Lisboa > Biblioteca-Museu República e Resistência / Espaço Grandella > 2º Ciclo de Conferências 'Memórias Literárias da Guerra Colonial' > 4 de Junho de 2009 > Apresentação de livro de contos Cambança - Guiné, Morte e vida em maré baixa > Na mesa, o Alberto Branquinho, autor, à esuerda, e o José Paulo Sousa, moderador e anfitrião, à direita.
Lisboa > Biblioteca-Museu República e Resistência / Espaço Grandella > 2º Ciclo de Conferências 'Memórias Literárias da Guerra Colonial' > 4 de Junho de 2009 > Apresentação de livro de contos Cambança - Guiné, Morte e vida em maré baixa > Uma presença já habitual nestes encontros, a Profª Doutora Ana Faria, do Departamento de História, do ISCTE, que se interessa pela problemática da colonização e descolonização, e é visita regular do nosso blogue, que considera um fonte de informação privilegiada.
Lisboa > Biblioteca-Museu República e Resistência / Espaço Grandella > 2º Ciclo de Conferências 'Memórias Literárias da Guerra Colonial' > 4 de Junho de 2009 > Apresentação de livro de contos Cambança - Guiné, Morte e vida em maré baixa > A escritora Joana Ruas (n. 1945), autora de A Pele dos Séculos (Lisboa, Ed. Caminho, 2001) (**) dando testemunho da sua vivência, na Guiné-Bissau, no pós-25 de Abril, como simpatizante do PAIGC (acompanhou a guerrilha nas 'regiões libertadas' e integrou, como jornalista cultural, os quadro do Nô Pintcha, desde o seu nº 1).
Lisboa > Biblioteca-Museu República e Resistência / Espaço Grandella > 2º Ciclo de Conferências 'Memórias Literárias da Guerra Colonial' > 4 de Junho de 2009 > Apresentação de livro de contos Cambança - Guiné, Morte e vida em maré baixa > Entre a assistência, as antigas enfermeiras pára-quedistas Piedade e Giselda (esta última, honrando-nos com a sua presença na Tabanca Grande). No lado direito, o nosso camaradade Manuel Amaro (ex-Fur Mil Enf, CCAÇ 2615/BCAÇ 2892, Nhacra, Aldeia Formosa e Nhala, 1969/71), abordando um tema delicado, as relações inter-étnicas no tempo da guerra colonial, e em particular entre guineenses e caboverdianos...
Lisboa > Biblioteca-Museu República e Resistência / Espaço Grandella > 2º Ciclo de Conferências 'Memórias Literárias da Guerra Colonial' > 4 de Junho de 2009 > Apresentação de livro de contos Cambança - Guiné, Morte e vida em maré baixa > Na primeira fila, o meu querido amigo e camarada José Martins (*).
Lisboa > Biblioteca-Museu República e Resistência / Espaço Grandella > 4 de Junho de 2009 > 2º Ciclo de Conferências 'Memórias Literárias da Guerra Colonial' > Apresentação, pelo autor, Alberto Branquinho, do seu livro de contos Cambança - Guiné, Morte e vida em maré baixa, 2ª ed. revista (Lisboa: SeteCaminhos, 2009). Na mesa, o autor, à esquerda, e o moderador, à direita.
Neste vídeo, o autor lê uma nota, manuscrita, em português, enviada por um guerrilheiro do PAIGC, Júlio M. Silva, para outro companheiro, Adelino Martins, combinando um encontro no ponto de cambança... A folha, em papel quadriculado e escrita a lápis, tinha sido dobrada várias vezes para permitir a sua dissimulação no vestuário (enfim, uma velha técnica da clandestinidade revolucinária) (Nota reproduzida em imagem, no livro, nas pp. 9-10).
O nosso Alberto foi um dos construtores do quartel de Gandembel (esteve, pelo menos, no seu início) e do de Gubia /Empada. Foi, além disso, um homem de andanças & cambanças, com "várias movimentações terrestres, fluviais e costeiras para outros quartéis-base de operações conjuntas (por ex., Bambadinca, Buba, Bedanda, Bafatá, Banjara)". A sua companhia andou por mais de 2/3 da então Guiné Portuguesa...
