Tavira > Foto nº 13 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > Quartel da Atalaia, RI1, CISMI (1)...
Tavira > Foto nº 13 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > Quartel da Atalaia, RI1, CISMI (2)...
Tavira > Foto nº 15 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > Quartel da Atalaia, RI1, CISMI (3)...
Tavira > Foto nº 17 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > Quartel da Atalaia, RI1, CISMI (4)...
Tavira > Foto nº 18 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > Quartel da Atalaia, RI1, CISMI (5)...
Tavira > Foto nº 4 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > > Centro histórico
Tavira > Foto nº 6 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > Rio Gilão
Tavira > Foto nº 21 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > Ponte (romana) sobre o Rio Gilão
Tavira > Foto nº 23 > Álbum fotográfico do nosso camarada António nosso Antóinio Manuel Conceição Santos [Tomanel] > Um das 30 igrejas e ermidas...
Tavira > Foto nº 25 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > Ponte (romana) sobre o rio Gilão
Tavira > Foto nº 32 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > Vista parcial da cidade, e a ria de Tavira e as famosas salinas...
Tavira > Foto nº 27 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > Estação da CP e conjunto escutório (o militar e a mulher tavirense), da autoria do belga Francis Tondeur (1)
Tavira > Foto nº 27 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > Estação da CP e conjunto escutório (o militar e a mulher tavirense), da autoria do belga Francis Tondeur (2)
Tavira > Foto nº 29 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > Estação da CP e conjunto escutório (o militar e a mulher tavirense), da autoria do belga Francis Tondeur (3)
Tavira > Foto nº 33 > Álbum fotográfico do nosso camarada António Manuel Conceição Santos [Tomanel] > > O autor, na ponte sobre o Rio Girão.
1. O nosso camarada (e membro da nossa Tabanca Grande, desde 21/4/2008) António Manuel da Conceição Santos (Tomanel, para os amigos) foi Fur Mil Op Esp,. CCAÇ 4540 (Bigene, Cadique, Nhacra, 1972/74)... Vive em Faro, mas nasceu em Tavira. O que poucos sabem é que um apaixonado pelas coisas e gentes da sua terra, o Algarve, tendo criado, entre outras páginas na Net, o blogue Um Raio de Luz e Fez-se Luz -. Algarve.. Sigo esse blogue (que não é muito amigável...por excesso de informação) e há muito que tinha guardado um precioso ficheiro, em power point, com texto e fotos sobre Tavira. Trata-se um "slideshow", com 33 slides, que vale a pena ver e ouvir. Aqui.[Tavira - Tu que já passaste em Tavira].
Eu, que passei por Tavira, no 4º trimestre de 1968, e que fiquei apaixonada por aquela terra (uma das mais belas do nosso país), não resiti a aproveitar algumas das imagens e do texto do Tomanel... para que pudessem chegar mais longe, através do nosso blogue. De algum modo, estou a antecipar a "romagem de saudade" quevou lá fazer no último fim de semana deste mês, prenda de anos da patroa... (LG)
Com a devida vénia e um alfabravo para o autor. (LG).
2. TAVIRA – uma terra com história
Brasão de Tavira. Fonte: Wikipedia |
por António Manuel C. Santos [Tomanel]
[Texto recuperados do "slide show" de visita obrigatória, disponível aqui]
[Texto recuperados do "slide show" de visita obrigatória, disponível aqui]
Tu!!!!, que por aqui já passaste … por favor, não te emociones. Sei que vais deitar uma lágrima…
Vamos recuar no tempo em que os fenícios em pleno século VIII a.C. construíram uma fortaleza na colina, hoje designada de Santa Maria.
Depois vieram os Romanos e é no século I a.C. que Tavira começou a ter um enorme valor, quer estratégico, quer a nível económico, devido à arte da pesca, à indústria da salga do peixe e aos produtos agrícolas. Deixaram em Tavira marcas que se encontram ainda bem visíveis e outras que estão a ser postas a descoberto.
