Batalhão de Comandos da Guiné (Brá, 1972/74)
Identificação BCmds
Crndt:
Maj Cav Cmd João de Almeida Bruno
Maj Inf Cmd Raul Miguel Socorro Folques
Maj Inf Cmd Florindo Eugénio Batista Morais
2º Crndt:
Maj Inf Cmd Raul Miguel Socorro Folques
Maj Inf Cmd Florindo Eugénio Batista Morais
2º Crndt:
Cap Inf Cmd Raul Miguel Socorro Folques
Cap Inf Cmd João Batista Serra
Cap Cav Cmd Carlos Manuel Serpa de Matos Gomes
Cap Art Cmd José Castelo Glória Alves
Início: 02Nov72 | Extinção: 07Set74
A unidade foi criada, a título provisório, em 02Nov72, a fim de integrar as subunidades de Comandos da Metrópole em actuação na Guiné e também as CCmds Africanas, passando a superintender no seu emprego operacional e no seu apoio administrativo e logístico.
Em O1Abr73, o BCmds foi criado a título definitivo, tendo a sua organizaçãon sido aprovada por despacho de 21Fev73 do ministro do Exército.
Desenvolveu intensa actividade operacional, efectuando diversas operações independentes em áreas de intervenção do Comando-Chefe ou em coordenação com os batalhões dos diferentes sectores onde as suas forças foram utilizadas, nomeadamente nas regiões de:
Cap Inf Cmd João Batista Serra
Cap Cav Cmd Carlos Manuel Serpa de Matos Gomes
Cap Art Cmd José Castelo Glória Alves
Início: 02Nov72 | Extinção: 07Set74
Síntese da Actividade Operacional
A unidade foi criada, a título provisório, em 02Nov72, a fim de integrar as subunidades de Comandos da Metrópole em actuação na Guiné e também as CCmds Africanas, passando a superintender no seu emprego operacional e no seu apoio administrativo e logístico.
Em O1Abr73, o BCmds foi criado a título definitivo, tendo a sua organizaçãon sido aprovada por despacho de 21Fev73 do ministro do Exército.
Desenvolveu intensa actividade operacional, efectuando diversas operações independentes em áreas de intervenção do Comando-Chefe ou em coordenação com os batalhões dos diferentes sectores onde as suas forças foram utilizadas, nomeadamente nas regiões de:
- Cantanhez (operação "Falcão Dourado", de 15 a 19Jan73, e operação "Kangurú Indisposto", de 21 a 23 Mar73);
- Morés (operação "Topázio Cantante", de 25 a 27Jan73);
- Changalana-Sara (operação "Esmeralda Negra", de 13 a 16Fev73);
- Morés e Cubonge (operação "Empresa Titânica'', de 27Fev73 a 0IMar73);
- Samoge-Guidage (operação "Ametista Real", em 20 e 2IMai73);
- Caboiana (operação "Malaquite Utópica", de 21 a 22 Jul73 e operação "Gema Opalina", de 24 a 27Set73);
- Choquenone (operação "Milho Verde/2", de 14 a 17Fev74);
- Biambifoi (operação "Seara Encantada", de 22 a 26Fev74); e
- Canguelifá (operação "Neve Gelada", de 21 a 23Mar74), entre outras.
As suas subunidades, em especial as metropolitanas, foram ainda atribuídas em reforço de outros batalhões, por períodos variáveis, para intervenção em operações específicas ou reforço continuado do respectivo sector.
Das operações efectuadas, refere-se especialmente a operação "Ametista Real", efectuada de 17 a 20Mai73, em que, tendo sofrido 14 mortos e 25 feridos graves, provocou ao inimigo 67 mortos e muitos feridos, destruindo ainda 2 metralhadoras antiaéreas e 22 depósitos de armamento e munições com 300 espingardas, 112 pistolas-metralhadoras, 100 metralhadores ligeiras, 11 morteiros, 14 canhões sem recuo, 588 lança-granadas foguete, 21 rampas de foguetão 122, 1785 munições de armas pesadas, 53 foguetões de 122 mm, minas e 50.000 munições de armas ligeiras.
Destacou-se também, pela oportunidade da intervenção e captura de 3 morteiros 120, 367 granadas de morteiro, 1 lança granadas foguete e 2 espingardas e 26 mortos causados ao inimigo, a acção sobre a base de fogos que atacava Canquelifá, em 21Mar74.