Vídeo (2' 57'') e fotos: © Luís Graça (2009). Direitos reservados
A malta da sua antiga companhia, CART 1689, não se reconhece nem tem que se reconhecer nessas histórias. São situações em ambiente de guerra, por onde perpassa tudo ou quase tudo o que é gerado pela guerra: as tensões entre os militares, a conflitualidade e a cumplicidade com a população local, a omnipresença da Pide, a administração colonial, entregue aos caboverdianos, que não tinha já qualquer capacidade de intervenção directa, o padre capelão, voluntário, franciscano, o médico 'desalinhado', as misérias e as grandezas dos homens, a morte, a deserção, o jogo, o medo, a paixão, o sexo, o doença, a coragem, o pensamento mágico, etc.
O Alberto também sabe utilizar, muito bem, as expressões correntes, coloquiais, do crioulo da Guiné e a vivacidade das falas da gente local, para dar autencidade, cor e até sabor às suas histórias. Veja-se , por exemplo, Feitiço (pp. 39-40) ou esta que é curtíssima e é uma pequena obra-prima (Paternidade instantânea, p. 25):
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Em sentido contrário aproximava-se uma mulher em adiantado estado de gravidez, caminhando com dificuldade, amparada ao muro.
O sargento, que estava a observá-la:
– Ó meu alferes, escute lá esta.
Então, dirigindo-se à mulher grávida:
– Eh mulher! Bô tem sanju na bariga…
Ela disparou imediatamente:
– É, noss’ sargenti. Fidju di bô.
[Sanju é macaco... LG]
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Agradeço a oferta que o autor me fez, do seu livro, com a respectiva dedicatória: " Para o 'Grande Chefe' Luís Graça com um abraço do Alberto Branquinho. 4 Jun 2009".
Outras publicaçõies do Alberto Branquinho:
PreTexto (edição de autor); SobreVivências (Lisboa, SeteCaminhos); e Contos com encontros (Lisboa, SeteCaminhos).
Terminamos com a reprodução de alguns comentários sobre as shorts stories do Alberto, já publicadas no nosso blogue, nestes últimos meses:
(...) A forma como escreves, (suave riacho escorrendo as palavras), é duma realidade extraordinária; simples e concisas, as tuas descrições são uma força e beleza desta Tabanca Grande. Continua e a Nossa Tabanca maior se tornará (...) (Mário Fitas, 28/10/2008)
(...) Alberto! Não te conhecia essa faceta de poeta. Estás a ser uma revelação. Aliás, é para isso que serve o nosso blogue, para nos conhecermo-nos melhor e para nos darmos a conhecer uns aos outros... Passei, em tempo de paz, por Gandembel, há uns vezes atrás, mas - esquisito! - senti o mesmo que tu, que lá estiveste em tempo de guerra: Gandembel (...) terra / ávida de sangue de sangue e água / prenhe de chumbo e cinza.
Obrigado, camarada! (...) (Luís Graça, 4/11/2008)
(...) Branquinho! Cinco linhas! Cinco estrelas! Genial! Vamos ter livro [... não imaginava que o livro já estava publicado, e que ia ser feita uma 2ª edição, revista]...
Amigos e camaradas: Eu sei que o talento (literário), a capacidade de, através das palavras, exprimir ideias e emoções, contar histórias, etc., não está distribuído de maneira equitativa por todos nós... Todos diferentes, todos iguais, mas todos importantes e imprescindíveis... Eu, por exemplo, não sei pregar um prego...
Por outro lado, o talento (literário) não tem posto nem galões... Saramago, o nosso Prémio Nobel da Literatura, foi operário metalúrgico...Mas o que importa é tentar ousar escrever, coisas simples, pequenas histórias, do nosso quotidiano da Guiné... Aprendamos com os melhores de nós... (Luís Graça, 21/11/2008)
(...) Perdeu-se o 1º comentário. Repito parte, dizendo ao homem que não fala dele nem do seu umbigo: Parece que um dia fiz um comentário um pouco agreste. Mas gosto muito deste e de outros escritos. Gosto e sinto-os, Camarada.
