Foto nº 1 > Guiné-Bissau > Região do Oio > Farim > 7 de junho de 2022 > Pirogas: o único meio de transporte para atravessar o rio Cacheu e chegar a Farim
Foto nº 2 > Guiné-Bissau > Região do Oio > Farim > 7 de junho de 2022 > Fila para apanhar as pirogas para a cidade de Farim
Foto nº 3 > Guiné-Bissau > Região do Oio > Farim > 7 de junho de 2022 > Piroga para Farim... Lá vou eu!
Fotos (e legendas): © Patrício Ribeiro (2022). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Mensagem do Patrício Ribeiro, nosso correspondente em Bissau, colaborador permanente da Tabanca Grande para as questões da ambiente, economia e geografia da Guiné-Bissau, onde vive desde 1984, e onde é empresário:
Data - quinta, 9/06/2022, 17:22
Assunto - Bom dia, desde Bissau
Luís,
Junto algumas fotos, dos meus passeios esta semana, pela região de Farim.
Com o início das chuvas, há muita atividade agrícola, nas recolha e vendas dos produtos:
- Castanha de caju, centenas de camiões de reboque a retirar dos pequenos armazéns nas tabancas (quase todos de proprietários da Mauritânia) para vender aos grandes armazéns dos Indianos em Bissau;
- O fole, que um fruto da época, acido, mas que tira a sede e dá um belo sumo;
- Sacos e sacos cheios de mangos à venda nas tabancas, para serem transportados para as cidades;
- Lenha e carvão, também vendido à beira da estrada, para ser transportado para Bissau, para não faltar na época das chuvas na casa das famílias. 90% das famílias de Bissau ainda utilizam como combustível nas suas cozinhas.
Junto fotos das pirogas de transporte de pessoas e mercadorias, para travessia do rio Cacheu em Farim, já que os outros meios de transporte estão avariados. (as fotos falam por si) (Parte I). Assim como fotos de algumas tabancas, onde passeamos em trabalho como sempre (Parte II, poste a seguir)
Bom feriado, para os trabalhadores de Lisboa, terra da Maria...
Abraço
Patricio Ribeiro
IMPAR Lda
Av. Domingos Ramos 43D - C.P. 489 - Bissau , Guine Bissau
Tel,00245 966623168 / 955290250
www.imparbissau.com
impar_bissau@hotmail.com
___________
Nota do editor:
Último poste da séie > 5 de junho de 2022 > Guiné 61/74 - P23327: Bom dia, desde Bissau (Patrício Ribeiro) (27): Tabanca felupe de Iale: o bombolom de cerimónias
12 comentários:
Caro Patrício Ribeiro,
Esta travessia é do K3 (estrada de Mansabá) para Farim?
Confessa lá que puseste na água aquele bicnhinho em borracha só para impressionar a gente.
Abraço e votos de excelente saúde.
Carlos Vinhal
Leça da Palmeira
Esqueci-me de te fazer esta pergunta. De que servem os coletes de salvação, em caso de queda ao rio, se os lagartitos ainda não tiverem tomado o pequeno-amoço?
Carlos Vinhal
Entrada da Wikipédia > Rio Cacheu (com a devida vénia):
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Cacheu
O rio Cacheu ou Farim, inicialmente designado por Rio de São Domingos (...), é um dos mais extensos rios da Guiné-Bissau.
Nasce perto da fronteira norte da Guiné-Bissau com o Senegal, a norte de Contuboel, atravessando de leste para oeste as regiões de Bafatá, Oio e, finalmente, Cacheu, onde se encontra com o Oceano Atlântico num estuário.
É um rio de planície, de águas vagarosas e de grande caudal na época das chuvas. É navegável a grandes navios (2000 toneladas) em cerca de 97 km, o que faz dele uma importante via comercial para o interior da Guiné-Bissau. É navegável para embarcações mais pequenas até cerca de 200 quilómetros da foz, até Farim.
Durante a Guerra Colonial Portuguesa, o Rio Cacheu foi palco de diversas operações militares (...).
Em 2000, grande parte do estuário do rio foi integrado no Parque Natural dos Tarrafes do Rio Cacheu (...), abrangendo uma superfície total de 88.615 ha, dos quais 68% apresentam uma cobertura de mangal (tarrafes) que faz parte daquele que é considerado como sendo o maior bloco de mangal contínuo da África Ocidental.
Os vastos mangais acolhem um grande número de aves migratórias que invernam no parque.
Entre os mamíferos, salientam-se:
- os golfinhos Tursiops truncatus e Sousa teuszii,
- os hipopótamos Hippopotamus amphibius
- os manatins Trichechus senegalensis;
- as gazelas-pintadas Tragelaphus scriptus;
- e os macacos-verdes Cercopithecus aethiops .
Entre os répteis destacam-se os crocodilos:
- Crocodylus niloticus
- e C. tetraspis (...)
