Lisboa > República Portuguesa > SNS (Serviço Nacional de Saúde) > IPO (Instituto Português de Oncologia) de Lisboa > 28 de Novembro de 2023 > Fotograma de vídeo, sobre obra inédita do artista português Bordalo II oferecida ao IPO, e inaugurada no passado dia 28 de novembro.
You Tube > IPO Lisboa (2023): vídeo 00: 38 (com a devida vénia...)
1. Comentários ao poste P24893 (*):
(i) Antº Rosinha:
Estes rapazes [reunidos à volta do gen Norton de Matos e da Sociedade Luso-Africana do Rio de Janeiro] deram o fora para se verem livres do Salazar.
Estes rapazes [reunidos à volta do gen Norton de Matos e da Sociedade Luso-Africana do Rio de Janeiro] deram o fora para se verem livres do Salazar.
Se o Botas fosse na cantiga desta gente, tínhamos sido 10 milhões de retornados naquela data que nos trouxe a melhor coisa do mundo, o SNS.
28 de novembro de 2023 às 20:32
(ii) Tabanca Grande Luís Graça:
Rosinha, para fazeres o elogio do SNS - Serviço Nacional de Saúde, é porque precisaste dele, mais recentemente... como eu já precisei (e continuo a precisar)...
Está tudo bem contigo? Que os bons irãs te protejam e que o SNS continue a cuidar bem de ti e de mim e de todos nós...
28 de novembro de 2023 às 23:26
(*) Vd. poste de 28 de novembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24893: Notas de leitura (1638): Boletim da Sociedade Luso-Africana do Rio de Janeiro (1931-1939) - Parte I: a voz dos colonialistas republicanos nostálgicos e exilados
(iii) Antº Rosinha:
Luís,
Por mim tudo normal com a saúde, as enxaquecas normais (várias) para a idade.
Mas, como conheci a mortalidade infantil na metrópole, e a assistência médica familiar era zero, nesta metrópole, e cheguei a África e vi uma assistência veterinária no sul de Angola, na Namíbia dos boeres, tal, que fiquei com inveja dos bois dos cuanhamas.
A mim com 19 anos, novo com toda a irresponsabilidade do mundo, mandaram-me trabalhar para aquela fronteira, um cu-de-judas, e como primeiros socorros, levava apenas uma injeção anti-ofídica, caducada há 4 anos, com a recomendação de a devolver da mesma maneira no fim do serviço.
Ora quando um dia cavei para o Brasil e vim passados 5 anos, fiquei sem inveja das vacas dos cuanhamas.
Para mim era o que o país precisava, saúde... mais nada, já devo alguns 10 anos à terra, graças ao SNS. (**)
Luís,
Por mim tudo normal com a saúde, as enxaquecas normais (várias) para a idade.
Mas, como conheci a mortalidade infantil na metrópole, e a assistência médica familiar era zero, nesta metrópole, e cheguei a África e vi uma assistência veterinária no sul de Angola, na Namíbia dos boeres, tal, que fiquei com inveja dos bois dos cuanhamas.
A mim com 19 anos, novo com toda a irresponsabilidade do mundo, mandaram-me trabalhar para aquela fronteira, um cu-de-judas, e como primeiros socorros, levava apenas uma injeção anti-ofídica, caducada há 4 anos, com a recomendação de a devolver da mesma maneira no fim do serviço.
Ora quando um dia cavei para o Brasil e vim passados 5 anos, fiquei sem inveja das vacas dos cuanhamas.
Para mim era o que o país precisava, saúde... mais nada, já devo alguns 10 anos à terra, graças ao SNS. (**)
____________
Notas do editor:
(*) Vd. poste de 28 de novembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24893: Notas de leitura (1638): Boletim da Sociedade Luso-Africana do Rio de Janeiro (1931-1939) - Parte I: a voz dos colonialistas republicanos nostálgicos e exilados
(**) Último poste da série > 26 de novembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24889: S(C)em comentários (19): O silêncio da CECA (Comissão de Estudo para as Campanhas de África) sobre a trágica Op Abencerragem Candente: Xime, 26 de novembro de 1970, 6 mortos e 9 feridos graves
5 comentários:
Antº. Rosinha, julgo não se tratar de ironia.
Eu dou um grande elogio ao SNS.