Em 20Ag074, as três subunidades de pessoal africano foram desarmadas, tendo passado os seus efectivos à disponibilidade.
Em 07Set74, o batalhão foi desactivado e exinto.
Observações - Não tem História da Unidade.
Das operações efectuadas, refere-se especialmente a operação "Ametista Real", efectuada de 17 a 20Mai73, em que, tendo sofrido 14 mortos e 25 feridos graves, provocou ao inimigo 67 mortos e muitos feridos, destruindo ainda 2 metralhadoras antiaéreas e 22 depósitos de armamento e munições com 300 espingardas, 112 pistolas-metralhadoras, 100 metralhadores ligeiras, 11 morteiros, 14 canhões sem recuo, 588 lança-granadas foguete, 21 rampas de foguetão 122, 1785 munições de armas pesadas, 53 foguetões de 122 mm, minas e 50.000 munições de armas ligeiras.
Destacou-se também, pela oportunidade da intervenção e captura de 3 morteiros 120, 367 granadas de morteiro, 1 lança granadas foguete e 2 espingardas e 26 mortos causados ao inimigo, a acção sobre a base de fogos que atacava Canquelifá, em 21Mar74.
Em 20Ag074, as três subunidades de pessoal africano foram desarmadas, tendo passado os seus efectivos à disponibilidade.
Em 07Set74, o batalhão foi desactivado e exinto.
Observações - Não tem História da Unidade.
1ª Companhia de Comandos Africanos
Identificação; 1ª CCmdsAfr
Cmdt:
Cap Grad Cmd João Bacar Jaló
Ten Grad Cmd Abdulai Queta Jamanca
Ten Grad Cmd Cicri Marques Vieira
Cap Grad Cmd Zacarias Saiegh
Início: 09Ju169 | Extinção: 07Set74
Síntese da Actividade Operacional
Foi organizada em Fá Mandinga a partir de 09Jul69, exclusivamente com pessoal natural da Guiné e foi formada com base em anteriores Grupos de Comandos existentes junto dos batalhões, tendo iniciado a sua instrução em 06Fev70 e efectuado o juramento de bandeira em 26Abr70.
A subunidade ficou colocada com a sede em Fá Mandinga, com a missão de intervenção e reserva do Comando-Chefe, após ter terminado o seu treino operacional na região de Bajocunda, de 21Jun70 a 15Jul70, e onde, seguidamente, se manteve em reforço do COT 1, em face do aumento da pressão inimiga na área, até finais de Set70, tendo então recolhido a Fá Mandinga.
A partir de 300ut70, foi atribuída em reforço de vários sectores, tendo tomado parte em operações nas regiões de Enxalé, de 300ut70 a 07Nov70, na zona de acção do BArt 2927; de Nova Sintra, Brandão, Jabadá e Bissássema, de Fev71 a meados de Julho71, em reforço do BArt 2924.
Tomou ainda parte na Op "Mar Verde", em 21 e 22Nov70, em acção sobre Conacri e destacou três pelotões para reforço temporário das guarnições de Gandembel e Guileje, de princípios de Dez70 a finais de Jan71.
Em finais de Ju171, seguiu de Tite para Bolama, para um curto período de descanso e recuperação, tendo, em meados de Ago71, passado a ficar instalada em Brá (Bissau), nas instalações do futuro BCmds.
Seguidamente, passou a efectuar operações conjuntas com a 2ª CCmdsAfr, em regiões diversas, nomeadamente nas regiões de:
- Cancodeá Beafada, em 060ut71;
- Choquemone, de 18 a 220ut71;
- Tancroal, de 290ut71 a 01Nov71;
- Morés, de 20 a 24Dez71 e de 07 a 12Fev72;
- Gussará-Tambicó, de 30Mai72 a 03Jun72;
- e ainda as operações preparatórias e de consolidação da instalação do COP 7 na península de Gampará (operação "Satélite Dourado", de 11 a 15Nov71 e a operação "Pérola Amarela", de 24 a 28Nov71).
