sábado, 1 de janeiro de 2022

Guiné 61/74 - P22863: Homenagem da Tabanca Grande ao Jorge Cabral (1944-2021), ex-alf mil at art, cmd, Pel Caç Nat 63 (Bambadinca, Fá e Missirá, mai 1969 / ago 1971) - Parte II: Até sempre, "alfero Cabral"! (Joaquim Mexia Alves, Paulo Santiago,Virgínio Briote, Valdemar Queiroz, A. Marques Lopes, Luís Graça,José Manuel Cancela, PILAO2511966, Hélder Sousa, Joaquim Costa, Mário Miguéis, António Graça de Abreu)


Leiria > Monte Real > 25 de maio de 2019 > XIV Encontro Nacional da Tabanca Grande > Jorge Cabral... Quem diria, Jorge, que seria este o nosso último encontro ?!...  Depois veio a pandemia do século... E nem ao lançamento do teu livro pudemos ir... E depois a tua doença, de que pouco ou nada falavas... E, por fim, a morte, aos 77 anos... Estamos destroçados com a tua partida, mesmo sabendo que estava já "anunciada"... Em contrapartida, soubemos, e isso deu-nos algum "consolo", que morreste em paz, de mão dada ao teu filho, de quem tinhas muito orgulho...

Deixaste a Terra da Alegria, o teu filho o teu neto, todos aqueles que te amavam e que tu amavas... Não vamos deixar-te  ser inumado na vala comum do esquecimento... Onde quer que estejas (, e nós não sabemos o trajeto exato do "barqueiro de Caronte"...) continuarás a ter muitos amigos e amigas, e muitos camaradas, muitas "almas peregrinas",  que vão querer honrar a tua memória e que vão  sentir a tua falta, nomeadamente  no seio da Tabanca Grande.  

E no domingo, dia 2,  lá iremos, à igreja do Lumiar, em Lisboa, para te  dizer o último adeus, às 15h00/15h30...  Aceita, entretanto,  estes pequenos testemunhos de homenagem, são já dezenas os que te escreveram, não cabem todos num só poste... Mas este será o primeiro do novo ano de 2022... Que nos traga esperança, o novo ano, aos que cá ficaram !... Lá no alto do poilão da Tabanca Grande sabemos que, a partir de agora, haverá mais um irã bom que vela por nós, nos protege e nos inspira!... (LG)

Foto (e legenda): © Luís Graça (2022). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


Jorge Cabral (1944 - 2021) > O livro das condolências (*):


(i) Joaquim Mexia Alves


Até já,  Jorge

Só agora me dei conta que já partiste para outra "aventura".

Quero lembrar as muitas histórias que nos fomos contado mutuamente, mas sobretudo o teu humor tão especial, a tua alegria de viver, a tua amizade franca e sincera.

Percorremos caminhos idênticos pela "nossa" Guiné e muito conversámos sobre isso.

És um homem bom, Jorge, e os homens bons deixam sempre um vazio que só é preenchido pela gratidão de os ter conhecido.

E eu estou muito grato por te ter conhecido e contigo ter recordado tanta coisa, até um pequeno laço familiar que nos ligava.

Este ano, mesmo antes de fechar ainda me leva mais um amigo.

Até já camarigo!

Até já Jorge!

Joaquim Mexia Alves

(ii) Paulo Santiago
 
Tinha uma especial ligação ao Cabral,talvez por ambos estarmos ligados a Pelotões de Caçadores Nativos.

Via telemóvel,fui-o acompanhando nestes meses,e ía-me falando do tormento da doença.No início,havia momentos,fugazes,em que ainda lhe saía uma piada,mas esses momentos acabaram.Nos primeiros dias de Novembro,liguei-lhe a convidá-lo para um almoço no restaurante "Estrela do Bico" em Massamá.Eu,ele,o Armando Pires,o Matos Gomes,já tínhamos ido lá umas quatro vezes,era mais uma.Disse-me que não. Na passada 5ª feira,telefonei,senti que se estava a apagar,fiquei deprimido.
Descansa em paz,Jorge Cabral.

P.Santiago

PS - O restaurante que menciono é do filho do Ten Cor. Polidoro Monteiro ao qual,o Cabral,o Armando e eu tivemos ligação na Guiné.


(iii) Virgínio Briote

Todos os dias a roda vai andando. Agora foi o Cabral.

V. Briote
28 de dezembro de 2021 às 21:13 

(iv) Valdemar Queiroz

E assim a vida, mas quem esteve na guerra da Guiné bem merecia estar por cá mais uns aninhos.