Dupla desculpa pelo hipotético e epidérmico comentário e pelo tratamento. Quando li o texto vieram-me à mente recordações de homens que nunca tiveram férias. Era duro. Recordei um do meu Grupo que, depois de muitas horas debaixo de fogo, com vinte e um meses de comissão veio até Bissau. Estava 'rebentado'. Era um dos bazuqueiros. Faleceu, pouco depois em acidente de viação. Nâo conheceu a filha... 'Visitei-o', talvez em Maio, numa aldeia próximo de Beja. Faço-o se por lá passo. Não tenho coragem de ver a filha. Que diabo de homens somos nós ou alguns de nós??? (...) (Torcato Mendonça, 26/11/2008)
(...) Alberto, estás um mestre: em duas pinceladas desenhas uma personagem e um contexto, e contas uma história com tensão dramática ... E, lacónico, sabes, com magia, falar de emoções que nos eram proibidas... Os nossos medos, a nossa angústia, a nossa culpa, os nossos ódios...
Quantos capitães, sobretudo milicianos (mas também do QP), não pensaram, no seu íntimo, seguir os passos do Silvério ? A maior parte não desertou... Mas quem, deles, se atreve a atirar a primeira pedra contra o Silvério, os Silvérios que, nas férias, foram para a França ou para a Suécia, não tendo regressado â Guiné ?
Não sei se haverá muitas histórias dessas, de companhias órfãs, que ficaram sem o seu capitão, a meio da comissão ou até mais cedo... Sei que muitas companhias, na Guiné, tiveram mais do que um comandante, algumas até três e quatro capitães... Havia outros recursos menos dolorosos, mais cómodos, do que a vergonhosa (para a família...) deserção: a psiquiatria, a cunha, o compadrio, a corrupção, etc.
Já aqui falámos de algumas dessas companhias: a CART 2339 (Mansambo, 1968/69), do Torcato Mendonça; a CART 3494 (Xime e Mansambo, 1972/74) do Sousa de Castro... Haverá muitas mais...
O que não deixa de ser motivo de interrogação e inquietação: porquê tão elevada taxa de turnover (rotação) de capitães, milicianos [e do QP], na Guiné ?
Eis um bom assunto para a nossa série Controvérsias... Talvez o Jorge Picado, que foi até agora o único capitão miliciano, se não me engano, a dar a cara e a contar a sua história de vida [, sem esquecer o Vasco da Gama!...], queira e possa abordar este tema-tabu, escaldante, incómodo...
Alberto, vamos ter livro! Parabéns! Esta é uma das histórias que vou pôr na nossa antologia, quando um dia tivermos que fechar o blogue... (Luís Graça, 2/12/2008)
(...) Continua... continua os teus maravilhosos escritos, sem o teu umbigo. São estas de facto a verdade da História de um povo que, passados quarenta anos, continua ignorante do que foi a passagem de seus jovens de antanho por uma guerra.
Parabéns! Um abraço do tamanho de um AirBus (...) (Mário Fitas, 3/1/2009)
(...) Porra! Se eu não tivesse o azar de ter passado pela Guiné, diria este tipo está a mangar comigo.
Depois de começar a ler, revi-me no cabo Tomé, até ao ponto da reviravolta, quando eles, os nossos amigos entraram na festa e fiquei arrepiado.
Veio-me à memória o Conceição Caixeiro. Era de Lisboa, não bebia em demasia, era pacato e pachorrento, mas passava o tempo a cantar e a cantar morreu, sabes aonde? Na cagadeira, simplesmente porque estava a cagar, cantando como sempre e não ouviu a saída da granada que o vinha matar, nem o grito de vários colegas - Aí estão eles! Ficou-se, com a nuca desfeita de encontro à parede da rectaguarda e só meia hora depois, quando à porta da enfermaria eu gritava de contente - Filhos da puta ! cabrões ! não há feridos..., aparece o Pedro, que faleceu há dias e me disse: - Teixeira, vem comigo - e eu fui, para ficarmos os dois agarrados um ao outro a chorar, de desespero.
