domingo, 17 de julho de 2011

Guiné 63/74 - P8565: Fotos à procura de... uma legenda (1): Álbum de Torcato Mendonça (CART 2339, Mansambo, 1968/69)



Foto nº 1 - Legenda...  Periquito vai no mato...

Foto nº 2 - Legenda:  Quando não há bananeiras, não há sombras...


Foto nº 3 - Legenda.... Em tempo de guerra também se cortam... cabelos



Foto nº 4 - Legenda: É na cara dos pobres (soldados) que os barbeiros (da tropa) aprendem...


Guiné > Zona leste > Sector L1  (Bambadinca) > Mansambo > CART 2339 (1968/69) > Fotos Falantes II... Do álbum fotográfico do nosso querido amigo e camara Torcato Mendonça, português por inteiro, com costela alentejana e algarvia...

Fotos: © Torcato Mendonça (2011). Todos os direitos reservados.

1. Neste verão do nosso descontentamento, o tempo está bom para fazer charadas, passatempos, palavras cruzadas... Que tal esta sugestão: legendar fotos que andam  por aí à procura de quem as legende ?! Temos muitas, em arquivo,  umas mais falantes do que outras... Mas todas falam do nosso quotidiano, em geral nos bu...rakos por onde andámos...

Estas por exemplo foram tiradas em Mansambo, mas podiam ser referentes a outros lugares similares da Guiné... Mansambo tinha uma particularidade: tal como Gandembel, foi um quartel construído de raíz, por gente heróica que tanto empunhava a G3 como a enchada, a pá ou a pica... Também não tinha população local, nem história...

Amigos, camaradas, leitores: Aceitam-se legendas... As que vêm acima são apenas sugestões... As melhores legendas (com as respectivas fotos) serão publicadas no blogue, com honras de caixa alta. Haverá um júri, competentíssimo e selecto, para escolher as 10 melhores... legendadas.

Os nossos leitores poderão comentar os postes desta nova série (que começa hoje), dentro das regras que estão estabelecidas no nosso blogue: por exemplo, os comentários não podem ser anónimos...

Vamos aproveitar o período de férias, em que há, todos os anos, uma quebra nas visitas, no envio de textos e fotos, nos pedidos de entrada de novos membros da Tabanca Grande... O desafio é também à nossa imaginação, criatividade, humor, memória... Esperamos que estas fotos possam incluive dar origem a pequenos contos, histórias, etc. Ajudem-nos a manter, vivo, activo, produtivo, saudável, bem humorado e bem recheado... o nosso blogue. Que é de todos e para todos... (LG)

PS - Os autores das fotos podem também dar uma ajudinha...

18 comentários:

Torcato Mendonca disse...

Eh pá sou eu. Onde foste buscar isto?

Com o meu periquito Turra e o meu cachimbo (ainda a fornalha está aí)sempre fumei de cachimbo -depois de...deixei!
Junto á árvore do abrigo do 1º comando em Mansambo, a gaiola, a Santinha e o "frapil"...
Com o chapéu com o emblema do BART 1904 estou a "cortar" o cabelo a??
A fazerem-me a barba e em 1º plano o puto Fernando.

É uma surpresa. Tenho que ir á procura destas e de tantas qu esperam o "scanner".
Até lá e um AB do T.

Anónimo disse...

Completaria a primeira. Ficaria assim:

"Periquito vai no mato,
não chateies o Torcato".

Abraço,
Carlos Cordeiro

Luís Graça disse...

Torcato:

Fico feliz por te sentires feliz ao reconhecer estas tuas fotos... Vieram, digitalizadas, em "páginas inteiras" do teu álbum de fotos falantes II... De vez em quando, vou lá dar uma espreitadela, amplio, examino e descubro... coisas interessantes.

A qualidade (técnica) pode ser fraca, mas dá-se um jeito com um programeta de edição de imagem... Depois escolhe-se um formato "extra-grande", dando mais visibilidade à foto... Só preciso de ter uma boa resolução na "imagem original": digamos mais de 1 MB...

Adoro fotos, são das coisas mais preciosas que temos publicado no nosso blogue... São sempre um janela aberta sobre o mundo real... O resto fica para a escrita, a efabulação, a especulação, a ficção, a poesia, a memória...

Agradeço, por outro lado, as tuas "notas de rodapé"...

Anónimo disse...

Não sei comentar.
Achei piada. Gostei. Ri e não sei de quê.
Filomena

Luís Graça disse...

Carlos Cordeiro, obrigado, por teres dado o pontapé de saída... Claro que as legendas podem vir em prosa ou em verso... Pegando na tua dica, eu diria em forma de quadra popular (sete sílabas métricas cada verso):

Periquiito vai no mato,
Que Mansambo é um "ressort",
Não chateies o Torcato,
Que tem tido manga de sorte...

Luís Graça / Carlos Cordeiro

Anónimo disse...

Boa, Luís. Vamos nessa.
Para a 4:

"barbeiro em actividade antes de dar baixa à enfermaria com fortes dores lombares".

Carlos Cordeiro

Juvenal Amado disse...

Poderia ser o «O DESCANSO DO GUERREIRO»
ou então «UM DE NÓS VAI LÁ QUE EU FICO AQUI»
Quanto à 1ª foto.

