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Como se...
Não eram anjos nem flores.
Nem tinham asas.
Eram seres com formas brilhantes.
Eram doces e muito calmas.
Variáveis como nuvens.
Irradiavam paz.
Harmonia nas cores.
Deixavam a nossa alma a pairar de leve.
Sugavam os nossos males.
Pareciam sorrir.
Eram só rosto.
Uma vida total.
Sem rugas.
Nem uma sombra.
Adejavam. Como se fossem aves.
Emitiam sons.
De tão belos, o nosso peito arfava
E se arrepiava a nossa pele.
Carinhosos, nos envolviam, faziam roda.
Protectores.
Segurança.
Como se fossem pais.
O que seriam?
Ainda não sei,
Mas eram bons…
Enquanto Hélène Grimaud, ao piano, tocou Beethoven - adágio
Berlim, 3 de Janeiro de 2016 8h47m
Jlmg Joaquim Luís Mendes Gomes
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Nota do editor
Último poste da série de 1 de janeiro de 2016 Guiné 63/74 - P15564: Blogpoesia (430): Poema um do dia um (Joaquim Luís Mendes Gomes, ex-Alf Mil da CCAÇ 728)
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