Mais tarde, durante o domínio islâmico que ocorreu entre os séculos VIII e XIII, Tavira torna-se uma localidade muito importante, devido ao seu castelo e ao movimento do seu porto.
Tavira é então conquistada aos mouros, em 1242, sendo ocupada pelos cavaleiros da Ordem Militar de Sant´Iago, seguindo-se a tomada de Cacela (vide UM RAIO DE LUZ E FEZ-SE LUZ e procure COISAS DO NOSSO ALGARVE: Cacela Velha – Um cheirinho a Árabe)
Tavira é elevada a cidade em 1520 por D. Manuel I.
Os anos foram passando e, com o abandono das Praças do Norte de África, com a deslocação dos grandes morgados para o Sul de Espanha à procura de melhor sorte de vida no comércio com as Índias, aliadas ao declínio das pescas e ao assoreamento do rio Gilão, Tavira deixou de ter aquele tão grande interesse e passou a ser uma cidade pacata e, em termos económicos, apenas restava a pesca do atum.
Mas Tavira continuava a ser um ponto estratégico-militar. O que nos interessa aqui é destacar que em 1640 esta pacata cidade passou a ser guarnecida por um Destacamento de um dos dois Regimento do Algarve provindo da Organização do Terço Novo da Guarnição da Corte.
Em 1795, a Rainha D. Maria I manda construir o Quartel da Atalaia, assim era conhecido e assim hoje continua a ser conhecido. Por aqui passaram várias Unidades, mudou de nome algumas vezes, mas, foi em 1948 que aqui começou a funcionar o CISMI (Centro de Instrução de Sargentos Milicianos).
Hoje, este Quartel da Atalaia recebe Companhias de várias especialidades com vista a aprofundar conhecimentos geoestratégicos, como o Centro de Instrução de Quadros (CIQ), bem como o Centro Militar de Férias de Tavira (CMFT).
Foi aqui que, nas décadas de 60/70 [do Século passado], milhares de instruendos foram chamados a obter especialização nas várias vertentes para Sargentos Milicianos.
Após a especialização, partiam para serem integrados em Companhias, que depois de receberem instrução, o destino era as guerras de África. Na verdade, eu próprio, natural desta Terra e que aqui fui instruendo, afirmo que este Quartel tornou-se pequeno para a imperiosa necessidade de “fabricar” furriéis milicianos, tendo sido mais tarde, acrescentado um 1º andar.
A falta de camas para todos os instruendos era uma realidade e, por isso, quem quisesse ou pudesse, poderia pernoitar na cidade em quartos alugados. Nessa altura, Tavira tinha muito movimento devido aos militares que por aqui passavam e aos familiares que aqui vinham.
Ao anoitecer enchiam-se os bares junto ao Rio Gilão e muitos passeavam pelas ruas estreitas à procura de amizades passageiras ou não com as moças da nossa Terra. Morenas, de olhares esguios, passeavam pelo jardim do coreto, tentando captar a simpatia dos rapazes. Muitas arranjaram namorados e muitas ficaram como madrinhas de guerra.
Sendo certo que Tavira é a Cidade das Igrejas, são cerca de 30 ao todo com ermidas, muitos de nós, instruendos, deambulávamos pelas ruas, por vezes fazendo apostas, na tentativa de descobrir quantas eram.
As margens do Rio Gilão, que divide a cidade ao meio, enchiam-se de casais de namorados. AH!!!! QUE SAUDADES… A ponte Romana era palco de passagem de uma margem para a outra. Naquela altura ainda por aqui circulavam os carros, hoje está vedado ao trânsito automóvel.
Aos fins-de-semana, os que podiam, deslocavam-se à sua Terra, outros ficavam por cá. Os primeiros iam de comboio e levavam o namorico até à estação. Os segundos iam ao cinema ou passeavam por estas bandas.
Mas Tavira continuava a ser um ponto estratégico-militar. O que nos interessa aqui é destacar que em 1640 esta pacata cidade passou a ser guarnecida por um Destacamento de um dos dois Regimento do Algarve provindo da Organização do Terço Novo da Guarnição da Corte.
