História do BCAÇ 4612/72
(2) TERRENO
(a) Definição da ZA
A DOP "VONTADE ENÉRGICA" de 15AG072, do CCFAG, fixou os seguintes limites ao sector 04 MANSOA 6 C6.49-Lim Administrativo - MANSOA 9 E3.66 - BINTA 7 D8.20- BINTA 7 G6.50 BINTA 7 H6.70 bolanha a O de BISSANCAGE- FARIM 2 B4.34- FARIM 2 E2.52 - RMANJAMPOTO-RIONFARIM --FOZ RIONFARIM RCANJABARI - FOZ RCAMBAJU - BANJARA 2 D0.60 Lim Administrativo-RGAMBIEL-BAMBADINCA 3 H2.47 RMANCURRE – Lim. Administrativo - MAMBONCÓ 9 A9 -34- MAMBONCÓ 8 G.45 Lim. Administrativo-MAMBONCÓ 8C2.25- MAMBONCÓ 7 C1.88 - RBARADOULO RGEBA - TITE 6 C5.20 - Lim. Administrativo - RMANSOA-MANSOA 1 H5. 90 - Lim Administrativo - MANSOA 6 C6.49.
Área de intervenção do Comando Chefe
MORÉS (SECTOR 04)
BINTA 7F6.34-Estrada BISSORÃ/MANSABÁ-BIGINE-CAI-MAMBONCÓ 3C1.83-MANSOA 919.75-TAMBATO-MANSOA 9G8.27-MANSOA 8D4.94--MANSOA 8D5.85-MANSOA 8B3.90-MANSOA 516.98-MANSOA 6H4.19--MANSOA 6G7.46-Lim Administrativo -MANSOA 9E3.64-BINTA 7F6. 34.
SARA (SECTOR 04)
FOZ RFARACUNDA-RCANJAMBI-RCAMBAJU-BANJARA 2D0.60-Lim Administrativo - RGAMBIEL RPASSA-RQUEBA-JILÃ-MAMBONCÓ 8G4. 45-Lim Administrativo -MAMBONCÓ 8C2.25- CÃ MAMADU - CACUMA--MAMBONCÓ 1I6.62-MAMBONCÓ 1E7.67-MAMBONCÓ 2B6.55-ROLOM--RSUARCUNDA-CÃ CUMBA-MANTIDA (DELTA) -FARIM 8D5.58-FARIM 8D5.76-RFARACUNDA-FOZ RFARACUNDA.
As Áreas de intervenção do Comando Chefe, indicadas anteriormente es¬tão conformem com a circular nº 10.033/C, do despacho de S. Ex.ª o General Comandante-chefe datado de 10DEZ72.
(b) Relevo e hidrografia
Relevo:
Não é grande e significativo em todo o Sector. Notam-se no entanto as maiores cotas (38 metros) nas regiões de SANSANTO e CUTIA, sobre a estrada de MANSOA - MANSABÁ.
Hidrografia
Rio GEBA É limite Sul do Sector, atingindo a largura de 09km. Importante via de comunicação para o interior da Província. Rio MANSOA Com uma orientação geral Leste.
Oeste, sofre a influência das marés até a sua confluência com o Rio OLOM. É navegável por LDM até MANSOA, aproveitando a maré.
Rio OLOM Afluente do rio MANSOA, desagua neste um pouco a leste da vila de Mansoa.
É pouco afectado pelas marés.
Rio BRAIA Afluente do rio MANSOA, desagua neste um pouco a oeste da vila de Mansoa.
Desde a sua Foz até BRAIA (povoação) tem uma orientarão sensivel¬mente S-N e sofre a influência das marés a partir de BRAIA (povoação) para jusante tem uma orientação geral SW-NE.Rio UENQUEM - Desagua no rio MANSOA, tem uma orientação geral N-S e é limite Oeste do Sector.
Rio BARÁ - BELUNJA e BARADOULO são afluentes do rio GEBA e têm uma orientação geral N-S. Nos cursos inferiores sofrem a influência das marés.
(c) Vegetação
A vegetação de um modo geral é constituída por mata baixa, aberta, sendo mais densa e com árvores de maior porte, ao longo das margens dos rios, sobretudo das do rio MANSOA, e ainda nas regiões do CUBONGE, 010, LOCHER - CHANGALANA e numa faixa, Entre-Os-Rios OLOM e BRAIA, entre CUTIA e MANSOA.
