Boa Tarde,
No próximo dia 5 de janeiro vou apresentar na Cinemateca o filme "Acto dos Feitos da Guiné" com a presença do realizador, Fernando Matos Silva. Gostava já de o convidar a estar presente. Caso possa estar diga-me que eu deixo-lhe um convite na entrada.
Um abraço
Catarina
Fernando Matos Silva (n. 1940, Vila Viçosa): Lisboa: estudos na Faculdade de Economia | Actor amador ! 1965-65: London School of Film Technique (bolsa do Fundo do Cinema Nacional) | Bacharel em Realização | Professor do Curso de Cinema do Exército | Realizador militar (Guiné - 1969, Angola - 1970) | Membro fundador da Média Filmes (1966), do Centro Português de Cinema/CPC (1970), fundador e director da Cinequipa (1974) e da Fábrica de Imagens (1988). | Realizador de televisão e publicidade | Professor de Iniciação ao Cinema do FAOJ (1986-87), e de Cinema da ADIIS (1997-98) | Colaborador sobre cinema de Dimensão – Arte, Decoração e Moda e Arte 7. (Fonte: Cortesia de Institito Camões > Cinema Português > Personalidades > SILVA, Fernando Matos]
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2. CINEMATECA PORTUGUESA >
3ª feira, 5 de janeiro de 2016
18H30 | SALA LUÍS DE PINA > FOCO NO ARQUIVO
ACTO DOS FEITOS DA GUINÉ
de Fernando Matos Silva
com José Gomes, Virgílio Massinge, Povos da Guiné-Bissau
Portugal, 1980 - 85 min | M/12
Coleção Colonial da Cinemateca: Campo, Contracampo, Fora de Campo
Sessão apresentada por Catarina Laranjeiro, seguida de debate com o realizador
Sinopse:
ACTO DOS FEITOS DA GUINÉ parte de material filmado na Guiné em 1969 e 1970 para um retrato da relação histórica da colonização portuguesa com a compreensão de África.
O filme de Fernando Matos Silva tem marcas autobiográficas e conjuga imagens documentais – imagens de guerra, cruas e extremas, a preto e branco – e de ficção – sequências a cor que encenam um “Acto” onde os “feitos” são contados por personagens que representam diretamente voltadas para a câmara.
O filme de Fernando Matos Silva tem marcas autobiográficas e conjuga imagens documentais – imagens de guerra, cruas e extremas, a preto e branco – e de ficção – sequências a cor que encenam um “Acto” onde os “feitos” são contados por personagens que representam diretamente voltadas para a câmara.
CICLO > FOCO NO ARQUIVO
As sessões “Foco no Arquivo” de janeiro seguem projetos ligados à investigação e à sua relação com a coleção da Cinemateca.
As sessões “Foco no Arquivo” de janeiro seguem projetos ligados à investigação e à sua relação com a coleção da Cinemateca.
A sessão “Coleção Colonial da Cinemateca: Campo, Contracampo, Fora de Campo” prolonga as anteriormente dedicadas a uma discussão continuada sobre esta importante parte do acervo fílmico da Cinemateca, organizadas em colaboração com a “Aleph – rede de ação e investigação crítica da imagem colonial”.
A Aleph promove a cooperação e partilha de conhecimento entre investigadores académicos, artistas e cidadãos interessados na imagem colonial, colabora com arquivos detentores de coleções coloniais na sensibilização para questões de acessibilidade e preservação dos acervos e promove a partilha de conhecimento.
Este mês, o filme ACTO DOS FEITOS DA GUINÉ (Fernando Matos Silva, 1980) é apresentado por Catarina Laranjeiro, doutoranda do CES - Centro de Estudos Sociais (Universidade de Coimbra). (...)
Fonte: Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema (Com a devida vénia)
PREÇO DOS BILHETES
Geral: 3,20 Euros
Amigos da Cinemateca, Estudantes de cinema, Desempregados: 1,35 Euros
Estudantes, Cartão Jovem, Maiores de 65 anos, Reformados: 2,15 Euros
PREÇO DOS BILHETES
Geral: 3,20 Euros
Amigos da Cinemateca, Estudantes de cinema, Desempregados: 1,35 Euros
Estudantes, Cartão Jovem, Maiores de 65 anos, Reformados: 2,15 Euros
3. Dois filmes do realizador passaram recentemente no ciclo "Filmes Proibidos", no Fundão, "O Mal Amado" e "Acto dos Feitos da Guiné":
Já o "Acto dos Feitos da Guiné" é uma leitura da História que o autor contrapõe à "Crónica dos Feitos da Guiné", de Zurara, fazendo um registo da guerra na Guiné, contado na primeira pessoa, em que a guerra explode na violência brutal do conflito colonial. Memória dilacerada do realizador Fernando Matos Silva, que também por ali andou. O filme é de 1980. Proibido? - perguntará o leitor. Não, escondido, não exibido, que é outra espécie de censura, como aliás ficou provado com outros dois filmes, do realizador albicastrense Luís Alvarães ("O Oiro do Bandido" e "Malvadez"), que não puderam respirar com o público, bloqueados dos circuitos de exibição. (...)
