Guiné > Região de Bafatá > Sector L1 (Bambadinca) > Fá Mandinga > Pel Caç Nat 63 (1969/71) > 1969 > Jorge Cabral, ao centro, de pé, com alguns elementos do seu pelotão, um cão e uma cabra (ou bode ?)...
(Continuação)
(xxvi) José Teixeira
Conheci o Jorge Cabral pelas suas "estórias cabralianas" que ao longo do tempo foi escrevendo no nosso Blogue. Estórias que faziam rir ás bandeiras despregadas ao mesmo tempo que me punham ma pensar. Espelhavam o estado de espirito de alguém que vivia livre como um passarinho, mas atento às realidades e sobretudo uma pessoa aberta, atenta e disponível. Não havia barreiras que não ultrapassasse, mas era uma porta aberta. Que o digam os seus alunos e alunas.
Tive a grata oportunidade de o encontra no lançamento do Livro "Pai Tiveste medo" , da Catarina Gomes, e pudemos conversar um pouco. Adorei aqueles breves momentos porque pude confirmar a imagem que tinha dele.
A humanidade perde um grande valor. Um Homem bom que se escondia atrás do seu cachimbo. Ao filho e demais família os mais profundos sentimentos de pesar.
José teixeira
(xxvii) Carlos Silva
Jorge
Foi com muita tristeza que tive conhecimento da tua partida, mas desta vez não foi do Cais da Rocha de Conde de Óbidos.
Fica-me a saudade e as recordações dos nossos encontros, bem como, das tuas "Histórias Cabralianas" que muito me fizeram rir até chorar.
Descansa em paz amigo e camarada
Carlos Silva
Conheci o Jorge Cabral nos Encontros Nacionais onde tivemos algumas trocas de impressões. A sua afabilidade evidenciou-se. Estão descritas a suas qualidades por quem melhor o conheceu. Telefonei-lhe há cerca de três semanas. A forma como falou foi indiciadora da sua "desistência". A lista de sobreviventes está cada vez mais reduzida.
Que descanse em paz.
As minhas condolências à família.
Ernestino Caniço
Luís: O meu irmão era furriel do pelotão do Jorge Cabral. Se era o Pel Nat Caç 63 não sei. Chamavam-se por "irmão", apesar de terem irmãos.
Conheci o pai e a mãe muito superficialmente quando ele ainda morava com os pais. Conheci a mulher (de quem estava separado ou divorciado) e o filho (que não vejo há muito) há mais de trinta anos.
Creio que o meu irmão terá o contacto do filho, mas não quero falar-lhe disso agora, porque ontem, quando me deu a notícia, estava muito comovido. E virá, para todos, o tempo oportuno.
Ou manuscrito ou, talvez, dactilografado deverá haver um 2º. volume das "Estórias Cabralianas". A tempo verei através do meu irmão, se o filho o encontra, até porque os direitos de autor lhe pertencem. É que o Jorge mudou de casa depois da saída do 1º. volume.
Cumprimentos
Alberto Branquinho
(xxx) Eduardo Estrela
Partiu o homem, fica a memória e a saudade nos nossos corações. " Conheciamo-nos" há pouco tempo pois só me apresentei ao " Alfero " no dia do seu aniversário, conforme sugestão e pedido do Luís Graça.
Para a família do " Alfero Cabral " as minhas condolências.
Eduardo Estrela
(xxxi) Patricio Ribeiro
Amigos:
Quando no blogue se publicavam artigos do Jorge Cabral, eu não os queria perder, sabia que me iria rir do humor do Jorge, das suas conversas sobre a sua tabanca.
Quem teve o privilégio de por lá andar, dará maior sentido à sua escrita.
Todos nós agora, andamos no fio da navalha, mas já não são as minas da picada, são as da vida…
Abraço,
29 de dezembro de 2021 às 17:22
(xxxii) João Carlos Abreu dos Santos
Condolências
Anónimo disse...
(xxxiii) António Carvalho
Carvalho de Mampatá
(xxxiv) Juvenal Amado
Esta é uma notícia que nos arrasa sempre. Partiu mais camarada.o nosso Jorge Cabral era um fenômeno social e camaradagem . Vamos sentir a sua falta aqui no blogue, nos encontros, no Facebook onde as suas publicações eram de estilo inconfundível e muito apreciadas. Falei com ele no fim do mês de novembro sobre pretexto que me autografasse o seu livro. Ficou combinado para dezembro. Telefonei-lhe há dois dias , já não atendeu. Deixa saudade. Descanse em paz.
Ainda no passado dia 20 telefonei-lhe e quando percebeu que era eu que estava ao telemóvel começou a quase gritar de lá "tou a morrer, pá, tou a morrer".
Tentei animá-lo, disse-lhe que se deixasse desses pensamentos negativos, que fazia falta, à família, às "almas" (suas alunas), aos amigos.
Perguntei se o podia visitar, disse que sim, das 18:00 às 19:00 e fiquei de ir ter com ele "depois das festas"..... já não vai dar.
Não sei que dizer mais, ainda estou a digerir a informação.
Hélder Sousa
Lamento muito a perda de mais este camarada e que devia ser naturalmente mais novo do que eu.
Admirei muito os seus textos, sempre curtos, mas concretos e num estilo vivo, alegre, espirituoso, um tanto travesso, reflexo de quem sabia, talvez, projectar a vida de uma forma agradável, enfim, bonita. Era realmente um Grande Humorista.
Nada mais posso enviar do que este singelo comentário, pois não tinha outra relação de proximidade com o nosso "alfero".
Aos seus Familiares apresento os meus sentidos pêsames.
A sua memória ficará perpetuada nos seus muitos formandos que souberem aplicar e transmitir os seus ensinamentos e claro, entre outros escritos seus, naqueles que nesta Nossa Tabanca Grande deixou.
Jorge Picado
Obrigado, Luís, pela informação, sempre pensei que o Jorge ia resistir. A perda de um amigo deixa-me sempre sem jeito.
Desejo-te um novo ano com muita força para ultrapassar as maleitas. Também já tive a minha dose. Apanhei o bichinho da moda que me mandou para o hospital. Safei-me porque já tinha duas vacinas.
Abraço, Henrique
30 de dezembro de 2021 às 15:24
Amigo Luís Graça
Obrigado pela informação da morte do alferes Cabral.
Não tive uma convivência habitual com o alferes Cabral, uma vez que ele se encontrava destacado em Missirá. Porém, foi aqui, neste destacamento bem dentro do mato, que, em boa hora, decidi passar a última noite de 1970 e o primeiro dia de 1971, por sinal, juntamente com o médico Mário Ferreira. Uma passagem de ano muito farta, muito alegre, com música e discursos, agradável convívio dos nossos militares e das populações nativas e também com missa no primeiro do ano.
Hoje, passados 50 anos, guardo uma recordação muito viva e positiva do alferes Cabral – da sua pessoa, da sua inteligência, do seu humor, da sua simpatia, da sua integridade. Ficou-me sempre gravada na memória esta sábia frase com que ele terminou um trabalho publicado neste blogue acerca do massacre das forças militares nativas ao serviço de Portugal depois da saída das tropas portuguesas: «num mundo civilizado (não sei se são bem as palavras textuais) os homens são julgados pelos tribunais competentes e os criminosos são condenados às penas legais».
Sinto a morte do alferes Cabral e peço para ele o Descanso Eterno.
Um abraço – Arsénio Puim