Existem ainda zonas de palmeiral, em que a progressão é muito difícil e morosa, nas regiões que se estendem para Oeste do rio OLOM, a saber: CUBONGEA N das antigas tabancas do CUBONGE e DAKE.
Numa faixa, não contigua, que partindo da região a Este de BISSORÃ se estende ao longo de 010, numa direcção sensivelmente O-E, até atingir a região de MANHAU, marginando e envolvendo sobretudo as zonas onde existem bolanhas.
Na região de CUTIA Entre-os-rios OLOM e BRAIA.
Na região entre as antigas tabancas de UALIA e TENTO.
(d) Natureza do solo
O solo é de um modo geral de natureza pouco permeável, resultando desse facto um alagamento fácil das bolanhas na época das chuvas. Ao longo dos rios, a lama é negra, e de fraca consistência dificultando em qualquer altura do ano a transposição dos cursos de água.
(e) Alterações resultantes da acção do homem
Comunicações Rodoviárias:
BISSAU-MANSOA-MANSABÁ-FARIM, estrada asfaltada.
MANSOA-BISSORÃ, asfaltada até à região do NAMEDÃO, e em trabalhos de asfaltagem de BISSORÃ para o NAMEDÃO.
- JUGUDUL-BINDORO, de terra batida, de difícil trânsito na época das chuvas.
- JUGUDUL-PORTO GOLE, actualmente intransitável a partir do cruzamento do CUSSANJA.
- ROSSUM-ENCHUGAL, de terra batida.
- MANSABÁ-BISSORÃ, actualmente intransitável, não sendo utilizada.MANSABÁ-MANHAU-BANJARA, de terra batida, só utilizada até MANTIDA.
1. Pontes
Todas as pontes e pontões do Sector, são de caracter definitivo. Por ordem sobre a estrada MANSOA-BISSORÃ:
- Ponte de BRAIA, sobre o Rio do mesmo nome e ainda em construção.
2. Pistas de aterragem
Para avião tipo DO-27 existem pistas, de terra batida, em MANSOA, MANSABÁ e PORTO GOLE. A pista de MANSOA, pode eventualmente ser utilizada por avião tipo DAKOTA e T6.
Para helicóptero, existem pistas em MANSOA, MANSABÁ, CUTIA, INFANDRE, BRAIA, JUGUDUL, UAQUE, ROSSUM, BINDORO, BISSÁ e PORTO GOLE. Todos os heliportos são revestidos a cimento com excepção do de MANSOA que se encontra asfaltado.
No que respeita a facilidades em carburantes, só MANSOA MANSABÁ e PORTO GOLE possuem combustíveis para DO-27 e helicóptero.
3. Povoações
As principais povoações do Sector são MANSOA e MANSABA.
4. Portos
O único porto que existe no Sector, encontra-se em PORTO GOLE sobre o Rio GEBA, ainda em construção muito embora em fase de acabamento.O destacamento de BISSÁ, tem um local de abicagem destinado as LDM e às embarcações civis, que o servem, sempre que há necessidade de o reabastecer ou remuniciar.
(3) Conclusões
(a) Pontes ou zonas importantes
Região do NAMEDÃO : ligação e passagem IN do MORÉS para o QUERÉ.
Região da bolanha do LORÉ ponto de passagem e base de fogos para as flagelações IN a INFANDRE e BRAIA, ou para acções na estrada BRAIA-INFANDRE.
Região do BENIFO, local de possíveis cambanças do rio BRAIA, e base de fogos para possíveis flagelações a BRAIA ou MANSOA.Região de SANSANTO, que aproveita a cambança do FALÃ sobre o rio BRAIA, e de onde podem partir acções sobre CUTIA ou MANSOA e emboscadas sobre a estrada entre as duas povoações.
- Região da ANHA, base de fogos para acções IN contra MANSOA e CUSSANÁ.
- Região LOCHER-QUIBIR-DANA, corredor de infiltração do IN pa¬ra acções sobre MANSOA ou JUGUDUL.
