Guiné > Região de Tombali > Catió > CCS / BART 1913 (1967/69) > O Sold Cond Auto Júlio Marques Tavares, que morreu no Canadá, de doença, há cerca de 25 anos ... As fotos, disponibilizadas pela filha Marisa (n. 1978), enfermeira especializada na recolha de órgãos e tecidos humanos (Toronto, Ontário, Canadá), não trazem legendas. Cotejando estas fotos com as do Victor Condeço, camarada do Júlio, não tenho dúvidas em concluir que são de Catió, do tempo da CCS/BART 1913 (1967/69)... Aguardo, no entanto, o parecer especializado do Victor, que vive no Entroncamento.
1. Mensagem, em inglês, de Marisa Tavares, a luso-canadiana filha do Júlio Marques Tavares, da CCS / BART 1913 (Catió, 1967/69),
Hello,
Thank you so much for publishing my father's info and picture on your blog (*).
I can understand Portuguese to a certain extend. My primary language is English.
You mentioned Victor Condeço as someone who served along side my father in Guinea. I'm not sure if he wrote something but I can not find it.
I have been scanning some of my father's pictures that I have found from my father's time in Guinea. Here are the photo's I've been able to put up tonight:
If I understood correctly someone commented about my father asking when or how he passed away.
After my father's time in the military, my father married my mother and had a son. My father came to Canada to try and find a better life for his family. Six months later my mother and brother made their way into Canada to be with my father.
My father worked in construction here in Canada. In 1978 I was born and a when i was about 6 years old my father was diagnosed with end stage cancer. He underwent surgeries, treatment and spent many months in the hospital but after an 8 month battle with cancer my father passed away.
He is survived by his wife (my mother) Celinia Ramos Godinho Tavares (originally from Pardilho, Portugal).
His son, Pedro Miguel Godinho Tavares who is now in his late 30s, married and has his own business which is on the legal (issuing licenses, making sure all laws are being followed on sites etc.) side of construction.
And his daughter (me) Marisa De Fatima Godinho Tavares, I was very young when my father died. I went to school to be a nurse, never married, and currently am working with the provincial organ and tissue donation program here in the province of Ontario. I specialize in corneal transplants and am also an enucleator (a medical professional which recovers eyes after death for transplant purposes) for the province.
His mother died shortly after her son died. She was a widow and with her my family name ended. My father didn't have any brother's or sisters, my brother and I don't have any kids.
I'm grateful to have found your site. Feel free to pass along the pictures and or story of my father's life post war.
Thanks in advance,
Marisa
After my father's time in the military, my father married my mother and had a son. My father came to Canada to try and find a better life for his family. Six months later my mother and brother made their way into Canada to be with my father.
My father worked in construction here in Canada. In 1978 I was born and a when i was about 6 years old my father was diagnosed with end stage cancer. He underwent surgeries, treatment and spent many months in the hospital but after an 8 month battle with cancer my father passed away.
He is survived by his wife (my mother) Celinia Ramos Godinho Tavares (originally from Pardilho, Portugal).
His son, Pedro Miguel Godinho Tavares who is now in his late 30s, married and has his own business which is on the legal (issuing licenses, making sure all laws are being followed on sites etc.) side of construction.
And his daughter (me) Marisa De Fatima Godinho Tavares, I was very young when my father died. I went to school to be a nurse, never married, and currently am working with the provincial organ and tissue donation program here in the province of Ontario. I specialize in corneal transplants and am also an enucleator (a medical professional which recovers eyes after death for transplant purposes) for the province.
His mother died shortly after her son died. She was a widow and with her my family name ended. My father didn't have any brother's or sisters, my brother and I don't have any kids.
I'm grateful to have found your site. Feel free to pass along the pictures and or story of my father's life post war.