Ainda bem que escreveste. Quanto me ajudaste ! (Zé Teixeira, 5/2/09)
(...) São estes momentos, Alberto, Zé, Mário, que nenhuma televisão do mundo (muito menos a nossa RTP) conseguiu filmar... É um quadro portentoso sobre as nossas misérias e grandezas. Obrigado, Alberto, pelo teu talento, delicadeza, ternura e compaixão com que falas, não de ti, mas de todos nós, camaradas da Guiné. E viva a nossa Tabanca Grande, que nunca será nem poderá ser política, social e literariamente correcta... Nem nunca precisará de pôr um bolinha vermelha ao canto superior direito... Que o nosso quotidiano também era feito de merda, umbigos, cus, caralhos, tomates, nervos, fel, coração, massa encefálica, medos e coragens, alegria e tristeza, vida e morte... E, acima de tudo, camaradagem, o cimento que nos unia, para lá de todas as nossas diferenças, reais e imaginárias... (Luís Graça, 5/2/09)
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Notas de L.G.:
(*) Vd. postes de:
1 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4448: Agenda Cultural (15): 2º Ciclo de Conferências “Memórias Literárias da Guerra Colonial”, em 4 de Junho (Alberto Branquinho)
27 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4592: Bibliografia de uma guerra (51): "Cambança" de autoria de Alberto Branquinho (José Martins)
(**) Joana Ruas, autora do romance A Pele dos Séculos:
"A Pele dos Séculos narra a lenta e dolorosa caminhada dos Africanos pela conquista de uma Pátria. O romance constrói-se sobre a densa trama de ideais com que se vão desenhando, em sangue e lágrimas, os novos rumos do futuro de África: encruzilhada de Povos e de Séculos. Através dos seus personagens, Joana Ruas analisa, numa Guiné Portuguesa dilacerada pela guerra movida contra o movimento nacionalista, as forças que se agitavam no seio da sociedade guineense e que se iam aglutinando no PAIGC liderado por Amílcar Cabral. Do riquíssimo mosaico de culturas e de religiões da região nos vão chegando os personagens com os seus sonhos de liberdade, a sua história e os seus dramas. A romancista capta a vigorosa e fecunda esperança dos guineenses no devir da Guiné como nação africana nascida da Luta de Libertação Nacional". (Sinopse da responsabilidade da editora)
Editora: Caminho. Local: Lisboa. Ano: Julho de 2001 (1ª ed.). Colecção: O Campo da Palavra, 120. Nº pp: 375. Preço: c. 21 €
(***) Vd. postes da série:
30 de Maio de 2008 > Guiné 63/74 - P2903: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (1): Palavras e expressões do crioulo
12 de Junho de 2008 > Guiné 63/74 - P2931: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (2): Da solidão de pides, padres, administradores, mascotes...
1 de Julho de 2008 > Guiné 63/74 - P3011: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (3): Fornilhos e despojos humanos
22 de Julho de 2008 > Guiné 63/74 - P3081: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (4): Os meninos à volta da fogueira...
1 de Setembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3160: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (5): (Des)temor...
3 de Setembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3166: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (6): Tempos Modernos.
22 de Setembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3224: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (7): Honório, o aviador...
28 de Outubro de 2008 > Guiné 63/74 - P3368: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (8): Navegações...
3 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3395: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (9): Tempo de Gandembel...(Alberto Branquinho)
21 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3493: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (10): Eh mulher! Bó tem sanju na barriga... (Alberto Branquinho)
26 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3521: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (11): Um cabo que conheceu Bissau vinte e três meses depois... (Alberto Branquinho)
2 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3554: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (12): Há momentos em que um homem sente culpa e angústia...
11 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3603: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (13): Quatro actos para um ponto de vista...
22 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3663: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (14): Jubi, bô tem dos ôbo na mão?
29 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3680: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (15): Uma história real.
7 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3708: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (16): Uma retirada ordeira e silenciosa.
17 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3753: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (17): com a arma na mão e o credo na boca. (Alberto Branquinho)
27 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3805: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (18): O doutor não tem um remédio para a guerra?
5 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3845: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (19): O aniversário do Cabo Tomé
3 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4138: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (20): Vultos na noite
24 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4243: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (21): Poema à volta do umbigo
Neste vídeo, o autor lê uma nota, manuscrita, em português, enviada por um guerrilheiro do PAIGC, Júlio M. Silva, para outro companheiro, Adelino Martins, combinando um encontro no ponto de cambança... A folha, em papel quadriculado e escrita a lápis, tinha sido dobrada várias vezes para permitir a sua dissimulação no vestuário (enfim, uma velha técnica da clandestinidade revolucinária) (Nota reproduzida em imagem, no livro, nas pp. 9-10).