- Região POLIBAQUE-QUIBIR-DANA, corredor de infiltração do IN do SARA para acções sobre o ROSSUM e UAQUE e servindo ainda para as infiltrações destinadas a acções no Sector do COP 8 e ILHA de BISSAU.
- Região de BIRONQUE, continuação do corredor de passagem do LAMEL para o MORÉS.
- Região de MANHAU-MANTIDA, continuação do corredor de passagem do SITATO, para a região do SARA.
- Região de MAMBONCÓ, corredor de passagem entre as regiões do SARA E OIO.
(b) Observação
A observação é difícil em toda a ZA, em virtude da densidade, da vegetação. Apenas se consegue uma razoável observação, utilizando os meios aéreos. As características próprias da massa¬ combatente do IN que conhece bem o terreno em que actua, os objectivos bem definidos que os aquartelamentos OU as colunas auto da NT representam, conferem ao IN nítida vantagem no campo da observação.
(c) Obstáculos
São os seguintes obstáculos dentro do Sector:
Rio GEBA, em qualquer altura do ano.
Rio MANSOA, em qualquer altura do ano, a jusante da ponte do CUSSANÁ.
- Rio BRAIA e OLOM, em qualquer altura do ano, com excepção dos meses de FEVEREIRO a JULHO.
- Restantes rios e bolanhas, só na época das chuvas entre os meses de AGOSTO e NOVEMBRO.
(d) Cobertos e abrigos
Toda a zona arborizada, confere apreciável cobertura, favorecendo o IN.
(Fotos de Augusto Borges & Magalhães Ribeiro)
(Foto 1 - Quartel de Mansoa), (Foto 2 - Ponte sobre o Rio Mansoa), (Foto 3 - Heliporto), (Foto 4 - Oficinas Mecânicas) e (Foto 5 - Instalações dos Comandantes 1º e 2º)
(Enviado por Jorge Canhão – Ex-Fur. Milº da 3ª Cia do BCAÇ 4612/72)
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Nota de M.R.:
(*) Vd. poste anterior desta série em:
16 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4360: História do BCAÇ 4612/72 (Jorge Canhão) (2): Actividade no T.O. do C.T.I.G.
(**) Ver também poste desta série em:
3 comentários:
Satisfazendo uma curiosidade minha: Este Jorge Canhao e o mesmo que para alem de militar. jogou futebol numa das equipas do entao campeonato provincial de futebol,na Guine ?
NHL
Caro Jorge Canhã0
Quero, antes de mais, felicitar-te por este post, pela clareza e exactidão com que descreves esta zona que muito nos toca. Sempre que vejo fotos deste sector ainda fico com pele de galinha. Quem, que por lá tenha passado, não terá uma foto naquela ponte?
A foto nº5 que dizes ser quartos de sargentos, no meu tempo 69/71 era as instalações dos comandantes, penso ser em frente ao quartel? ou não falamos do mesmo?
Falas na ponte do Cussaná, deixa-me só aqui puxar um pouquinho a braza á minha sardinha, pois essa foi construída pelo pelotão de sapadores do BCAÇ2885 no ano de 1970, pois até ali só havia um passadiço e era bastante dificil de atravessar quando iamos até ao cruzamento do Cussanja.
Jorge, mais uma vez, bem hajas por este post.
Um grande abraço
César Dias
Santiago do Cacém
Caro Jorge Canhão
Pois foi com muito gosto que também eu li esta, como as anteriores descrições daquela terra, onde perdi ou afinal teria ganho? mais de 1 ano (porque afinal também acabei uns meses em Mansabá que pelos vistos passou a fazer parte do Sector) de vida.
Diz o amigo César, quem não tem fotos da Ponte? Por acaso eu não tenho, da Ponte nem quase de nada de Mansoa. Apenas uma tirada no jardim (teria sido o Vieira das Trms?), duas antes da partida duma coluna para Bissau e uma numa sala duma casa (?) exterior numa tarde de qualquer celebração.
Talvez por isso me recorde tão pouco daquelas paragens.
Só um pormenor quanto ao escrito.
Há um lapso na situação do RBRAIA, que peço ao MR para corrigir. É a oeste de Mansoa, já que esta ficava no meio dos dois rios citados, OLOM e BRAIA.
Abraços
Jorge Picado
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