Tavira > Foto nº 13 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > Quartel da Atalaia, RI1, CISMI (1)...
Tavira > Foto nº 13 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > Quartel da Atalaia, RI1, CISMI (2)...
Tavira > Foto nº 15 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > Quartel da Atalaia, RI1, CISMI (3)...
Tavira > Foto nº 17 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > Quartel da Atalaia, RI1, CISMI (4)...
Tavira > Foto nº 18 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > Quartel da Atalaia, RI1, CISMI (5)...
Tavira > Foto nº 4 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > > Centro histórico
Tavira > Foto nº 6 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > Rio Gilão
Tavira > Foto nº 21 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > Ponte (romana) sobre o Rio Gilão
Tavira > Foto nº 23 > Álbum fotográfico do nosso camarada António nosso Antóinio Manuel Conceição Santos [Tomanel] > Um das 30 igrejas e ermidas...
Tavira > Foto nº 25 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > Ponte (romana) sobre o rio Gilão
Tavira > Foto nº 32 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > Vista parcial da cidade, e a ria de Tavira e as famosas salinas...
Tavira > Foto nº 27 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > Estação da CP e conjunto escutório (o militar e a mulher tavirense), da autoria do belga Francis Tondeur (1)
Tavira > Foto nº 27 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > Estação da CP e conjunto escutório (o militar e a mulher tavirense), da autoria do belga Francis Tondeur (2)
Tavira > Foto nº 29 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > Estação da CP e conjunto escutório (o militar e a mulher tavirense), da autoria do belga Francis Tondeur (3)

Tavira > Foto nº 33 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > > O autor, na ponte sobre o Rio Girão.
1. O nosso camarada (e membro da nossa Tabanca Grande, desde 21/4/2008) António Manuel da Conceição Santos (Tomanel, para os amigos) foi Fur Mil Op Esp,. CCAÇ 4540 (Bigene, Cadique, Nhacra, 1972/74)... Vive em Faro, mas nasceu em Tavira. O que poucos sabem é que um apaixonado pelas coisas e gentes da sua terra, o Algarve, tendo criado, entre outras páginas na Net, o blogue Um Raio de Luz e Fez-se Luz -. Algarve.. Sigo esse blogue (que não é muito amigável...por excesso de informação) e há muito que tinha guardado um precioso ficheiro, em power point, com texto e fotos sobre Tavira. Trata-se um "slideshow", com 33 slides, que vale a pena ver e ouvir. Aqui.[Tavira - Tu que já passaste em Tavira].
Eu, que passei por Tavira, no 4º trimestre de 1968, e que fiquei apaixonada por aquela terra (uma das mais belas do nosso país), não resiti a aproveitar algumas das imagens e do texto do Tomanel... para que pudessem chegar mais longe, através do nosso blogue. De algum modo, estou a antecipar a "romagem de saudade" quevou lá fazer no último fim de semana deste mês, prenda de anos da patroa... (LG)
Com a devida vénia e um alfabravo para o autor. (LG).
2. TAVIRA – uma terra com história
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| Brasão de Tavira. Fonte: Wikipedia |
por António Manuel C. Santos [Tomanel]
[Texto recuperados do "slide show" de visita obrigatória, disponível aqui]
[Texto recuperados do "slide show" de visita obrigatória, disponível aqui]
Tu!!!!, que por aqui já passaste … por favor, não te emociones. Sei que vais deitar uma lágrima…
Vamos recuar no tempo em que os fenícios em pleno século VIII a.C. construíram uma fortaleza na colina, hoje designada de Santa Maria.
Depois vieram os Romanos e é no século I a.C. que Tavira começou a ter um enorme valor, quer estratégico, quer a nível económico, devido à arte da pesca, à indústria da salga do peixe e aos produtos agrícolas. Deixaram em Tavira marcas que se encontram ainda bem visíveis e outras que estão a ser postas a descoberto.
Mais tarde, durante o domínio islâmico que ocorreu entre os séculos VIII e XIII, Tavira torna-se uma localidade muito importante, devido ao seu castelo e ao movimento do seu porto.
Tavira é então conquistada aos mouros, em 1242, sendo ocupada pelos cavaleiros da Ordem Militar de Sant´Iago, seguindo-se a tomada de Cacela (vide UM RAIO DE LUZ E FEZ-SE LUZ e procure COISAS DO NOSSO ALGARVE: Cacela Velha – Um cheirinho a Árabe)
Tavira é elevada a cidade em 1520 por D. Manuel I.