O nosso Alberto foi um dos construtores do quartel de Gandembel (esteve, pelo menos, no seu início) e do de Gubia /Empada. Foi, além disso, um homem de andanças & cambanças, com "várias movimentações terrestres, fluviais e costeiras para outros quartéis-base de operações conjuntas (por ex., Bambadinca, Buba, Bedanda, Bafatá, Banjara)". A sua companhia andou por mais de 2/3 da então Guiné Portuguesa...
Vídeo (2' 57'') e fotos: © Luís Graça (2009). Direitos reservados
Cambança deriva de cambar, v. intr., passar para o outro lado (do rio); termo náutico: mudar (as escotas das velas) para o lado oposto quando se muda a direcção da embarcação (Fonte: Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa). Curiosamente, o substantivo cambança, vocábulo crioulo da Guiné, não consta do Houaiss... Imperdoável...
O livro, de menos 100 pp., é apresentado como "um conjunto de pequenas histórias em tempo de guerra colonial, na Guiné"... Cerca de 30, ao todo. Meia dúzia são de antologia. O livro lê-se de um trago.
Algumas dessas histórias, embora não necessariamente com o mesmo título, já foram aqui reproduzidas no nosso blogue, na série Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (série que esteve activa durante quase um ano, de 30 de Maio de 2008 a 21 de Abril de 2009), e de que se publicaram 21 postes (***).
Recordo, a título de exemplo ou a talhe de foice, reportando-me ao livro:
- Paternidade instantânea (p. 25) (vd. poste de 21/11/08);
- O aniversário do Cabo Tomé (pp. 26.-29) (vd. poste de 5/2/09)
- Nosso cabo Abel bai na Bissau (pp. 33-35) (vd. poste de 26/11/08)
- Vultos na noite (pp. 30-32) (vd. poste de 3/4/09).
- Fuga para lá (menor ?) (pp. 36-38) (vd. poste de 2/12/08)
O Alberto não escreveu estas histórias na Guiné, mas sim muito mais tarde, em Lisboa onde fez a sua vida profissional. Faz questão de sublinhar que são ficção, pura e simples. Os lugares, os rios e as personagens não existem (O que não é inteiramente verdade: não é difícil reconhecer Catió, no conto Bene trovato / male trovato (pp. 74-77. Ou Bafatá... A única cidade que é referida explicitamente é Bissau).O livro, de menos 100 pp., é apresentado como "um conjunto de pequenas histórias em tempo de guerra colonial, na Guiné"... Cerca de 30, ao todo. Meia dúzia são de antologia. O livro lê-se de um trago.
Algumas dessas histórias, embora não necessariamente com o mesmo título, já foram aqui reproduzidas no nosso blogue, na série Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (série que esteve activa durante quase um ano, de 30 de Maio de 2008 a 21 de Abril de 2009), e de que se publicaram 21 postes (***).
Recordo, a título de exemplo ou a talhe de foice, reportando-me ao livro:
- Paternidade instantânea (p. 25) (vd. poste de 21/11/08);
- O aniversário do Cabo Tomé (pp. 26.-29) (vd. poste de 5/2/09)
- Nosso cabo Abel bai na Bissau (pp. 33-35) (vd. poste de 26/11/08)
- Vultos na noite (pp. 30-32) (vd. poste de 3/4/09).
- Fuga para lá (menor ?) (pp. 36-38) (vd. poste de 2/12/08)
A malta da sua antiga companhia, CART 1689, não se reconhece nem tem que se reconhecer nessas histórias. São situações em ambiente de guerra, por onde perpassa tudo ou quase tudo o que é gerado pela guerra: as tensões entre os militares, a conflitualidade e a cumplicidade com a população local, a omnipresença da Pide, a administração colonial, entregue aos caboverdianos, que não tinha já qualquer capacidade de intervenção directa, o padre capelão, voluntário, franciscano, o médico 'desalinhado', as misérias e as grandezas dos homens, a morte, a deserção, o jogo, o medo, a paixão, o sexo, o doença, a coragem, o pensamento mágico, etc.
O Alberto também sabe utilizar, muito bem, as expressões correntes, coloquiais, do crioulo da Guiné e a vivacidade das falas da gente local, para dar autencidade, cor e até sabor às suas histórias. Veja-se , por exemplo, Feitiço (pp. 39-40) ou esta que é curtíssima e é uma pequena obra-prima (Paternidade instantânea, p. 25):
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Em sentido contrário aproximava-se uma mulher em adiantado estado de gravidez, caminhando com dificuldade, amparada ao muro.
