Guiné> Fortim e Ponte Alferes Nunes entre Teixeira Pinto e Bachile, sobre o Rio Costa (Pelundo). c. 1968/69. Foto do nosso camarada Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro, CCS/BCAÇ 2845 (Teixeira Pinto, Jolmete,Olossato, Bissorã,1968/70). Foto: © Albino Silva (2007). Direitos reservados.
Caro Carlos,
Li com atenção a resposta que destes sobre a Ponte Alferes Nunes. Com todo o gosto fui procurar a tua fotografia, no teu próprio blogue. Claro que a ponte da tua fotografia nada tem a ver com aquela que eu atravessei várias vezes. Para desilusão minha o fortim (uma autêntica fortaleza) desapareceu.
Fiquei sensibilizado pelo facto dos guinéus terem tido a oportunidade de melhorarem a ponte. Mas também digo que é de lamentar o facto de não manterem em condições "turísticas" a história da guerra. Só teriam a ganhar com isso. Sei que não é possível manter tudo. Mas tudo parece destruído. Eles lá sabem!
Mas adiante....
O Jorge Picado fala numa outra ponte ou o que restava dela. De facto, para quem estava na ponte virado para o Bachile, e a uns metros acrescentados para a direita havia uma ruína daquilo que parecia ter sido uma ponte. Aí o rio era pouco largo e pouco profundo. Parto do princípio que haveria um outro traçado de estrada, de terra batida, que nada tinha a ver com a estrada que ajudamos a construir.
Atravessei a ponte Alferes Nunes, pela primeira vez, no dia 6 de Abril de 1971. Pernoitamos no Bachile. No dia seguinte fomos para o nosso primeiro acampamento, a cerca de 10 Km do Bachile.
O traçado da estrada era aberto com máquinas, ao mesmo tempo que a descapinação era feita à catanada, com cerca de 100 metros para cada lado. Mais atrás, avançava o leito da estrada. Este era nivelado com máquinas niveladoras, em várias camadas de macadame e comprimidas com auto tanques de água e cilindros de vibração. De imediato era feita a alcatroamento.
Quando o Carlos, na viagem de 2008, se refere a 38 Km de terra batida, está a dizer-me que essa estrada se degradou a esse ponto? Ou, resolveu seguir o traçado antigo?
Junto algumas fotografias do tempo. Possivelmente usarei algumas para a pequena história que estou a escrever. Da minha parte use aquilo que lhe interessar.
Um abraço do,
J. Câmara
Sem comentários:
Enviar um comentário