Os anos foram passando e, com o abandono das Praças do Norte de África, com a deslocação dos grandes morgados para o Sul de Espanha à procura de melhor sorte de vida no comércio com as Índias, aliadas ao declínio das pescas e ao assoreamento do rio Gilão, Tavira deixou de ter aquele tão grande interesse e passou a ser uma cidade pacata e, em termos económicos, apenas restava a pesca do atum.
Mas Tavira continuava a ser um ponto estratégico-militar. O que nos interessa aqui é destacar que em 1640 esta pacata cidade passou a ser guarnecida por um Destacamento de um dos dois Regimento do Algarve provindo da Organização do Terço Novo da Guarnição da Corte.
Em 1795, a Rainha D. Maria I manda construir o Quartel da Atalaia, assim era conhecido e assim hoje continua a ser conhecido. Por aqui passaram várias Unidades, mudou de nome algumas vezes, mas, foi em 1948 que aqui começou a funcionar o CISMI (Centro de Instrução de Sargentos Milicianos).
Hoje, este Quartel da Atalaia recebe Companhias de várias especialidades com vista a aprofundar conhecimentos geoestratégicos, como o Centro de Instrução de Quadros (CIQ), bem como o Centro Militar de Férias de Tavira (CMFT).
Foi aqui que, nas décadas de 60/70 [do Século passado], milhares de instruendos foram chamados a obter especialização nas várias vertentes para Sargentos Milicianos.
Após a especialização, partiam para serem integrados em Companhias, que depois de receberem instrução, o destino era as guerras de África. Na verdade, eu próprio, natural desta Terra e que aqui fui instruendo, afirmo que este Quartel tornou-se pequeno para a imperiosa necessidade de “fabricar” furriéis milicianos, tendo sido mais tarde, acrescentado um 1º andar.
A falta de camas para todos os instruendos era uma realidade e, por isso, quem quisesse ou pudesse, poderia pernoitar na cidade em quartos alugados. Nessa altura, Tavira tinha muito movimento devido aos militares que por aqui passavam e aos familiares que aqui vinham.
Ao anoitecer enchiam-se os bares junto ao Rio Gilão e muitos passeavam pelas ruas estreitas à procura de amizades passageiras ou não com as moças da nossa Terra. Morenas, de olhares esguios, passeavam pelo jardim do coreto, tentando captar a simpatia dos rapazes. Muitas arranjaram namorados e muitas ficaram como madrinhas de guerra.
Sendo certo que Tavira é a Cidade das Igrejas, são cerca de 30 ao todo com ermidas, muitos de nós, instruendos, deambulávamos pelas ruas, por vezes fazendo apostas, na tentativa de descobrir quantas eram.
As margens do Rio Gilão, que divide a cidade ao meio, enchiam-se de casais de namorados. AH!!!! QUE SAUDADES… A ponte Romana era palco de passagem de uma margem para a outra. Naquela altura ainda por aqui circulavam os carros, hoje está vedado ao trânsito automóvel.
Aos fins-de-semana, os que podiam, deslocavam-se à sua Terra, outros ficavam por cá. Os primeiros iam de comboio e levavam o namorico até à estação. Os segundos iam ao cinema ou passeavam por estas bandas.
Mas Tavira continuava a ser um ponto estratégico-militar. O que nos interessa aqui é destacar que em 1640 esta pacata cidade passou a ser guarnecida por um Destacamento de um dos dois Regimento do Algarve provindo da Organização do Terço Novo da Guarnição da Corte.
Em 1795, a Rainha D. Maria I manda construir o Quartel da Atalaia, assim era conhecido e assim hoje continua a ser conhecido. Por aqui passaram várias Unidades, mudou de nome algumas vezes, mas, foi em 1948 que aqui começou a funcionar o CISMI (Centro de Instrução de Sargentos Milicianos).
Hoje, este Quartel da Atalaia recebe Companhias de várias especialidades com vista a aprofundar conhecimentos geoestratégicos, como o Centro de Instrução de Quadros (CIQ), bem como o Centro Militar de Férias de Tavira (CMFT).
Foi aqui que, nas décadas de 60/70 [do Século passado], milhares de instruendos foram chamados a obter especialização nas várias vertentes para Sargentos Milicianos.