Sem o SNS eu já teria ido pro céu, por estado na guerra da Guiné e ter sido sempre um bom rapaz.
A propósito do SNS, numa das vezes que tive de ir para o Hospital Amadora-Sintra assisti a uma situação quase dramática.
Nas urgências, depois de ser logo atendido à minha DPOC, durante a noite fui fazendo vários exames. Deveriam ser 02 da manhã, levaram-me a uma sala de espera pra fazer um exame e só lá estava uma homem à espera de ser chamado. Quando ficamos sozinhos o homem começou a chorar.
Então está chorar, qual é o seu problema, perguntei. Estou chorando de admiração, depois de ser bem atendido estou aqui sozinho e nenhum cara me assaltou, disse ele com sotaque bem brasileiro.
Depois explicou-me que nos hospitais públicos do Brasil, com grades por todo o lado, também é preciso cuidado com os doentes que bem podem ser bandidos e nos assaltam dentro do hospital.
Saúde da boa
Valdemar Queiroz
Há dias no IPO de Lisboa meti conversa com um grupo de senhoras que me pareciam cabo-verdianas... Uma delas estava a tomar café e a comer uma sandes de queijo, serviço gratuito (e solidário) da Liga dos Amigos do IPO Duas eram raparigas novas. .. A mais velha era tia... Nenhuma falava português, só crioulo cerrado... A mais nova estava cá há 3 meses, a ser tratada no IPO. A tia tinha acabado de chegar para uma consulta...
Em resumo, a nossa ligação a Cabo Verde (e à Guiné-Bissau) continua por esta e outras vias. ESta, a mais nobre, a da solidariedade na dor, no sofrimento, na doença. .. Há doentes que morreriam na sua terra se não fossem homedialisados em Portugal... Tudo isto é pago pelos portugueses, através dos seus impostos...Nos hospitais privados teriam um "custo proibitivo"... Não há almoços grátis dizem os "econometristas"... Pensem nisto, camaradas...
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Nós, que nascemos de parto com dor, em casa, sem assistência médica, sem saneamento básico, e que sobrevivemos à pesada mortalidade infantil, herança dos nossos pais, avós, bisavós, etc., e que beneficiámos do primeiro plano nacional de vacinação (obrigatória) (!), às vezes parece que temos memória curta e somos ingratos...O embrião do SNS já vem do marcelismo... Muita gente não sabe isso. E sem o SNS (que não é apenas uma "conquista de Abril") este país hoje não seria o mesmo... Estou inteiramente de acordo com o "colon" do Rosinha... que,tendo crescido em África, sabe encontrar "pérolas" no seu caminho onde os outros só veem calhaus...
AVISO À NAVEGAÇÃO
Sem alarmismos mas o SNS como era ,deixou de ser,porque está em fase agónica,tudo por causa de restrições económicas.
O actual ministro da "doença" parece o antigo ministro da propaganda do Iraque.
Digo-vos eu, que até entendo qualquer coisa do assunto.
Parece que há para aí um candidato a "premier"que se ele ganhar vai ser o paraíso na terra e arredores.Não se iludam.
Fçam o favor de não ficarem doentes.
AB
C.Martins
Parabéns Rosinha.
A tua resistência é um exemplo a seguir.
Ouvir lamentos de ex-combatentes sobre o seu estado de saúde é uma coisa que devemos respeitar, mas nem tudo é fruto da guerra, devemos olhar também para as asneiras que fizemos.
Da Guiné trouxe malária, mas daí para cá fui fazendo algumas asneiras evitáveis. A malária só acabou em 2002, depois o motor começou a falhar e bati na real, o dito foi reparado em Janeiro de 2019, agora tem um anel Carpentier Phsysio de 34 mm e anda preso com dois pares de cordas Gore-Tex.
A reparação correu bem e a caixa foi fechada com fios de aço nº 5 mas ao fim de oito dias o motor voltou a parar para fazer um reset. Comecei a ficar preocupado e decidi fazer um requerimento ao S. Pedro a pedir mais cinquenta anos de vida porque não aceito parar.
Acho que exagerei na dose porque não obtive resposta, devia ter feito como tu Rosinha e pedir apenas um dia de cada vez.
Um abraço,
Victor Costa Ex. Fur.Mil. At. Inf.
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