Thanks in advance,
Marisa
Toronto, Canada
Guiné> Região de Tombali > Catió > CCS / BART 1913 (Catió 1967/69) > Álbum fotográfico de Vitor Condeço > Catió - Quartel >
Guiné> Região de Tombali > Catió > CCS / BART 1913 (Catió 1967/69) > Álbum fotográfico de Vitor Condeço > Catió - Quartel >
"Foto nº 4 - Foto tirada de cima do depósito da água do quartel [JUL 1967]. Vista parcial da parte nova do quartel. A parada com o cepo (raiz) do Poilão, à esquerda as casernas nº 1 e nº 2, ao centro o edifício do comando, por detrás deste as camaratas de sargentos e depois destas as novas messes ainda em construção, tal como a camarata de oficiais à direita. O telhado vermelho era a messe e bar de sargentos". Foto e legenda: © Victor Condeço (2007). Direitos reservados.
[ Foto à esquerda: O Vitor Condeço, Fur Mil Mec Arm, CCS/BART 1913, Catió, 1968]
2. Tradução da mensagem da Marisa:
Muito obrigada por publicar, no seu blogue, uma foto com o meu pai bem como informações sobre ele.
2. Tradução da mensagem da Marisa:
Muito obrigada por publicar, no seu blogue, uma foto com o meu pai bem como informações sobre ele.
A minha primeira língua é o Inglês, mas sou capaz de entender sofrivelmente o Português.
Você menciona o Victor Condeço como alguém que fez a tropa com o meu pai na Guiné. Não tenho certeza se ele escreveu alguma coisa, mas não consigo encontrá-la.
Estive a digitalizar algumas fotos, que encontrei , do meu pai, do seu tempo de Guiné. Aqui estão as fotos que consegui pôr 'on line' noite:
http://www.flickr.com/photos/47130308@N03/sets/72157623206286189/show/
Se bem entendi, alguém fez um comentário sobre o meu pai, perguntando quando ou como é que ele faleceu.
http://www.flickr.com/photos/47130308@N03/sets/72157623206286189/show/
Se bem entendi, alguém fez um comentário sobre o meu pai, perguntando quando ou como é que ele faleceu.
Depois de tropa, o meu pai casou-se com a minha mãe. Tiveram um filho. O meu pai veio depois para o Canadá para tentar encontrar uma vida melhor para a sua família. Seis meses depois, a minha mãe e o meu juntaram-se ao meu pai no Canadá.
O meu pai trabalhou na construção civil, aqui no Canadá. Em 1978 nasci eu e, quando eu tinha uns 6 anos, ao meu pai foi diagnosticado um cancro em fase terminal. Foi submetido a tratamento médico-cirúrgico, e passou vários meses no hospital. Depois de uma batalha, de 8 meses, com o cancro, o meu pai faleceu.
A ele sobreviveu a sua esposa (minha mãe), Celinia Ramos Godinho Tavares (originária de Pardilhó, Portugal).
O seu filho, Pedro Miguel Godinho Tavares, que está agora com quase 40 anos, é casado, e tem seu próprio negócio, ligado às questões legais da construção (emissão de licenças, certificando de todas as leis estão sendo cumpridas nos locais, etc.).
Quanto à sua filha (eu, Marisa De Fatima Godinho Tavares), era muito jovem quando o pai morreu. Fui fazer o curso de enfermeira, nunca me casei, e actualmente estou a trabalhar no programa de doação de órgãos e tecidos humanos, aqui no Estado de Ontário. Especializei-me em transplantes de córnea e também sou uma enucleator (uma técnica de saúde que recupera olhos post-mortem para efeitos de transplante).
A mãe do meu pai (minha avó) morreu logo depois dele. Ela já era viúva e, com a sua morte, acaba também o nome da minha família. O meu pai não tinha nenhum irmão ou irmã. O meu irmão e eu não temos filhos.
Estou grata por ter encontrado o seu site. Esteja à vontade para publicar as imagens e/ou ou a história de vida do meu pai a seguir à guerra.
Antecipadamente obrigada,
3. Comentário de L.G.:
De uma primeira análise das fotografias, conclui-se que o Júlio Tavares era soldado condutor auto. Vemo-lo, por várias ocasiões, ao voltante de um GMC, de um Unimog 404 e até de um Matador... A namorada e futura mulher, mãe de Marisa, era de Pardilhó (concelho de Estarreja, distrito de Aveiro). Presumo que também ele fosse de Pardilhó ou de lá perto. (É uma delícia, a foto com ele sentada sua secretária improvisada, ao ar livre, onde ele escrevia as cartas ou aerogramas para a sua namorada, vísível na foto emoldirada)...
