1. Mensagem da nossa amiga tertuliana Felismina Costa* com data de 8 de Janeiro de 2011:
Em ti meu Amor
Em ti, meu amor, encontro a vida!
A vida inteira que persigo necessitada.
As tuas mãos, que seguro apaixonada
Retribuem-me o carinho que te dou!
E é precisamente aí, no carinho retribuído,
que eu vivo, que eu existo.
Jamais outras mãos senti assim!
O teu corpo que adoro é um jardim
Donde se desprendem finos fios que acaricio.
A tua voz melodiosa, diz-me coisas!..
Tantas coisas, que eu guardo só para mim.
E os teus olhos meu Amor, são o meu mundo.
Um mundo novo, descoberto, a um preço que pago a toda a hora!
o preço da ausência, presente no tempo que é agora…
Um preço demasiado alto para quem está apaixonado!
Para quem respira preso a momentos fugidios,
que se acabam, que escasseiam, que demoram…
O tempo, este tempo onde se insere
este meu amor já sem tamanho
é o tempo onde a esperança mora.
E só o amor, um amor assim,
de que não conheço principio
e não quero ver o fim, é capaz de esperar esta demora!
Não sabemos meu amor, em que data,
em que espaço do tempo existe a hora, em que livres possamos caminhar!
Entretanto, deixamos que viva a nossa dor,
Alimentamo-la mesmo neste calor, de sonhos, de alegrias e de esperanças.
Acreditamos até… nalgum milagre, que resolva a permanência da saudade,
que enche a nossa vida a cada hora…
Acreditamos na força deste amor!
Na nossa força Amor, onde o Amor, é um grito… que reprimimos obrigados.
Em liberdade, meu Amor, o grito… sairia estridente, enchendo espaços!
Livres… meu Amor!..
Havia alegria, onde há a dor.
E havia para mim, o espaço restrito… mas permanente dos teus braços.
Felismina Costa
Agualva, 12 de Setembro de 2010
__________
Notas de CV:
(*) Vd. poste de 16 de Dezembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7448: O Mural do Pai Natal da Tabanca Grande (2010) (2): Mensagem de Natal (Felismina Costa)
Vd. último poste da série de 7 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7568: Blogpoesia (102): Sociedade lusa (Manuel Maia)
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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5 comentários:
Cara Felismina,
Bonito esse seu hino ao amor.
Parabéns.
manuelmaia
Prezada amiga Felismina
Fiquei maravilhada com este belo e intenso poema de amor, escrito por si.
O Alentejo é terra de grandes poetas e escritores, e ainda há por aí muito talento escondido. Quem sabe se outra "Florbela Espanca" não está oculta?!
Com este desabrochar do seu talento, atrevo-me a pensar que tem obra feita que dá para publicar um livro.
Os seus poemas são hinos ao amor e à vida..., não os guarde!
Os meus parabéns e obrigada por partilhá-los connosco.
Um afectuoso abraço
Maria Teresa Parreira
Belíssimo poema de amor!
Obrigado Felismina!
Poder-se-ía dizer: um oásis no meio da guerra!
Parabéns
Caríssima Felismina
Mais um grito, um hino á Vida e ao Amor.
Tem que ir guardando tudo o que, em poema e não só escreve.
A Antena 1, no programa Lugar ao Sul do Rafael Correia, levou País fora muita da poesia Alentejana. Consegui doido ou três livros de Poesia e do Cante Alentejano. Emprestei...devem ser vivos.
Aqui no Blogue já há Poesia suficiente para um Livro. Da mais erudita á mais popular. Pode ser que um dia seja...
Esperemos.
Parabéns e um abraço amigo do Torcato
###...levou País fora muita da poesia Alentejana. Consegui doido ou três livros de Poesia e do Cante Alentejano. Emprestei...devem ser vivos.###....
Erro
levou ao País e á Diáspora. A Antena 1 houve-se em todo o Mundo e há sempre um português á escuta...
Consegui dois, dois e não doido.
Doido sou eu com os empréstimos e os oferecimentos...
CORRECÇÃO FEITA TM
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