Tomou também parte em operações desenvolvidas pelo CAOP 1, na região de Caboiana-Churo, de 28Abr71 a 01Mai72, de 26 a 28Jun72 e de 19 a 21Dez72 e pelo COP 4, na região de Salancaúr-Unal-Guileje, de 28Mar72 a 08Abr72.
Em 02Nov72, foi integrada no BCmds, então criado, tendo tomado parte em todas as operações planeadas e comandadas por este e tendo ainda sido atribuídas algumas vezes para realização de operações desenvolvidas pelos sectores ou comandos equivalentes.
A 1ª CCmdsAfr foi desactivada e extinta em 07Set74, com as restantes forças do BCmds.
Observações - Não tem História da Unidade.
Fonte -CECA (2002), pp. 648/649
2ª Companhia de Comandos Africanos
Identificação: 2ª CCmdsAfr
Cmdt:
Ten Grad Cmd Mamadu Saliu Bari
Ten Grad Cmd Adriano Sisseco
Ten Grad Cmd Armando Carolino Barbosa
Início: 15Abr71 | Extinção: 07Set74
Síntese da Actividade Operacional
Foi organizada e instruída em Fá Mandinga a partir de 15Abr71 exclusivamente com pessoal africano natural da Guiné e foi formada com base em anterior Grupos de Comandos existentes junto dos batalhões e com graduados vindos da 1ª CCmdsAfr, tendo realizado o treino operacional de 28Ag071 a 23Set71, o qual incluiu a participação em operações realizadas nas regiões de Sancorlá-Cossarandim e Ponta Varela, no sector do BArt 2917.
A subunidade ficou colocada em Fá Mandinga, com a função de intervenção e reserva do Comando-Chefe, tendo sido atribuída inicialmente ao BArt 2917, com vista à realização de operações nas regiões de Malafo-Enxalé, em 10/11Set71 e Gã Júlio, de 02 a 040ut71.
Em meados de Out71, passou a ficar instalada em Brá (Bissau) nas instalações do futuro BCmds, em conjunto com a 1ª CCmds Africana com a qual passou a tomar parte em operações realizadas em regiões diversas, nomeadamente nas regiões de:
- Cancodeá Beafada, em 060ut71;
- Choquemone, de 18 a 220ut71;
- Tancroal, de 290ut71 a 01Nov71;
- Morés, de 20 a 24Dez71 e de 07 a 12Fev72;
- Gussará-Tambicó, de 30Mai72 a 03Jun72;
- e ainda as operações preparatórias e de consolidação da instalação do COP 7 na península de Gampará (operação "Satélite Dourado", de l l a 15Nov71 e operação "Pérola Amarela", de 24 a 28Nov71.
Tomou também parte em operações desenvolvidas pelo CAOP 1 na região de Caboiana-Churo, de 28Abr71 a 0IMai72, de 26 a 28Jun72 e de 19 a 21Dez72 e pelo COP 4, de 28Mar72 a 08Abr72.
Realizou ainda operações em diversas zonas de acção, nomeadamente na região de Suarecunda, em 17Jan72 e de 18 a 21Mai72, no sector do BCaç 3832 e de Sare Bacar, em 06Mai72, no sector do BCav 3864, entre outras.
Em 02Nov72, foi integrada no BCmds, então criado, tendo tomado parte em todas as operações planeadas e comandadas por este batalhão e tendo ainda sido atribuída algumas vezes para realização de operações desenvolvidas elos sectores ou comandos equivalentes.
A 2ª CCmdsAfr foi desactivada e extinta em 07Set74, com as restantes forças do BCmds.
Observações - Não tem História da Unidade.
Fonte: CECA (2002) pp. 650/651
3ª Companhia de Comandos Africanos
Identificação: 3ª CCmdsAfr
Cmdt:
Alf Grad Cmd António Jalibá Gomes
Ten Grad Cmd Bacar Djassi
Alf Grad Cmd Aliú Fada Candé
Alf Grad Cmd Malan Baldé
Início: 14Abr72 | Extinção: 07Set74
Síntese da Actividade Operacional
Foi organizada e instruída em Fá Mandinga a partir de 14Abr72 até 16Set72, para concretização do despacho de 03Mar72 do CCFAG, sendo constituída exclusivamente com pessoal africano natural da Guiné, recrutado nas subunidades africanas da organização territorial e das subunidades de milícias e com graduados vindos das anteriores CCmdsAfr, tendo a imposição das insígnias de "comando" sido efectuada na cerimónia de criação do BCmds, em 02Nov72.