Vê-se, por outras fotos, que o Júlio era um homem familiarizado com a água (ria de Aveiro)... Será no rio Ganjola ? ... Estava como peixe dentro de água. E tinha jeito para a pesca. Vêmo-lo igualmente num conhecido bar de Catió, frequentado também pelo Victor. Há ainda fotos de operações, de aeronaves da FAP e de prisioneiros do PAIGC... Ficarão para um próximo poste.
Entretanto, aguardo a resposta do Victor à seguinte mensagem:
Victor: Lembras-te deste camarada, o Tavares ? Ele rmorreu, de cancro, no Canadá, seis ou sete anos depois da filha ter nascido (em 1978).. A filha Marisa lê (mal) o português... Vamos ajudá ?
Reconheces os lugares ? Isto é Catió e arredores...As fotos não têm legenda... Gostava de fazer uma selecção e publicá-las... Mas preciso das tuas preciosas observações, legendas, notas... Quando puderes, vê o "slide show"... Um abração. Luís
A Marisa tinha enviado, esta mamhã, a seguinte mensagem, em português:
Uma correcao. O meu pai nao faleceu em 1978. Eu nasci em 1978... Ele faleceu 6 anos depois.
Hontem (yesterday) eu encontrei os papeis do militario do meu pai. Tambem vou scan logo... Thank you, Marisa
Na minha resposta, aproveitei para a convidar a integrar a nossa Tabanca Grande:
OK, it was a mistake of mine! I write in a hurry. Send me more details concerning the military story of your father and our camrade Tavares, who has been acting as a driver soldier at Catio headquarters of the 1913th Artillery Battalion... He was also born in Pardilhó, Estarreja, Aveiro, like as your mother ?... I' m waiting for some news from Victor Condeço (He is living at Entroncamento city).
I invite you to join us at our 400-member blog community. We have also, with us, sons, wifes, brothers and other relatives of our camrades, dead, victims of Guinea-Bissau colonial war or passed away after the war, due to disease, injury, accident or violence... Best wishes / Saudações
Luis (I am assistant professor in social siences at National School of Public Health, New University of Lisbon, Lisbon > + 351 21 751 21 93 (room) / + 351 21 471 0736 (home) / + 351 931 415 277 (mobile)
4. O Victor Condeço [, foto à esquerda,] acaba de me mandar, ao fim da tarde, a seguinte mensagem, que eu começo por agradecer, com conhecimento à Marisa (que está a recorrer a um tradutor automático, quando tem dificuldades de leitura das nossas mensagens):
Olá, Luís: Tenho uma muito vaga ideia do Júlio Tavares, ontem mesmo pedi a um camarada que também foi condutor da CCS do BART 1913, para me ajudar a recordar algumas coisas a respeito do pai da Marisa.
Ainda não tive resposta, mas hoje vi e revi a fotos que a Marisa ontem colocou na Net, relembrei algumas das caras que ali aparecem entre elas a do Júlio, embora não recorde os nomes da maioria das pessoas.
As fotografias, só duas ou três não são tiradas em Catió. Contudo vai ser difícil e moroso fazer a sua legendagem, pela quantidade e porque não estão numeradas.
Vou procurar fazer uma selecção e fazer o melhor que me seja possível, mas tens de me dar algum tempo.
Um abraço
Victor Condeço
______________
Nota de L.G.:
(*) Vd. poste de 1 de Fevereiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5742: Em busca de ... (115): Camaradas de meu pai, Júlio Marques Tavares, CCS / BART 1913 (Catió, 1967/69) (Marisa Tavares)
8 comentários:
Reconheço nas fotos um soldado condutor, um cabo enfermeiro da minha Companhia e um soldado do meu pelotão. São do tempo em que, para além de pertencermos ao BART 1913 (mas operacionais), estivemos finalmente, com o Batalhão-pai.
Tenho uma vaga ideia da cara do Júlio Marques. O itinerário onde conduz a viatura é do percurso Catió-Cufar, durante as colunas de reabastecimento a Cufar a partir do porto de Catió, no Cumbijã (do Mário Fitas...). Daí que eu entenda que o rio onde se banham seja o Cumbijã ou um braço do mesmo, que ficava mais próximo de Catió que o Rio Ganjola. Além disso o Ganjola (pelo menos no ponto de cambança é muito mais largo. Ou de noite(...) parecia.
