segunda-feira, 19 de março de 2012

Guiné 63/74 - P9625: Memória dos lugares (178): Sobre a ponte da estrada Canchungo - Cacheu, ao Km 6 (Carlos Schwarz/Pepito)

 

1. Mensagem e fotos do Engº Agrº Carlos Schwarz, Pepito sobre a ponte da estrada Canchungo - Cacheu, ao Km 6, enviada em 18 de Março de 2012 ao nosso Camarada Luís Graça.

Luís,

Contributo para o esclarecimento da controversa ponte da estrada Canchungo - Cacheu, ao Km 6.

A ponte existe mesmo

A ponte vista de outro ângulo
  Está localizada mesmo ao lado da estrada
A 600 metros de distância fica a ponte melhorada, no local onde sempre existiu
 Imagem do rio

abraço
pepito

__________
Nota de MR:

Vd. último poste da série em:

29 DE FEVEREIRO DE 2012 > Guiné 63/74 - P9547: Memória dos lugares (177): Canquelifá, a ferro e fogo, fevereiro / abril de 1974 (José Marques)

 

10 comentários:

Anónimo disse...

Mau Caro Pepito

Obrigado por teres acedido ao meu pedido pessoal em tirar fotos à tão afamada ponte.

Várias vezes passei no local e parei para tirar fotos à pte de ferro, e nunca vi esta ponte.

Mas esta ponte afinal parece-me que não corresponde à descrição feita pelo nosso camarada Jorge Picado.

Aqui fica um alerta para ele e para o José Câmara

Com um abraço amigo
Carlos Silva

Anónimo disse...

Caros Pepito e Carlos Silva,

Da minha parte nunca houve dúvidas quanto à existência da famosa Ponte. A sua localização e configuração me deixavam um baralhado. Tinha uma pequena noção dos pilares e sinceramente pensava que estava situada sobre o rio Costa Pelundo.

A quinta foto, a ponte melhorada certamente que é a que substituí a Ponte Alferes Nunes. Julgo que ainda não se descobriu quem foi esse militar e o que fez.

Infelizmente o fortim, de onde era feita a sua vigilância e defesa, desapareceu.

Passei nessa ponte muitas vezes. A CCaç 3327 esteve envolvida na estrada de ligação Teixeira Pinto/Cacheu, na longa recta que fica entre a grande curva à esquerda (na zona do Churo se a memória não me falha), a seguir ao Bachile, e a grande curva à direita, em Capó, para quem sobe em direcção ao Cacheu. Nessa mesma direcção, os nossos acampamentos ficavam à esquerda a cerca de 10 e treze Kms do Bachile.

Muitos anos se passaram desde então. Mesmo assim, porque as barreiras de defesa eram muito altas, aquilo a que chamávamos valas mas que mais pareciam vales, é muito possível que ainda haja vestígios dos nossos acampamentos que ficavam junto à estrada.

Mais ainda, para o Pepito, se assim entender, a partir do entroncamento da estrada antiga e a estrada nova, junto a Capó, se seguir pela estrada velha em direcção ao Bachile encontrará na esquerda, a algumas dezenas de metrosna, três troncos enormes de árvores, os tais madeiros que deu, julgo, o nome que sempre referi: Mata dos Madeiros. Claro que não ponho de parte a possibilidade deles terem sido aproveitados mais tarde para qualquer tipo de uso.

Um abraço amigo,
José Câmara

Anónimo disse...

Meu Caro José Câmara

Em face dos posts, meus, teus e do Jorge Picado, fiquei de compilar/elaborar um trabalho na sequência deles e sempre tenho falado nisso ao Jorge nos encontros da Tabanca.
Tal trabalho estava dependente apenas das fotos desta ponte que eu pedi há dias ao Pepito para fazer o favor de tirar.
A história do Alf Nunes já a tenho.
Vou fazer o trabalho e depois enviarei por mail
Um abraço
Carlos Silva

Anónimo disse...

Caro Colega Pepito

Obrigado por me satisfazeres igual pedido, que fico agora sabendo te ter sido feito igualmente pelo Carlos Silva.

A descrição que fiz com base apenas nas vagas recordações desses tempos tão obscuros para mim, não interessam, pois não deviam ser fiáveis.
O essencial está na comprovação de que realmente "ela" existia e não era fruto duma visão minha.

Agora vejo-a rodeada de vegetação (será capim?), enquanto naquele tempo recordo que estava num "areal", talvez por ser baixa-mar.

Foi a minha primeira saída de (TPinto) Cachungo para os lados do Bachile, muito pouco depois de ser colocado no CAOP 1 e como vinha, meio "marado" pela minha estadia em Mansabá e sobretudo pela forma como tinha sido provocada, posso garantir que não andava nada saudável.
Para comprovar essa minha "ausência" de registo na minha RAM cerebral, nunca recordei a existência desse célebre Fortim de defesa da ponte que várias vezes atravessei e, se não tivesse visto as respectivas fotos, nem as declarações de quem lá esteve com "olhos de registar", não acreditaria.

Grande abraço
Jorge Picado

Anónimo disse...

Aditamento ao comentário acabado de fazer.

Verifico que esta ponte está agora bem perto da estrada, mas naquele tempo não me parece que fosse assim.
Julgo que estava muito mais afastada, pois não se via da estrada e foi preciso abandonar o jeep e caminhar um pouco até poder vê-la.

