universo. Esta poderia aplicar-se na vigilância dos chamados PS (politicamente suspeitos) que não eram muitos. Não me consta que essa indicação tenha chegado às companhias. Seria outro segredo de polichinelo e rapidamente toda a companhia saberia...
Daí que possamos afirmar que este é um falso problema (o das fotos ou slides tirados e enviados ou exibidos na "metrópole".

O insidioso, ardiloso, caviloso e mauzinho In nunca teve acesso a essas fotos e não saberia que fazer com elas.

Um Ab.
António J. P. Costa

Tabanca Grande Luís Graça disse...

A infografia publicada está incorreta: a tabanca de Jabadá é mais acima, junto à bolanha e ao rio, logo a seguir à Ponta de Jabadá, como se pode ver em detalhe na carta de Tite... Era uma tabanca ribeirinha, com numerosas moranças (antes da guerra)... LG


https://www.ensp.unl.pt/luis.graca/guine_guerracolonial26_mapa_Tite.html

antonio graça de abreu disse...

Oh, Luís, então o post não se chama " A Ponta de Jabadá, sentinela do Geba, reconquistada ao PAIGC", ou seja um local estratégico onde as NT, nossas tropas, expulsaram o IN e passaram a exercer domínio territorial? Será que isto não tem nada a ver com superioridade militar? Quando é que, sem paixões políticas, entenderemos esta nossa guerra, de uma vez por todas?

Abraço,

António Graça de Abreu

Valdemar Silva disse...

Uf!!, ainda bem que a Ponta de Jabadá foi reconquistada ao PAIGC, estava-mos em 1965.
Parece que uns mesinhos depois começaram as viagens de cruzeiros rio Geba acima até Bafatá e passaram a haver provas de surf no macaréu do Xime.
Mas não seria assim, de 1965 e durante quase mais dez anos continuou a guerra e os problemas nas viagens Geba acima, com a necessidade de reforçar a segurança a criação de vários destacamentos da NT e o reforço das escoltas por LDGs da Marinha.
Fiz por três vezes viagens no rio Geba Bambadinca-Bissau, e, uma delas no dia/noite que o homem chegou à Lua, felizmente sem problemas por a segurança estar bem entregue aos camaradas da CCaç.12 no Mato Cão.

Ab. e saúde da boa
Valdemar Queiroz