domingo, 25 de maio de 2014

Guiné 63/74 - P13192: Convívios (601): Rescaldo do último Encontro da tertúlia da Magnífica Tabanca da Linha, levado a efeito no passado dia 15 de Maio de 2014 (José Manuel Matos Dinis)

1. Mensagem do nosso camarada José Manuel Matos Dinis (ex-Fur Mil da CCAÇ 2679, Bajocunda, 1970/71), o animador-mor da "Magnífica Tabanca da Linha", com data de 16 de Maio de 2014:

Carlos, bom dia!
Vou tentar despachar em duas penadas, para evitar críticas contundentes e dolorosas, sobre o elegante acontecimento de ontem, no restaurante de Oitavos, sito numa derivada da estrada do Guincho.
Se tiveres tempo para uma edição especial, esquece, aproveita e vai descansar, que a malta ainda não acordou da digestão.

Um abração
JD


O que se passou foi mais ou menos o seguinte: 

Estavam 30 pessoas inscritas, e o restaurante fez a despesa correspondente com generosidade, mas nunca tinha acontecido: faltaram uma data deles.
Uns por doença, já justificada, outros porque se esqueceram, outros, sabe-se lá porquê.
Indigestões benfiquistas? Não creio.
À última da hora ainda foi cooptado o Castanheira, e também apareceu o AGA que já dispensa apresentações e marcações, bem como o Lema Santos, que acompanhou o Carlos Silva. Duas estreias, portanto.

 O dia apresentou-se radioso, quente, e limpo, a proporcionar uma excelente vista sobre a paisagem, que do céu azul brilhante, escorria pela encosta escura da serra de Sintra, que de longe deixava espraiar um cenário de pinheiros, bordejados pela espuma do mar, e que ganhava amplitude a partir do ponto altaneiro de Oitavos. O pessoal regalou-se deslumbrado, enquanto fazia tempo para o inicio do almoço.

A ementa foi reforçada nas entradas, que desta vez sobraram e foram a contento. O prato principal foi recordativo da Guiné, e consistiu de bianda com estilhaços. Só que os estilhações eram uma quantidade generosa de gambas, acolitadas por bruxas, pedaços de lavagante, envolvidos por navalheiras, e cobertos por mexilhões da Nova Zelândia.
Quando cheguei, depois de um percalço, já o pessoal tinha despachado as entradas, mas ainda houve sobras para além do que comi. Quando a mariscada foi servida, o pessoal calou-se, serviu-se, repetiu indiscriminadamente, e logo se constatou que sobrava comida do mar, que o pessoal tinha saudades era do arroz.
A acompanhar, havia vinhos brancos e tintos da Ferreirinha (Esteva), e as garrafas secavam perante o agrado geral. Com menos escolha, mas bem servido, seguiu-se o período da sobremesa doceira, com dois bolos de bolacha e outros dois brigadeiros, que chegaram e sobraram para as encomendas.
O Humberto até caprichou com laranja da época, pois parece que anda a privar-se de açucares.
Rematou-se com cafés incluídos e digestivos a pedido. Portanto, nada a apontar, atrevo-me até a dizer, que este foi o melhor almoço e serviço de que já beneficiámos.

Houve tempo para muita conversa, toda a gente mostrou estar em boa forma física e anímica, destacando-se o famigerado fadista ribatejano, Ármando Pires de nome artístico, o qual cirandou por todos os espaços, ora deitando abaixo, ora louvando desembaraços, já que lhe sobrava tempo, talento e venenos variados; no entanto, entre os ausentes, temos que destacar os que não puderam deslocar-se por questões de saúde:
primeiro foi o Veríssimo, a contas com dores na região lombar. Ainda me ofereci para o massajar com óleos perfumados do oriente, mas ele dispensou a boa-vontade.
Depois foi o Marcelino, que me havia referido desejar estar com a malta, pois é grande apreciador destes convívios entre camaradas. Mas ele debate-se com um problema de saúde, e o último tratamento tem-lhe provocado diarreias consecutivas, que o deixam muito preocupado, debilitado, e dependente de uma casinha próxima.
Finalmente, foi o Colaço, que no próprio dia, em consequência de desgraças devidamente justificadas coincidente com a derrota dos passarinhos (apresentou relatório do hospital), acabou por merecer a benevolente justificação do Senhor Comandante, que o anima para a próxima maré.

Não inscrito, mas a alimentar a expectativa, o Senhor Comandante-Chefe também não compareceu, mas ainda recentemente se deslocou à Cidadela, pelo que deve estar a recuperar do esforço, a quem desejamos rápidas e efectivas melhoras.

Em suma, se com o calor chegámos, com o calor estomacal partimos, todos em evidentes manifestações de contentamento.
O último período é dedicado às senhoras, desta vez três heróicas desafiantes da bianda, que não desistem de acompanhar os maridos, e de contribuir para a contenção do comportamento dos veteranos.