Será que a actual estrada foi um pouco desviada da antiga?

JPicado

Anónimo disse...

Camaradas
Recordo-me que o meu prof. de Estudos Ultramarinos - TCor Hélio Felgas - falou, nas suas aulas, numa ponte que fora construída, embora não passasse por cima de nenhum rio, nem fosse servida por nenhuma estrada. Tudo tinha começado com a ideia de construir primeiro a obra de arte (expressão da engenharia)e depois a estrada. Para terminar o rio seria desviado para passar por baixo da ponte. Como é sabido, os rios da Guiné têm um personalidade muito forte e o rio negou-se terminantemente e mudar de leito, por mais esforços que os engenheiros fizessem. Dái que na Guiné existisse uma ponte que deveria constar no Guiness.
Será esta a tal ponte?
Ora informem.
Um Ab.
António J. P. Costa

Anónimo disse...

Meus Amigos

1 - Como disse, tenho estado no local e não vi esta pte.

2 - Face à explicação do Pepito em que diz que esta pte em alvenaria está afastada 600 mts da pte Alf Nunes...

3 - Face à análise do corte do goolge enviado pelo SNogueira

4 - Em minha modesta opinião, concluo que esta pte exótica não é e nada tem a ver com a Pte a que nos referimos. Pte Alf Nunes

5 - Sendo assim, não perfilho a tese de que foi construída para desviar o rio Costa [Pelundo]. Pois, reparem bem, onde ela está posicionada... está muito antes da garganta, [do colo, à entrada da vagina para o útero] na bolanha e por cima dum riacho/ribeira que vem da mata lado dto.

6 - Perfilho a tese que foi construída para dar continuidade à estrada que foi ou haveria de ser construída, como diz o J Câmara.

7 - Aqui só o P Costa, J Picado se referem que viram a pte anos 70 ou 71 e agora o SNogueira já fala nos anos 50, os nossos camaradas que estiveram n dias de serv segurança à pte madeira Alf Nunes nem falam nesta pte... nem camaradas que lá estiveram e passaram n vezes pela Pte Alf Nunes falam desta exótica e nem o J Cãmara, mesmo quando esteve na mata dos madeireiros..

8 - De facto é mais uma situação incógnita, que só poderá ser esclarecida através de investigação por consulta aos documentos arquivados algures...

9 - Portanto, para mim, esta pte nada tem a ver com a Pte Af Nunes....
Um abraço
Carlos Silva

Anónimo disse...

Camarigos

O Carlos Silva apresenta vários argumentos para contestar a "célebre ponte a que me referi", pois julgo ter sido eu o primeiro a levantar esta lebre.

Dado que não tinha tido qualquer contacto com camaradas que "veranearam" em TPinto e arredores, quando passei a papel essa minha ténue lembrança, fiquei sempre com a sensação se seria sonho, delírio ou algo mais doentio da minha parte, já que nada consta na minha pequenina agenda sobre este facto, que por ser tão estranho, poderia constar (isto se o que registei fizesse parte das minhas intenções de então, o que não era verdade. Só apontava algo, quando me "dava na bolha", para não dizer outra coisa).
Acreditei, que não era sonho, quando casualmente, numa conversa de café com um conterrâneo e condiscíplo do liceu, descobrimos que tínhamos algo de comum com a verdadeira Ponte Alferes Nunes, ainda que em épocas diferentes. E nós que sempre tanto convivemos, só tão tarde descobrimos que éramos ex-combatentes da Guiné...Ele foi do BENG, pois como Eng. Mecânico foi lá parar (1966-68) e foi ele que, no local, descobriu que a "ponte" construída por secções no BENG, quando era para ser montada, não tinha as dimensões (comprimento) necessárias, nem tão pouco era compatível. Ora ele confirmou-me que se lembrava de ter visto "a tal ponte em betão e em seco".
Ainda hoje me respondeu ao email que lhe enviei com as fotos publicadas que tinha dúvidas se seria "esta" a "de então". Ele garante que a viu da estrada. Eu garanto que saí do jeep e fui vê-la por meu pé e acrescentei no comentário anterior "se a actual estrada foi desviada da de então".

Fico agora. com as deduções do Carlos Silva e a interrogação do meu conterrâneo, com dúvidas também.

Abraços
Jorge Picado

Anónimo disse...

Caro Carlos Silva,
nunca falei em 'anos50'.

Em 1969, vi do ar uma ponte sobre a qual não passava uma estrada e sob a qual não passava um rio.
Não sei dizer onde e pode ter sido outra (uma improbabilidade) embora 'aceite' a configuração desta e a explicação do camarada Pepito -erro de cotas- para o inusitado caso.
Desta pitoresca ocorrência, por mera curiosidade, dei notícia há muito tempo ao camarada Luís Graça, pedindo que me informasse se viesse a esclarecer alguma coisa acerca sua existência o que eventualmente acontece agora.

Por favor, retire-me das conclusões que tira.

SNogueira

Anónimo disse...

Meu Caro Amigo & Camarada SNogueira

Tens razão.
A minha invocação aos "anos 50" foi lapso meu, porque queria invocar efectivamente, mas em nome do Luís Graça que a invoca no mail que me enviou.
Já fiz um post sobre a minha análise quanto ao tema, onde invoco "os anos 50" expressão utilizada pelo Luís no mail
Espero assim que o assunto fique sanado.
Aguardo a publicação do post
Um abraço amigo
Carlos Silva