O sargento, que estava a observá-la:
– Ó meu alferes, escute lá esta.
Então, dirigindo-se à mulher grávida:
– Eh mulher! Bô tem sanju na bariga…
Ela disparou imediatamente:
– É, noss’ sargenti. Fidju di bô.
[Sanju é macaco... LG]
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Agradeço a oferta que o autor me fez, do seu livro, com a respectiva dedicatória: " Para o 'Grande Chefe' Luís Graça com um abraço do Alberto Branquinho. 4 Jun 2009".
Outras publicaçõies do Alberto Branquinho:
PreTexto (edição de autor); SobreVivências (Lisboa, SeteCaminhos); e Contos com encontros (Lisboa, SeteCaminhos).
Terminamos com a reprodução de alguns comentários sobre as shorts stories do Alberto, já publicadas no nosso blogue, nestes últimos meses:
(...) A forma como escreves, (suave riacho escorrendo as palavras), é duma realidade extraordinária; simples e concisas, as tuas descrições são uma força e beleza desta Tabanca Grande. Continua e a Nossa Tabanca maior se tornará (...) (Mário Fitas, 28/10/2008)
(...) Alberto! Não te conhecia essa faceta de poeta. Estás a ser uma revelação. Aliás, é para isso que serve o nosso blogue, para nos conhecermo-nos melhor e para nos darmos a conhecer uns aos outros... Passei, em tempo de paz, por Gandembel, há uns vezes atrás, mas - esquisito! - senti o mesmo que tu, que lá estiveste em tempo de guerra: Gandembel (...) terra / ávida de sangue de sangue e água / prenhe de chumbo e cinza.
Obrigado, camarada! (...) (Luís Graça, 4/11/2008)
(...) Branquinho! Cinco linhas! Cinco estrelas! Genial! Vamos ter livro [... não imaginava que o livro já estava publicado, e que ia ser feita uma 2ª edição, revista]...
Amigos e camaradas: Eu sei que o talento (literário), a capacidade de, através das palavras, exprimir ideias e emoções, contar histórias, etc., não está distribuído de maneira equitativa por todos nós... Todos diferentes, todos iguais, mas todos importantes e imprescindíveis... Eu, por exemplo, não sei pregar um prego...
Por outro lado, o talento (literário) não tem posto nem galões... Saramago, o nosso Prémio Nobel da Literatura, foi operário metalúrgico...Mas o que importa é tentar ousar escrever, coisas simples, pequenas histórias, do nosso quotidiano da Guiné... Aprendamos com os melhores de nós... (Luís Graça, 21/11/2008)
(...) Perdeu-se o 1º comentário. Repito parte, dizendo ao homem que não fala dele nem do seu umbigo: Parece que um dia fiz um comentário um pouco agreste. Mas gosto muito deste e de outros escritos. Gosto e sinto-os, Camarada.
Dupla desculpa pelo hipotético e epidérmico comentário e pelo tratamento. Quando li o texto vieram-me à mente recordações de homens que nunca tiveram férias. Era duro. Recordei um do meu Grupo que, depois de muitas horas debaixo de fogo, com vinte e um meses de comissão veio até Bissau. Estava 'rebentado'. Era um dos bazuqueiros. Faleceu, pouco depois em acidente de viação. Nâo conheceu a filha... 'Visitei-o', talvez em Maio, numa aldeia próximo de Beja. Faço-o se por lá passo. Não tenho coragem de ver a filha. Que diabo de homens somos nós ou alguns de nós??? (...) (Torcato Mendonça, 26/11/2008)
(...) Alberto, estás um mestre: em duas pinceladas desenhas uma personagem e um contexto, e contas uma história com tensão dramática ... E, lacónico, sabes, com magia, falar de emoções que nos eram proibidas... Os nossos medos, a nossa angústia, a nossa culpa, os nossos ódios...
Quantos capitães, sobretudo milicianos (mas também do QP), não pensaram, no seu íntimo, seguir os passos do Silvério ? A maior parte não desertou... Mas quem, deles, se atreve a atirar a primeira pedra contra o Silvério, os Silvérios que, nas férias, foram para a França ou para a Suécia, não tendo regressado â Guiné ?