P.S.
Por razões de modéstia pessoal, e porque o Senhor Comandante mo determinou, não falo de mim, sempre importante para a fabricação dos relatos, chato, provocador, e catalisador de provocações e ameaças.

JD
(à espera da promoção a coronel)

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2. Segue-se uma selecção de fotos e respectivas legendas da responsabilidade do editor

 Quiçá, à espera de mesa mais farta: Luís Moreira, António Maria, Jorge Pinto e Miguel Pessoa

 António Graça de Abreu e Manuel Lema Santos em conversa amena

 Entre flores, à sombra como convém às senhoras: Gina Marques e Giselda Pessoa

Sorridentes para a fotografia: Mário Fitas, Manuel Resende, Jorge Rosales e um camarada não identificado

 José Rodrigues e Carlos Silva

Já instalados à mesa: João Sacôto, João Martins e Manuel Lema Santos

 Nesta mesa: Giselda Pessoa, Humberto Reis, António Fernando Marques e esposa Gina

À espera da promoção a coronel, José Manuel Matos Dinis. Será que o camarada do lado poderá mover alguma influência?

 Quase que apetece dizer: mesa dos VIP's

Os olhos também "comem"

 Armando Pires, o famoso Furriel Enfermeiro da 2861, Ribatejano e Fadista

A amizade é um sentimento muito bonito. Que o digam o Manuel Joaquim e o Manuel Lema Santos

E por fim, porque é o mais importante, El Comandante Jorge Rosales

OBS: - Como se depreende umas fotos são do camarada Manuel Resende e as outras não
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Nota do editor

Último poste da série de 23 DE MAIO DE 2014 > Guiné 63/74 - P13186: Convívios (600): Encontro do pessoal da CCAÇ 799 / BCAÇ 1861 (Cacine e Cameconde 1965-67), a levar a efeito no próximo dia 14 de Junho de 2014 na Sertã

5 comentários:

José Botelho Colaço disse...

Só para dizer ao nosso amanuense que uma falta com documento comprovativo não necessita da benevolência do comandante nem dos serviços.
Já os percalços não estão previstos em qualquer lei e esses sim necessitam da benevolência do chefe para que se passe a esponja e não sejam alvos de castigo.
Só digo ao Sr. amanuense quando entrei no mundo do trabalho se chegasse um minuto mais tarde só podia picar o cartão uma hora depois com perda da remuneração e contava para o cadastro pessoal.
Pelo que me dá a perceber o amanuense está bem protegido.

Um abraço e até à próxima
Colaço.

Anónimo disse...

Caríssimos Camarigos.

Não tenho nada com isso mas não acham que estão a comer exageradamente bem ? Ou o bem nunca é exagerado ? Tenham cuidado porque o marisco é muito calórico.

Um abração
Carvalho de Mampatá

Unknown disse...

Caro JD,bom dia,
Gostei do li e vi sobre o vosso encontro.
Este faltei por desconhecimento e por não estar operacional.
Ficarei atento ao próximo golpe de mão.
Tentarei mobilizar mais 2 artilheiros veteranos.
Abraço.
Diniz Sousa e Faro

antonio graça de abreu disse...


O Zé Dinis, JD, tem uma pancadinha.
A mania de dizer que o AGA (António Graça de Abreu, meu nome,)
sempre aparece "à última da hora".
Desta vez enviei-lhe dois, dois dois, 2,2, 2 mails a confirmar a minha presença no excelente almoço, com uma semana de antecedência.
Isto são uns pequenos "pintelhos", como diria o Catroga, mas ainda bem que, apesar da idade, também flutuamos na vulva dos dias.

Abraço,


António Graça de Abreu

JD disse...

Caros Camaradas,
Vou dirigir por partes a minha mensagem. Nada de importante, pelo que, se quiserem desde já delitar, não será caso para me entristecer. Assim:
Ao Colaço tenho que o informar de que, realmente, estou bem protegido, diria até, muito bem protegido, e não devo favores;
ao Carvalho, uma figura de grande relevância no âmbito tabancal, tenho que reconhecer o pecado da gula tão pretensiosamente cometido a alturas de Oitavos. A ver se para a próxima compensamos com um frugal bitoque;
Ao José Diniz, dou-lhe os parabéns pela decisão aqui tornada pública, e adianto que S.Exa. o Sr. Comandante vai orgulhar-se da adesão, e, como o Colaço sabe, eu sigo-o caninamente;
Finalmente, o AGA, um ilustre desconhecido que tratarei de identificar à Exma Comunidade de Leitores deste Blogue. É, nem mais, nem menos, do que o eclético autor literário, de géneros que perpassam a literatura de viagens, a poesia erótica, e o descasca pessegueiro. Desta vez transportou vulvas para o argumento, e mediante tais qualificativos, declaro-me rendido ao perfume vulvar da passagem dos dias. Sou totalmente dependente, aliás.
Abrassos fraternos
JD