Em 02Nov72, foi integrada no BCmds, então criado, ficando instalada em Brá (Bissau) e tomando parte nas operações planeadas e comandadas por aquele batalhão.
Algumas vezes foi atribuída para realização de operações desenvolvidas por sectores ou comandos equivalentes, nomeadamente na região de Campada / Barraca Banana, em 04Dez72, no sector do BCav 3846.
A 3ª CCmdsAfr foi desactivada e extinta em 07Set74, com as restantes forças do BCmds.
Observações - Não tem História da Unidade.
Fonte: CECA (2002), pág. 652
Fonte: Excerto de: CECA - Comissão para Estudo das Campanhas de África: Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974) : 7.º Volume - Fichas das Unidades: Tomo II - Guiné - 1.ª edição, Lisboa, Estado Maior do Exército, 2002, pp.. 646/652-
_______________
Nota do editor:
Último poste da série > 7 de setembro de 2021 > Guiné 61/74 - P22522: Fichas de unidades (19): A CCAÇ 423, a última companhia a deslocar-se para o sul (São João) por terra, em maio de 1963 (António Abrantes)
7 comentários:
- «Guiné 61/74 - P22607: Pichas de unidades (20)»...
Assim, tal qual.
Ora, num teclado, a letra 'p' (à direita) está muito distante da letra 'f' (à esquerda)...
Terá sido um trocadalho do carilho?!
--
(JCAS)
Jorge Figueiredo (by email)
Data . 14:55 (há 50 minutos)
Assunto . Batalhão de Comandos Guiné
Boa tarde
Não é q tenha grande importância mas de facto na Resenha consta o Batalhão a três companhias mas efectivamente erá constituido como eram a generalidade dos batalhões
(3 comp operacionais e uma CCS)
Ao tempo em q/prestei serviço era comandada pelo Ten Grad Comando Justo Nascimento
Dizia Napoleão q os execitos marcham sobre o estomago e para uma boa operacionalidade dava muito geito uma CCS
Desculpe o tempo que lhe tirei
Jorge Figueiredo
ex Fur Mil Alimentação CCS/Bat de Comandos da Guiné
Na lista de Cmdts da 3a CCmds, onde está escrito: Alf. Grad. Cmd Aliu Fada Candé o nome correcto é Aliu Sada Candé.
Cherno Baldé
Facto curioso: Sadá na lingua fula quer dizer esmola ou sacrifício no sentido religioso e o destino quis que serviria de esmola, seria sacrificado no altar do Paigc juntamente com centenas dos seus colegas.
A guerra alimenta-se de sangue e na Guiné todas as vítimas foram carrascos e todos os carrascos já foram vítimas.
Faz pensar nas palavras do poeta indiano, Rana Krishna, que em finais de 1974 encontrei nas páginas de um livrinho de poesias, abandonado no quartel de Fajonquito e que versava assim:
"Se o criminoso pensa que mata,
E a vítima se julga vitimada,
Mal conhecem os caminhos ocultos,
Eu passo, volto e regresso."
Cherno Baldé
Ramiro Jesus (by email)
Data . 8 out 2021 20:26 (há 1 hora)
Assunto . Gralha
Boa-noite, Luís.
Suponho que será gralha, ou então confusão de letras, mas o que é facto é que o nome do que foi o 2º comandante do Batalhão de Comandos da Guiné, meu contemporâneo e presença assídua nos convívios da minha Companhia, é Raul Folques. Não sei a importância que atribuirás a isto, mas, quanto a mim, convinha corrigir.
Obrigado e continuação de boa saúde para todos.
Ramiro Jesus
Ramiro Jesus (by email)
Data . 8 out 2021 20:26 (há 1 hora)
Assunto . Gralha
Boa-noite, Luís.
Suponho que será gralha, ou então confusão de letras, mas o que é facto é que o nome do que foi o 2º comandante do Batalhão de Comandos da Guiné, meu contemporâneo e presença assídua nos convívios da minha Companhia, é Raul Folques. Não sei a importância que atribuirás a isto, mas, quanto a mim, convinha corrigir.
Obrigado e continuação de boa saúde para todos.
Ramiro Jesus
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