Não sei se haverá muitas histórias dessas, de companhias órfãs, que ficaram sem o seu capitão, a meio da comissão ou até mais cedo... Sei que muitas companhias, na Guiné, tiveram mais do que um comandante, algumas até três e quatro capitães... Havia outros recursos menos dolorosos, mais cómodos, do que a vergonhosa (para a família...) deserção: a psiquiatria, a cunha, o compadrio, a corrupção, etc.
Já aqui falámos de algumas dessas companhias: a CART 2339 (Mansambo, 1968/69), do Torcato Mendonça; a CART 3494 (Xime e Mansambo, 1972/74) do Sousa de Castro... Haverá muitas mais...
O que não deixa de ser motivo de interrogação e inquietação: porquê tão elevada taxa de turnover (rotação) de capitães, milicianos [e do QP], na Guiné ?
Eis um bom assunto para a nossa série Controvérsias... Talvez o Jorge Picado, que foi até agora o único capitão miliciano, se não me engano, a dar a cara e a contar a sua história de vida [, sem esquecer o Vasco da Gama!...], queira e possa abordar este tema-tabu, escaldante, incómodo...
Alberto, vamos ter livro! Parabéns! Esta é uma das histórias que vou pôr na nossa antologia, quando um dia tivermos que fechar o blogue... (Luís Graça, 2/12/2008)
(...) Continua... continua os teus maravilhosos escritos, sem o teu umbigo. São estas de facto a verdade da História de um povo que, passados quarenta anos, continua ignorante do que foi a passagem de seus jovens de antanho por uma guerra.
Parabéns! Um abraço do tamanho de um AirBus (...) (Mário Fitas, 3/1/2009)
(...) Porra! Se eu não tivesse o azar de ter passado pela Guiné, diria este tipo está a mangar comigo.
Depois de começar a ler, revi-me no cabo Tomé, até ao ponto da reviravolta, quando eles, os nossos amigos entraram na festa e fiquei arrepiado.
Veio-me à memória o Conceição Caixeiro. Era de Lisboa, não bebia em demasia, era pacato e pachorrento, mas passava o tempo a cantar e a cantar morreu, sabes aonde? Na cagadeira, simplesmente porque estava a cagar, cantando como sempre e não ouviu a saída da granada que o vinha matar, nem o grito de vários colegas - Aí estão eles! Ficou-se, com a nuca desfeita de encontro à parede da rectaguarda e só meia hora depois, quando à porta da enfermaria eu gritava de contente - Filhos da puta ! cabrões ! não há feridos..., aparece o Pedro, que faleceu há dias e me disse: - Teixeira, vem comigo - e eu fui, para ficarmos os dois agarrados um ao outro a chorar, de desespero.
Ainda bem que escreveste. Quanto me ajudaste ! (Zé Teixeira, 5/2/09)
(...) São estes momentos, Alberto, Zé, Mário, que nenhuma televisão do mundo (muito menos a nossa RTP) conseguiu filmar... É um quadro portentoso sobre as nossas misérias e grandezas. Obrigado, Alberto, pelo teu talento, delicadeza, ternura e compaixão com que falas, não de ti, mas de todos nós, camaradas da Guiné. E viva a nossa Tabanca Grande, que nunca será nem poderá ser política, social e literariamente correcta... Nem nunca precisará de pôr um bolinha vermelha ao canto superior direito... Que o nosso quotidiano também era feito de merda, umbigos, cus, caralhos, tomates, nervos, fel, coração, massa encefálica, medos e coragens, alegria e tristeza, vida e morte... E, acima de tudo, camaradagem, o cimento que nos unia, para lá de todas as nossas diferenças, reais e imaginárias... (Luís Graça, 5/2/09)
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Notas de L.G.:
(*) Vd. postes de:
1 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4448: Agenda Cultural (15): 2º Ciclo de Conferências “Memórias Literárias da Guerra Colonial”, em 4 de Junho (Alberto Branquinho)
27 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4592: Bibliografia de uma guerra (51): "Cambança" de autoria de Alberto Branquinho (José Martins)
(**) Joana Ruas, autora do romance A Pele dos Séculos:
"A Pele dos Séculos narra a lenta e dolorosa caminhada dos Africanos pela conquista de uma Pátria. O romance constrói-se sobre a densa trama de ideais com que se vão desenhando, em sangue e lágrimas, os novos rumos do futuro de África: encruzilhada de Povos e de Séculos. Através dos seus personagens, Joana Ruas analisa, numa Guiné Portuguesa dilacerada pela guerra movida contra o movimento nacionalista, as forças que se agitavam no seio da sociedade guineense e que se iam aglutinando no PAIGC liderado por Amílcar Cabral. Do riquíssimo mosaico de culturas e de religiões da região nos vão chegando os personagens com os seus sonhos de liberdade, a sua história e os seus dramas. A romancista capta a vigorosa e fecunda esperança dos guineenses no devir da Guiné como nação africana nascida da Luta de Libertação Nacional". (Sinopse da responsabilidade da editora)
Editora: Caminho. Local: Lisboa. Ano: Julho de 2001 (1ª ed.). Colecção: O Campo da Palavra, 120. Nº pp: 375. Preço: c. 21 €
(***) Vd. postes da série:
30 de Maio de 2008 > Guiné 63/74 - P2903: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (1): Palavras e expressões do crioulo
12 de Junho de 2008 > Guiné 63/74 - P2931: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (2): Da solidão de pides, padres, administradores, mascotes...