24 DE JULHO DE 2021
Guiné 61/74 - P22399: Fotos à procura de... uma legenda (153): Uma vez por todas, não havia nem há "jacarés" na Guiné-Bissau, mas "crocodilos" (e outros répteis)
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2021/07/guine-6174-p22399-fotos-procura-de-uma.html
De todos os répteis recenseados na Guiné-Bissau (cerca de 8 dezenas), , conseguimos identificar, através de pesquisa da Internet, e no nosso blogue, da família Crocodylidae pelo menos 3 espécies de crocodilos:
- Crocodilo do Nilo (Crocodylus niloticus) (conhecido na GB como "lagarto"; é "animnal protegido");
- Crocodilo de focinho delgado (Crocodylus catraphactus)
- Crocodilo-anão (Osteolaemus testrapis) (também conhecido por lagarto preto, na GB; é "animal protegido"),
Os crocodilos pertencem à à classe Reptilia, ordem Crocodylia, família Crocodylidae (Cuvier, 1807).
Outra família são os Alligatoridae: aligatores ou jacarés (que não existem na Guiné-Bissau...). E ainda a família Gavialidae (os gaviais).
No total existem 24 espécies vivas da ordem Crocodylia, a mais numerosa são a dos crocodilos propriamente ditos, Crocodylidae: 14 espécies.
O crocodilo do Nilo é o que pode representar maior perigo para o ser humano, medindo, os machos, entre 3,5 e 5 metros de comprinento (e pesando, em média, entre 250 e 500 kg.).
Os jacarés só existem no Novo Mundo e na China. Distinguem-se dos crocodilos por terem: (i) uma cabeça mais curta e mais larga; e (ii) focinhos mais avantajados. Os crocodilos vivem no Novo e no Velho Mundo (exceto da Europa).E os gaviais só existem na Índia e no Nepal e estão em perigo crítico. (...)
Uma vez mais o Patricio Ribeiro,com excelentes imagens!
Os meus agradecimentos pelas fotos magnificas em geral,mas estas são especiais, pois são tiradas num sitio onde permaneci cerca de 12 meses, mais precisamente no K3.
Em 1971, existia uma jangada que transportava viaturas!! Também havia "lagartos" mas mesmo assim tomei alguns banhos no Cacheu...Também um Citroen DS(boca de sapo) mergulhou naquelas águas, pois o condutor ao que se dizia, com a visão muito turva não deu pelo fim da estrada.
Brevemente colocarei fotos deste mesmo local!
Abraço do
José Carvalho
José Carvalho, julgo que nos fins de 1971 um carro foi sempre em frente parando só no meio do Cacheu.
Que me lembre, só uma vez fiz a travessia para Farim a fim de trazer gado.
Carlos Vinhal
Patrício, mais umas boas fotografias.
Então a travessia tem de ser feita em piroga?
O outro meio de transporte para a travessia estava avariado, e vai de piroga que é o que se pode arranjar. O povo é sereno.
O "lagartinho" anda por ali por lhe cheirar ter alguma possibilidade de almoço ou jantar, doutra forma não perdia tempo sem ter bianda.
Saúde da boa
Valdemar Queiroz
Os "colonialistas" hoje são outros: mauritanos no comércio a retalho, indianos no comércio por grosso e na exportação... De que adianta ser um dos maiores exportadores de caju do mundo ?
Em Dezembro de 1970 o meu grupo de combate desceu de Cuntima até Farim e esteve integrado na 2549 comandada pelo Cap. Vasco Lourenço, como unidade de reforço. Durante 1 mês andámos a alinhar em Lamel, numa época em que o PAIGC esteve particularmente activo e onde em cerca de 45 dias tivemos 16 mortos e mais de vinte feridos, entre baixas em combate e acidentes resultantes de actividade operacional.
No K3 estava nessa altura a 27a CComs onde estava integrado o camarada Fur. Mil António Rosa, meu conterrâneo de Vila Nova de Cacela.
Num dos dias em que não fui alinhar para Lamel, atravessei o Cacheu para lhe ir dar um abraço e fi-lo numa piroga similar às que o Patrício agora fotografou.
Obrigado companheiro pelas fotografias que publicaste.
Abraço fraterno
Eduardo Estrela
Faz-me lembrar o rio Geba no Xime. Atravessei várias vezes para o lado do Enxalé. Confesso que tinha algum medo quando o fazia com todo o equipamento militar. José Nascimento
Faz-me lembrar o rio Geba no Xime. Atravessei várias vezes para o lado do Enxalé. Confesso que tinha algum medo quando o fazia com todo o equipamento militar. José Nascimento
Patrício, reparo que, ainda, continua a haver uma grande ligação da população a Portugal.
Na foto nº. 1 em primeiro plano podemos ver um apoiante do Glorioso Benfica. E aquela camisola é actual e das carotas.
Valdemar Queiroz
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