1. Mensagem do nosso camarada Luís Nascimento, (ex-1º Cabo Op Cripto da CCAÇ 2533, Canjambari e Farim, 1969/71), através da sua neta Jéssica, com data de 17 de Janeiro de 2014:
Quartéis, Cidades e Vilas por onde passei durante a vida militar
VISEU - Assentei praça no RI 14
No primeiro dia entrei na porta de armas e passado meia hora saí pela porta do Cavalo, o Cabo de Dia (João dos Remédios), era meu amigo, mandou-me apresentar no outro dia pela manhã.
COIMBRA - Destacado durante a recruta para o RSS - Regimento de Serviços de Saúde, durante os campeonatos de atletismo da 2.ª Região Militar (à noite, estágio na Rua Direita).
LEIRIA - RAL 4 - Regimento de Artilharia Ligeira, para formação de escriturário, secretariado amanuense e Serviço Postal Militar (gato preto).
TRAFARIA - BRT - Batalhão de Reconhecimento das Transmissões, especialidade de Operador Cripto, fadista (com João Braga), com tirocínio no Arroz Doce, Gingão no Bairro Alto (onde fui de cana pela PM sob o comando do Furriel ou Aspirante(?) Encarnação, jogador de basquetebol do meu SCP.
TOMAR - RI 15 - Regimento de Infantaria 15 - Quartel dos Desenfianços, de uma vez estive 31 dias em casa, só me apresentei para receber o pré.
CHAVES - BC 10 - Batalhão de Caçadores 10 - Recebi a mensagem, em Tomar, para me apresentar lá, bebi uns copos com o pai do falecido Pavão do FCP.
VIANA DO CASTELO - BC 9 - Batalhão de Caçadores 9, o inferno no Forte da Barra, paredes-meias com os estaleiros, pior que o porão do Niassa.
PORTO - Quartel General - De dia formação de Criptologia à noite (DERBY), onde as meninas fumavam e tratavam os militares por “TU” (mais uma vez com acompanhamento da PM até ao QG, com o prémio de mais uma carecada.
De seguida CP até Alcântara-Mar onde me esperava o pasteleiro do Niassa.
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Nota do editor
Último poste da série de 19 DE JANEIRO DE 2014 > Guiné 63/74 - P12604: A cidade ou vila que eu mais amei ou odiei, no meu tempo de tropa, antes de ser mobilizado para o CTIG (4): Sexo, História, muita fruta das Caldas da Rainha, e dois poemas do clássico do erotismo chinês Jin Pin Mei (António Graça de Abreu)
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Guiné 63/74 - P12611: A cidade ou vila que eu mais amei ou odiei, no meu tempo de tropa, antes de ser mobilizado para o CTIG (5): Quartéis, Cidades e Vilas por onde passei: Coimbra, Leiria, Trafaria, Tomar, Chaves, Viana do Castelo e Porto (Luís Nascimento)
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2 comentários:
Caro Luís Nascimento
Afinal, onde é que 'não foste de cana'?
Saltitando de terra em terra e sempre pronto para desafiar a 'ordem'....
Do teu percurso só coincidi com o Porto, mas aí estive no então RTm, ou seja Regimento de Transmissões, ali à Arca d'Água.
Gostei. Mas disso darei conta em artigo próprio.
Pelo que li, parece-me que tiraste partido de todos os locais onde estiveste. Assim não deves ter 'ressentimentos' de nenhum deles.
Abraço
Hélder S.
Corria o ano de 69 no campo de Viriato à Ribeira, local da Feira de S. MATEUS, estava implantado o circo Mexicano com atrações dos palhaços Fausto (Rico) e Fredy (Pobre), o domador francês Pierri Hibanoff e os seus leões da Abissinia entre outros. E para complemento do elenco artístico a voz de ouro de momento, António Calvário. Ora a história é à volta do cançonetista. Estando já aprontado para seguir de comboio ao fim da tarde com destino ao B.Caç 9 em Viana do Castelo, sou convidado pelo meu amigo de infância e das lides futebolisticas, o Manel ( o Néu ) ja falecido e ex funcionario do restaurante Verde Gaio, para irmos ao circo, porque fardados só pagariamos meio bilhete.
O Néu fardado a rigor de tirelene amarelo, boina verde e com todos aqueles amarelos (brevete paraquedista) emblema Força Aérea e medalha das campanhas da Guiné de onde tinha regressado acerca de 8 dias.
Dirigimo-nos para o cimo da bancada, onde estava um outro nosso amigo, o Armando, funcionário dos C.T.T. mais tarde, furriel miliceano do S.P.M em Moçambique.
Decorria o espetáculo até que António Calvário faz a sua actuação e no final é agraciado com um ramo de flores por duas fãs (por sinal minhas conhecidas) a Sarita e a Guida (esta minha irmã) e não é que um indivíduo sentado ao lado do Armando se levanta e desata a chamar por "esferografica" alcunha que a minha irmã tinha na escola industrial Emidio Navarro por ser magra e esguia. Ora ali o caso mudou de feição, preguei-lhe um valente supapo que o dito caiu para trás para os fundos do circo. O mesmo parou com o barulho provocado pela queda e pelo aparato do mesmo. Os olhares da multidão viraram-se para o cimo da bancada sendo alvo um Cabo Paraquedista de farda amarela e um Cabo do Exército de camuflado. Ali entrou o exército pela força da patrulha da P.U. (R.I. 14) comandada pelo um Cabo miliciano que não deu conta do recado, a seguir veio o furriel e a ordenança apaguizar os ânimos e por fim o aspirante pra por ordem na contenda.
O Oficial depois de saber os contornos do sucedido mandou o Pára e o arre-Macho em paz afim de os dois não fazerem parte dos hóspedes das masmorras da Casa de Reclusão ou do Forte de Elvas.
Desta não fui de cana.
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