Fonte: Notícias do Bloqueio, blogue de Fernando Palouro Neves > 5 de dezembro de 2015 > Fernando Matos Silva e os filmes proibidos (com a devida vénia)
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Nota do editor:
Último filme da série > 22 de dezembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15525: Agenda cultural (449): Joana Graça, exposição de pintura, na livraria Ler Devagar, LXFactory, Alcântara, Lisboa, até 26 deste mês
6 comentários:
Catarina, bom dia, bom ano... Aqui tem a notícia na nossa agenda cultural... E parabéns pela iniciativa.
Um dos mistérios que me intriga é o papel dos chamados "fotocines" militares, operadores de som e imagem, e do destino dos seus registos... Nunca vi nenhum no teatro de operações da Guiné (1969/71)... E no entanto fizeram a cobertura de eventos protocolares e propagandísticos... Não sabia que o Matos Silva tinha estado na Guiné no meu tempo... Vou tentar aparecer, embora a hora seja má... Obrigado pelos convites. Luis
Pergunta do dia:
"LEMBRAM-SE DE TER VISTO, NO MATO, EM OPERAÇÕES, ALGUM FOTOCINE" ?
Eu, não. Pelo menos em operações, filmando cenas de guerra... Mas que os havia, havia, malta do Departamento de Fotografia e Cinema. O que faziam, não sei. Mas o hoje cineasta Fernando Matos Silva, autor de "Acto dos Feitos da Guiné" (Portugal, 1980, 85 minutos), esteve lá na Guiné, em 1969 (e em Angola em 1970) como "fotocine"... Podem falar com ele, 3ª feira, dia 5, às 18h30, na Cinemateca, em Lisboa... E ver o seu documentário, com cenas (raras) de guerra, "Acto dos Feitos da Guiné"...
A ideia que eu tinha / tenho dos fotocines, não é lisonjeira: iam ao mato (às sedes de batalhão...) projetar um filme do tempo da Maria Cachucha... Se calhar não os deixavam fazer mais... A verdade é que, miseravelmente, a guerra da Guiné (Ilha do Como, Madina do Boé, Fiofioli, Ponta do Inglês, Conacri, Guileje, Gadamael, Guidaje, Copá, Cantanhez...) não foi registada pelos cineastas militares... Ou se o foi ninguém sabe onde param as bobines... É preciso bater à porta dos franceses (www.ina.fr) para se ver imagens, puras e duras, da guerra da Guiné... (como a deste vídeo, repetido "ad nauseam"):
http://m.ina.fr/video/CAF89037680/guerre-en-guinee-video.html
Eu nunca vi nenhm fotocine. Seria uma óptima ideia fazerem a projecção do material que há disponível pelos núcleos da Liga dos Combatentes, a começar pelo núcleo de Lagoa/Portmão.
Que eu saiba, em nenhuma operação em que tivesse intervido a CART 2732 esteve presente qualquer fotocine.
No nosso tempo, em Mansabá, lembro-me de uma ou duas projecções de cinema, dos tais filmes de faca e alguidar, mais velhos do que nós.
Comigo aconteceu uma situação engraçada aquando do desfile de apresentação da CART 2732 ao General Spínola, em Abril de 1970. Um fotocine que fazia o registo em filme, insistia em planos na minha direcção. Confesso que na altura fiquei intrigado, até porque a minha indumentária era exactamente do mesmo modelo e da mesma boutique dos demais camaradas. Só no fim da cerimónia soube da razão, quando veio ter comigo um velho amigo, meu vizinho e colega de escola primária. Tinha sido ele o fotocine de serviço ao evento.
Carlos Vinhal
Leça da Palmeira
Fur Mil Art MA
CART 2732
1970/72
O fotocine, furriéi, que conheci tinham como missão, a espaços bem dilatados, ir com a maquina de projetar aos destacamentos passar um filme. E a isso só assisti por duas vezes, em Cabuca, nos 26 meses que estive na guiné, 72-74 com passagem por Bambadinca, Xime e Bolama. Se leva alguma camara desconheço, apesar de nas duas vezes ter ficado no meu abrigo, na cama de um camarada que estava de férias.
João Silva,1972, CCav, 3404, Cabuca
A pergunta se lembram de ter visto algum foto-cine no mato é gira . Na minha companhia a 557 fazia parte um 1º cabo foto-cine mas não se conseguia perceber o que lá estava a fazer uma vez que nem uma simples máquina fotográfica fazia parte do seu equipamento e como eu tinha máquina fotográfica foi o grande elo de ligação para ser amigos com os conhecimentos dele pedimos família na Metrópole para nos enviar os materiais necessários e montá-mos um pequeno estúdio de revelação no Cachil e funcionava embora com alguns acidentes de percurso principalmente a câmara escura.
Um abraço.
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