O vitor Condeço confirmará, concerteza e porque esteve lá todo o tempo, que as fotos onde se vêem edifícios são de Catió.
Alberto Branquinho
Embora residentes em Cufar, eramos assiduos visitantes de Catió, e reconheço pormenores do quartel de Catió.Como Intróito!
Para mim o mais importante é a comunicação da Marisa com estes "velhos cotas" em extinção, a quem não é dado valor algum.
Não tenho o tempo e para responder à Marisa que não seja em Português lingua de seu pai.
Tenho sim a honra de transmitir a uma mulher que o seu pai esteve num local difícil, não muito diferente do Vietenam. A única diferença (vantagem) que pederia haver, era não ter os Bares e a "Passa" dos Americanos.
Há dez anos que só exporádicamente falo o Inglês, em termos de escrita não tenho as minhas filhas junto a mim para traduzirem estas palavras que quero dedicar à Marisa.
Marisa!
Abençoado o pai que gerou tal filha.
Obrigado pela preocupação em queres saber da de vida alguém que saudosamente ainda te é querido e principalmente dos seus companheiros.
É tão sublime a tua actuação que se me embargam as palavras.
Bem hajas! God bless you!
Deste pequenino Portugal!
The hug of vast size, same the CUMBIJÃ river!
Mário Fitas
Apenas uma achega.
Pelo apelido Tavares e sendo a mãe da Marisa Tavares de Pardilhó, quase garanto que o falecido pai, Julio Marques Tavares, fosse de Pardilhó ou mesmo com mais ptobabilidades da Murtosa. Há aí muitos Tavares e depois Tavares (maternos) e outro nome paterno, como por exemplo Tavares Rebimbas (como um dos ex-Bispos do Porto, D. Júlio Tavares Rebimbas).
Jorge Picado
Também me lembro do Tavares. Fizemos algumas "viagens" juntos especialmente para Ganjola. Aquela Berliet, um dia ficou inoperacional, porque teve o azar (sorte para a rapaziada)de pisar uma mina. Mas isso já no tempo da CCS do BART 2865Lamento o seu falecimento.
Quero agradecer todos que tomou o tempo de ler as histórias sobre o meu pai e para toda a reação positiva que nós recebemos.
Para ajudar me descobrir mais informações eu começei o próprio blog em esperanças de achar o meu irmão que nunca chegamos a conchecer... e aprender mais sobre o pai que foi tomado de nós muito depressa.
http://omadragoa.blogspot.com/
Agradeça-o em avanço.
Um abraço enorme para todos,
Marisa Tavares
Toronto, ON Canada
Também convivi com o MADRAGOA do qual tenho grandes e boas recordações com a nossa passagem por Catió nos anos 1967 a 1969
Tenho imensa pena ao saber do seu falecimento
Um abraço amigo
Freire radiomontador CCS do BART 1913
hello Antonio,
Agradeça-o tanto para compartilhar suas memórias de meu pai. Ele foi um homem muinto especial.
Esperava a reconnect com seus companheiros da guerra,não so para aprender sobre seu tempo como um soldado mas também tentar e reunir informações sobre um filho que ele criou com uma mulher local enquanto estava em Catio.
Mesmo no seu leito de morte ele nunca esqueceu-se do filho que ele deixou atrás. Ele nunca pôde reunir-se com ele mas minhas esperanças são que nós o acharemos e parte junta as histórias e as memórias do homem que nos deu vida.
Se é em perigo, quero ajudar.
Se é pai, quero saber as minhas sobrinhas ou sobrinhos.
Se é curioso sobre onde ele veio, quero compartilhar o que já informações que eu tenho.
Estamos prontos para deixar entrar o com braços abertos,
Qualquer informações que você tem grelha seria apreciada.
Um abraço enorme,
Marisa Tavares
Aqui esta um film da vida do meu pai.
http://video.yahoo.com/watch/6904827/17961107
The soldier - O Soldado
The husband - O Marido
The Father - O Pai
The Friend - O Amigo
The Jokester - O Brincadeiro
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