sexta-feira, 11 de março de 2022

Guiné 61/74 - P23069: Fotos à procura de... uma legenda (163): Uma imagem relativamente rara, esta, de uma cançonetista, de minissaia, a atuar em Jabadá, por volta de 1969/70


Guiné > Região de Quínara > Sector de Tite > Jabadá  > CCAV 2484 (1969/70) >  Uma cantora actuando para as nossas tropas, numa iniciativa seguramente do Movimento Nacional Feminino. Foto do Manuel Antunes, ex-sold cond auto, CCAV 2484, Os Dragões de Jabadá (*)


1. É uma foto relativamente rara, que nos enviou o Manuel Antunes, dos "Dragões de Jabadá" (*).  Os espectáculos, em quartéis do mato, realizados pelo Movimento Nacional Feminino, com cançonetistas da metrópole, relativamente conhecidos, como a Flobela Queiroz,  não estão bem documentados no nosso blogue. 

A única exceção é o Conjunto Académico João Paulo, que tem vários referências no blogue (**). Mas os seus elementos, originalmente estudantes, estavam a cumprir o serviço militar. 

Facto desconhecido para muitos dos nossos leitores, foi a Cecília Supico Pinto  quem "conseguiu que os músicos do 'Conjunto João Paulo' cumprissem o serviço militar actuando no mato em digressões pelas 'províncias' ", revelação feita na sua biografia, escrita por Sílvia Espírito Santo ("Cecília Espírito Santo,o rosto do Movimento Nacional Feminino, Lisboa, A Esfera dos Livros, 2008, pp. 144). 

Ela sabia, de resto, da experiência norte-americana na II Guerra Mundial, da importância que podia ter, sobre o moral das tropas em África, as atividades de natureza lúdica, como os espetáculos musicais ao vivo, feitos por artistas em voga, vindos da metrópole. 

Não sabemos quem era a artista (vd. foto supra) que está de costas, a atuar em Jabadá, c. 1969/70. Talvez algum leitor a consiga identificar e sobretudo queira comentar, "acrescentando uma legenda à foto" (***).

Houve muito boa gente, do mundo do espectáculo, incluindo a Amália Rodrigues, que colaborou com o Movimento Nacional Feminino, quer na edição dos famosos discos de Natal (1971 e 1973), quer participando inclusive em digressões pelos quartéis do mato ou em concertos na metrópole para angariação de fundos.

Além dos músicos do Conjunto Académico João Paulo, talvez o caso mais conhecido terá sido o da cançonetista (e actriz)  Florbela Queiroz.

A Florbela Queiroz (nascida em Lisboa, em 1943) não sei se passou pela Guiné, mas diz ela que andou no mato 8 meses, em 1967 e 1968. "Nunca fui tão respeitada por toda a gente. Eu era nova, tinha 21 anos, era uma miúda gira, e andava lá no mato no meio dos soldados, comi da ração deles. Foi a época em que mais me realizei" (cit. por Sílvia Espírito Santo - "Cecília Supico Pinto: o rosto do Movimento Nacional Feminino". Lisboa, A Esfera do Livro, 2008, pág. 144).




O João Paulo Agrela, ao centro, o fundador do grupo. Está fardado, e era furriel, tendo morrido em 23/4/2007, mas o elemento mais conhecido do grande público era o vocalista Sérgio Borges (1943-2011).


Guiné > Zona leste > Geba > CART 1690 > 24 de agosto de 1968 > O conjunto musical João Paulo em digressão pela Guiné... Tal como no caso de  outros artistas populares na época, como a Florbela Queiroz, a digressão à  Guiné do Conjunto Académico João Paulo era uma  iniciativa do Movimento Nacional Feminino (MNF). Este  conjunto fez digressões também por Angola e Moçambique, durante a guerra colonial, além de países estrangeiros como os EUA. (Por exemplo, um ano depois, estavam em Moçambique a atuar para o BART 2838, 1968/70).

Foto (e legenda): © Alfredo Reis (2007). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas dfa Guiné] (*)

2. Relativamente ao Conjunto Académico João Paulo... Foram fundadores do grupo, madeirense, pioneiro da música "rock" em Portugal (a par de Os Sheiks, Os Conchas, Chinchilas, Duo Ouro Negro, Quarteto 1111 e Demónios Negros, entre outros) os seguintes elementos:   

(i) João Paulo Agrela (1942-2007) (teclas);
(ii) Carlos Alberto Lomelino Gomes (guitarra) falecido no Funchal em 2020);
(iii) Rui Brazão (guitarra ritmo);
(iv) Ângelo Moura (baixo);
(v) José Gualberto (bateria, falecido em 2004);
(vi) e Sérgio Borges (1943-2011) (vocalista).  