Após a especialização, partiam para serem integrados em Companhias, que depois de receberem instrução, o destino era as guerras de África. Na verdade, eu próprio, natural desta Terra e que aqui fui instruendo, afirmo que este Quartel tornou-se pequeno para a imperiosa necessidade de “fabricar” furriéis milicianos, tendo sido mais tarde, acrescentado um 1º andar.
A falta de camas para todos os instruendos era uma realidade e, por isso, quem quisesse ou pudesse, poderia pernoitar na cidade em quartos alugados. Nessa altura, Tavira tinha muito movimento devido aos militares que por aqui passavam e aos familiares que aqui vinham.
Ao anoitecer enchiam-se os bares junto ao Rio Gilão e muitos passeavam pelas ruas estreitas à procura de amizades passageiras ou não com as moças da nossa Terra. Morenas, de olhares esguios, passeavam pelo jardim do coreto, tentando captar a simpatia dos rapazes. Muitas arranjaram namorados e muitas ficaram como madrinhas de guerra.
Sendo certo que Tavira é a Cidade das Igrejas, são cerca de 30 ao todo com ermidas, muitos de nós, instruendos, deambulávamos pelas ruas, por vezes fazendo apostas, na tentativa de descobrir quantas eram.
As margens do Rio Gilão, que divide a cidade ao meio, enchiam-se de casais de namorados. AH!!!! QUE SAUDADES… A ponte Romana era palco de passagem de uma margem para a outra. Naquela altura ainda por aqui circulavam os carros, hoje está vedado ao trânsito automóvel.
Aos fins-de-semana, os que podiam, deslocavam-se à sua Terra, outros ficavam por cá. Os primeiros iam de comboio e levavam o namorico até à estação. Os segundos iam ao cinema ou passeavam por estas bandas.
Em memória a esta fase da vida local, o belga Francis Tondeur foi convidado a fazer duas esculturas que perpetuassem esta envolvente taviresca. Essas duas esculturas estão junto à Estação da CP, uma está junta à porta da Estação e representa um soldado. A outra está à beira da rotunda junto à Estação e representa uma rapariga da terra. Ambos fazem adeus, esse mesmo gesto simboliza emoções ambíguas que foram vividas neste local, não se sabe se é de felicidade do regresso ou da aflição do adeus da partida para a guerra. É uma incógnita que fica e que ninguém deve ousar perguntar ao seu autor.
Hoje, Tavira é uma cidade em franco desenvolvimento, pode-se dizer que é uma cidade limpa. Vive do comércio local, do turismo, pois tem duas bonitas praias, e sem embargo, é uma localidade do Algarve que obrigatoriamente deve ser visitada.
Hoje, Tavira é uma cidade em franco desenvolvimento, pode-se dizer que é uma cidade limpa. Vive do comércio local, do turismo, pois tem duas bonitas praias, e sem embargo, é uma localidade do Algarve que obrigatoriamente deve ser visitada.
Aqui vos deixo mais um recanto de COISAS DO NOSSO ALGARVE. Fim
Por favor: Se acabaste de visitar este blog, faz o teu comentário. Há lá um cantinho que diz “comentários”. O autor agradece.
Imagens: Da responsabilidade do autor.
Textos: Pesquisas locais e Roteiro de Tavira “passear e conhecer”
Uma produção de:
E-mail: oantmasantos2@gmail.com
Nota do editor:
Último poste da série > 18 de janeiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12597: A cidade ou vila que eu mais amei ou odiei, no meu tempo de tropa, antes de ser mobilizado para o CTIG (2): Caldas da Rainha, a cidade onde estava sediado o Regimento de Infantaria 5, onde era ministrado o Curso de Sargentos Milicianos (Carlos Vinhal)
Sobre Tavira, o Quartel da Atyalaia, o CISMI... vd também (enter outros):
16 de outubro de 2012 > Guiné 63/74 - P10538: Os melhores 40 meses da minha vida (Veríssimo Ferreira) (2): 3.º episódio: O 2.º Turno, no CISMI, na bela terra de Tavira
4 de setembro de 2010 > Guiné 63/74 - P6934: Memória dos lugares (96): Tavira, Quartel da Atalaia, CISMI (Carlos Cordeiro / Manuel Maia / Pereira da Costa)














