Um abraço

Torcato Mendonca disse...

###De vez em quando, vou lá dar uma espreitadela, amplio, examino e descubro... coisas interessantes.###
copy/paste

Essas páginas não foram tratadas...o que está lá escrito devia ter sido apagado.

Pensamentos tolos.
Para delete
Outras vidas.
Ab T

Anónimo disse...

Foto n-1:Jantar frito ou assado? Foto n-2:Mas as gajas näo disseram que vinham ás duas da tarde?! Foto n-3:Que saudade dos anos em que as "carécadas" näo eram...defenitivas! Foto n-4:"Instituto de Beleza" de Mansanbo?Mais um guinéu que se torna branco,enquanto outro espera a sua vez. Um grande abraco ao habitante do Fundäo.(E, já agora, como se denominam os habitantes do Fundäo?)

Luís Graça disse...

Meu caro Belo: O gentílico do Fundão, seja cristão-velho ou cristão-novo, chama-se fundanense... Dois fundanenses ilustres,de que eu me recorde assim de repente: o poeta Eugénio de Andrade e o jornalista António Palouro... Tenho lá uma mana, a mais nova, enfermeira, a viver e a trabalhar, Ana Isabel da Graça Henriques...

É uma terra de que gosto, devo dizer. Pelas suas gentes (com o Torcato e a sua esposa Ana, à cabeça), o seu património edificado, as suas ruas, as suas paisagens (a Gardunha, a Estrela...), as suas cerejas, o seu queijo...

Fui leitor do "Jornal do Fundão", fundado pelo Palouro (e onde trabalha a Ana Mendonça), durante anos, sem nunca ter ido ao Fundão... Aliás, viajava-se pouco pelo Portugal profundo até a 1974...

Anónimo disse...

Foto 2

"T-shirt lavada com Tide. OMO lava mais branco".

Foto 3

"cowboys não usam pêra"

Abraço,
Carlos Cordeiro (em fase nonsense)

Anónimo disse...

Caro Luís Graca. Grato pelo esclarecimento de um termo que desconhecia,de uma zona do país com raízes familiares. Um grande abraco.

Anónimo disse...

Ok, Luís. Vamos lá aos resultados do concurso. 4 fotos; 4 concorrentes. Cada um ganha o seu prémio e não se fala mais nisso!!!
Um abraço,
Carlos Cordeiro

Hélder Valério disse...

Caros camaradas

Acho que fica desajustado dar agora 'palpites' sobre possíveis legendas, principalmente depois de já estarem as fotos bastante escalpelizadas.
Quero apenas sublinhar a perspicácia de quem comentou (salvo erro a Felismina no texto do Juvenal) o facto das fotos evidenciarem algum distanciamento, algum isolamento, alguma tristeza.
Bem observado, embora isso muitas vezes pudesse ser apenas uma forma de afirmação da individualidade, já que na maior parte do tempo funcionava 'o grupo'.

Boas fotos. "Falantes".

Abraço
Hélder S.

Anónimo disse...

Caro Luis Graça
Uma pequena correcção.. o poeta José Fontinhas.. heterónimo Eugénio de Andrade.. é da Póvoa da Atalaia.,concelho do Fundão..foi criado só pela Mãe (grande mulher).. porque o pai nunca o perfilhou nem quis saber da sua subsistência.. enfim era um morgadito rural.. impante de mesquinha altivez.. a Mãe foi "empregada" dele..adivinhem o resto...Viveu grande parte da sua vida no Porto.
C.Martins

Anónimo disse...

Caro C.Martins, Sr. Dr.

Falar de Eugénio de Andrade sem dizer ou traduzir um poema dele, é faltar à admiração que nos merece.

Permita-me que transcreva desse grande vulto da nossa poesia, o poema seguinte, porque todos nós gostamos de poesia: e quem não gosta de Eugénio de Andrade?

"As palavras"

São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras.
orvalho apenas.

Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.

Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta?
Quem as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?

Eugénio de Andrade

(Obrigada ao espaço de comentários do nosso amigo Torcato, obrigada ao nosso Blogue e a todos que o mantêm vivo)

Felismina Costa

Anónimo disse...

Caro C.Martins, Sr. Dr.

Falar de Eugénio de Andrade sem dizer ou traduzir um poema dele, é faltar à admiração que nos merece.

Permita-me que transcreva desse grande vulto da nossa poesia, o poema seguinte, porque todos nós gostamos de poesia: e quem não gosta de Eugénio de Andrade?

"As palavras"

São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras.
orvalho apenas.

Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.

Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta?
Quem as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?

Eugénio de Andrade

(Obrigada ao espaço de comentários do nosso amigo Torcato, obrigada ao nosso Blogue e a todos que o mantêm vivo)

Felismina Costa

Anónimo disse...

Legendas:
Foto 1 - ESTÚDIO c/ POLTRONA CEDE-SE.
Foto 2 - À "sombra da paliçada".
Foto 3 - Ah... "cowboy".
Foto 4 - Olha o Bigode! Aquele barbeiro de mato é hoje um conceituado CABELEIREIRO em Paços de Ferreira, depois de um estágio prolongado em França, como emigrante. Apareceu nos Convívios da CART 2339 desde há 3 anos.
Um abraço Torcato e Luís.
CMS