O descanso dos guerreiros
1. Mensagem do nosso camarada Juvenal Amado (ex-1.º Cabo Condutor Auto Rodas da CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74), com data de 24 de Junho de 2021:
AS VÁRIAS IDADES
É natural quando nos dói perna ou braço, dizermos com um ar mais ao menos no gozo, que é da idade.
Mas isto da idade tem que se lhe diga pois há uma idade para tudo. Assim há a idade de gatinhar, andar, ir para a escola, trabalhar, ir para a tropa, casar, ser pai, ser avô e também haverá o momento que nos dizem que temos idade para descansar.
Recordo-me quando jovem não me portar dentro dos cânones considerados correctos ter a desculpa de que era da idade e também me lembro da minha mãe já ser mais pequena que eu e dizer, que eu tinha idade de levar uma bofetada se me armasse em parvo.
Como dizia o meu sócio e amigo Henrique (cordoeiro) que herdou a alcunha do pai, que foi ao seu tempo um industrial de cordoaria numa terra sem luz eléctrica e em que os fontenários só deitavam água (estrategicamente vertida de um regador) no momento, que Sua Exa abria a torneia no dia da inauguração, dizia então que lhe doía a perna do lado da Charneca e não era da idade, pois a outra tinha a mesma idade e não lhe doía nada.
Acabei de fazer 71 anos e dizem os animadores que é uma idade bonita. Concordo, e passados estes anos que a vida tanto me ensinou, já não conta a quantidade mas qualidade, o certo é que ela boa de se viver em todas as idades.
Todo este palavreado vem ao fim ao cabo como forma de agradecimento a todos que me endereçaram os parabéns no passado 17 de Junho. Para o ano cá estarei novamente, porque como diz a “grande” Lili Caneças num rasgo de filosofia “QUE ESTAR VIVO É O CONTRÁRIO DE ESTAR MORTO”.
“Caturreira!” que é verdade.
Um abraço a todos os camaradas
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Nota do editor
Último poste da série de 2 DE JUNHO DE 2021 > Guiné 61/74 - P22248: (In)citações (185): A escrita da vida, poema breve (Joaquim Pinto de Carvalho, régulo da Tabanca do Atira-te ao Mar, Lourinhã / Cadaval)
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