(...) O edifício da Câmara Municipal de Luanda começou a ser construído em 1890, segundo projeto de Artur Gomes da Silva, concluindo‐se a obra em 1911.
O edifício apresenta fachada de expressão classicizante, com frontão central e vãos de arco circular. Segue a tradição dos edifícios públicos com estrutura de pré‐fabricado de ferro. Ergue‐se sobre a Praça da Mutamba, numa relação com o terreno que lhe confere imponência e monumentalidade.
A planta desenvolve‐se à volta de um pátio interior com iluminação zenital, de onde nasce uma majestosa e escultórica escadaria interior, toda em ferro fundido, elemento decorativo mas também distributivo, coberto por uma estrutura de pilares e arcos metálicos ogivais que lhe dão singularidade, elegância e leveza. Foi classificada como Monumento Nacional, por despacho publicado no Diário da República n.o 205, de 31.08.1981. Continua a exercer a mesma função.Isabel Martins (Fonte: HPIP - Património de Influência Portuguesa) (com a devida vénia...)
(...) Esta igreja localiza‐se na Cidade Baixa, antiga Rua da Praia, e foi construída devido ao desejo que os comerciantes e demais moradores da Cidade Baixa tinham de competir com a Cidade Alta, onde se localizavam os principais templos religiosos.
A sua construção iniciou‐se em 1651 e terminou em 1670. Cadornega descreve‐a como "edificio sumptuoso de boa fabrica, confraria e irmandade do Corpo de Deos, e a invocação de nossa Senhora dos Remédios que servem os cidadoens e moradores com muito dispendio de suas fazendas".
A primitiva igreja evidenciava um estilo barroco na fachada, constituída por três portas encimadas por pequenos frontões triangulares, terminando num frontão aproximadamente triangular com enrolamentos em cada vértice e um óculo bastante elaborado. Desenvolvia‐se numa planta retangular, com uma ampla nave, transepto inscrito, altar‐mor e colaterais. A composição da fachada terminava em duas torres sineiras elevadas e quadrangulares, encimadas por coruchéus piramidais. Encontrava‐se em ruína total em 1877.
Em 1897, um restauro deu‐lhe o aspecto que hoje apresenta, transformando‐a numa tipologia de um só tramo com três portas e frontão redondo. Nos finais dos anos 1940 foi considerada um valor a preservar, sendo por isso classificada Imóvel de Interesse Público pela portaria n.o 6718 de 25.05.1949. Serviu de sé catedral entre 1828 e 1850, tendo atualmente voltado a ser a Sé Catedral de Luanda.Isabel Martins. (Fonte: HPIP, com a devida vénia...)
3 comentários:
Será que o nosso Rosinha ainda se lembra destes sítios ?... Recordo-me de, uma das vezes que fui em trabalho a Luanda, nos primeiros anos do séc. XXI, ele me ter sugerido: "Luís, tira uma foto aqui, e outra acolá"... Eram sítios de Luanda que lhe diziam muito, ele ficou com aquela no coração...
Metido todo o dia na Clínica da Sagrada Esperança, na ilha de Luanda, a dar formação a profissionais de saúde, mal tive tempo de conhecer a cidade, e o melhor que conheci ainda foi de jipe... Não era sítio muito recomendável para um "portuga" ainda a pé, sozinho... naquela época. Reformei-me, meteu-se a pandemia, deixei de lá ir...Mas o Rosinha pode voltar a lembra-me os sítios aonde gostaria de poder regressar...Com um "candando". Luís
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candando
candando
(can·dan·do)
nome masculino
1. [Angola] Acto de abraçar, de apertar entre os braços, geralmente em demonstração de amor, gratidão, carinho, amizade, etc. (ex.: os colegas trocaram candandos).
2. [Angola] Fórmula informal de despedida (ex.: candando pra quem fica, pessoal!).
"candando", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2023, https://dicionario.priberam.org/candando.
Havia em Luanda um pouco do espírito desses sonhadores Luso africanos do Rio de Janeiro.
Estou a perder algum tempo meu a ler as suas ideias e o seu espírito colonial, mas antisalazarista.
Tu, Luís, lá descobres estas pessoas.
Ai se Salazar em 61 não tivesse aquele grito de voz tremelicante, "para Angola em força".
Aquela gente partia-lhe a perna da cadeira, na hora.
Assim esperaram que o caruncho lha partisse.
Muita daquela gente apoiou o 28 de Maio e muitos apoiaram o próprio Salazar nos primórdios do botas.
Invocam Norton de Matos, Armindo Monteiro,pai do Stau, que por fim antipatizou com o Antoninho, e outros, que em geral até foram apologistas da ida para Flandres, enfim, eles que não fossem para o Brasil barafustar, que o Antoninho deportava-os para Malange ou pior, Tarrafal.
Vivi 18 anos em Angola, sem perder um minuto com politiquices, agora meto-me nisto.
A respeito de Luanda,a primeira assembleia da república do MPLA foi no cine Restauração que era na avenida que dá ao Hospital Maria Pia, que vem nas fotos.
Se fosse a assembleia da Unita provavelmente seria em Silva Porto, e se fosse da FNLA, seria em São Salvador do congo.
Sobre as grandezas de Angola, proporcionalmente, em 1961 não estava mais desenvolvida que a pequena Guiné, depois explico a existência de 3 grandes caminhos de ferro e a guiné só de canoa.
Pessoalmente, a cidade de Luanda não me diz muito. Passei lá o mês de outubro de 1973 em consultas de Psiquiatria e, por isso, não tinha ânimo nem cabeça para explorar a cidade. Nem sequer à praia eu ia, ali tão perto! Praticamente só depois de jantar é que saía para espairecer, porque me "empurravam" para isso, e fui sempre acompanhado. Umas vezes fui ao cinema (no espetacular Miramar, ao ar livre e com uma fabulosa vista para a Baía, no Restauração ou no Avis) outra vez assisti a uma sessão de luta livre (num pavilhão desportivo que não me lembro onde ficava), fui duas ou três vezes ao teatro (o Teatro Experimental de Cascais estava lá a fazer uma temporada, sendo a estrela da companhia a grande atriz Eunice Muñoz) e assisti a um inesquecível espetáculo de música e dança tradicionais angolanas na Ilha de Luanda, com um grupo de dança de muxiluandas (pescadores autóctones da Ilha) e um extraordinário conjunto musical chamado "Os Kiezos".
https://www.youtube.com/watch?v=XP3n9hhnnlI
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