Em 1795, a Rainha D. Maria I manda construir o Quartel da Atalaia, assim era conhecido e assim hoje continua a ser conhecido. Por aqui passaram várias Unidades, mudou de nome algumas vezes, mas, foi em 1948 que aqui começou a funcionar o CISMI (Centro de Instrução de Sargentos Milicianos).
Hoje, este Quartel da Atalaia recebe Companhias de várias especialidades com vista a aprofundar conhecimentos geoestratégicos, como o Centro de Instrução de Quadros (CIQ), bem como o Centro Militar de Férias de Tavira (CMFT).
Foi aqui que, nas décadas de 60/70 [do Século passado], milhares de instruendos foram chamados a obter especialização nas várias vertentes para Sargentos Milicianos.
Após a especialização, partiam para serem integrados em Companhias, que depois de receberem instrução, o destino era as guerras de África. Na verdade, eu próprio, natural desta Terra e que aqui fui instruendo, afirmo que este Quartel tornou-se pequeno para a imperiosa necessidade de “fabricar” furriéis milicianos, tendo sido mais tarde, acrescentado um 1º andar.
A falta de camas para todos os instruendos era uma realidade e, por isso, quem quisesse ou pudesse, poderia pernoitar na cidade em quartos alugados. Nessa altura, Tavira tinha muito movimento devido aos militares que por aqui passavam e aos familiares que aqui vinham.
Ao anoitecer enchiam-se os bares junto ao Rio Gilão e muitos passeavam pelas ruas estreitas à procura de amizades passageiras ou não com as moças da nossa Terra. Morenas, de olhares esguios, passeavam pelo jardim do coreto, tentando captar a simpatia dos rapazes. Muitas arranjaram namorados e muitas ficaram como madrinhas de guerra.
Sendo certo que Tavira é a Cidade das Igrejas, são cerca de 30 ao todo com ermidas, muitos de nós, instruendos, deambulávamos pelas ruas, por vezes fazendo apostas, na tentativa de descobrir quantas eram.
As margens do Rio Gilão, que divide a cidade ao meio, enchiam-se de casais de namorados. AH!!!! QUE SAUDADES… A ponte Romana era palco de passagem de uma margem para a outra. Naquela altura ainda por aqui circulavam os carros, hoje está vedado ao trânsito automóvel.
Aos fins-de-semana, os que podiam, deslocavam-se à sua Terra, outros ficavam por cá. Os primeiros iam de comboio e levavam o namorico até à estação. Os segundos iam ao cinema ou passeavam por estas bandas.
Em memória a esta fase da vida local, o belga Francis Tondeur foi convidado a fazer duas esculturas que perpetuassem esta envolvente taviresca. Essas duas esculturas estão junto à Estação da CP, uma está junta à porta da Estação e representa um soldado. A outra está à beira da rotunda junto à Estação e representa uma rapariga da terra. Ambos fazem adeus, esse mesmo gesto simboliza emoções ambíguas que foram vividas neste local, não se sabe se é de felicidade do regresso ou da aflição do adeus da partida para a guerra. É uma incógnita que fica e que ninguém deve ousar perguntar ao seu autor.
Hoje, Tavira é uma cidade em franco desenvolvimento, pode-se dizer que é uma cidade limpa. Vive do comércio local, do turismo, pois tem duas bonitas praias, e sem embargo, é uma localidade do Algarve que obrigatoriamente deve ser visitada.
Hoje, Tavira é uma cidade em franco desenvolvimento, pode-se dizer que é uma cidade limpa. Vive do comércio local, do turismo, pois tem duas bonitas praias, e sem embargo, é uma localidade do Algarve que obrigatoriamente deve ser visitada.
Aqui vos deixo mais um recanto de COISAS DO NOSSO ALGARVE. Fim
Por favor: Se acabaste de visitar este blog, faz o teu comentário. Há lá um cantinho que diz “comentários”. O autor agradece.
Imagens: Da responsabilidade do autor.