Não sabemos se todos estes participaram nesta digressão à Guiné, em 1968 ou se estavam na altura a cumprir o serviço militar na Guiné... Três ou quatro elementos do grupo passaram pelo EPI (Mafra), onde fizeram a recruta, no turno de setembro de 1966... Como se vê, dois anos depois  ainda estavam na tropa... Do tempo de Mafra, ficou a canção (pouco conhecida) O Salto (disponível no You Tube).

O grupo extingiu-se em princípios da década de 1970.
__________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 10 de março de 2022 > Guiné 61/74 - P23066: Tabanca Grande (531): Manuel Antunes, ex-Soldado Condutor Auto da CCAV 2484 - "Dragões de Jabadá" (Jabadá, 1969/70)... Senta-se à sombra do nosso poilão, no lugar nº 858

(**) Vd., por exemplo, 

25 de novembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15406: (Ex)citações (302): O conjunto João Paulo, em 1968, em Susana... No fim do concerto apanhámos com umas valentes morteiradas (Domingos Santos, ex-fur mil, CCAÇ 1684, Susana e Varela, 1967/69)

22 de novembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15395: (Ex)citações (300): (i) Conheci de perto, em Alhandra, o Conjunto Académico João Paulo... Ouvi-os ensaiar vezes sem conta... Fiquei farto... Mesmo assim preferia-os a eles a ter que ouvir, até à exaustão, nos "rangers", em 1966, o "Sambinho Chato" e o "Et Maintenant" (Mário Gaspar); (ii) link com a canção "O Salto" (EPI, Mafra, 1966) (Inácio Silva)

21 de novembro de  2015 > Guiné 63/74 - P15389: (Ex)citações (299): Atuação do Conjunto Académico João Paulo, no "600", em Bissau, em abril de 1968 (Manuel Coelho, ex-mil trms, CCAÇ 1589 / BCAÇ 1894, Nova Lamego e Madina do Boé, 1966/68)

16 comentários:

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Talvez o Manuel Antunes ainda se lembras do nome artista que foi a Jabadá atuar... e em que ano (1969 ou 1970).

De facto, é uma foto rara que merece uma melhor legenda... Já lhe mandei um mail.

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Não devia haver muitos "palcos", minimamemte seguros, nos "matos" da Guiné, em tempo de guerra, para onde levar a atuar os/as nossos/as cançonetistas... Eu não me lembro de nenhum/a que tenha andado lá para os meus lados, em 1969/71, no sector L1 (Bambadinca), que incluia aquartelamentos e destacamentos pouco recomendáveis para o/a "turista"...

Anónimo disse...

Isabel amora nome artístico tenho fotos dela e dos outros dois artistas que estiveram no mesmo concerto. 1' cabo mecânico Francisco feio companhia cavalaria 2484 dragões de jabada

Anónimo disse...

Caro Francisco Feio,
Tente publicar as fotos que tem. Seria sem dúvida um bom préstimo para esta página.
Cumprimentos.
José Câmara

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Francisco Feio, sê bem aparecido. Já estive na tua página do Facebook mas não encontrei lá fotos da Guiné. Tens notícia do maestro e nosso camarada e amigo Mário Dias ?...

Gostava que te juntasses a estes "bravos da Guiné"... Já te fiz o convite há anos, falámos ao telefone...Luís Graça

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Sobre a Isabel Amora, ver aqui (excerto):

Isabel Amora e o Duo ELAS
08.11.20, os amorenses
Isabel Amora e o Duo ELAS


Nascida em Amora a 24 de Fevereiro de 1946, filha de Guilherme Baptista (Lhé) e Maria Adelaide Azevedo Henriques, muito cedo Isabel Baptista começou a mostrar os seus dotes artísticos e musicais cantando o “IÉ IÉ” (estilo de música pop surgido na França, Itália, Espanha e Portugal no início da década de 1960). Há quem diga que o seu estilo preferido era o seguido por Rita Pavone, cantora com sucesso na música Italiana. Infelizmente não temos nenhum registo de som da Isabel a Solo.