1 de Julho de 2008 > Guiné 63/74 - P3011: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (3): Fornilhos e despojos humanos
22 de Julho de 2008 > Guiné 63/74 - P3081: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (4): Os meninos à volta da fogueira...
1 de Setembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3160: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (5): (Des)temor...
3 de Setembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3166: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (6): Tempos Modernos.
22 de Setembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3224: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (7): Honório, o aviador...
28 de Outubro de 2008 > Guiné 63/74 - P3368: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (8): Navegações...
3 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3395: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (9): Tempo de Gandembel...(Alberto Branquinho)
21 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3493: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (10): Eh mulher! Bó tem sanju na barriga... (Alberto Branquinho)
26 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3521: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (11): Um cabo que conheceu Bissau vinte e três meses depois... (Alberto Branquinho)
2 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3554: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (12): Há momentos em que um homem sente culpa e angústia...
11 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3603: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (13): Quatro actos para um ponto de vista...
22 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3663: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (14): Jubi, bô tem dos ôbo na mão?
29 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3680: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (15): Uma história real.
7 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3708: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (16): Uma retirada ordeira e silenciosa.
17 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3753: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (17): com a arma na mão e o credo na boca. (Alberto Branquinho)
27 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3805: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (18): O doutor não tem um remédio para a guerra?
5 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3845: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (19): O aniversário do Cabo Tomé
3 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4138: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (20): Vultos na noite
24 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4243: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (21): Poema à volta do umbigo
3 comentários:
Permito-me recordar que o poço de água doce que foi aberto no Rio Balana, tinha a cerca de cinquenta metros um fortim, onde estava instalado um grupo de combate de C.Caç 2317, o qual protegia a Ponte do Balana e o poço ali ao lado. O poço ainda lá está. Tive o prazer de beber água fresca desse poço em 2008 ao regressar do simpósio de Guilege, que me foi oferecida por um linda e jovem "mindjer garandi" que ali lavava os "paninhos" do seu bébé.
Em Mampatá, ali bem perto havia a fonte de Iroel, onde íamos buscar a água doce e fresquinha durante o dia. Dos seis /sete ataques que sofri em Mampatá, quatro foram lançados de junto dessa fonte.Num desses dias fui lá tomar um banho pelas seis da tarde e às 9 h estavam lá eles a mandarem-nos uns mimos. Não tenho dúvidas que aqui, sim, a água era partilhada, até porque "eles" tinham por ali "bases" de apoio ao carreiro de Uane.
Zé Teixeira
Luis
É demasiado!!!
Depois da notícia do José Martins, não esperava qualquer outra referência à apresentação do livro CAMBANÇA.
Muito obrigado, até pelo trabalho de recolha de registos antigos.
Mas... uma correcção. Vivi muitos anos na Covilhã, mas sou natural de Vila Nova de Foz-Côa. Em pleno Alto Douro, qualidade que me serviu de apresentação ao José Manuel, vinhateiro (e mais...), na Ortigosa no passado dia 20 de Junho.
ABRAÇOS
Alberto Branquinho
... E para lá do Marão, mandam os que nascem e os que lá estão!
Não sei porquê, fiz-te beirão.
Quanto ao resto, mereces isto e muito mais.
LG
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