Textos: Pesquisas locais e Roteiro de Tavira “passear e conhecer”
Uma produção de:
E-mail: oantmasantos2@gmail.com
Nota do editor:
Último poste da série > 18 de janeiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12597: A cidade ou vila que eu mais amei ou odiei, no meu tempo de tropa, antes de ser mobilizado para o CTIG (2): Caldas da Rainha, a cidade onde estava sediado o Regimento de Infantaria 5, onde era ministrado o Curso de Sargentos Milicianos (Carlos Vinhal)
Sobre Tavira, o Quartel da Atyalaia, o CISMI... vd também (enter outros):
16 de outubro de 2012 > Guiné 63/74 - P10538: Os melhores 40 meses da minha vida (Veríssimo Ferreira) (2): 3.º episódio: O 2.º Turno, no CISMI, na bela terra de Tavira
4 de setembro de 2010 > Guiné 63/74 - P6934: Memória dos lugares (96): Tavira, Quartel da Atalaia, CISMI (Carlos Cordeiro / Manuel Maia / Pereira da Costa)
10 comentários:
Recorde-se os versos do nosso poeta Manuel Maia, que paasou pelas Caldas e por Tavira, talcomo eu e muitos de nós, ex-furriéis milicianos... LG
______________
QUINTA-FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2010
Guiné 63/74 - P7337: Blogpoesia (89): Peregrinação (Manuel Maia) (1): Recruta e Especialidade
1. Mensagem de Manuel Maia* (ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine, 1972/74), com data de 24 de Novembro de 2010:
Caro Carlos,
Seguem umas quantas sextilhas para editares se assim o entenderes...
Abraço.
manuel maia
PEREGRINAÇÃO - 1
Nas Caldas da Rainha fiz recruta,
três meses de canseiras, de labuta,
nas armas me envolvendo sem prazer...
No 5 éramos seis as Companhias
pejadas de instruendos cujos dias
penavam, ansiosos de os vencer...
Depois d`almoço, um sol impiedoso,
suor encharca o corpo, já oleoso,
do esforço matinal da instrução...
Foi pórtico, foi galho e foi corrida,
p`ra além da repetida ordem unida,
há malta a desmaiar de insolação...
Por toldo protegido está o famoso,
com seu discurso vago, até pastoso,
chefão a quem chamávamos Meirim...
Conversa era a da treta, a debitada,
repetitiva, tão cheia de nada
p`ra nós suplício enorme, sem ter fim...
De todos conhecido é o palanfrório,
uma arengada p`ra iludir simplório
de pouca consistência, a cegarrega...
A acção psicológica exercida
é treta demagógica embutida,
p`ra impor autoridade surda e cega...
De lá para Tavira, no C.I.S.M.I.
atirador então me fiz ali,
uns tempos bem passados, estupendos...
Com obras de restauro, o ex-convento,
quartel a carecer de tratamento,
não tem lugar p`ra tantos instruendos...
Em conta são os quartos lá de fora,
p`la malta alugados, bem na hora,
com tratamento às roupas, incluído...
Sistema p`ro Exército é perfeito,
onde alguém "se orienta", p`ro efeito,
a história, vista hoje, tem sentido...
Será que havia verba definida
p`ra um terço da maralha ali "perdida"
ser instalada algures p`la cidade?
Ao estado caberia a obrigação
de dar àqueles "filhos da Nação",
um tratamento justo, de equidade.
http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2010/11/guine-6374-p7311-blogpoesia-89.html
Vd,. também poste do ex-1º cabo miliciano Nascimento... É do meu tempo em Tavira mas não me lembro, naturalmente, dele... Fui para o CISMI, em 29/9/1968, para tirar a especialidade de armas pesaadas de infantaria...E em 6/1/1969, apresentei-me no BC 6, em Castelo Branco, onde de instrução a recrutas, até me despacharem para o RI 2, em 4 de março de 1969... E depois Guiné: Lisboa, Niassa, 24 de maio de 1969...