O gosto pela música e pelo teatro e o saber estar em palco, levou Isabel a participar em várias peças de teatro na SFOA e onde o grupo se deslocava para representar, mas a música era a sua paixão.

Entre 1965 e 1966, no Teatro Monumental, em Lisboa, teve lugar o famoso Concurso Ié-Ié, Isabel Amora cantou no evento (embora fora de competição) acompanhada pelos Jovens do Ritmo, da Amora - localidade onde nasceu e que guardou como apelido artístico. O seu nome de baptismo - Isabel - estava também "pintado nas costas" do “blusão negro com efeitos de lantejoulas" que então trajava, como bem recorda António Duarte no seu histórico livro "A Arte Eléctrica de Ser Português - 25 Anos de Rock'n Portugal", que refere também as "calças cor-de-rosa, bonitas" e o "cabelo curto, à Beatle". Vários artefactos para uma estrela pop em potência, que na realidade só despontaria com mais brilho já na década seguinte. (...)

Isabel Amora a primeira mulher artista rock a cantar o “YE YE” estilo POP em Portugal. (...)

Antes do lançamento do Duo Elas, Isabel pela mão da Senhora D. Helena Félix, parte para o Ultramar para cantar para os militares.
O seu empresário era o Sr. Munhoz, pai da Sra. D. Eunice Munhoz, com escritório na Praça da Alegria em Lisboa. (...)

Isabel Amora em Moçambique (...)

Ao lado de sua prima Paula Amora, Isabel faz o Duo Elas, com supervisão do músico Carlos Portugal com ensaios na Rádio Triunfo, sendo o mesmo quem fazia as letras e as músicas. Carlos Lacerda foi quem as lançou juntamente com Carlos de Portugal. (...)

Entre 1971 e 1972 gravam cinco discos, contando com arranjos de Pedro Osório e com originais de Carlos Portugal e de Luís Romão (com percurso de destaque então a solo). Ainda em 1971, este duo pop canta na inauguração do Centro Comercial Apolo 70, em Lisboa, e participa no único Festival da Canção da Guarda, com "Sim, Meu Amor Foste o Primeiro" o qual vencem. (...)

fonte: https://guedelhudos.blogspot.com/search/label/Elas (6)


Em 1972 fizeram uma tournée por todas as praias de Portugal - Concurso MISS PRAIA 72 - com o patrocínio duma Rádio, com um grupo de músicos de Almada. Participam no programa televisivo que passa na RTP1 - CANAL 13 - todas as segundas feiras à noite. Programa esse que era gravado no Teatro ABC nos sábados anteriores no Parque Mayer, em Lisboa. (...)

Alguns Anos depois vão para o Porto, onde passam a viver durante um tempo e actuam em vários Casinos portugueses. Acabado esse contrato, a Paula decide casar-se e o Duo dissolve-se. A Isabel retorna a Moçambique, onde encontra família e onde faz a sua vida a cantar com um novo contrato, regressando a Portugal no final deste e dando por finalizada a sua carreira artisitica. A sua vida deixa de ser artística e passa a viver uma vida fora dos palcos. Mais tarde casa-se, mas divorcia-se uns anos a seguir.(2) (...)

https://asraizesdeamora.blogs.sapo.pt/isabel-amora-e-o-duo-elas-24148

Tabanca Grande Luís Graça disse...

A Isabel Amora morreu o ano passado, aos 74 anos.

https://mag.sapo.pt/showbiz/artigos/morreu-a-cantora-isabel-amora-do-duo-elas

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Com a devida vénia...

https://mag.sapo.pt/showbiz/artigos/morreu-a-cantora-isabel-amora-do-duo-elas


ISABEL AMORA (1946-2020): morreu Sábado aos 74 anos esta pioneira vocalista pop entre nós e que hoje em dia poucos porventura recordarão...

Entre 1965 e 1966, no Teatro Monumental, em Lisboa, teve lugar o famoso Concurso Ié-Ié, e Isabel Amora cantou no evento (embora fora de competição) acompanhada pelos Jovens do Ritmo, da Amora - localidade onde nasceu e que guardou como apelido artístico.

O seu nome de baptismo - Isabel - estava também "pintado nas costas" do "blusão negro com efeitos de lantejoulas" que então trajava, como bem recorda António Duarte no seu histórico livro "A Arte Eléctrica de Ser Português - 25 Anos de Rock'n Portugal", que refere também as "calças cor-de-rosa, bonitas" e o "cabelo curto, à Beatle". Vários artefactos para uma estrela pop em potência, que na realidade só despontaria com mais brilho já na década seguinte.

