Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Guiné 63/74 - P3384: Recordando os nossos vencimentos no Dia Mundial da Poupança (José Martins)
1. Mensagem do nosso camarada José Martins, TOC de profissão, que nos manda esta mensagem a propósito do dia de hoje, 31 de Outubro, Dia Mundial da Poupança.
Bom dia camaradas
Não me recordo se hoje é ou não o Dia Mundial ou Nacional da Poupança.
De qualquer forma segue um texto intitulado Os nossos vencimentos.
Um abraço
José Martins
OS NOSSOS VENCIMENTOS
Capa do livro do nosso camarada Inácio Maria Góis,
O Meu Diário: Guiné 1964/66. Companhia de Caçadores 674.
Edição de autor.
Mineira, Aljustrel.
2006.
Inácio Maria Góis esteve na Guiné entre 13 Maio de 1964 e 27 Abril de 1966. Fez parte da CCAÇ 674 e pisou os trilhos de Fajonquito e Farim. Dia a dia, foi anotando o que se passava dentro dos aquartelamentos e fora deles. Viviam-se, então, os primeiros anos da luta armada e à medida que as surpresas iam ocorrendo, Inácio ia constatando que estava a participar numa guerra que não fazia sentido.
Porque estás sempre a escrever essas simples palavras, se elas não fazem qualquer sentido, perguntava-lhe um ou outro camarada. E à medida que ia escrevendo ia descontando os dias. Foram vinte e três meses e catorze dias de vivência naquelas terras que nunca mais esqueceu, reduzidas a um diário a que mais tarde pôs o nome de O meu diário.
(Fotografia e texto inserto mo blog de Luís Graça & Camaradas da Guine, no Post 2286 de 20 de Novembro de 2007, com notas de Virginio Briote) (*)
Lembrei-me de que tinha na minha biblioteca o livro acima e de que falava do nosso patacão, que para alguns era miserável, mas outros diziam que se faziam fortunas.
Na página 211 do livro em questão, com o título supra e escrito, segundo o autor no Sábado, dia 24 de Julho de 1965, estão descritos os vencimentos auferidos à época, e nos anos seguintes, pelos militares que cumpriam a sua comissão de serviço em África.
A minha intervenção neste texto fica-se pela obtenção da Portaria n.º 362/2008 de 13 de Maio do Ministério das Finanças e da Administração Pública, que determina, no seu anexo, o Quadro de actualização dos coeficientes de desvalorização da moeda a que se referem os artigos 44º do CIRC e 50.º do CIRS.
Para o ano em questão (1965) o coeficiente é de 60,93.
Conforme a Especialidade, cada Praça recebia um prémio. A partir de Agosto de 1965, o pré das Praças foi aumentado para 680$00 (3,39 €) e 550$00 (2,74 €) consoante fosse 1.º Cabo ou Soldado, mantendo o prémio de Especialidade.
José Martins
31 de Outubro de 2008
___________________
Nota de CV
(*) Vd. poste de 27 de Fevereiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2586: Historiografia da presença portuguesa (6): O Prof René Pélissier e o Mário Inácio Góis (Virgínio Briote)
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