______________
12 DE SETEMBRO DE 2010
Guiné 63/74 - P6973: O Nosso Livro de Visitas (99): Carlos Alberto Dores Nascimento, camarada do CISMI, Tavira (Janeiro de 67 / Dezembro de 69)
1. Mensagem de Carlos Alberto Dores Nascimento
Data: 9 de Setembro de 2010 19:07
Assunto: Camaradas do CISMI
Alô, Luis. Sou o Carlos Alberto Dores Nascimento, estive em Tavira , de Janeiro de 67 a Dezembro de 69. Especialidade de atirador e por lá fiquei até ao fim como monitor.
Conheci o Robles e o Trotil. O Trotil era Óscar. Conheci-os de alferes a capitães. Também gostava de encontrar alguns companheiros daquele tempo (agora somos avós ) mesmo que tivessem sido "meus" intruendos.
Sei que todos os anos em Outubro fazem lá no quartel um convívio com todos os que passaram por lá. Eu este ano quero ir pois nunca fui. Estou inscrito no Facebook, tenho lá algumas fotos do nosso tempo para ver se há alguém que se identifica.
Bom, um grande abraço.
Carlos Alberto Dores Nascimento
___________
http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2010/09/guine-6374-p6973-o-nosso-livro-de.html__
Vd,. também poste do ex-1º cabo miliciano Nascimento... É do meu tempo em Tavira mas não me lembro, naturalmente, dele... Fui para o CISMI, em 29/9/1968, para tirar a especialidade de armas pesaadas de infantaria...E em 6/1/1969, apresentei-me no BC 6, em Castelo Branco, onde de instrução a recrutas, até me despacharem para o RI 2, em 4 de março de 1969... E depois Guiné: Lisboa, Niassa, 24 de maio de 1969...
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12 DE SETEMBRO DE 2010
Guiné 63/74 - P6973: O Nosso Livro de Visitas (99): Carlos Alberto Dores Nascimento, camarada do CISMI, Tavira (Janeiro de 67 / Dezembro de 69)
1. Mensagem de Carlos Alberto Dores Nascimento
Data: 9 de Setembro de 2010 19:07
Assunto: Camaradas do CISMI
Alô, Luis. Sou o Carlos Alberto Dores Nascimento, estive em Tavira , de Janeiro de 67 a Dezembro de 69. Especialidade de atirador e por lá fiquei até ao fim como monitor.
Conheci o Robles e o Trotil. O Trotil era Óscar. Conheci-os de alferes a capitães. Também gostava de encontrar alguns companheiros daquele tempo (agora somos avós ) mesmo que tivessem sido "meus" intruendos.
Sei que todos os anos em Outubro fazem lá no quartel um convívio com todos os que passaram por lá. Eu este ano quero ir pois nunca fui. Estou inscrito no Facebook, tenho lá algumas fotos do nosso tempo para ver se há alguém que se identifica.
Bom, um grande abraço.
Carlos Alberto Dores Nascimento
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http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/2010/09/guine-6374-p6973-o-nosso-livro-de.html__
Ronceiro o comboio/ronceira a vida da gente...
Já não me recordo quanto tenmpo levava a chegar a Tavira... Mas era um dia inteiro...
Da Lourinhã a Lisboa, até à Rua da Palma, na velha camioneta da empresa João Henriques, de Torres Vedras, gastava-se três horas... Depois era preciso apanhar o barco para o Barreiro, e ala, moço, até ao reinos dos Algarves... Já não sei quantas estações é que eram, nem quantas horas se gastava na viagem...
Devo ter vindo uma ou duas vezes, se tanto, a casa... Era longe e caro para um desgraçado de um instruendo...
Do melhor de Tavira, lembro-me dos fins de semana, embora eu tivesse apanhado o pior tempo (out/nov/dez 1968).
Alguém se lembra destes detalhes ?
Do que é que me lembro mais do tempo de Tavira ?
Das salinas, claro, e da instrução no terreiro da feira do gado, cheia de, com a vossa licença, de merda, bosta de boi;
Do fogo real, para a ilha de Tavira, com o morteiro 81 e o canhão s/r... mais a bazuca...