Ao lado de Paula Amora, Isabel faz o duo Elas, com supervisão do músico Carlos Portugal, e entre 1971 e 1972 gravam cinco discos, contando com arranjos de Pedro Osório e com originais de Portugal e de Luís Romão (com percurso de destaque então a solo).

Ainda em 1971, este duo pop canta na inauguração do Centro Comercial Apolo 70, em Lisboa, e participa no único Festival da Canção da Guarda, com "Sim, Meu Amor Foste o Primeiro". Depois dos dois últimos discos do duo, em 1972, Isabel Amora ainda cantou em Moçambique a solo e fez teatro alguns anos mais tarde, mas os tempos de glória tinham ficado para trás.

Se "Nós Não Somos Nada", como cantaram Isabel e Paula Amora no seu segundo disco, façamos com que a História seja tudo - hoje em dia, temos um legado sonoro de nove canções que não nos pode deixar esquecer o percurso pioneiro de Isabel Amora na Música em Portugal de 1960s e 1970s. (...)

Anónimo disse...

Arlindo Moreira da Silva ( by Formulário de Contacto do Blogger)

12 mar 2022 12:35

Ao falarem hoje no conjunto João Paulo gostaria de os informar que eles
embarcaram no dia 27/10 de 1967 no Navio Timor para a Guiné na companhia do
meu Batalhão. Nao sei se foram destacados para o mato ou se foram com a
missão de actuarem para as nossas tropas. Tambem viajou na mesma data
connosco o 1º Cabo escriturário Marco Paulo, o cantor.

Com os cumprimentos
e mais uma vez obrigado por continuarem a manter acesa a tocha do ANTIGO
COMBATENTE. Bem hajam.

Cumprimentos,
Arlindo Moreira da Silva, soldado cond. CCS / BCAÇ 1933, Guiné 67/69 |

José Botelho Colaço disse...

Creio que uma das cantôras que actuou para as tropas portuguesas na Guiné foi a Mariette Pessanha. Será ela?

Anónimo disse...

Meu caro amigo Arlindo Silva (O Ermesinde, nome de guerra), finalmente aparece neste blogue.
Quando li o seu comentário, vi logo quem era, e o dia 27 outo 67 e o Timor, disse o resto, além do BatCaç1933.
Bem vindo seja a este grande memorial da nossa guerra, temos falado ainda há uns 15 dias estivemos ao telefone a falar da nossa comissão. Não esquecendo as monumentais petiscadas, que vocês (os condutores) faziam o favor de me convidar, eu levava as bebidas. Tenho fotos que até me envergonho, tais eram os pifos.
Eu não viajei no Timor, nessa data já lá estava em Nova Lamego(NL), depois vim a Bissau, e no dia 3out67, lá estava a fotografar as nossas tropas a desembarcar, depois no dia 4 de madrugado, lá fomos todos Rio Geba acima nos barcos turra, a caminho de NL, passando pelo destacamento de Jabada (que coincidências), do qual tirei uma foto inédita, nem sabia o que era aquilo.
O Conjunto João Paulo não conheci nem conheço, mas o Marco Paulo já conhecia, pois era quase meu vizinho antes da tropa, na zona da Arca d'água, depois acabei por o encontrar no bar de oficiais na Amura, onde fui algumas vezes, onde ele servia uns copos à passarada, mas nunca conversamos.

Da cantora Isabel Amora não me diz nada, mas a musica do YE YE lembro-me bem, até antes do serviço militar.

Em resposta ao Luís, eu posso confirmar, e o Arlindo também, que entre OUT67 e FEV68, esteve lá em NL um conjunto de 3 pessoas, homens e mulheres, que cantou para a malta, não me lembro dos nomes, mas tenho uma foto quando eles desciam do Dakota em NL.
Arlindo, pode confirmar isso?
Ou estou a sonhar?
Em S. Domingos não foi lá ninguém que eu me lembre!

Portanto havia cantores que se deslocavam ao interior, já que NL não é propriamente o Mato.

Abraço a todos, espero ter contribuído com algo, e pela minha parte já aprendi alguma coisa que desconhecia.