O alfero Cabral esteve na guerra da Guiné e também se encontrou com Prometeu no Jardim Constantino, local que eu bem conheci quando em criança mudei do Minho para Lisboa.
Mas o alfero Cabral não furtou o fogo divino e nem sequer arranjou planos ardilosos para enganar os deuses olímpicos. O alfero Cabral apenas nos fazia rir com o seu grande sentido de humor nas "Estórias cabralianas".

Não o conheci pessoalmente.

Sentidos pêsames
Valdemar Queiroz


(v) A. Marques Lopes

Saudades de ti, do teu espírito. Mas lá nos encontraremos (onde não sei).

28 de dezembro de 2021 às 22:35 

(vi) Tabanca Grande Luís Graça 

Cheguei a Candoz e felizmente consegui  vir aqui e já li os comentários anteriores que me sensibilizaram. Espero bem que apareçam mais. O Cabral bem merece um último adeus, mesmo daqueles que não o conheceram pessoalmente.

28 de dezembro de 2021 às 22:42 
 

(vii) Zé Manel Cancela

Até qualquer dia, Alfero Cabral.
Vamos ter saudades das tuas histórias.....
28 de dezembro de 2021 às 23:06 

(viii) PILAO2511966 

Deste Alferes de Angola, que se sente pesaroso. Nunca nos relacionámos bem, mas, demos uns bacalhaus, 2 ou 3 vezes no 10 de Junho em Belém. Seguia-te nos "post" em barrigadas de riso, fazias-me lembrar um camarada Peruano do meu tempo na Legião que se finou, também cedo demais, no Tchad.

Sit Tibi Terra Levis camarada

(ix) Hélder Sousa

Nestes tempos mais próximos a "ceifa" tem sido pródiga. Muitos dos nossos amigos e conhecidos tem partido.

Alguns da "doença da moda", outros por via do que se convencionou "doença prolongada", "doença incurável", etc.

O que é certo é que, por força de fatores que nem sempre se explicam, acabamos por interagir mais com uns do que com outros, desses amigos que nos vão deixando.

Do Jorge Cabral as suas características são tantas e tão diversas, como o Luís descreveu no artigo, que é difícil não nos identificarmos com várias delas.

Recordo alguns momentos que passei com ele, conversando como ele sabia fazer e cimentando a amizade.

Sei que este "destino" é o que nos está reservado também, mas sempre custa saber dele.
O melhor que se pode fazer é lembrar o Jorge nas suas múltiplas facetas, valorizar o bom e honrar a sua memória.

Hélder Sousa

(x) Joaquim Costa 

Não tive o grato prazer de te conhecer, meu caro Cabral, mas sinto a tua partida como de alguém que me fosse muito próximo. Não sei como explicar. Talvez a explicação esteja no facto de me deliciar com as partes do livro que li no blogue. O humor alcança mais longe…

Joaquim Costa 29 de dezembro de 2021 às 00:32 

(xi) Mário Miguéis

Não sabia da gravidade do estado de saúde do Jorge Cabral. Convenci-me de que, após a intervenção cirúrgica, estava a caminho da recuperação. Fico com muita pena pela sua partida, para mim inesperada.

Restar-me-á, agora, a recordação da sua imagem e do seu enorme talento.

(xii) António Graça de Abreu

Falei com o Jorge Cabral há uns quinze dias atrás. Pelo telefone, a voz titubeante, o desânimo, nada anunciavam de bom. Descansa em paz, meu Amigo.

Recordo um encontro a três, no Maxime, em Lisboa, há uns sete ou oito anos. Luís Graça, o Jorge Cabral e eu. Tocava a banda do João Graça, filho do Luís. O entretenimento pleno. Numa mesa ao nosso lado sentava-se a Soraya Chaves e recordo o entusiasmo do Jorge Cabral com a moçoila, então mais jovem e em ascensão. "Que mulher, que mulher!"

Um dia acabam todos os prazeres da vida. Se existe Céu, tenho a certeza que o Jorge Cabral, já se hospedou por lá, numa nuvem cintilante. Bem merece.
Saudade, meu Amigo.

António Graça de Abreu 

(Continua)

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Nota do editor:

(*) Último poste da série > 31 de dezembro de 2021 > Guiné 61/74 - P22858: Homenagem da Tabanca Grande ao Jorge Cabral (1944-2021), ex-alf mil at art, cmd, Pel Caç Nat 63 (Bambadinca, Fá e Missira, mai 1969 / ago 1971) - Parte I: "Alfero Cabral", uma genial criação literária, um "alter ego" do autor, usado como arma de irrisão contra o absurdo da guerra (Luís Graça)

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