Do mercado e do jardim do coreto, onde se passeavam as "morenas" de Tavira;
De uma velha espanhola que era proxeneta;
Do tenente Esteves, pois claro;
Do safado do comandante do RI1 que nos proibiu uma exposição de parede sobre a II GUerra Mundial com o argumento, idiota, de que para guerras já chegava a nossa;
Da sistema de som, na parada do quartel da Atalaia;
Da vendedora ambulante, de bolos e sandochas, que andava sempre connosco, quanmdo íamos para fora, em exercícios de campo; era uma espécie de "Mãe coragem", não sei porquê fazia-me lembrar essa figura do teatro do Brecht;
Das tascas, do polvo, dos petiscos...
Das esplanadas...
Da beleza de Tavira, do seu patrimónioo edificado...
Espero lá voltar daqui a duas semanas...
A "insensibilidade" ambiental, na época, era de tal ordem que a ilha de Tavira (c. 11 km de comprimento) era utilizada como "carreira de tiro"... Em boa verdade, a malta de armas fazia uma canhoada e uma morteirada, e ficava especialista!
Para mim, não me serviu de nada. No CTIG deram-me uma G3...
António Manuel - Tomanel
20:16 (há 0 minutos)
Obrigado pela divulgação.
Um abraço cá do Algarve.
António Manuel Santos.
Caro Luís Graça
Apenas "info" útil para a tua visita a Tavira.
O campo de Treino (Atalaia) é hoje uma imensa zona residencial. Não cabe lá, nem um Grupo de Combate.
O antigo Mercado é uma zona de Restaurantes, bares e lojas de artesanato.
O antigo Quartel da Graça, onde funcionava o serviço de saúde, é hoje uma excelente Pousada.
A Carreira de Tiro é uma ruína, encostada à Via do Infante (A22).
As "morenas" foram substituídas e valorizadas, com algumas loiras, mas também outras belezas vindas de África, da China e dos países de leste.
E a Pousada do Convento das Bernardas foi uma boa escolha, porque tem categoria.
Boa viagem. Boa estada.
Um Abraço
Manuel Amaro
Caros camaradas
Os trabalhos que o "Tomanel" produz e que podemos encontrar no "Um raio de luz..." e de que sou conhecedor são interessantes, bem documentados e são úteis, principalmente para quem quiser conhecer melhor os locais retratados.
Neste caso, Tavira, não foi terra onde tivesse passado na vida militar.
Mas é uma terra que gosto bastante. Sinto-me bem quando lá estou. É como se entrasse pela História. Gosto de estar naquela ponte romana e imaginar a luta que lá se travou. Gosto da passear ao longo do Gilão. Gosta da praia da Ilha de Tavira. Até a passagem de barco até à Ilha é agradável. Quase sempre que estou no Algarve acabo por fazer um dia em Tavira.
As esculturas referidas são de significado dúbio, como o "Tomanel" salienta, mas isso até lhes aumenta o interesse. Para nós, os que fomos contemporâneos, podemos rever-nos no militar. Quanto à jovem... pois serão elas a tomar o entendimento que melhor se enquadrar na perspectiva de cada qual.
Abraço
Hélder S.
Foi nos fins de 69 e princípios de 70 que se iniciaram os trabalhos de reconstrução das casernas. Para isso foi necessário dividir o refeitório para que uma das metades albergasse a 3ª Ca.
Porque ao Sábado havia exercícios militares, nomeadamente o cross e o desfile militar, a dispensa de fim-de-semana acontecia pelas 13:00 horas. O transporte para Lisboa e arredores era feito em autocarros.
Em 2010 visitei o Quartel da Atalaia. Tanto eu como a minha esposa e os nossos acompanhantes fomos muito bem recebidos numa visita guiada por um furriel. Incompreensivelmente, para além do refeitório, por ordens superiores não nos permitiu entrar em qualquer uma das instalações.
Se aquele impedimento continua, as instâncias superiores devem rever essa posição. Está em causa a arte de bem receber e servir aqueles que um dia ali cumpriram parte do seu serviço militar.
Tavira é uma bela e agradável cidade que vale a pena visitar.
Cumprimentos.
José Câmara
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