Quem quiser conhecer o Arlindo (Ermesinde) basta consultar algumas fotos que postei, sobre as nossas deslocações a Bambadinca em missão de reabastecimentos, ele lá está junto aos demais condutores, o meu grupo preferido, sempre, com saudade!

Saúde para todos,

Virgilio Teixeira




Tabanca Grande Luís Graça disse...

O pai da Eunice Muñoz era o Hernâni Cardinali Muñoz, empresário da Isabel Amora... Será que ele fez digressões por África, pelos três teatros de operações (Angola, Guiné e Moçambique), independentemente do Movimento Nacional Feminino ? Nesse caso, quem pagava ? Era o Exército ?

António J. P. Costa disse...

Olá Camaradas

Sobre a participação da Florbela Queirós recordo-me de a ver numa foto na revista angolana"Notícia" em fato de banho acocorada junto de uma palmeira à beira de um rio/mar(?).
Se ouvirem o disco do MNF, ela diz de viva voz da sua tournée(?) em Angola. À chegada a Lisboa comprou um Mini-Moke que era o franjinhas...
Ouvi dizer que o Solnado tinha ido ao mato, mas em Moçambique. Quando estava a actuar (onde?) faltou a luz e, à luz do candeeiro, sentou-se na beira do proscénio e esteve a contar anedotas durante imenso tempo.

Um Ab.
António J. P. Costa

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Zé Colaço, sobre a Mariette Pessanha, aqui tens um resumo biográfico:

(...) Mariette da Conceição Gomes Pessanha Nabais, cançonetista/fadista, nasceu no Barreiro em 05 de maio de 1935. Na sua passagem pelo Centro de Preparação de Artistas da Rádio, aprendeu canto com vários artistas de renome, como Simone de Oliveira, Artur Garcia, Madalena Iglésias, entre outros. Estreou-se na Emissora Nacional, ingressando, logo depois, em programas da RTP, onde se tornou popular com o programa de televisão, “Melodias de Sempre”.

Criou vários fados e canções que foram êxitos no seu tempo. Gravou o seu primeiro disco em 1960 com a canção “Mário”, tema que dedicou ao seu marido e, que foi o seu primeiro grande êxito discográfico. A partir daí gravou inúmeros discos, cassetes e CD´s com grandes êxitos, entre os quais “O fadinho do turista”, “azar na praia” “Lendas das Rosas”, “Pirolau”, Maria Madalena”, entre tantos outros.

Ao longo da sua carreira, realizou espetáculos de norte a sul do país, em hotéis, casinos e boîtes do Algarve com a sua banda privativa, com grande êxito. A sua carreira artística também se pautou pelos palcos de Revista, onde foi várias vezes não só atração como artista principal, nomeadamente no Teatro Maria Matos, com o espetáculo de revista “Vivó Velho” e, no Teatro Variedades, no Parque Mayer, onde esteve três meses. Organizou também vários espetáculos na SDUB “Os Franceses”, no Barreiro.

No estrangeiro, participou em vários festivais, sendo atração principal no Festival Gastronómico de Portugal no Rio de Janeiro. Atuou ainda em toda a África Portuguesa, Madeira, Açores, Estados Unidos, Canadá, Luxemburgo, França, Holanda, Alemanha, Itália, Inglaterra, entre outros países. (...)

Fonte: Espaço Memória | 12 de junho de 2020

https://www.facebook.com/251491738317561/posts/1931481546985230/

Anónimo disse...

Caros amigos,

Em meados de 1971, passou por Fajonquito um grupo de artistas portugueses que fazia uma digressão por várias localidades (aquartelamentos) da Guiné, onde se destacava a estrela de nome Eva Maria.

No Blogue já publiquei uma foto do grupo em Fajonquito, na presença do saudoso Cap. Carlos Borges Figueiredo, rodeado de soldados da companhia e da população local.

Abraço,

Cherno Baldé

António Tavares disse...

Camarigos,

No dia 31 de Março de 1971 houve festa no Quartel de Galomaro.
O BCaç. 2912 recebeu a Isabel, Tino Costa, Eva Maria e Fernando Correia.
Os quatro actuaram a solo e em conjunto, num palco construído para tal fim, na parada do quartel.
Os Militares e a População local durante umas horas esqueceram a guerra.
Existem fotos comprovativas dos artistas em Galomaro.
Acabada a actuação os artistas seguiram viagem para Bafatá ou Bambadinca.

Abraço do
António Tavares.